Review | Kung Fury: Street Rage
No ano de 2015, a internet abraçou de vez o financiamento da trash-metragem Kung Fury, um grande fenômeno que ganhou bastante notoriedade. Porém, um filme não é suficiente para demonstrar a grandiosidade desta obra. Tendo em vista que a estética do filme é praticamente um videogame, por que não lançar um jogo? Foi justamente o que aconteceu.
Kung Fury: Street Rage é uma grande homenagem à década de 1980, tal como foi a película. A começar pelo nome, uma descarada referência ao clássico do Mega Drive, Streets of Rage, este simples jogo emula os beat’em ups clássicos com uma mecânica extremamente simples, típicas de jogos de celulares. São apenas dois comandos: esquerda e direita. Apertando o respectivo comando, seu personagem fará um ataque para a direção escolhida. Cada personagem tem particularidades em seus ataques:
- Kung Fury: o grande protagonista é o mais equilibrado. Possui life mediano e seus ataques têm um bom alcance.
- Barbarianna: a bela viking-atiradora, após acertar quatro ataques consecutivos, poderá lançar uma poderosa rajada de tiros que eliminará todos que estiverem no caminho. Tem pouco life.
- Triceracop: fiel companheiro de Kung Fury, o policial-dinossauro atira nos inimigos, porém recuará a cada disparo. Este recuo poderá deixá-lo mais vulnerável aos inimigos que vierem na retaguarda, por isso que ele possui muito life.
- Hackerman: o mais estranho de se jogar, ele “marca” os inimigos para eliminá-los com poderosas rajadas. Tem pouco life.
O grande ponto do jogo é saber a hora certa de atacar. Seu personagem não anda (exceto nas batalhas de chefe), devendo o jogador medir a distância e prestar atenção no posicionamento do personagem após cada ataque. É uma mistura do timing dos jogos de luta com a dinâmica dos beat’em ups. Cada personagem possui uma quantidade variada de life e comportamentos diferentes ao ser atingido. Portanto, não basta atacar de maneira irresponsável, até porque errar o ataque lhe deixará alguns instantes sem poder reagir, deixando seu personagem bem vulnerável.
Quando o jogo foi lançado, só havia um personagem selecionável: o próprio Kung Fury. Também só havia um modo de jogo (Endless, onde você deve matar o máximo de inimigos até perder todo o seu life). No início deste ano, o jogo recebeu uma atualização bem interessante, onde foram inclusos outros três personagens (já mencionados acima), um modo história com batalhas de chefes e dublagem dos atores do filme.
Não é um jogo espetacular, mas garante um bom passatempo. A versão de celular não é muito bem otimizada e pode rodar lento em alguns dispositivos. Se quiser uma experiência sem problemas, jogue a versão de PC ou de PS4. Agora chega de papo e vá matar alguns ninjas nazistas!