Queridos amigos, finalmente a hora chegou. O filme mais aguardado de 2018 e, talvez, da década, aqueleque celebra os 10 anos do Universo Cinemático Marvel – UCM, chega aos cinemas nesta semana. Vingadores: Guerra Infinita marca o final da “primeira perna” iniciada lá em 2008 com Homem de Ferro e desde então, o UCM trilhou um caminho de extremo sucesso com mais altos do que baixos, consagrando-se com filmes como o já citado Homem de Ferro, a primeira aparição dos Vingadores em tela, a grata surpresa chamada Guardiões da Galáxia, o ótimo Capitão América: O Soldado Invernal e, por último, Pantera Negra, o maior sucesso do estúdio.
O objetivo da Marvel, desde o início, foi criar um universo coeso, dando espaço aos seus principais heróis, mas colocando algo maior como pano de fundo. E agora, olhando para trás, fica mais que claro que o plano era esse desde o início. E é isso que pode fazer com que Guerra Infinita seja considerado em breve o maior filme da história do cinema, tanto em termos de bilheteria quanto em termos de importância para a cultura pop mundial. Poderá representar para nossos filhos e netos o que Star Wars representou para nossos pais e para nós.
Quando o “chefe” Kevin Feige anunciou durante um painel da San Diego Comic Con, em 2006, que em breve haveria um filme do Homem de Ferro e que mais adiante os fãs iriam ver os Vingadores juntos na tela grande, o sentimento era de desconfiança embora o público ali presente tivesse ido à loucura. A desconfiança vinha pelo fato de que tínhamos pouquíssimos filmes de heróis com qualidade, vide Superman estrelado por Christopher Reeve, o Batman de Tim Burton, O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan e, por quê não, Homem-Aranha, de Sam Raimi. Nessa lista, podemos citar também o primeiro X-Men, que estreou no final dos anos 90 e que marcou o início desse novo boom de filmes de heróis. Com isso em conta, o plano da Marvel era ambicioso e deu certo. E a fórmula, a julgar pelos personagens e histórias de Stan Lee e Jack Kirby era basicamente, transpor aquilo que estava nos quadrinhos para o cinema: personagens carismáticos, tom leve e cor, muita cor, tudo que a Disney (dona da Marvel) gosta. Então, o sucesso do estúdio se resume numa única palavra: merecimento.
Ainda assim, acreditamos que nem só de merecimento e trabalho vive um filme. Obviamente, as pessoas tratam seus projetos como filhos e ali se investem muito dinheiro, muito trabalho, estresse, noites sem dormir e etc, sem contar que estamos falando da indústria do cinema, que infelizmente acaba por privilegiar cifras em vez de um bom entretenimento. É raro quando as duas coisas acontecem juntas. E para que Guerra Infinita seja um sucesso aos olhos dos fãs, o filme precisa ser bom e juntar num só escopo todos os heróis dos últimos 10 anos, somados com alguns dos principais coadjuvantes do universo. Um desafio absurdo, mas ainda assim, o filme poderá ter um saldo muito positivo. A partir daqui, vamos tratar de teorias de como será o enredo do filme. Vale destacar que este que vos escreve não leu absolutamente nada sobre o filme e o que for escrito aqui é o que poderá ou não acontecer, a julgar TÃO SOMENTE pelos trailers lançados.
Os heróis não devem se encontrar durante o filme, ou caso se encontrem, a reunião deverá acontecer somente nos estágios finais da fita. É certo que os Guardiões da Galáxia irão interceptar os destroços da nave que transportava a nova Asgard, após os eventos de Ragnarok e que Thor (Chris Hemsworth) será resgatado. Loki (Tom Hiddleston), provavelmente será resgatado por Thanos (Josh Brolin) e se aliará novamente ao Titã Louco. Tanto Thor, quanto os Guardiões estão familiarizados com as Jóias do Infinito e isso, provavelmente, os obrigarão a ir atrás do Colecionador (Benicio Del Toro) em busca de alguma informação. Podemos chamar esse núcleo de Cósmico para facilitar um pouco as coisas deste grupo formado por Thor, Senhor das Estrelas (Chris Pratt), Gamora (Zoe Saldana), Mantis (Pom Klementieff), Drax (Dave Bautista), Nebulosa (Karen Gillan), Rocky (voz de Bradley Cooper) e Groot (voz de Vin Diesel).
Na Terra é muito provável que os heróis resgatados pelo Capitão América (Chris Evans) ao final de Guerra Civil estejam operando na clandestinidade, justamente por serem foragidos e tomam conhecimento de que algo está acontecendo após Visão (Paul Bettany) sofrer um ataque dos filhos de Thanos, Corvus Glaive, Proxima Meia-Noite e Fauce de Ébano, o que obriga a equipe se dirigir até Wakanda em busca de algum auxílio. Vamos chamar esse núcleo de Vingadores Secretos e o grupo pode ser formado por Capitão América, Viúva Negra (Scarlett Johanson), Falcão (Anthony Mackie), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Visão.
Aí teremos um terceiro front, o de Nova Iorque, que será formado por Homem de Ferro (Robert Downey Jr), que estará usando a famosa armadura Bleeding Edge, que nos quadrinhos é construída com tecnologia Extremis, Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), Wong (Benedict Wong) e Homem-Aranha (Tom Holland).
E aí você pergunta: mas e o Hulk? O papel de Bruce Banner (Mark Ruffalo) pode ser mais importante do que se imagina, uma vez que parece que será ele que fará o elo entre os 3 fronts. De alguma maneira, Banner cairá da Nova Asgard para o Sanctum Sanctorum, sendo o responsável por alertar Tony Stark e Stephen Strange da ameaça que está por vir. Assim, de alguma maneira, o front de Nova Iorque se unirá ao núcleo cósmico para enfrentar Thanos em algum local fora da Terra. E é aí que as coisas devem ficar interessantes. Será sensacional ver Homem de Ferro, Homem Aranha e Doutor Estranho interagindo com os Guardiões da Galáxia.
Enquanto isso, novamente Banner será um mensageiro, indo até Wakanda, alertar sobre o perigo iminente os Vingadores Secretos que ganharam a adição do Soldado Invernal (Sebastian Stan), Máquina de Combate (Don Cheadle), Pantera Negra (Chadwick Boseman), Shuri (Letitia Wright) e Okoye (Danai Gurira).
Acreditamos que será basicamente esse o cenário de Guerra Infinita e é muito provável que heróis como Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Homem-Formiga (Paul Rudd) e Vespa (Evangeline Lilly) não apareçam, ou caso ocorra, a participação em tela deva ser bem reduzida. De qualquer forma, a participação desses heróis terá muita importância em Vingadores 4, o que leva a crer que eles, talvez, possam aparecer junto da Capitã Marvel (Brie Larson), ou em alguma situação que remeta à heroína, numa cena pós-créditos.
De qualquer forma, reunir essa quantidade de personagens em cena, com diversos protagonistas, não deve ter sido uma tarefa fácil para os Irmãos Russo e para os roteiristas Cristopher Markus e Stephen McFeely e demais membros da absurda produção. Por conta disso, é possível que seu herói predileto, infelizmente, tenha uma participação que não lhe agrade, mas creio que todo mundo trabalhou para que ninguém ficasse sem o seu momento.
Por enquanto o que nos resta é aguardar só mais um pouco para assistir parte da história do cinema sendo feita. Avante, Vingadores!
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Texto de autoria de David Matheus Nunes.