“Um homicídio em um museu de cera de Nova York e o desaparecimento de um cadáver levam Hellboy e o Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal à Romênia, em busca de uma lendária figura: Vladimir Giurescu, um antigo integrante da nobreza – e um vampiro. Como se Giurescu não fosse ameaça suficiente, a deusa das trevas Hecate surge para confrontar Hellboy com aterradoras revelações a respeito de seu propósito na Terra. Enquanto isso, cientistas nazistas descongelados após décadas de hibernação preparam-se para o retorno de Rasputin, o monge insano e precursor do fim do mundo.”
O Despertar do Demônio, apresentado na segunda edição histórica do Hellboy, é uma continuação direta dos acontecimentos de Sementes da Destruição e nos leva de volta a uma imersão ao oculto, obscuro e fantástico do universo de Mike Mignola, com a qualidade de sempre já conhecida do autor.
A história vai explorar de maneira sutil a busca pelo propósito e a razão de existir do herói vermelhão; dessa vez, porém, colocando Hellboy para enfrentar um famoso vampiro e uma deusa da mitologia grega (Hecate). A história é tão bem desenvolvida e cheia de nuances que é seguro dizer que Mignola explora quase que um novo olhar sobre essas lendas.
A excelente história novamente se encaixa perfeitamente na arte de Mignola, definida por Alan Moore como sendo a amálgama do expressionismo alemão com Jack Kirby. Sua profundidade e a coesão entre preto e branco inundam as páginas da HQ, criando a atmosfera perfeita para se contar uma boa história sobre fantasia e horror.
Mais uma vez o álbum da edição histórica não deixa a desejar em seu acabamento impecável e que enche os olhos de qualquer colecionador. É uma relíquia indispensável para a coleção de qualquer amante dos quadrinhos.
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Texto de autoria Pedro Lobato.