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  • Friamente Calculado | Guerreiro do Blockbuster – Parte 2/5

    Friamente Calculado | Guerreiro do Blockbuster – Parte 2/5

    (Leia a Parte 1/5).

    O Sol quente iluminava as florestas úmidas do litoral colombiano. As águas calmas do oceano pacífico foram subitamente perturbadas pela emersão de um corpo atlético e másculo, como um tritão viciado em anabolizantes e fitas VHS de aeróbica. Essa criatura era Jackson Good, o Guerreiro do Blockbuster!

    Chegou nadando vigorosamente até a praia, cuspiu um bocado de água e ajeitou seus óculos negros, olhando para o horizonte de uma maneira épica. Logo depois nosso bravo soldado do cinema de ação foi surpreendido por barulhos de tiro, porrada e bomba. Imediatamente se embrenhou na mata repleta de perigos empunhando seu Magnum 44 com confiança.

    Seguindo o odor familiar de plantas da família Erythroxylaceae, ele logo encontrou um acampamento de guerrilheiros das Forças Revolucionárias. Jackson percebeu que o acampamento estava sendo invadido por um grupo paramilitar estranho, com as iniciais CN no uniforme preto como a noite. As pacíficas forças das FARC não tinham chance contra a selvageria desse grupo desconhecido. Eles não poupavam ninguém em seu caminho: matavam mulheres, chutavam crianças e queimavam as inocentes plantações de coca.

    – Puta merda! – gritou Jackson, indo em direção à ação.

    O defensor do cinema de ação entrou na batalha sem temor contra o violento exército escuro, alternando golpes mortais de Karatê com disparos precisos (e infinitos) de sua pistola. O combate foi brutal. Logo centenas de corpos rodeavam a figura imponente de Jackson que continuava a golpear implacavelmente seus inimigos. Era como assistir a um tigre destroçando ratos.

    – Parado aí, filho da puta! – exclamou uma voz escrachada.

    Jackson se virou e percebeu que um dos poucos sobreviventes das forças CN estava segurando uma mulher refém, com uma pistola apontada para a cabeça dela.

    – Larga a arma, babaca! Ou a belezinha aqui uma vai ganhar uma cranioplastia instantânea! – disse o fanático da CN, com olhos vidrados e péssima higiene pessoal.

    Jackson largou a arma no chão, lentamente.

    – Tá bom amigão – disse o guerreiro – Você quer conversar? Vamos conversar.

    – Eu quero sair daqui! Quero um iate e… E uma real doll! Daquelas bem caras!

    – Não posso fazer isso – respondeu Jackson, olhando nos olhos do fanático.

    – Por que não?

    – Porque malandro é malandro e mané é mané – disse Jackson.

    – Eu sou um caçador! Um herói do Cinema Novo! – gritou o fanático.

    – Não… Você é só um hipster de merda que acha que manja de cinema. E eu sou o maior fã do Michael Bay.

    – Morra! – disse o soldado, apontando a arma para Jackson.

    Naquela fração de segundo Jackson jogou seu canivete, que ele havia escondido anteriormente em sua mão, no olho direito do pretenso sequestrador, matando-o imediatamente. Ele caiu no chão, sem nem sequer ter tempo de disparar um último tiro dramático. A mulher se desvencilhou de seu sequestrador e Jackson se aproximou dela.

    – Qual é seu nome, benzinho? – ele perguntou, em português.

    – Meu nome é Conchita Alonso Gonzalez – ela respondeu, em um inglês perfeito.

    Jackson a olhou de cima para baixo. Ela era uma mulher belíssima. Pele morena, alta, atlética, de cabelos negros esvoaçantes. Jackson flexionou seu bíceps direito com toda sua força na frente dela. Conchita ficou molhada e se apaixonou por ele no mesmo momento. Jackson colocou seu braço ao redor dos ombros dela e comtemplou o horizonte cheio de fumaça de explosões com um olhar perdido.

    – Ele disse Cinema Novo… Agora tudo faz sentido!

    – O que faz sentido? – indagou Conchita.

    – As Forças Fundamentais do Cinema de Ação me enviaram aqui para impedir que esse grupo destrua os campos de coca.

    – Mas porque eles fariam isso?

    – Você não percebe, coração? O cinema de ação é movido a cocaína! Quem quer que seja que esteja comandando o grupo CN quer destruir os blockbusters! – declarou Jackson, acompanhado por uma trilha sonora de suspense.

    CONTINUA…

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • Friamente Calculado | Guerreiro do Blockbuster – Parte 1/5

    Friamente Calculado | Guerreiro do Blockbuster – Parte 1/5

    FC2

    Era uma noite chuvosa e patética. Jackson Good (igualmente patético), após mais uma gravação conturbada do Vortcast, perambulava pelos becos escuros da cidade, cheio de ódio por ter sido mais uma vez humilhado devido seu gosto duvidoso para filmes.

    – Mise-em-scène isso! Mise-em-scène aquilo! Aposto que eles nem sabem o que mise-em-scène significa! – ele resmungava.

    A caminho de seu moquifo ele chutava latas na rua e assustava cachorros com seu comportamento violento.

    – Quem esse Carlos Brito pensa que é? Malditos sejam todos os críticos de cinema! Será que eles não entendem que cinema também é paixão? É explosão?

    Jackson finalmente chegou no prédio abandonado que chamava de casa. Tirou suas roupas molhadas e tomou um banho na bacia de água fria que ficava no canto do cômodo bolorento. Depois se vestiu e se entupiu de macarrão instantâneo e guaraná falsificado, fingindo que aquilo era uma refeição decente. Para terminar a noite com menos dignidade ainda, ele passou algumas horas na Internet, criando perfis falsos e comentando em seus próprios posts no Vortex Cultural.

    O pretenso defensor dos filmes descerebrados logo se entediou e decidiu passar algumas horas no Xvideos. Ele abaixou suas calças e começou sua atividade favorita.

    – Oh, Sasha! Sasha, eu te amo! Se eu pudesse fazer ***** com você! AAAAAHHH! – ele gritou, desmaiando logo após o clímax.

    Ele acordou minutos depois, um pouco desorientado. Quase deu um pulo quando percebeu que havia mais pessoas no seu quarto nojento. Eram dois homens. O primeiro era um sujeito de cabelos e bigodes grisalhos, com traços lituanos, vestido como um coveiro e carregando duas pistolas. O segundo era um asiático, sem camisa, exibindo uma musculatura que parecia ter sido talhada em mármore. De ambos emanava uma aura mística de violência sem limites.

    – Quem…. Quem são vocês? – perguntou Jackson, cagando nas cuecas.

    – NÓS SOMOS AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DO CINEMA DE AÇÃO. – responderam os dois em uníssono.

    – O que querem comigo?

    – VOCÊ FOI ESCOLHIDO, FILHO DO JACK BOM, PARA LUTAR COMO O NOVO DEFENSOR DO BLOCKBUSTER! VOCÊ ESTÁ PRONTO?

    – Sim! Eu esperei por isso toda a minha vida! – respondeu Jackson.

    A transformação começou imediatamente. Raios laser e neon envolveram Jackson, despindo-o de suas vestes mundanas e limpando-o. Até mesmo as fezes na sua bunda desapareceram. Em meio a explosões incríveis (ao fundo), ele recebeu um novo vestuário: uma calça jeans surrada, botas de cowboy pretas, uma jaqueta de couro com “Blockbuster Warrior” escrito em vermelho nas costas, um óculos ray-ban, luvas esportivas e, para completar, um coldre carregando um Magnum 44 cano longo. Sua musculatura também se transfigurou: de um patético arremedo de gente, ele se tornou um halterofilista que exalava testosterona pelos poros.

    – A TRANSFORMAÇÃO ESTÁ COMPLETA. AGORA VOCÊ POSSUI HABILIDADES SOBRE-HUMANAS NA ARTE DE METER A PORRADA. ESTÁ PREPARADO PARA SUA PRIMEIRA MISSÃO, GUERREIRO DO BLOCKBUSTER?

    – É claro. Para onde eu tenho que ir? – perguntou Jackson, com uma voz grave.

    – SUA MISSÃO COMEÇARÁ NA COLÔMBIA, NOS CAMPOS DE COCA DAS FARC!

    – Deixa comigo – respondeu Jackson, enquanto acendia um cigarro.

    Leia a Parte 2/5.

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • [Friamente Calculado] Uma Odisseia no Orkut

    O Orkut está morto. Morto e enterrado sobre uma pilha de lamentos cibernéticos incoerentes. Mas isso significa pouco para mim. Como bom arqueólogo do impossível que sou é meu dever explorar as mais baixas e absurdas expressões da experiência humana. E decidi fazer isso desbravando as várias facetas do Orkut no seu derradeiro mês.

    “Infelizmente”, lembrei-me que não tinha mais uma conta no Orkut. Por isso, com o auxílio de um amigo (que vou identificar somente como M.), consegui acesso à essa “maravilhosa” rede social. Ao meu amigo, posso dizer: o avião foi abatido como planejado. Ninguém desconfia de nada. Eles acreditam que foi acidental.

    *****

    2 de Setembro de 2014

    O Orkut me dá as boas-vinda indicando que o número de visitantes ao meu perfil na semana passada foi zero. A Sorte do Dia é: “A poesia é um eco convidando uma sombra para dançar. – (Carl Sandburg)”. Eu rio amargamente e lembro-me porque odeio redes sociais. Na página do perfil está disposta a mensagem de que o Orkut não estará mais disponível depois do dia 30 de setembro. Em meus devaneios eu me deleito com a ideia de que um dia lerei algo semelhante no Facebook.

    Vou até a comunidade “Fiz um filme pornô em 1932” (17.1889 membros). A última resposta no fórum foi em 30/06/2013. Não há ninguém aqui, nenhuma atividade.

    Menções Honrosas do Fórum:
    • “NINFAS ATREVIDAS AFIM SEXO VIRTUAL WCAM”
    • “Os 20 penteados mais incríveis de uma xana”
    • “alexandremassagem.com.br”

    Vou até a comunidade de música “Uh! indie” (347 membros). Parece que eles têm um novo fórum no Facebook. Eu os ignoro completamente e clico na comunidade “Florence and The Machine” (12.013 membros) ao invés disso.

    Na descrição eu descubro que: Florence Welch, uma formando do curso de artes, diagnosticada com dislexia, dispraxia e dismetria, leva mil e um mundos diferentes para a música.

    É… Acho que por hoje foi suficiente.

    14 de Setembro de 2014

    Por quase duas semanas eu esqueci completamente dessa jornada no Orkut. O que prova duas coisas:
    1. O Orkut é, de fato, completamente irrelevante.
    2. Eu realmente não dou a mínima para essa coluna.

    De qualquer maneira, decido continuar minha exploração virtual dos anais orkuticos.

    Entro na comunidade “Dia da Toalha 25/05 (ao Guia)” (1.754 membros). Na descrição somos apresentados ao significado dessa punheta coletiva da comunidade nerd, que quer tentar dar algum propósito a sua existência fútil tentando trazer aspectos ficcionais para um mundo frio e desumano… É bastante patético.

    Ironicamente, o último tópico do fórum foi no próprio Dia da Toalha, trazendo atenção para o evento nesse ano. Só há a mensagem do criador no tópico, o que faz dele uma das pessoas mais solitárias da Terra (ou da galáxia?).

    Me despeço desse episódio deprimente e tento outra comunidade. Entro na “O dom de ser idiota” (2.120 membros). A último tópico é de 2010, onde uma mulher pergunta como é a versão 2011 do Orkut e se ela é boa. Eu saio dessa comunidade imediatamente.

    Para me divertir, entro na comunidade “Eu sou ninja” (18.736 membros). Não há nada de especial aqui.

    Menções Honrosas do Fórum:
    • “ninja com poderes”
    • “O QUE SERIA SER NINJA?”
    • “Qual a sau arma ninja?”
    • “SUPER HEROIS PODEM EXISTIR”

    Para terminar, vou até a comunidade “Problema mental na cabeça” (11.982 membros), onde um tópico de 2011 me chama atenção. Ele declara: “EU CONFESSO =D”.

    Minha curiosidade me força a clicar no tópico, onde descubro que a confissão da criadora do mesmo é: “EU CONFESSO =D Eu adoro caralho bem grande e grosso”.

    …Eu odeio esse lugar.

    22 de Setembro de 2014

    Me arrependo de verdade por essa coluna… Eu não podia imaginar que o Orkut seria mais deprimente que o suicídio do Robin Williams. Por isso vamos mudar as coisas aqui. Trouxe o melhor amigo dos escritores para me auxiliar nessa jornada maldita: o Sr. Jack Daniels!

    Que comecem os jogos!

    (Primeira dose)

    Eu tento entrar no Orkut e ele falha. Eu olho o calendário e descubro que ainda é dia 22, para minha desgraça. Tento novamente e consigo entrar nessa porcaria.

    (Segunda dose)

    Vou na comunidade “Here is Johhnny!” (230 membros) Aparentemente é uma comunidade para fãs do Iluminado de Kubrick. A última atualização é de 2006. É uma merda.

    (Terceira dose)

    Comunidade “Topa uma suruba???” (174 membros). Bem, esse lixo é autoexplicativo. E vendo os números de membros, pelo jeito ninguém quer transar.

    Menções Honrosas do Fórum:
    • “web cam atva todas as noites”
    • “tem alguem ai afim de uma suruba…”
    • “Descubra seu nome de ator pornô”

    (Quarta e quinta dose)

    Comunidade “Jesus: O Obina de Israel” (73 membros). Pois é… A última atualização é de 2007. É basicamente isso.

    (Sexta dose, bem caprichada)

    Comunidade “Namoro meu computador” (13.188 membros). Segundo a descrição: Para quem é apaixonado por seu computador e não consegue viver sem ele e blá blá blá e um monte de coisa gay.

    Menções Honrosas do Fórum:
    • “COMPROVADO!”
    • “PRIMINHAS GOSTAM SEXO ONLINE NA WEBCAM”
    • “KASAIS ONLINE FAZEM SEXO VIRTUAL WEBCAM”

    (Sétima dose. Porra, tem água nisso aqui?)

    Comunidade “Mulheres de Visual 80´s” (1.285 membros). Tem uma gostosa no… negócio da comunidade. Bem gostosa. A última atualização é de 2012.

    Caralho, só tem tópico merda aqui. Não tem nada de bom. Não tem nada de bom no Orkut. Nada.

    (Sétima dose… Para garantir)

    Comunidade “Monty Python” (4.277 membros). Não tem descrição. Última atualização em 8 de janeiro desse ano… Quem diria?

    Menções Honrosas do Fórum:
    • “Jogando,net/um *27*”
    • “Podcast sobre Monty Python”
    • “Monty Python = Filme Pornô”
    • “UMA DISCUSSÃO POR FAVOR”

    (Oitava, nova e décima dose)

    Comunidade “Alborghetti” (16.811 membros). Comunidade foda, foda mesmo. O Alborghetti é foda. Tudo que ele fala é engraçado. Já viram aquele vídeo dele falando cê é louco? É foda demais. A última atualização é de 2 de julho.

    Mas a comunidade não presta. Só tem viado e puta. É mais uma comunidade que não vale nada nessa bosta de Orkut! Porra! Não tem nada que preste nessa porra de rede social! Porra! Que merda!

    (Foda-se o copo. Eu não preciso dele. Eu não preciso de nada.)

    Comunidade “Sylvester Stallone” (14.493 membros). Última atualização em 2013. Porra, já estamos em 2014…

    Anos 2000, a Era da ficção científica! Qual o problema com o mundo, porra? Nós já devíamos ter bases na Lua agora… E o máximo que a gente conseguiu foi tablets! Fodam-se os tablets, cara! Tablet é coisa de bicha! Cadê a minha mochila a jato, porra?

    PORRA!!!

    (Dose X)

    Eu admito, essa não foi minha melhor coluna. Eu pensei que a ideia seria divertida… Ver o fim de uma rede social e tal. O problema é que não tem ninguém nessa merda. Ninguém mesmo. Isso aqui está mais morto que o Hermes e Renato.

    Mas que se foda. Mesmo sendo uma merda, essa coluna já foi melhor que todas essas críticas gays postadas no Vortex Homossexual. Porra, será que esse site não tem nada de legal? Não tem nem peitinho nessa porra!

    Ah, que se foda… Eu vou dormir. Falooooooou!

    28 de Setembro de 2014

    Estamos de volta no Orkut. Por quê? Porque você merece, leitor.

    Entro nessa porcaria de Orkut e ele me diz que a Sorte do Dia é: “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos sonhos (Eleanor Roosevelt)”. É tão bonito que eu quase choro.

    Vou tentar acabar com isso rápido.

    A primeira comunidade do dia é “Graduações inexistentes” (11.459 membros). É uma comunidade para jovens virginais que não sabem o que fazer na faculdade, etc. A última postagem é de 2012 e o site parece cheio de comunistinhas de faculdade.

    Menções Honrosas no fórum:
    • “ESSE VÍDEOS É INÉDITO! MULHER MELANCIA METENDO DLÇ”
    • “MuSpace”
    • “PQ DEVERIAMOS LUTAR PELA DEMOCRACIA DIGITAL”
    • “Injustiça na china! Devemos Boicotar?”

    Segunda comunidade: “CHARLES BRONSON” (7.795 membros)”. É obviamente uma comunidade dedicada ao brucutu original. A última atualização é de 2013 e os tópicos do fórum se concentram quase que exclusivamente em lançamentos de DVDs dos filmes do velho Charles. Aparentemente é uma comunidade normal.

    Terceira Comunidade: “Eu vejo capacitores” (10.557 membros). Na imagem da comunidade temos Haley Joel Osment, participando do filme “O Sexto Sentido”. Como descrição temos:
    “- Com que frequência?
    – 60 Hz.”

    É… vamos para quarta comunidade.

    Quarta Comunidade: “Eu vou matar todo mundo” (74.459 membros). Surpreendentemente existem pessoas aqui. No fórum, o último tópico nomeado de “Confessionário” tem atualizações do dia 17 de setembro.

    Leio as últimas mensagens e, sem nenhuma surpresa, é só lixo.

    Quinta Comunidade: “MELHORES DO MUNDO” (1.606 membros). Na descrição temos: Um site de nerds safados sobre Cinema, quadrinhos, TV, bonequinhos em um só lugar. O Ápice da cultura Nerd! E um link que não funciona mais.

    Menções Honrosas no Fórum:
    • “Upload de Podcasts antigos perdidos”
    • “Ajuda com nomes de desenhos”
    • “Saiu do ar”
    • Enquete: “Qual o MDM Autoboqueteador???”

    Isso me fez lembrar de uma coisa. Procuro uma comunidade no Orkut e encontro o que buscava: “Incrível Hulk (BRASIL)” (9.591 membros). Clico em “Seguir comunidade” e começo a fazer parte desse antro infectado, surpreso por ainda estar em atividade.

    Crio um tópico chamado “NOVO FILME DO HULK CONFIRMADO PELA MARVEL!!!” e deixo essa imagem para eles: http://noyouare.lixlink.com/wp-content/uploads/2012/06/hulk_banging.jpg

    Eu quase me lembro do quanto o Orkut era divertido.

    Por fim, procuro pela comunidade “Vortex Cultural” e o Orkut não consegue encontrar nada. Absolutamente nada.

    30 de Setembro de 2014

    Finalmente.

    Tento acessar essa sucursal da depressão e sou surpreendido com a seguinte mensagem: De janeiro de 2004 a setembro de 2014, milhões de pessoas, espalhadas pelo mundo todo, se reuniram para discutir interesses comuns em uma vasta coleção de comunidades do Orkut. Com o objetivo de preservar a história de conexões e conversas do Orkut, este arquivo traz todo o conteúdo público dessas comunidades.

    Traduzindo: embora o Orkut esteja morto, essa ignorância coletiva de milhões de pessoas continuará a fazer parte da Internet pelas décadas que virão. E quem sabe, talvez para todo o sempre.

    Eu não tenho nada de positivo para dizer sobre isso.

    *****

    Eu passei o último mês desbravando o moribundo Orkut, visitando comunidades que chocariam Dante Alighieri e descobrindo pessoas que enojariam Charles Manson. Se eu soubesse o que eu sei agora… Eu nunca teria empreitado essa jornada.

    Essa experiência só reforçou um ensinamento que aprendi a muitos anos atrás: Às vezes, a morte é uma coisa boa.

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • [Friamente Calculado] Aguardando Moderação

    [Friamente Calculado] Aguardando Moderação

    Senhoras e senhores, venho por meio dessa coluna fazer uma denúncia.

    Recentemente escrevi um texto que revelava toda a verdade sobre a Copa do Mundo, o evento realizado pela organização terrorista conhecida como FIFA, que atualmente tomou o poder em nosso país. A genialidade de meu texto (como sempre) expunha todas as mentiras, falácias e mal-entendidos criados pela existência desse evento.

    Infelizmente, vocês nunca lerão essa coluna especial sobre a Copa do Mundo. Por quê? Porque essa coluna foi censurada pelo Vortex Cultural.

    Sim, você leu corretamente: o Vortex Cultural me censurou. Eu, o autor mais amado do Hemisfério Sul!

    Mas que fique bem claro, não estou surpreso pela censura em si. Eu já esperava isso, desde a primeira vez que postei aqui. Sempre fui conhecido pelos meus textos polêmicos de alto teor revolucionário, e um site assumidamente coxinha e reacionário como o Vortex eventualmente se veria forçado a barrar meu conteúdo. Afinal, não é preciso saber muito sobre política para perceber que esse site faz parte do círculo Marxista-Nazista-Semita-Totalitário-Liberal-Maçom que vem comandando a América Latina desde 1845.

    O que me deixou surpreso de verdade foi a velocidade com que tudo ocorreu. Veja bem, essa seria somente minha terceira postagem e já fui censurado. Se formos acreditar no alarmismo da linha editorial desse site, é de se esperar que minha décima coluna derrube a República Norte-Americana e comece a Terceira Guerra Mundial! (Não que eu não possa fazer isso, mas…)

    E o fato da censura também levanta a pergunta: o que foi escrito de tão radical ao ponto de não poder ser postado? Serão supostas revelações de dinheiro sujo que rola por trás dos bastidores da FIFA? A relação entre candidatos à presidência e o vício com cocaína? Apologia ao crime e violência em manifestações públicas? Críticas à brutalidade policial? A verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade? Uma piada sem graça? Futebol?

    Você só saberá disso, leitor, se cobrar respostas do editorial corrupto e fascista do Vortex.

    Bem, como ato de vingança contra esse editorial filho-da-puta, vou contar os terríveis gostos sexuais daquele que é o verdadeiro responsável por essa postagem ter sido barrada. Aparentemente, suas preferências já são de conhecimento de toda a equipe do Vortex, mas ninguém ousa discutir nada sobre o assunto por medo de represálias. Como não sou covarde e nem faço favores sexuais para conseguir que meus textos sejam publicados aqui (todo mundo sabe, Filipe), aqui está o relato na íntegra:

    Dizem os boatos que [CENSURADO] gosta de [CENSURADO] o [CENSURADO] de seu parceiro depois de um dia de trabalho quente e cansativo. O que lhe excita é o fato de que o [CENSURADO] está todo pegajoso e fedendo, o que lembra o cheiro do [CENSURADO] caseiro que sua avó costumava fazer quando o mesmo era pequeno. Porque isso excita ele? Porque ele, aparentemente, [CENSURADO] a sua própria avó, usando o [CENSURADO] como [CENSURADO], que geralmente causava [CENSURADO] no [CENSURADO] dele e na [CENSURADO] dela. Isso quando ele não [CENSURADO] o cachorro da família, junto com a sua irmã mais nova, a qual [CENSURADO] nele todo dia depois da escola, usando um [CENSURADO] para aumentar o [CENSURADO] dele e poder [CENSURADO] mais [CENSURADO] no [CENSURADO], podendo assim [CENSURADO], cobrindo o rosto de ambos como se fosse uma máscara. Sem falar nas [CENSURADO] diárias.

    Enfim, o que mais me entristece nessa história toda é saber que a liberdade de expressão ainda não é respeitada em nossa época, e que motivações políticas cerceiam nosso direito democrático de defender opiniões por meio de uma argumentação saudável.

    Ou vai ver, eles só fizeram isso porque eu sou negro.

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • [Friamente Calculado] Minha Noite com Justin Bieber

    [Friamente Calculado] Minha Noite com Justin Bieber

    Há quatro anos, por uma razão ainda desconhecida pela ciência, eu decidi ligar uma televisão e assistir ao canal MTV. Para minha completa falta de surpresa, uma criatura andrógina apareceu na tela e começou a cantar uma melodia irritante. Na metade do horrível clipe eu decidi que aquele ser só poderia ser uma menina, não mais velha do que doze anos de idade. Só podia ser isso, de acordo com suas características físicas. Só podia ser isso, eu acreditava.

    Logo depois, fiquei pessoalmente irritado com aquilo. Afinal, era muita cara-de-pau da indústria de música norte-americana de tentar vender uma pobre criança como um astro pop. Precisávamos mesmo de outro desastre como Michael Jackson?

    O tempo passou e eu não dei mais atenção ao assunto. Eventualmente a verdade veio à tona. Descobri que aquele artista era um homem e seu nome era Justin Bieber. E que ele não era uma criança, mas um adolescente de dezesseis anos de idade. E o mais chocante: ele era canadense! Eu fiquei sem reação ao saber de tudo isso.

    Esse foi meu primeiro contato com Justin Bieber. Até hoje eu guardo a memória nítida de como aquilo me afetou negativamente. Não só eu estava irritado como estava confuso.

    Anos mais tarde, o destino iria me mostrar que eu não estava tão errado em minha primeira reação quanto ao astro pop.

    *****

    Era novembro do ano passado e eu tinha um trabalho no Rio de Janeiro. Mais um alvo padrão: colombiano, traficante de cocaína, gordo, idiota e, claro, viciado em animes. Meus contatos diziam que ele iria passar uma noite em um puteiro, o que me dava a oportunidade perfeita para o serviço. Um puteiro no Rio de Janeiro, pensei. Muito apropriado.

    Preparei o terreno com antecedência e me vesti a rigor. Coloquei a máscara e o uniforme negros. Me armei com pistolas, granadas, metralhadoras, facas, rifles, dinamite, bazucas e um revólver. É, dava pro gasto. Ainda não tinha decidido se iria me livrar dele com uma pistola ou uma lâmina.

    Entrei sorrateiramente no recinto. Explodi a porta do quarto onde o alvo estava com explosivo plástico. Adentrei o quarto e notei que o alvo estava acompanhado de duas profissionais do sexo em cima dele, vestidas como Asuka e Rei. Ambos me olharam com medo por um segundo. Foi o tempo que levou para eu sacar e acertar uma shuriken na testa do alvo, matando-o imediatamente. As prostitutas começaram a gritar e pude ouvir os guardas do alvo se aproximarem. Saí pelo corredor e corri até o elevador recém chegado ao andar.

    Entrei antes que as portas se fechassem. Foi quando percebi que havia uma garota ali comigo.

    *****

    Agarrei-a com rapidez, fechando-lhe a boca. Pude sentir seu corpo leve e frágil se tencionar por completo sob o toque de minhas mãos. Esperei ela entender a situação. Ela relaxou um pouco, então retirei minha mão lentamente de seus lábios.

    “Q-Quem é você?”, ela me perguntou em um inglês perfeito.

    “Isso não importa. O que importa é que sou perigoso. E eu posso fazer o que quiser com você”, respondi com minha voz áspera e meu inglês de Cambridge.

    Senti-a se retesar novamente. Não pude deixar de notar a volúpia de seu corpo. Era difícil manter o profissionalismo perto de uma figura tão atraente como aquela.

    “A questão é: quem é você, mocinha?”, perguntei.

    “E-eu sou… Justin Bieber”, ela respondeu, em um desabafo.

    Por um momento minha mente não processou a informação. Virei-a completamente, até poder olhar diretamente para ela. Então percebi: era, de fato, Justin Bieber, o cantor pop mundialmente famoso. Seus olhos gentis me olhavam com medo e sua face se enrubescia de vergonha.

    “Mas que porra? O que você está fazendo aqui?”, exclamei.

    Ele (?) me olhou confuso, sem saber o que responder. Ouvi as vozes dos guardas se aproximando e tive que agir rapidamente. Agarrei Justin pela cintura e o apoiei em minhas costas. Escalei as paredes do elevador e sai pela portinhola superior. Subi pelos cabos de aço, com Justin a tiracolo, enquanto os guardas descarregavam sua munição no elevador vazio. Chegamos até o terraço do pequeno edifício e pus Justin de pé.

    “E agora? Estamos sem saída!”, declarou Justin, com sua voz angelical.

    “Sempre há uma saída. E eu sempre estou preparado”, respondi.

    Fui até a porta de acesso do terraço, onde havia uma grande massa apoiada na lateral, coberta por um pano negro. Retirei a camuflagem e revelei a Kawasaki Ninja 300, totalmente preta, que eu havia posto ali caso surgisse uma emergência como aquela. Subi na motocicleta e olhei para Justin.

    “Vai subir ou quer morrer aqui?”, intimei-o.

    Ele se levantou desajeitadamente e correu afeminadamente até a moto, onde montou na garupa e se agarrou firmemente a minha cintura com suas mãos aveludadas. Essa sensação já estava me incomodando, mas eu não tinha tempo para lidar com aquilo agora.

    “Que barulho é esse?”, Justin me interrompeu.

    Percebi o ruído e entendi que tínhamos pouco tempo. Empinei a moto e comecei a acelerar. Foi nesse momento que o helicóptero com os guardas apareceu e a chuva de balas começou a cair sobre nós. Preparei o salto com precisão. A moto saltou entre um terraço e outro e eu saquei minhas duas metralhadoras uzi no ar, cravando o helicóptero de projéteis até ele explodir, matando todos em uma gloriosa bola de fogo. Justin não pôde conter o grito típico de adolescente histérica até pousarmos do outro lado. Depois de sairmos da moto, percebi que o astro pop estava tremendo.

    “Você pode conseguir um táxi aqui perto. Até mais”, disse a ele, me retirando.

    “Não, espere”, ele (?) disse. “Me leve com você”, pediu timidamente, fitando-me com aqueles lindos olhos castanhos.

    Percebi que poderia aproveitar aquela oportunidade para sanar minha dúvida.

    *****

    Chegamos até o meu quarto de hotel, onde o jovem se acomodou e eu tomei um banho para tirar o cheiro de sangue e pólvora da minha pele. Saí do banheiro somente com a toalha, cobrindo minha cintura, e minha máscara. O artista pop olhou-me surpreso, mas desviou o olhar, fingindo não ter manjado a minha rola.

    “Você nunca tira a máscara?”, Justin perguntou, tentando mudar de assunto.

    “Não”, respondi secamente. “Nunca”.

    Bieber cruzou as pernas de uma maneira peculiar, o que me chamou atenção.

    “Então, você é uma espécie de assassino?”, ele me interrogou.

    “Não te interessa. Eu sou o cara que salvou sua vida e isso é tudo que você precisa saber”, respondi, enquanto me servia de uísque.

    Observei o suposto garoto por um instante e decidi arriscar.

    “Sua postura, sua voz, suas feições, seu perfume… Me diga, o que tem de tão estranho em você?”, perguntei.

    Justin me olhou atônito, como se eu tivesse contado uma anedota sexual sobre a mãe dele.

    “E-eu não sei do que você está falando!”, ele respondeu, com uma voz mais feminina do que o normal.

    Me aproximei. Ele estava visivelmente desconfortável e tentando esconder algo. Eu não tinha mais paciência para aquele joguinho, então subitamente coloquei minha mão em sua virilha e apertei. Justin deu um salto e caiu na cama onde estava sentado. Eu olhei para ele e sorri, com minhas dúvidas respondidas. Não havia nada ali, nenhum pacote em sua calça.

    “Sempre desconfiei que você fosse mulher”, comentei. “Porque a fachada?”, perguntei.

    Justin olhava para o teto sem falar, atônita. “Eles convenceram minha mãe a fazer isso, quando eu ainda era bem jovem. Disseram que eu nunca faria todo o sucesso que eu poderia sendo mulher… Que fingindo ser um menino eu ganharia muito mais fama”.

    “Qual é seu nome de verdade?”, interroguei.

    “Justina”, ela respondeu finalmente. “Justina Bieber. Você é a primeira pessoa para quem eu conto isso em anos”, completou.

    “E quanto as suas namoradas? Selena Gomes?”, indaguei.

    “Ah, é tudo fachada. A indústria da música já faz isso há décadas para encobrir a orientação sexual de seus artistas. E a Selena é uma grande amiga… Na verdade o problema dela é o inverso do meu.”, ela comentou.

    “Como assim?”, perguntei.

    “Bem, ela na verdade é um homem fingindo ser uma menininha”, respondeu.

    “Oh”, eu disse, enojado com a indústria da música. “Diga-me Justina… Você já teve um namorado?”, perguntei impulsivamente.

    “Na-não. Nunca tive tempo para essas coisas. Dedico todo meu tempo a minha carreira…”, ela respondeu, melancólica.

    O silêncio tomou conta do recinto. A tensão sexual entre nós era quase palpável no ambiente. Ela me olhava com desejo e receio e eu a olhava com uma ereção massiva. Não pude mais me conter e me atirei contra ela, beijando sua boca e abraçando seu corpo macio. Arranquei as calças dela em um movimento. Ela soltou um leve grito quando aproximei minha cabeça entre suas pernas e comecei a beijar seus lábios… Lambendo sua flor intocada.

    “Não, não faça isso!”, ela implorou com um sussurro. “Eu nunca fui tocada aí!”.

    Ela começou a gemer alto com sua voz angelical. O ritmo aumentando e seu corpo ficando cada vez mais relaxado. Até que, enfim, ela encontrou o clímax. Envergonhada de seu lindo orgasmo, ela abriu os olhos, me convidando a fazer mais. Eu retirei minha toalha e ajeitei o quadril dela na cama. A penetração foi lenta e vigorosa. O corpo de Justina se contraiu com a entrada e ela deu um gemido de dor quando seu hímen foi rompido, mas logo estávamos em um ritmo alucinado.

    Continuamos durante toda a noite. Suor, sêmen e saliva se misturavam enquanto nossos corpos se deliciavam mutuamente. Logo Justina revelou-se uma típica menina de família: recatada e virginal nas aparências, mas uma puta maluca na cama. Quando menos percebi já estávamos brincando de quantos objetos podíamos colocar em sua vagina. Foi um sexo selvagem e descontrolado. Eu mesmo não transava assim desde a quarta série.

    Ao raiar do Sol, eu já tinha violado Justin Bieber em todos os seus orifícios. Ela, exausta e satisfeita, caíra em um sono profundo na cama, dormindo como um anjo. Eu, por outro lado, estava bem acordado e contemplando um dilema:  ia embora como sempre ou ficava e tentava algo novo com a minha vida?

    Como criatura do hábito que sou, segui meu código e decidi ir embora. Mas não pude ir sem antes lhe dar um beijo de despedida.

    *****

    Nunca mais encontrei Justin Bieber.

    Às vezes me pego pensando o que poderia ter sido da nossa história se eu tivesse permanecido naquela noite. Eu teria largado minhas armas e começaria uma família com ela? Ela ainda fingiria ser homem para ganhar dinheiro de fãs retardadas? Ficaríamos juntos?

    De qualquer maneira, são águas passadas.

    Eu sempre guardarei na memória o perfume do seu cabelo e a maneira erótica com que ela gritava “Baby! Baby! Oww!” a cada estocada que eu dava em seu cu.

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • [Friamente Calculado] De Nada

    [Friamente Calculado] De Nada

    [INÍCIO DE TRANSMISSÃO]

    Olá, meus novos súditos.

    Como alguns de vocês devem ter percebido, agora faço parte da Família Vortex Cultural. E não me orgulho nem um pouco disso. Mas isso é assunto para outro momento.

    Ganhei minha fama na Internet, e no mundo, com meu fanfic especial de Natal chamado Tesões Enrustidos. Foi algo inovador na história desse site e na história do Brasil. Desde o começo eu sabia que estava brincando com forças Arcanas além dos limites conhecidos pela Mente Humana e que, no final, eu estaria abrindo portas proibidas nos cérebros dos leitores que nunca mais poderiam ser fechadas… E eu nunca me importei.

    Depois do sucesso estrondoso do fanfic, Flávio Vieira (hoje casado com Rafael Moreira e pai de dois filhos) me implorou para fazer parte da equipe do Vortex Cultural. E eu, é claro, recusei. Mas sua insistência foi tanta que depois da quinquagésima terceira vez eu decidi dar uma chance ao site.

    Ingressei há pouco tempo com o conto Pela Graça do Senhor, o que deveria ter me garantido um Pulitzer e um Nobel, mas me foram negados por causa da inveja de algumas pessoas que desejo não citar aqui.

    De qualquer maneira, fiz algumas pequenas exigências para escrever no site e agora sou o Rei/Chefe/Ditador desse pequeno pedaço de excremento virtual. E, como figura política, faço as seguintes promessas:

    – Vou transformar o Vortcast em um podcast de qualidade superior. Com conteúdo suficiente para fazer frente à Biblioteca de Alexandria, e entretenimento o bastante para competir com um puteiro de beira de estrada.

    – Está declarada guerra contra os sites que levam o entretenimento a sério. JovemNerd, Omelete, MRG, etc, seus dias de mediocridade estão contados, filhos-da-puta. Faço questão de estar presente na futura execução de cada um de vocês.

    – Vou usar todo o meu poder para destruir essa doença que vêm se espalhando pelo Vortex Cultural: Pablo (Villaça?) Grilo e seu servo otaku, Nicolau Aoshi. Tenho plena certeza de que nenhum progresso é possível em um Universo em que essas duas criaturas existam.

    E podem ficar tranquilos, tenho experiência em sumir com pessoas indesejáveis. Lembre-se de Pedro Lobato. “Quem?”, você pergunta. Exatamente.

    – O ensaio fotográfico com Isadora Sinay vai sair. Pode apostar a vida da sua mãe nisso.

    – [CENSURADO]

    – Como o bom filantropo que sou, vou dedicar parte do meu precioso tempo para alfabetizar Jackson Good e Filipe Pereira. Porque ninguém deve sofrer preconceito em nossa sociedade civilizada… Por mais burra que essa pessoa seja.

    E quanto a vocês, caros comentaristas, é melhor se comportarem… Ou eu mato vocês! Hahahaha!

    Mas falando sério: eu sei onde cada um de vocês mora.

    A Era da Zoeira começa agora.

    [FIM DE TRANSMISSÃO]

    Texto de autoria de “The Nindja”.