(Atenção: a crítica a seguir comenta acontecimentos dos números lançados de The Dark Knight III: The Master Race. Se não quiser saber nenhuma informação a respeito, interrompa a leitura – mas retorne a ela após ter lido as edições).
A morte de Bruce Wayne na edição anterior foi estabelecida como um gancho desesperado para trazer alguma ação a uma história com pouco desenvolvimento. Levado por Superman até um poço de Lázaro para ser revitalizado, tudo indica que agora o Cavaleiro das Trevas está apto para lutar contra a invasão kryptoniana de igual para igual, afinal, pelas cenas é possível imaginar que ele também foi rejuvenescido.
O sétimo volume de The Dark Knight III: The Master Race mantém a narrativa lenta, focando no final da batalha com os kryptonianos como o único ato em cena, ao menos, apresentando outros personagens que foram brevemente citados. A principio, além de Superman e Batman, a história demonstra também a reação da nova Robin diante da vitória. Ao perceber a morte do mentor, abala-se mas logo parece admitir que o manto é maior do que um único indivíduo. Enquanto isso, Lanterna Verde continua sua peregrinação no deserto, observando o quanto se sentiu um deus ao possuir o anel e Átomo, ainda preso microscopicamente, procura uma maneira de retornar ao mundo visível. Enquanto Lara é julgada pelos kryptonianos devido a sua origem, metade marciana metade amazona. O mesmo argumento que proporcionou a discussão e batalha entre Diana e a filha na edição passada.
A trama se encerra em uma emboscada, com os vilões atrás do outro filho de Clark, um bebê que vive aos cuidados das amazonas. Uma cena com certo impacto que pode apresentar um grande combate entre os dois guerreiros. Porém, considerando os números anteriores, qualquer desfecho bem realizado pode ser executado com pouca ação. De qualquer maneira, a Trindade parece finalmente reunida em cena, um fato sempre agradável de se ver nas histórias em quadrinhos. É nesta edição também que se lembram da ideia inicial de múltiplas vozes através da mídia e, mesmo que por poucas cenas, a imprensa e as comunicações virtuais reaparecem, dialogando com os fatos acontecidos. Uma ideia interessante, utilizada inicialmente nesta trama mas deixada de lado nos números posteriores.
A segunda história vem mantendo bom destaque ao ser capaz de explorar os personagens secundários com maior adequação e aprofundando um pouco em sua trama pessoal, no momento em que acontece a ação da saga principal. Neste número, o enfoque retorna para Hal Jordan que reencontra seu anel e volta a se tornar um Lanterna Verde e ao Gavião-Negro e a Mulher-Gavião, observadores da ação envolvendo Hal.
Após apresentar o retorno do Cavaleiro das Trevas, reassumindo seu posto como herói e um chamado informal aos diversos outros heróis do panteão da DC Comics, a história parece direcionada para o final, um impactante combate entre kryptonianos e amazonas. Mas, evidentemente, tudo em Raça Superior parece propositadamente anticlimático, sendo possível, ainda, um desfecho que não consagre, em nenhum momento, uma ação imediata. Porém, não há mais tempo para seus autores desenvolverem a trama de maneira pausada, faltam apenas dois números e, ao menos, espera-se uma boa realização final. A trama desse sétimo número conduz o leitor a um possível grande ápice, seria lamentável que não utilizassem a boa sustentação do suspense desta edição. Bruce Wayne está de volta e pronto para a batalha.
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Tanto a narrativa quanto a periodicidade são tão lentas que já nem sei mais dizer se esta série é boa ou ruim!