E lá vamos nós falar de mais um mangá de Zelda, desta vez abarcando os jogos Majora’s Mask e A Link to the Past. O primeiro é uma continuação de Ocarina of Time, mas que funciona como uma história autônoma. Já A Link to the Past é uma história fechada enquadrada na cronologia louca de Zelda, e sim, também funciona sozinha. A arte, mais uma vez, ficou a cargo de Akira Himekawa, pseudônimo de uma dupla de artistas muito talentosas.
Majora’s Mask é uma relíquia poderosíssima capaz de realizar desejos. Quando a famigerada máscara cai em mãos erradas, o mundo é fadado a um apocalipse: a lua colidirá com o mundo, destruindo-o. Nosso herói Link entrará em uma jornada para evitar esta tragédia.
Esta p primeira história é um pouco mais sombria, com um bom clima de urgência. Link encontrará criaturas mitológicas para que ajudem o mundo. E claro, usará diversas máscaras com poderes diversos para vencer os obstáculos. A história flui bem, há momentos mais leves e divertidos, e no geral, é satisfatório.
Logo após o término de Majora’s Mask teremos uma história original feita por Akira Himekawa contando a origem da poderosa máscara. É uma espécie de fanfic autorizado, e ficou muito legal.
A segunda metade do volume terá como base A Link to the Past, o clássico do Super Nintendo, um dos jogos preferidos dos fãs de Zelda. Como é de praxe, a aparência de Link muda em relação às outras histórias (Majora’s Mask é uma exceção, pois manteve a aparência de Ocarina of Time, afinal é uma continuação direta).
Link é órfão e mora com seu tio. Ambos têm uma vida calma plantando maças. Porém, na fatídica noite chuvosa, Link ouve uma voz em sua mente, uma garota pedindo socorro, dizendo que etá presa no palácio. Ele percebe que seu tio não está em casa e decide ir até o palácio verificar.
Para sua total infelicidade, encontra seu tio gravemente ferido, e ali descobre uma terrível ameaça: o mago Aghanim pretende tomar o poder de Hyrule. Para isso, oferecerá como sacrifício a princesa Zelda, a dona da misteriosa voz que chamou por Link. O jovem garoto carregará o pesado fardo de evitar esse plano nefasto de Aghanim.
Este segmento do mangá já não é tão bom. Por mais que o jogo seja querido pelos fãs e tenha coisas interessantes, há um pequeno excesso de textos e explicações que tiram a fluidez da leitura, tornando-a cansativa. A história não é tão interessante a ponto de exigir tantos detalhamentos, e talvez este seja o erro de A Link to the Past. Talvez seja uma impressão errada que tive, ou mesmo que o estilo da narrativa e das histórias dos mangás de Zelda tenham me saturado um pouco, afinal existe uma certa fórmula que traz semelhanças entre as histórias. Em geral, todos os mangás resenhados até agora possuem hkstórias simples, com algumas pitadas de complexidade, mas que na essência são aventuras básicas (o que não é um problema).
Dito isso, este volume, assim como todos os outros até aqui resenhados (Ocarina of Time e Oracle of Seasons/Ages) são mais voltados aos fãs dos jogos. Nada impede que outras pessoas se divirtam com as aventuras do Link e apreciem a excelente arte da obra, mas saibam que não há tramas extraordinárias. A simplicidade funciona muito bem nos jogos, que são aliados à jogabilidade característica da série. De qualquer forma, é muito bom ter esse material no Brasil, e a edição da Panini é caprichada, com ótimo papel e acabamento.