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  • Resenha | The Legend of Zelda: The Minish Cap | Phantom Hourglass – Perfect Edition

    Resenha | The Legend of Zelda: The Minish Cap | Phantom Hourglass – Perfect Edition

    The Legend of Zelda não se restringe aos videogames. Diversos de seus jogos foram adaptados para as páginas de mangá, inclusive Ocarina of Time, Oracle of Ages, Oracle of Seasons, Majora’sMask e A Link to the Past. Hoje falaremos de mais uma edição lançada pela Panini, desta vez adaptando os jogos The Minish Cap e Phantom Hourglass.

    A primeira história deste volume é The Minish Cap, adaptada do ótimo jogo homônimo do Game Boy Advanced. Aqui,o vilão Vaati transforma a princesa Zelda em pedra. Então, Link precisará sair em uma aventura para reverter o feitiço. Durante a aventura, encontra Ezlo, um curioso gorro que fala (aquele da ilustração da capa). Link também encontrará o povo pequenino Picori, que serão de grande ajuda.

    Já na segunda história, temos Phantom Hourglass. Nesta aventura, Link e seus amigos, ao navegar pelos mares, encontram um sinistro navio fantasma. Tetra, uma de suas amigas, resolve explorar o navio em busca de tesouros, mas acaba desaparecendo. Link terá que encontrar sua amiga desaparecida e, claro, sua aventura se cruzará com o artefato que dá título a esta história: a Ampulheta Espectral.

    Todos os mangás de Zelda, incluindo este, foi produzido por Akira Himekawa, que é, na verdade, o pseudônimo de uma dupla de artistas japonesas muito talentosas. Nesta edição, temos como material extra várias informações de bastidores sobre a produção do mangá e a apresentação das artistas.

    Como é de praxe, cada história segue o estilo visual de seu respectivo jogo, o que dá uma atmosfera um pouco diferente a cada segmento. A versatilidade artística de Himekawa sempre é digna de nota. Porém, devemos ressaltar algo importante. Todos os mangás de Zelda analisados até o momento têm qualidades e defeitos muito parecidos. A parte visual sempre é a maior qualidade. Já o defeito maior está na própria história. São tramas simples, sem grandes surpresas ou elementos memoráveis. Elas funcionam muito bem nos jogos, visto que o maior atrativo em Zelda é a jogabilidade e exploração dos cenários. Adaptar estas histórias para o mangá é algo que, aparentemente, agradará mais aos fãs. Quem prefere histórias mais maduras e complexas não vai gostar destas adaptações (talvez de Ocarina of Time).

    Quanto a esta edição, The Minish Cap/Phantom Hourglass, achei a leitura um pouco mais cansativa do que as demais. Mas não é porque esta edição seja inferior às outras. Acredito que se deva ao fato de ter lido os outros três volumes que possuem uma fórmula parecida, tanto na história quanto no estilo narrativo. O cerne das histórias são muito parecidos. Nos jogos, isso até funciona, pois suas jogabilidades e estilos são diferentes. Portanto, esta edição é recomendada principalmente aos fãs de Zelda ou àqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre os vários universos criados em cada jogo.

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  • Resenha | The Legend of Zelda: Majora’s Mask | A Link to the Past – Perfect Edition

    Resenha | The Legend of Zelda: Majora’s Mask | A Link to the Past – Perfect Edition

    E lá vamos nós falar de mais um mangá de Zelda, desta vez abarcando os jogos Majora’s Mask e A Link to the Past. O primeiro é uma continuação de Ocarina of Time, mas que funciona como uma história autônoma. Já A Link to the Past é uma história fechada enquadrada na cronologia louca de Zelda, e sim, também funciona sozinha. A arte, mais uma vez, ficou a cargo de Akira Himekawa, pseudônimo de uma dupla de artistas muito talentosas.

    Majora’s Mask é uma relíquia poderosíssima capaz de realizar desejos. Quando a famigerada máscara cai em mãos erradas, o mundo é fadado a um apocalipse: a lua colidirá com o mundo, destruindo-o. Nosso herói Link entrará em uma jornada para evitar esta tragédia.

    Esta p primeira história é um pouco mais sombria, com um bom clima de urgência. Link encontrará criaturas mitológicas para que ajudem o mundo. E claro, usará diversas máscaras com poderes diversos para vencer os obstáculos. A história flui bem, há momentos mais leves e divertidos, e no geral, é satisfatório.

    Logo após o término de Majora’s Mask teremos uma história original feita por Akira Himekawa contando a origem da poderosa máscara. É uma espécie de fanfic autorizado, e ficou muito legal.

    A segunda metade do volume terá como base A Link to the Past, o clássico do Super Nintendo, um dos jogos preferidos dos fãs de Zelda. Como é de praxe, a aparência de Link muda em relação às outras histórias (Majora’s Mask é uma exceção, pois manteve a aparência de Ocarina of Time, afinal é uma continuação direta).

    Link é órfão e mora com seu tio. Ambos têm uma vida calma plantando maças. Porém, na fatídica noite chuvosa, Link ouve uma voz em sua mente, uma garota pedindo socorro, dizendo que etá presa no palácio. Ele percebe que seu tio não está em casa e decide ir até o palácio verificar.

    Para sua total infelicidade, encontra seu tio gravemente ferido, e ali descobre uma terrível ameaça: o mago Aghanim pretende tomar o poder de Hyrule. Para isso, oferecerá como sacrifício a princesa Zelda, a dona da misteriosa voz que chamou por Link. O jovem garoto carregará o pesado fardo de evitar esse plano nefasto de Aghanim.

    Este segmento do mangá já não é tão bom. Por mais que o jogo seja querido pelos fãs e tenha coisas interessantes, há um pequeno excesso de textos e explicações que tiram a fluidez da leitura, tornando-a cansativa.  A história não é tão interessante a ponto de exigir tantos detalhamentos, e talvez este seja o erro de A Link to the Past. Talvez seja uma impressão errada que tive, ou mesmo que o estilo da narrativa e das histórias dos mangás de Zelda tenham me saturado um pouco, afinal existe uma certa fórmula que traz semelhanças entre as histórias. Em geral, todos os mangás resenhados até agora possuem hkstórias simples, com algumas pitadas de complexidade, mas que na essência são aventuras básicas (o que não é um problema).

    Dito isso, este volume, assim como todos os outros até aqui  resenhados (Ocarina of Time e Oracle of Seasons/Ages) são mais voltados aos fãs dos jogos. Nada impede que outras pessoas se divirtam com as aventuras do Link e apreciem a excelente arte da obra, mas saibam que não há tramas extraordinárias. A simplicidade funciona muito bem nos jogos, que são aliados à jogabilidade característica da série. De qualquer forma, é muito bom ter esse material no Brasil, e a edição da Panini é caprichada, com ótimo papel e acabamento.

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  • Resenha | The Legend of Zelda: Oracle of Seasons | Oracle of Ages – Perfect Edition

    Resenha | The Legend of Zelda: Oracle of Seasons | Oracle of Ages – Perfect Edition

    No final da vida útil do Gameboy Color, tivemos dois novos títulos da franquia Zelda. Estamos falando de Oracle of Ages e Oracle of Seasons. Cada jogo possui uma história independente mas que se conectam. Aqui falaremos da adaptação em mangá que, assim como os outros já publicados, também ficou a cargo de Akira Himekawa.

    Logo de início precisamos destacar o talento de Himekawa (que na verdade é uma dupla de talentosas artistas). A habilidade de mudar o estilo do traço em cada obra é fantástica. Aqui teremos uma boa fidelidade ao traço mostrado nos jogos, trazendo imediatamente uma identidade familiar para quem se aventurou nos títulos do Gameboy. Além disso, as construções de cenas e fluidez narrativas são bem satisfatórias.

    A obra conta as duas histórias em sequência, iniciando-se por Oracle of Seasons. A estrutura de ambas são parecidas, vez que o elemento central é um Oráculo com poder altamente influenciador no mundo. Ao longo da jornada, Link encontra companheiros para ajudá-lo e, ao final, se deparam com o grande vilão. Apesar da estrutura semelhante, cada uma das histórias possui elementos suficientes para torná-las distintas.

    Oracle of Seasons tem uma atmosfera um pouco mais leve, onde Link encontra a bela dançarina Din junto de sua trupe de artistas itinerantes. Após ser capturada pelo maléfico Onox, nosso herói vai em busca da salvação da nova amiga, que na verdade é a Oráculo das Estações, e seu poder ajuda no equilíbrio do clima e da natureza. Durante a jornada, encontra o canguru boxeador Ricky e a falastrona Maple, uma feiticeira com intenções duvidosas. O próprio design destes personagens já nos traz um tom mais infantilizado e leve à trama, o que não é necessariamente um problema. Vale lembrar que Link, no início da história, tinha intenção de se tornar um cavaleiro d Hyrule, e este é o ponto que conecta esta história a Oracle of Ages. Interessante notar que Hyrule é pouco citada e, consequentemente, a princesa Zelda também.

    Oracle of Ages possui elementos um pouco mais interessantes. Por exemplo, o poder da Oráculo das Eras incorpora viagens no tempo como um elemento narrativo, que em momento algum tenta ser complexo, muito pelo contrário. Ao mesmo tempo que traz simplicidade, consegue adicionar momentos interessantes e trazer à história Levan, um ancestral de Link que, de longe, é o personagem mais legal. A vilã da história, Veran, tem o poder de fazer possessões, possibilitando controlar pessoas e adquirir informações sem que os outros percebam. Este poder permite que ela tome o controle da Oráculo e manipule a rainha Ambi.

    Nesta edição da Panini Comics, temos uma versão curta de Oracle of Seasons ao final do volume. Vale como material extra e de curiosidade, pois a história, que já é bem simples, foi acelerada em poucas páginas e acaba tendo sua qualidade narrativa prejudicada. No geral, este volume é um bom material que seria mais indicado aos fãs de Zelda, pois as histórias são mais simples e menos densas. São mais de 400 páginas, capa belíssima com detalhes brilhantes, papel branco de ótima qualidade, páginas iniciais coloridas e acompanha um marcador de páginas.

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  • Resenha | The Legend of Zelda: Ocarina of Time – Perfect Edition

    Resenha | The Legend of Zelda: Ocarina of Time – Perfect Edition

    Quando falamos de Zelda, um dos primeiros jogos que vem na mente é o clássico Ocarina of Time, talvez o título mais querido pelos fãs. Lançado em 1998 para o Nintendo 64, o jogo trouxe muitas inovações e aspectos técnicos impressionantes para a época que influenciam até hoje. Na mesma época, o autor Akira Nimekawa foi convidado para tomar à frente da produção de uma adaptação em mangá. E assim nasce uma belíssima obra.

    O traço do artista é muito bonito e traduziu bem o espírito do jogo, com diversos quadros retratando fielmente trechos do cenário criado no videogame. O trabalho de Himekawa era desconhecido até tomar contato com a obra, em razão disso, pude constatar que, na verdade, trata-se de um pseudônimo adotado por uma dupla de mulheres: A. Honda e S. Nagano. As talentosas artistas fariam ainda outras adaptações da série Zelda para os mangás.

    Na trama, o povo kokiri vive tranquilamente na floresta. Eles são eternas crianças acompanhados de uma pequena fada, exceto o garoto Link… até o dia em que a Grande Árvore Deku, uma espécie de sábia guardiã da floresta, envia a tagarela fada Navi para convocar o herói à sua presença. Ali, diz ao garoto que um grande mal se avizinha de Hyrule, e ele está destinado a combater este mal.

    Até aqui, nenhuma surpresa, parece uma história bastante comum de aventura. E de certa forma, é. O grande mérito vem nos outros elementos que compõem a trama. Existem boas reviravoltas, mistérios sobre a origem de Link e seu desenvolvimento na trama, além de uma bela construção de mundo.

    Devemos lembrar que, no jogo, Link não fala. Com isso, precisou-se criar uma personalidade para o herói. No mangá, Link é bem falante, com personalidade formada e muito destemido. Foi uma boa tradução do herói mudo do jogo para uma obra com muitos diálogos. E diferente do que você possa esperar, este mangá contém muito texto. Vale destacar que alguns termos foram mantidos em inglês, como triforce, Master Sword e o próprio título da obra. Outros foram traduzidos normalmente, e o resultado final é bastante satisfatório.

    Daí alguns se perguntam: o mangá substitui a experiência do jogo? De forma alguma. Os jogos de Zelda tem como principal atrativo a aventura e os quebra-cabeças a serem resolvidos. Por mais que a história seja bacana, o maior valor do jogo está na experiência de jogabilidade. E mesmo que o foco do jogo fosse na história, uma adaptação em quadrinhos acabaria deixando vários pontos de lado em prol da adaptação (vide as HQ de Metal Gear, por exemplo).

    A edição publicada pela Panini é belíssima, quase 400 páginas, algumas coloridas, papel de qualidade e acompanhado de um marcador de páginas muito legal. Um item que vale cada centavo, especialmente para os fãs de Zelda. Quem não jogou, tudo bem, pode ler sem medo e aproveitar uma aventura divertida e bem contada.