Na década de 90, o Justiceiro, um dos paladinos da Marvel Comics, atingiu o ápice de sua popularidade. Desde a minissérie Círculo de Sangue, resgatando o personagem criado como um coadjuvante na revista do Homem-Aranha, o vigilante ganhava cada vez mais leitores e, por consequência, novas revistas: The Punisher foi lançado em 1987 e The Punisher: War Jornal no ano seguinte.
Não bastando o lançamento consecutivo de suas edições mensais, uma terceira foi colocada no mercado apenas três anos depois. Lançada em 1992, The Punisher: War Zone continuava a explorar a recente credibilidade da personagem, ainda que em 1995, o Justiceiro entraria em declínio com todas revistas canceladas pela editora. Mesmo se tratando de um material inicial da personagem, a série foi lançada no país com poucas edições em formatinho. O primeiro arco intitulado O Homem da Máfia reúne as seis primeiras histórias e foi publicado no país em 1995, em Grandes Herois Márvel nº50, seguindo a tônica da editora em redesenhar alguns quadros e cortar algumas páginas do original.
O time que assina a trama é de peso. Chuck Dixon nos roteiros, John Romita Jr. Nos desenhos com Klaus Janson que trabalha com a personagem anteriormente em The Punisher, na arte final. Na Trama, Frank Castle prossegue com sua cruzada contra o crime. Para destruir a família de mafiosos Carbone, infiltra-se como um capanga dentro da equipe. Em paralelo a essa trama, o hacker Micro (visto recentemente na série homônima da Netflix), insatisfeito com os métodos do vigilante, decide abandoná-lo como parceiro.
Como desenvolvido desde a citada saga Círculo de Sangue, Justiceiro é um antiheroi impiodoso. A aplicação da violência nos quadrinhos sempre é imaginada como um fato contemporâneo, porém, mesmo se uma violência física explícita, é perceptível os métodos da personagem. A diferença é que na época o estilo visual era diferente. Neste caso, marcado por um excesso de cores se comparado com a paleta atual mais sombria, principalmente nas histórias do personagem. A violência se mantém presente de qualquer maneira com o vigilante não poupando ninguém de sua jornada.
Justiceiro – O Homem da Máfia é uma trama eficiente, demonstrando a sempre boa qualidade das histórias da personagem, principalmente quando o enfoque não explora nenhum fator comum do universo da Marvel, focando-se em uma narrativa realista na medida do possível em comparação a outros heróis da casa.
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