TOP 10 | Vilões de Um Cinema Recente

TOP 10 - Vilões de Um Cinema Recente

Nossos malvados favoritos dos últimos anos. Alguns são vilões por acaso, mas outros amam compartilhar o mal por ai, parece que vivem para isso. Faltou algum(a), abaixo? Só denunciar os vacilos da lista nos comentários, e vamos lá:

10. Sr. Deveraux (Bem-Vindo a Nova York, Abel Ferrara) – “Você sabe com quem está falando?”

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Personificação do capitalismo e a doentia cultura highlight, do tipo mais cruel e injusto possível, incorporando corpo a ponto de não ter mais alma num magnata impiedoso com seus (des)semelhantes, todos apenas vivendo para servi-lo e ser julgados, lá do alto da pirâmide. Um asqueroso e realista senhor do mundo, vendo todos como objetos ou obstáculos.

9. Rosa (O Lobo Atrás da Porta, Fernando Coimbra) – “Ninguém vai fazer mal pra ela.”

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A amiga querida, a vizinha que já é de casa, a falsa próxima e íntima demais para fazer mal a uma mosca, só que não. Incapaz de amar como uma verdadeira femme fatale faria, Rosa é o avesso das musas dos filmes noir americanos, é a mocinha que dorme com atestado de sociopatia debaixo do travesseiro e pior: Não reconhece sua própria loucura.

8. Anton Chigurn (Onde os Fracos Não Têm Vez, Joel e Ethan Coen) – “Você está me vendo?”

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É a cobra que mata sem fazer barulho, e mesmo sob pele humana, é aquém de sentir o peso do mal que acomete tal vivesse pra isso. Anton Chigurn, tal no livro de Cormac McCarthy, serve ao destino sem qualquer carga emocional sobre o bem e o mal além do instinto cavernoso de autopreservação; tudo sem prazer ou remorso nenhum… Será, mesmo?

7. Coronel Hans Landa (Bastardos Inglórios, Quentin Tarantino) – “Bingo! Não é assim que vocês falam, bingo?”

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Quando o poder ri dos seus próprios abusos cometidos, idolatrando a possibilidade de se auto-idolatrar. Hans Landa é a caricatura bilateral do poder que rege o mundo, ontem e hoje, sem prestar contas a ninguém, exceto ao destino que ajuda a conduzir, sem ao menos perceber, muito além da política que torna politicagem ao morder, risonho, sua própria cauda.

6. Capitão Vidal (O Labirinto do Fauno, Guillermo Del Toro) – “É melhor você dizer a verdade…”

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E se o outro abusa do poder, este é consciente da moral e ética que seu posto embute, e as estupra mesmo assim, sem dó nem piedade. Vidal não é caricatura: É a realidade filtrada pela ficção, tão desalmada quanto, às vezes, tratando de uma vilania em forma de unidade, soberba e totalitarismo como qualquer ditadura que se preze neste ou qualquer mundo.

5. Daniel Plainview (Sangue Negro, Paul Thomas Anderson) – “Eu detesto a maioria das pessoas.”

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Eis o predador que cai neste mundo para caçar, aproveitando dos recursos e da ambição humana naturais para erguer seu império de petróleo, negro e vermelho-sangue. Plainview é o Cidadão Kane sem medo de matar a anaconda e mostrar a árvore milenar que precisou destronar pra talhar seu arco e flecha. Casamento inevitável do mal com o poder.

4. Kyung-Chul (Eu Vi o Diabo, Kim Jee-woont) – “Acho que vocês estão bem azarados.”

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Típico personagem de Sergio Leone, sem passado nem futuro, inserido no reino asiático donde jorra o sangue sul-coreano, num vigor satânico para vingar uma vida de rancores, para enfrentar as mortes que o espreitam a cada vítima sequestrada… Para acalmar um espírito sujo pelo sangue coagulado que já o afogou num abismo existencial eterno.

3. Mary (Preciosa, Lee Daniels) – “Quem mais iria me amar?”

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A figura materna, segundo Freud e muitos por ai, motivo para tantos distúrbios a quem se submete à sua figura… Aqui, Preciosa teria tudo para se tornar a próxima Rosa dessa lista. Mary, sua adorável mamãe, sente uma fome insaciável de vingança do bebê que nutriu, indo além: Sangue do seu sangue, pra ela, é a pior danação que uma mulher pode carregar.

2. Mad Dog (Operação Invasão, Gareth Evans) – “Não gosto de revólveres, essas são minhas armas. Minhas mãos… meus punhos!”

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Quando você olha para ele, suado, machucado e olhos negros, vocês sabe que coisa boa não é. Quando ele prova em 3 segundos o que é capaz, um Jet-Li demoníaco vindo das profundezas, você entende porque o pequeno é chamado de Mad Dog. Com seu coração certamente retirado a sangue-frio do peito, quase imortal, sua perversidade chega a ser indecente.

1. O Coringa (O Cavaleiro das Trevas, Christophen Nolan) – “Eu sou um homem de palavra…”

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Justiça, por favor. O vilão máximo da cultura pop, num uníssono opinativo de clamor por um simbolismo que comprime, mesmo após tantas revisões, um brilho ao maléfico que torna verossímil a presença de um mal absoluto, corrompendo todos os outros vilões desta e de tantas outras listas. O Coringa é a resposta do inferno ao tédio das harpas do paraíso.

Comentários

4 respostas para “TOP 10 | Vilões de Um Cinema Recente”

  1. Avatar de Skeleton King
    Skeleton King

    Lista foda!!!!!!!

    Curti demais ver Mad Dog e Kyung-CHul nessa lista. Eu me arrepio só de lembrar deles! AUHSHUSAHUS

  2. Avatar de Diego Matias
    Diego Matias

    Torcendo pro Kylo Ren ganhar um lugar na lista depois do segundo filme da nova trilogia. =)

    1. Avatar de Delano é melhor que o morrison
      Delano é melhor que o morrison

      Kylo é muito ”edgy”

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