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  • Crítica | Gente Grande 2

    Crítica | Gente Grande 2

    Gente Grande 2 começa de maneira bizarra, com um cervo digital (e dos mais fajutos) invadindo o quarto de Lenny Feder (Adam Sandler) e sua esposa Roxane (Salma Hayek), desencadeando uma louca introdução, com o animal digital atravessando a casa, para além de reintroduzir o núcleo familiar como o principal entre os que serão mostrados, ainda ter tempo de já nos primeiros instantes, fazer piada com excrementos, com o bicho urinando nos membros do clã.

    Denis Dugan e Sandler retomam sua parceria cinco anos depois de Gente Grande, e se percebe que os Feder vão enfim morar na mesma cidade de seus amigos e antigos desafetos, então os encontros são bem mais freqüentes.

    Como não é movido por um evento ou reunião, os personagens podem confraternizar com os mesmos com quem tinham rivalidade no primeiro filme, sem maiores problemas ou justificativas, além disso, os filhos dos amigos acabam tendo um entrosamento maior, graças a presença mais presente deles..

    O fato do roteiro ser mais frenético faz aplacar a ausência de Rob Schneider, embora falte alguém que seja o saco de pancadas de piadas, que basicamente, são disseminadas entre  os personagens mais velhos, que sofrem claro algum nível  de bullying de estudantes universitários. Esse conflitos fazem esse ter algumas semelhanças com Vizinhos 2, que seria lançado alguns anos após esse.

    As participações especiais seguem com boa parte dos atores e humoristas que orbitam os filmes da Happy Madison, como Nick Swardson, Steve Buscemi, Georgina Engel, Jon Lovitz, e até o ex pivô da NBA Shaquille O’Neal que alias, tem um cabelo raspado dos mais falsos possível, com uma peruca igualmente fajuta.

    Diferente do primeiro filme, esse não se preocupa muito em ter um humor familiar e inocente. Havia sim algumas insinuações sexuais no primeiro episodio da franquia, mas nada tão explicito e torto quanto a apresentação de balé das crianças comandada por April Rose, ao mesmo tempo, o longa trata de sexualizar também os homens, numa cena de lava jato com atores semi famosos, como Andy Samberg, Patrick Schwarzenegger etc. A cena fica tão grotesco que inclui até Peter Dante dando banho em Shaq.

    O final  é apoteótico e quebra um pouco do marasmo que foi quase todo esse Gente Grande 2, a repetição da formula faz a historia sair muito desgastada, mas o carisma de Sandler, David Spade, Kevin James e Chris Rock ajuda a salvar um pouco o todo, especialmente pelo entrosamento entre eles e pela possibilidade de não ficar tão limitado em matéria de cenário e que pode enfim  ser mais generalista.

    https://www.youtube.com/watch?v=wGyjbrMC-Ok

  • Crítica | Gente Grande

    Crítica | Gente Grande

    Denis Dugan retoma a parceria com Adam Sandler, na comedia de 2010 que reúne boa parte dos parceiros de filmes da Happy Madison. Em Gente Grande, um grupo de cinco amigos retoma contato após muitos anos, logo quando seu técnico de basquete falece. O início da historia mostra o quinteto como um time coeso, bem novinhos, vencendo um campeonato colegial, acreditando que tinham tudo para dar certo na vida, com um futuro promissor para frente.

    O roteiro do longa é escrito por Sandler, que vive Lenny Feder e  Fred Wolf, e seu personagem, um produtor de Hollywood não consegue capturar a atenção dos filhos trinta anos depois. Já o Eric Lamonsoff de Kevin James continua sem conseguir sair das piadas de gordo enquanto Marcus  Higgins (David Spade) é um mulherengo incorrigível. Os outros dois personagens também são pastiches de aspectos comuns ao cotidiano, com Kurt MacKenzie (Chris Rock) fazendo um negro sem dinheiro e que é “dono” de casa enquanto Rob Lillard (Rob Schneider) tem predileção sexual por idosas. Cada um deles segue tendo traços de comportamento imitando os gestos de quando eram pequenos e jogavam basquete.

    Há uma reunião após a morte do treinador Buzzer, e isso faz com que eles possam matar um pouco da saudade, além de gastarem um bom tempo em uma casa no lago que não visitavam desde muito novos, atualizados agora, levando as suas famílias a tira colo. Esse é quase um Os Mercenários de Sly Stallone só com comediantes da Happy Madison, neste que é um momento meio histórico de três décadas pós título de 78.

    Há momentos realmente hilários, como quando Schneider canta a capela Ave Maria. Se há algum ponto positivo no filme é que as personalidades dos interpretes supera qualquer falta de conhecimento sobre quem são os personagens.

    Esse é certamente um dos filmes menos erráticos da produtora e de Sandler, ainda se apela para estereótipos torpes, mas não em demasia, a maioria das piadas alias tratam dos brancos, envelhecidos que não conseguem viver bem suas vidas apesar do sucesso na carreira de cada um deles, são presos ao passado, encarcerados por um saudosismo piegas que busca louvar a memória de quem já foi entre uma brincadeira e outra.

    Dugan utiliza muito a câmera lenta para deixar as cenas de constrangimento ainda mais engraçadas, e por mais que as piadas sejam feitas para uma platéia juvenil, na maior parte das vezes elas funcionam. Tirando as inúmeras insinuações sexuais, Gente Grande é um filme que consegue ser uma diversão familiar, que se não é exatamente sadia, ao menos é um bobo passatempo inofensivo, que termina com uma lição de moral meio boba e com a promessa de retorno.