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  • Resenha | Street Fighter: Sakura Ganbaru!

    Resenha | Street Fighter: Sakura Ganbaru!

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    No mangá Street Fighter AlphaSakura presenciou a grande batalha entre Ryu e Bison. Aquilo mexeu com a jovem estudante-lutadora, que passou a se dedicar arduamente aos treinos e tomou como objetivo de vida reencontrar o carateca japonês. Sakura se tornou uma espécie de “fã n.º 1 de Ryu”, e tentou incorporar (leia-se “imitar”) diversas técnicas do lutador. A partir daí, Sakura inicia sua grande aventura no mundo das lutas.

    O autor Masahiko Nakahira voltou para conceber uma aventura-solo da jovem Sakura, uma estudante japonesa fissurada em lutas. A personagem surgiu na série de jogos Alpha/Zero e é aparição frequente nos títulos posteriores. Não há dúvidas de que Sakura é uma das personagens mais queridas de toda a franquia, seja por seu carisma ou simplesmente por suas roupas altamente sexualizadas que fazem a cabeça dos tarados de plantão.

    Na resenha do Alpha, deixei um alerta muito importante aos leitores: não esperem um roteiro grandioso, profundo ou filosófico, afinal estamos falando de uma adaptação de jogo de luta dos anos 1990. É uma obra claramente direcionada aos fãs dos games. No caso de Sakura Ganbaru!, este alerta é reforçado. O mangá possui um tom mais boboca, levando para o lado cômico. A história é ainda mais videogame, com direito a, literalmente, torneios de rua e lutas aleatórias ao redor do mundo. Por mais absurdo que possa parecer, Alpha tem um ar mais sério, pois envolve toda aquela trama de Satsui No Hadou e Shadaloo. Esta continuação focada em Sakura preferiu o ritmo frenético de lutas e deixou a seriedade de lado, apesar de alguns momentos ela vir à tona.

    A jovem lutadora seguirá sua jornada acompanhada pelo infame Dan Hibiki e, claro, vai se deparar com muitos personagens conhecidos. Da esnobe Karin ao dedicado Zangief, a obra possui ainda mais fan service, e nem preciso mencionar a overdose de Sakura para os tarados. A fórmula narrativa se mantém parecida, sem grandes aprofundamentos dos personagens, e motivações pra lá de superficiais.

    Por outro lado, Nakahira conseguiu novamente trazer a essência dos jogos para as páginas. Todos os trejeitos de Sakura estão lá, além das excelentes cenas de luta. O autor não se limitou aos jogos mais populares e incluiu até o Lee, do Street Fighter I, algo digno de nota.

    Sakura Ganbaru! é mais um título direcionado aos fãs de Street Fighter, só que desta vez tem um nicho ainda mais específico. Quem não está acostumado com a linguagem e estética dos mangás vai se incomodar com algumas baboseiras de superação e condutas bem caricatas. A história segue o mesmo padrão “desliga-cérebro”. É entretenimento puro e simples, não espere um grande roteiro. O leitor que se aventurar com essa mentalidade vai se divertir bastante com as aventuras de Sakura para se tornar uma Street Fighter. Disponível no Brasil em dois volumes pela NewPOP Editora.

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  • Resenha | Street Fighter Alpha

    Resenha | Street Fighter Alpha

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    Ryu travou uma dura batalha com o gigante tailandês Sagat. À beira da morte, Ryu manifesta o Satsui No Hadou, “o lado negro do Hadouken”, despertando um poder inacreditável juntamente com uma vontade assassina. Ryu acaba vencendo a batalha aplicando um Shoryuken no peito de Sagat, deixando a tão famosa cicatriz no Rei do Muay Thai. Após essa batalha, o carateca japonês fica apreensivo sobre o Satsui No Hadou, e tem batalhado consigo mesmo para controlar essa manifestação assassina de poder. Resolve parar de lutar e, desolado, se afunda num conflito interno. Segue uma caminhada sem rumo.

    Ele acaba contratado como guarda-costas de um grupo de traficantes, mostrando o quão Ryu se desligou do mundo na tentativa de fugir das batalhas. Os traficantes estão num barco na costa da Tailândia quando são abordados por Chun Li e sua equipe da Interpol. Em meio ao tiroteio, Ryu é baleado ao proteger o grandalhão Birdie, e nesse momento desperta novamente o Satsui No Hadou, perdendo o controle de si atacando a tudo e a todos com um fúria destruidora. Após retomar consciência, Ryu é levado pela Interpol, que vê o poder de Ryu como uma esperança no combate à organização criminosa Shadaloo e seu líder Bison.

    Baseado na série de jogos homônima, Street Fighter Alpha utiliza como base diversos personagens da franquia para narrar uma história simples, mas divertida. O roteiro não é nenhum primor, as motivações são bem diretas, nada extremamente filosófico, afinal estamos falando de um jogo de luta dos anos 1990. O que temos de sobra é o carisma desses personagens que marcaram toda uma geração gamer.

    Falando rapidamente do jogo, a série Alpha/Zero ganhou três títulos, implementou diversas mecânicas de lutas e trouxe uma estética animê aos personagens – o que, provavelmente, facilitou a vida do autor deste mangá. A Capcom adicionou vários personagens novos (Nash, Rose), além de alguns da franquia Final Fight (Guy, Sodom). Na cronologia oficial, Alpha Zero está entre Street Fighter I e II, por isso vemos Ryu, Ken e Chun-Li mais jovens (ao contrário de Street Fighter III).

    Não espere um mangá de narrativa profunda. O roteiro é até bobo, se analisarmos friamente. Mas em se tratando de uma adaptação de jogo de luta, o autor Masahiko Nakahira fez um ótimo trabalho. Ele conseguiu, em apenas dois volumes, utilizar diversos personagens e amarrar uma história, mas não se preocupou em explicar muito, presumindo que o leitor já esteja familiarizado com aquele universo. Talvez o grande mérito de Nakahira foi criar o Evil Ryu, que apareceria nos games posteriores.

    Não há muito mais o que se falar desta obra sem adentrar nos spoilers. É bom deixar claro – de novo – que a história deste mangá não tem nada de extraordinária, os personagens são jogados aos montes, e quem não conhecer o jogo poderá ficar perdido ou não entender esse papo de Hadouken e afins (faça o teste relendo os primeiros parágrafos deste texto). Tenha ciência de que é um mangá para fãs de Street Fighter. Não espere um grande roteiro, apenas desligue o cérebro e divirta-se vendo os personagens tão queridos por nós caindo na porrada. Os dois volumes foram lançados no Brasil pela NewPOP Editora.

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