Tag: Zumbilândia

  • Review | Zombieland (Piloto Cancelado)

    Review | Zombieland (Piloto Cancelado)

    Após o enorme sucesso que foi Zumbilândia, houve um apelo geral por mais historias dentro desse universo, e foi nessa toada que foi aprovada uma série homônima, conduzida por Rhett Reese e Paul Wernick, os mesmos que produziram o reality show  The Joe Schmo Show e a série de comédia Wayne.

    É incrível como os primeiros minutos enganam demais, em uma sequência nonsense, onde um small talk insuportável acontece, por motivos fúteis, enquanto no fundo do cenário ocorre um ataque de zumbis. Os dois funcionário só para de tagarelar após um morto vivo invadir a janela do estabelecimento, e nesse ponto, é apresentado um dos personagens clássicos, Tallahassee,vivido por Kirk Ward, e não por Woody Harrelson. Esse talvez tenha sido o fator preponderante para o cancelamento da adaptação, pela Amazon.

    O tom do começo do episódio é até legal, e caso não tivesse como elenco principal versões alternativas dos vistos no filme, talvez seu potencial para o humor tipicamente bobo e sem noção dos Estados Unidos, poderia ser alcançado. Little Rock (Izabela Vidovic), Wichita (Maiara Walsh) e Columbus (Tyler Ross) não são tão carismáticos quando os de Zumbilândia original, mas não são exatamente ruins, tampouco causam ofensas a quem está vendo.

    De novo, há a demonstração de que a maioria das pessoas está anestesiada por seus proprio problemas pequeno burgueses, e isso seria retratado também em Zumbilândia: Atire Duas Vezes, obvio, de maneira muito menos preguiçosa que aqui. Os personagens entretidos com interesses pequeno burgueses são tão vazios que não percebem nem os ataques zumbis, nem tem noção de que o mundo como conhecem, acabou.

    O capítulo é dirigido por Eli Craig, e acerta ao brincar com o fato de  que o quarteto de herois não consegue encontrar mais sobreviventes, e quando encontram, esse morre, mas ele se perde na missão de recontar os clichês do longa-metragem, os melhores momentos são repetidos e sem  o trabalho de direção de  Ruben Fleischer, que era bom e mais assertivo que o de Craig, sem as personalidades originais, além de ser covarde em não prosseguir muito adiante na trama, mesmo as boas sacadas se perdem, como quando  um zumbi idoso que não consegue matar o herói, por conta da dentadura. A reclamação do roteirista e produtor Reese, de que foi o ódio dos fãs que sepultou o programa é injusto, para dizer o mínimo, pois houve pouco esforço criativo nesta versão de Zombieland, inclusive reciclando a contagem de vezes que Tal pronunciava a palavra Vagina.

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  • Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes

    Crítica | Zumbilândia: Atire Duas Vezes

    Dez anos atrás em 2009 estreava o surpreendente sucesso Zumbilândia, comédia rasgada e de humor negro que reciclava o exploitation recente de zumbis. O filme de Ruben Fleischer foi bem recebido e acabou ficando marcado por ter um elenco afiado e que faria muito sucesso, ao menos no caso de três de seus quatro protagonistas. Depois de uma série  que não passou de um piloto malfadado, finalmente o diretor de Venom retorna, para apresentar Zumbilândia Atire Duas Vezes, reforçando uma das regras estabelecidas por seu protagonistas, Columbus de Jesse Eisenberg.

    O quarteto está em crise. Wichita (Emma Stone) não quer desenvolver uma relação duradoura em meio a um mundo pós apocalíptico, Little Rock (Abigail Breslin) quer conhecer novas pessoas e encontrar um par e Talhahese (Woody Harrelson) tem um complexo paterno estranho em relação a LR, agindo como um pai super protetor e sufocante.

    É bem positivo que o roteiro sinalize que nem tudo está igual, ainda que as evoluções de drama dos personagens não escondam a reciclagem de conceitos. Columbus continua muito inseguro, as duas irmãs vivem fugindo e o homem de meia idade age como se estivesse sozinho, com dificuldades de socializar. Não há nada muito novo, mesmo os personagens novos são bem protocolares, exceção claro de Madison, uma bela menina vivida por Zoey Deutch que é bastante futil e burra, desafiando a ideia de que é preciso ser esperto para sobreviver.

    Há de destacar que os zumbis evoluíram, e ganharam novas classificações da parte  dos  heróis, e isso conversa diretamente com os últimos volumes da quadrilogia de George  A. Romero, em especial Dia dos Mortos e Terra dos Mortos. Há muitos momentos inspirados em matéria de “videoclipe”, como quando toca Master Of Puppets do Metallica, com cenas de violência em Slow Motion. Outros bons momentos incluem Columbus lendo as revistas de Robert Kirkman, The Walking Dead, e achando elas irreais demais. As alfinetadas em outros produtos de zumbis são bem encaixadas, assim como as brincadeiras com os doppelgangers dos personagens originais e a chacota com pacifistas e Justice Warriors.

    Em determinado ponto o longa se torna um road movie que visa a direção de uma adolescente confusa. A abordagem em cima das mudanças típicas da puberdade é apresentada de maneira bem engraçada.

    Há algumas coisas bem incomodas, como o fato das regras que Columbus estabeleceu pularem na tela de forma engraçadinha o tempo todo, fazendo lembrar os piores momentos do programa CQC, além é claro das referencias no final, com direito a Deus Ex Machina e desfecho típico de telenovela das sete, mas Zumbilândia: Atire Duas Vezes exagera o que deu certo no primeiro tomo, de maneira tão acertada que maximiza todas as boas sensações, com direito a uma cena pós crédito incrivelmente engraçada e esperada por quem curtiu o primeiro filme.

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