Quando Sylvester Stallone decidiu não dirigir a sequência de seu sucesso de 2010 (ele passou o cargo para Simon West e apenas co-assina o roteiro), deve ter pensado em ter menos trabalho e mais diversão. Isso já entrega o tom de Os Mercenários 2: muito mais do que o primeiro filme, esse mergulha com gosto na auto-ironia e se assume de vez uma comédia, na qual a ação é apenas uma desculpa pra toda a galera se divertir fazendo o que mais gosta.
A história é o mais simples e clichê possível. Após uma missão aparentemente fácil acabar muito mal, o bando de Barney Ross sai em busca de vingança, aproveitando o embalo pra salvar um inocente vilarejo do Leste Europeu – afinal, eles são os mocinhos: matam geral, mas só quem merece. O plot envolve qualquer coisa relacionada a armas nucleares soviéticas, só pra ajudar na cara de anos 80 do filme, mas a verdade é que o roteiro parece algo escrito às pressas durante as filmagens das cenas de ação, só porque alguém ali lembrou que precisavam de uma “liga” entre elas.
E, para desespero da ala hipster, isso não tem importância diante do que o filme se propõe a fazer, não se levando a sério em (quase) nenhum momento. Diversão honesta, regada a tiroteios nos quais a contagem de corpos chega a níveis astronômicos e piadinhas e mais piadinhas sobre as carreiras e as idades dos envolvidos. Ainda que visualmente este fique aquém do antecessor, em termos de impacto massa véio, a pegada humorística e as participações mais especiais acabam compensando.
Falando sobre o elenco (até porque não há muito mais o que dizer sobre o filme), nosso herói Sly não seria ele se não jogasse uma carga dramática em seu personagem, basicamente por conta do novato sniper vivido pelo irmão do Thor (que não é o Loki), o que resulta num problema, nem tanto pela execução mas pelo fato de isso destoar de todo o resto no filme.
Jason Statham mais uma vez co-protagoniza e garante os bons momentos de porradaria ninja, já que os outros se dedicam mais a atirar. E também porque Jet Li apareceu só pra constar, imagino que estava obrigado por contrato. Dolph Lundgren é o símbolo maior do novo direcionamento, pois deixa completamente de lado o tom sombrio do filme anterior e se torna o alívio cômico dentro da comédia. Randy Couture (quem?) e Terry Crews já tinham pouco espaço e agora têm menos ainda – no caso do segundo, uma pena. Fechando o time, uma mercenária, a chinesa feiosa que teve até mais destaque do que merecia.
Em relação aos astros convidados, Schwarzenegger tem um papel maior (surgindo de qualquer jeito na trama, mas enfim) e cumpre o que se esperava dele: metralha igualmente inimigos e piadas com “exterminar” e “eu voltarei”. Bruce Willis é intimado pelo Sly e também vai pra linha de frente, porém tudo meio burocrático. Faltou alguém falar que ele é “duro de matar”.
Van Damme faz o vilão (chamado Vilain, é sério) e, apesar da cara derretida e dos braços de Popeye, parece à vontade, convence como um cara mauzão. E finalizando com o melhor, a lenda, o mito, o… eu ia dizer Deus, mas isso seria rebaixá-lo: Chuck Norris. Vale o ingresso, só isso. E daí que sua aparição não tem a menor lógica na história? Se sua entrada em cena com trilha sonora de western já não fosse digna de aplausos, o filme ainda brinca da forma mais gratuita possível com os Chuck Norris Facts!
Depois dessa, pode-se dizer que um terceiro Os Mercenários seria desnecessário. Mas, enquanto houverem medalhões a serem chamados para brincar com si mesmos, há “conteúdo” a se explorar. Sly pode continuar reunindo a turma pra se divertir, e nós pegamos carona com eles.
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Texto de autoria de Jackson Good.
Se o Sly não colocasse uma carga dramática, farofa é claro, no personagem dele, não seria o Sly.
E sério, se alguém reclamar do roteiro desse filme, entrou na sala de cinema errada, ou foi enganado na hora de comprar o ingresso. Esse é um filme, que a célebre frase cunhada pelo autor dessa crítica, pode ser invocada com toda justiça, roteiro é bônus. Afinal, as pessoas deveriam ter que pagar uma taxa extra de por poder ver todos esses ídolos em um só filme.
Blockbuster do ano essa porra.
Foi o que eu achei, melhor do que Batman e Vingadores juntos.
Imagino o Jackson tendo pequenos orgasmos no cinema com esse blockbuster de verdade. hahahaha
De fato, o filme é foda! Diversão garantida e mais ainda para aqueles que acompanhavam os clássicos de ação dos anos 80. Muitas referências. Imperdível! =D
concordo plenamente! O filme foi foda! Faltou mais elenco ainda….
“deve ter pensado em ter menos trabalho e mais diversão” Além de se meter nas maiores confusões, esqueceu disso, Jackson!
O filme é divertido pra cacete. E concordo que ele é melhor que o primeiro por se levar muito menos a sério e se admitir como tosco, coisa que achei que faltou um pouco no anterior.
ULTRA divertido o filme, uma hora e meia que não se sente passar em meio a tanto tiro …
Acho que a cota chinesa por filme é um. Jet Li sai e entra a chinesa la… Dois chineses ao mesmo tempo é quebra de contrato.
As piadas do Chuck Norris são fodasticas e não só isso como ver Sly, Willis e Arnold atirando lado a lado vale muito o ingresso.
“É blockbuster, se tiver roteiro é bônus” Esse é o exemplo que o Jackson vai usar sempre que citar essa frase
Mauricio saldanha discorda, aquele zé ruela critico do youtube.
Ele e os colegas do Pé de Moleque já tavam de frescurada com o filme muito antes do lançamento. Acho que é um filme muito macho pro gosto deles…
KKKKKKKKKK
Pé de moleque,foi muito bom.
O Van Damme, fez o espacate ?
Não saquei essa do “Pé de Moleque” quem são esses?
filme mto bom diversão garantida, a frase roteiro é bonus vai seguir minha vida agora pq me diverti nesse filme muito nesse filme, Chuck norris tem a entrada mais mentirosa do cinema mas ele é Chuck Norris então ele pode XD.