Crítica | O Nome da Morte
Conduzido por Henrique Goldman, diretor de Jean Charles, O Nome da Morte é um filme sobre a história real de Julio Santana, baseada no livro homônimo de Klester Cavalcanti, A trama se inicia com o personagem Julio (Marco Pigossi) passando seus dias no interior, até receber a visita de seu querido tio, Cícero (André Mattos), um policial que mora na cidade grande, e o convida para ir conhecer a metrópole.
O protagonista tem uma mira ótima e se especializou em tiro de longa distância quando morava no campo. Ele guarda um segredo com seu tio, e esse segredo é utilizado contra ele, para subornar o rapaz a fazer o que seu mentor precisa. Assim, ele se torna um assassino de fato, e em um de seus trabalhos, conhece Maria (Fabiula Nascimento), que se uniria a ele no futuro.
O roteiro de George Moura abusa de clichês. Por mais que seja uma história baseada em fatos conhecidos popularmente falta sutileza na abordagem e em alguns momentos a trama soa tão falsa quanto as piores novelas da TV dos últimos tempos. As cenas ao menos de ação ao menos são bem construídas, e há uma certa tensão quando se toca em situações de perigo iminente, mas não há qualquer aprofundamento com os personagens, falta humanidade.
O artigo mais inteligente de O Nome da Morte certamente é a sensação de inevitabilidade do destino e repetição de ciclo que essa pecha carrega, apesar de também ser um clichê, algo já bastante utilizado em outros filmes por meio da parábola do Escorpião e o Sapo. Goldman entrega um filme feito para atingir um público menos exigente e afeito a histórias misteriosas típicas dos filmes hollywoodianos, mas que em essência, quase não tem identidade dramática.