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  • Os Melhores Games de 2011

    Os Melhores Games de 2011

    Eu ainda estou de ressaca pelo final do ano, depois de uns 10 dias de bebedeira, comida, churrasco. Meu estômago grita e meu fígado virou uma geleia disforme. Ainda assim, venho cumprir o meu dever para com o Vortex Cultural, e dizer aqueles que foram para mim os 10 melhores jogos de 2011. Vou começar de baixo pra cima. Porque eu estou com vontade, e não porque é mais legal.

    10. Infinity Blade II

    Simplesmente, precisava ter um jogo de iOS, numa lista de 2011. E além de Angry Birds, que ainda é o mais jogado no meu iPad, eu gostei do Infinity Blade II. Apesar de repetitivo, tanto quanto o I. Os gráficos são bacanas e é bastante viciante.

    Mas, vou falar a verdade, eu não achava o último jogo pra fechar a lista, e resolvi colocar essa joça.

    9. L.A. Noire

    Esse jogo entrou na lista, muito mais pela ambientação, tema, trilha sonora, gráficos e até pela inovação. Porém, o gameplay dele, realmente não me agradou. Achei o jogo facílimo demais, e o lance de interpretar se a pessoa está mentindo ou não é bem bizarro, por ser tão exagerado. Mas toda a ambientação Noir, fizeram valer a pena os 4 dvds pra xbox do jogo.

    8. Gears of War 3 – Leia o review completo – Ouça o podcast

    Acho que Gears of War é o ápice do massavéio no videogame. Mais até do que calófidãti. Principalmente, pelo game play single player, que provavelmente é o mais próximo de Stallone Cobra que o mundo do video game chegou.

    Apesar do jogo ser repetitivo, pouco criativo e bastante nos trilhos. Matar aquele mundaréu de alienígenas escrotos, com armas como a lancer, afinal, uma metralhadora com uma serra elétrica no lugar da faca da baioneta, é foda. Fora os big bosses, que são realmente fodas.

    7. Mortal Kombat – Não sei o número, deve ser 27 – Ouça o podcast

    Não tem nem muito o que falar desse jogo. Ele, tal qual Street Fighter IV, voltou às origens da série, o que é muito bom. Por vários motivos, o primeiro é que sou mesmo um nostálgico, e depois é que aquela fórmula é a que funcionava, então pra que tentar melhorar e cagar tudo?

    Fora toda a violência, o sangue, e em especial os Fatalities. Enfim, um jogo obrigatório, pra quem jogava muito no SNES, e diversão, numa festa com vários jogadores, garantida.

    6. Fifa Soccer 12

    Aqui o motivo é simples, tem que ter um futibas numa listinha de top 10. E eu como antigo fã de PES, admito, que foi pro abraço, Fifa já a algum tempo é superior ao PES. E não vou dar nenhum detalhe mais sobre isso. Apenas precisa ter.

    5. The Elder Scrolls V: Skyrim

    Se essa fosse a lista de mais supervalorizados do ano. Skyrim seria o primeiro. Isso colocando qualquer coisa no meio, filmes, músicas, hq, livros. Fato é que, Skyrim, não é um jogo ruim, de forma nenhuma. Apenas não me pegou o suficiente para dizer que valia o jogo do ano. Inclusive, os gráficos e a beleza do mundo, completamente vivo. É o que colocam Skyrim, nessa posição, porque, se fosse pelo gameplay realmente, talvez sétimo seria o lugar correto. O que mais me incomodou, foi o combate. E também não sou um grande fã dos RPG´s medievais.

    4. Battlefield 3 – Ouça o podcast

    Battlefield no campo dos FPS, não teve pra ninguém. Eu nunca fui um dos maiores fãs da série, sou uma viúva do CS, admito, mas que fique claro, não jogo mais, a não ser para fins nostálgicos. Mas o meu maior problema com o Battlefield, sempre foi, que é muito favorável ao sniper, classe que odeio. Porém, uma inovação ótima, é o fato de podermos ver o reflexo da mira, e ai pelo menos correr do camper maldito, ou tentar pegá-lo por trás, uiiii.
    E o que não pode faltar, é elogios a engine Frosbite 2, e aos gráficos.  O principal mesmo, é que, enquanto eu vejo o COD, sentado no próprio saco, enquanto o Battlefield, inovando e tentando melhorar.

    3. Minecraft

    O jogo mais criativo dos últimos tempos. Falo isso sem dúvida nenhuma.

    Muitas vezes ficamos apenas ressaltando gráficos, um roteiro bom – Esse caso, cada vez mais díficil – quando o que vai mais surpreender é um jogo simples, que só te deixa quebrar e colocar blocos variados. Quase pixels gigantes.

    Fora os vários modos de jogos. Survival, pra ficar matando uns bando de bicho safado, que sempre vão te dar uns sustos fodas. E criativo, que é o meu preferido, que você pode ficar brincando e criando pixel arte. Ou simplesmente gastar um tempo de ócio, ouvindo o relaxante som dos blocos quebrando.

    2. Portal 2 – Ouça o podcast

    Portal 1, foi talvez, tão inesperado quanto Minecraft. Um jogo totalmente despretensioso, vindo de graça com o Orange Box. E simplesmente, foi descoberto e foi um real estouro. Pra mim um dos melhores jogos dos últimos tempos. Tanto pela jogabilidade, quanto pelo humor negro e irônico da sua companheira Glados.

    Portal 2, perdeu o elemento surpresa, afinal, todos estavam esperando e com muita expectativa. E o melhor de tudo, cumpriu as expectativas. O humor da Glados, melhor do que nunca. As inovações dos sistemas de portais. Dos cubos de companhia. Enfim, o único ponto negativo que tenho que ressaltar, é a dificuldade do jogo. Que foi muito baixa, talvez para abrigar os jogadores mais novos, que não vieram de Portal 1.

    1. Batman Arkham City

    Aqui o bicho pegou, o jogo do morcegão, foi foda, com certeza o jogo que mais joguei em 2011. E vou continuar jogando em 2012. Mundo aberto. História boa. Combates fluídos.  fator replay enorme. Enfim, pra mim, o batman merecia o bi campeonato do GOTY, mas tudo bem, isso não importa. É mais um título do que qualquer coisa.
    Mas enfim, o lance de jogar com a Mulher Gato e Asa Noturna o mais interessante é que mudam os personagens, muda o modo de jogar, isso que eu achei sensacional. Fora a trilha sonora incidental, que beira a perfeição. E o primeiro achievement do jogo, é do caralho.

    0.5. Duke Nukem Forever – A MERDA DO ANOOuça o podcastLeia o Review

    Não poderia faltar, o FDP do jogo mais merda do ano. Da década, da história. Duke Nukem “Forevis”, foi uma das maiores decepções que já tive no mundo gamístico. Já falei pra caramba sobre esse jogo, tanto no podcast, quanto nos comentários no review escrito. Enfim, passe longe, muito longe.

    Gostou? Concorda, discorda? Não gostou da falta dos exclusivos de PS3? Faça a sua ofensa.

  • Review | Duke Nukem Forever

    Review | Duke Nukem Forever

    A década de 90 foi o berço dos clássicos de FPS (first person shooters – jogos de tiro em 1ª pessoa). Em meio a Wolfeinstein 3D, Doom, Hexen e Quake apareceu um herói canastrão, desbocado, que só se preocupava em uma coisa: eliminar os aliens para salvar a mulherada. Originado de um jogo de plataforma, Duke Nukem 3D nasceu em 1996, trazendo conceitos novos aos FPS.

    O que mais chamou a atenção foi o fato de o protagonista, além de matar os inimigos e resolver os puzzles, soltar frases irônicas e de baixo calão, curtir umas strippers e se vangloriar o tempo todo. O enorme carisma de Duke Nukem pegou em cheio os gamers de PC da década de 90, sendo um sucesso absurdo. Com isso, a 3D Realms, produtora do jogo, anunciou no ano seguinte a continuação dessa aventura: Duke Nukem Forever. Algumas fotos foram divulgadas e deixou os fãs malucos, de queixo caído, tamanha a qualidade gráfica para os padrões da época.

    Em 1999 iniciou-se a produção, porém muita coisa deu errado: paralizaram, retomaram, cancelaram, voltaram, mudaram de produtora… tudo isso em meio a disputas judiciais e muita dor de cabeça. Mesmo com um trailer publicado em 2001 o game nunca se concluía. Tornou-se motivo de piada, quase uma lenda urbana, assim como o Chinese Democracy do Guns’n Roses. E o problema se agravou: o Guns’n Roses lançou o Chinese Democracy! Onde está Duke Nukem Forever?

    Finalmente, em 2010, a Gearbox (criadora de Borderlands) assumiu a produção e anunciou o lançamento do game. Em 9 de julho de 2011, Duke Nukem Forever estava disponível no Steam, e logo após nos consoles XBox 360 e PS3.

    “Nodoby steals our chicks… and lives!”

    Duke salvou a Terra da invasão alienígena. Agora, ele desfruta de (muita) fama, (muito) dinheiro e (muitas, mas muitas) mulheres. Tudo estava indo bem até os malditos aliens voltarem ao nosso planeta. Mesmo o Presidente dos EUA ordenando que Duke não se envolvesse, ele se envolve. Afinal, os inimigos mexeram aonde não deviam: nas mulheres. O Rei está de volta!

    “Come get some!”
    A nostalgia já começa na abertura do jogo: uma retrospectiva em estilo HQ do que aconteceu em Duke Nukem 3D. Tudo ao som da excepcional música-tema, agora com novos arranjos e, claro, qualidade de áudio superior. A primeira fase também aquecerá o coração dos fãs, pois não é nada mais nada menos que o Stadium, com o gigante alien de um olho só atirando mísseis.

    Após a batalha, retornamos à mansão de Duke, onde é possível perceber o enorme narcisismo do herói com dezenas de quadros e pôsteres dele mesmo. Fãs alucinadas em sua porta, crianças pedindo autógrafos em seu livro, enfim. Tudo muito divertido e canalha, como o loirão deve ser.

    “Don’t have time to play with myself!”

    Os primeiros problemas surgem na parte técnica do jogo. Os gráficos, apesar de legais, deixam a desejar em relação aos padrões atuais. Cenários muito quadrados, texturas em baixa definição, muitos serrilhados, loadings muito demorados e lentidão repentina são pontos que decepcionam. É nítido que a Gearbox pegou o que já estava pronto e tentou atualizar. O resultado final não é dos piores. Podemos dizer que é aceitável (se você não é um gamer tão exigente nesses quesitos). Já os personagens (aliens e humanos) estão bem-feitos, mas não perfeitos.

    A parte sonora, sem dúvidas, é o ponto forte. O dublador Jon St. John refez diversas falas do Duke Nukem 3D, além de tantas outras inéditas. A trilha sonora está bem legal, muitas vezes deixando apenas os sons ambientes ou a música tocada no próprio local onde Duke se encontra. Juntamente com isso, os cenários estão bem interativos (a maioria são inutilidades). Jogue sinuca e pinball, faça musculação, dê uma mijada, desenhe na lousa e arremesse tudo que vir pela frente nos seus inimigos!

    No multiplayer, temos as opções de Deathmatch (Duke Match), Team Deathmatch (Team Duke Match), Capture tle Flag (Capture the Babe) e King of the Hill (Hail to the King). O mais bizarro é que cada partida comporta, no máximo, 8 jogadores, quantidade ínfima para os padrões de hoje. Pelo menos os fãs terão uma surpresa: a fase Hollywood Holocaust, primeira do Duke Nukem 3D, está disponível no multiplayer, apesar de a qualidade gráfica dela parecer muito inferior às demais. Ah, agora é possível ver os pés de Duke, assim como na franquia F.E.A.R e outras.

    “Say hello to my little friend!”

    Armas. Muitas armas. Escopetas, pistolas, metralhadoras, lasers, lança-foquetes, raio encolhedor… as velhas conhecidas estão de volta com novo design, e outras foram adicionadas ao arsenal. Porém, só é possível carregar 2 armas por vez. Isso deixará alguns fãs tristes, mas aumenta o desafio e a realidade do jogo. Pode ter certeza, a dúvida mais constante do jogador não será nos puzzles, mas sim qual arma vai levar. Vale lembrar que o chute foi substituído pelo soco. Sim, agora Duke mete porrada! Se preferir, utilize suas amas para desferir uma violenta coronhada. O desafio aumenta porque cada inimigo é mais vulnerável a certos armamentos, e resistentes a outros. Portanto, atire com sabedoria e leve a artilharia certa em cada momento.

    Mas nem só de armas vive um herói. Diversos itens estão à disposição para ajudá-lo na batalha: tome esteróides para aumentar a potência do soco e a velocidade da corrida; use o holograma para confundi-los; beba cerveja (!) para suportar mais dano (!!); e por ai vai. Combinando a arma certa com os itens corretos, as coisas ficam bem mais fáceis.

    Talvez a maior mudança ocorreu em relação ao HP/Health/Life. Agora ele é chamado de Ego, denominação já utilizada em Duke Nukem: Manhattan Project, um jogo de plataforma bem legal. Nosso herói não utiliza os famosos medkits para recuperar sua energia (ou melhor, seu Ego). Basta esperar alguns momentos sem receber nenhum dano que o Ego se regenera. Além disso, é possível aumentar o Ego máximo fazendo musculação, jogando pinball, vendo pornografia e outras ações esdrúxulas. Não pense que isso facilitou o jogo, até porque Duke está muito mais vulnerável que antes, recebendo bastante dano em pouco tempo.

    “It hurts to be you!”

    Os inimigos clássicos retornam com novo design e mais agressividade. Os porcos alienígenas agora possuem variações, podendo usar escopeta, pistolas ou até porrada; de vez em quando Duke fará um duelo de força contra esses monstros. Os polvos mutantes atiram o famoso raio psíquico e usam seus poderes mentais para arremessar coisas em você. Alguns inimigos são gigantes, e muitos só recebem dano por mísseis e artilharias pesadas.

    Essas variações obrigam o jogador e adotar táticas diferenciadas para cada inimigo, utilizando as armas apropriadas e cuidando para não ser atingido pelos tiros e golpes.

    “My name’s Duke Nukem!”

    Quem esperava o melhor jogo do mundo irá se decepcionar. “Mas foram 12 anos de produção!”, você diz. Não, foram 12 anos DESDE O INÍCIO da produção. Isso não significa que o game ficou em desenvolvimento durante todo esse tempo. Como já dito no início deste review, Duke Nukem Forever sofreu todos os empecilhos possíveis, e durante esse período a engine ficou defasada e algumas idéias também. A Gearbox se valeu de uma enorme colcha de retalhos e finalizou o jogo. Poderia ser muito melhor? Sem dúvidas. Entretanto, teriam que fazer a partir do zero. Com isso, levariam mais alguns anos…

    Não é justo condenar tão ferrenhamente as falhas. Também não somos obrigados a engolir qualquer coisa, até porque o jogo não é de graça. Colocando na balança, considero o saldo positivo, pois ainda é possível saírem atualizações para corrigir diversos problemas – ainda mais que a versão de PC saiu pelo Steam. Sou um grande fã de Duke e me diverti muito chutando bundas de alienígenas ouvindo frases canalhas lá em 1996. Duke Nukem Forever é para quem deseja uma experiência parecida, mas com idéias novas e gráficos melhores. O jogo é bem divertido, mais pelo próprio Duke do que pelo jogo em si. Ou seja, quem não for pego pela nostalgia dificilmente gostará deste game. Irá odiá-lo ou dar uma nota abaixo da média. Para quem estava com saudades do herói, divirta-se.

    Hail to the King, baby!