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  • Resenha | StarCraft II: Ponto Crítico – Christie Golden

    Resenha | StarCraft II: Ponto Crítico – Christie Golden

    Capa StarCraft II: Ponto Crítico

    Com uma narrativa agradável, mas com pouco ritmo (exceto nas cenas de ação), StarCraft II: Ponto Crítico não apresenta muitos eventos especialmente significativos ou uma reviravolta de acontecimentos que fazem o queixo cair, mas ainda assim elementos indispensáveis para todos aqueles que desejam saber um pouco mais sobre a Rainha das Lâminas e seu relacionamento com Jim Raynor.

    Não posso dizer que se trata de um livro impactante, mas devo afirmar que a história contada nos apresenta um “miolo” e passa a impressão de ser apenas uma ligação – e, pelo que pesquisei, a intenção era exatamente essa, ligando os acontecimentos do primeiro jogo StarCraft II: Wings of Liberty com o que será vivido em StarCraft II: Heart of the Swarm – não tendo necessariamente um começo ou um fim (tanto que, a princípio, a impressão é de ter começado um livro pela sua metade), mas uma série de acontecimentos que vai levar a algo muito além – que, infelizmente, não é retratado na obra, mas te deixa com uma boa margem para teorias sobre o futuro.

    Nunca tive muito contato com o mundo de StarCraft – seja nos jogos ou nos romances feitos utilizando esse universo – e deixo claro que meu julgamento se baseia apenas nesse livro e algumas poucas referências que fui capaz de pesquisar. No entanto, preciso afirmar que Ponto Crítico não falha quando a questão é contextualizar o leitor. Além de contar com uma prestativa linha do tempo ao fim onde estão relatados inúmeros acontecimentos desse universo em ordem cronológica, a narrativa em si é bem clara e explicativa quanto as referências e a situação atual (assim como sua ligação com o que aconteceu anteriormente, por mais que você não tenha jogado o Wings of Liberty), não deixando o leitor perdido em momento algum. Portanto, recomendo até mesmo para aqueles que não tenham se familiarizado com os jogos.

    Um dos pontos negativos do livro (ainda que eu não seja capaz de julgar quão negativo isso seja) é que ele pouco se foca nos relacionamentos intergaláticos, nos avanços tecnológicos ou  nas descrições sobre a maneira que a sociedade (se é que pode se chamar assim quando estamos falando sobre vários planetas) está organizada, mesmo que deixem claro o quão poderosos alguns personagens são, não cheguei a ter certeza do nível de sua influência (ou se até mesmo fazem parte de um governo único para toda a galáxia ou então se são entidades independentes). O livro foca-se principalmente na descrição dos acontecimentos, sentimentos e relacionamentos entre os personagens, não deixando muito espaço para descrições impessoais sobre o universo em si.

    Outro ponto negativo (esse eu estou mais convicto do que o anterior), é a impressão de que os acontecimentos se repetem. As traições, as reviravoltas, as soluções, todas elas parecem ser as mesmas em todos os momentos mais importantes envolvendo a trama do livro. Sim, é claro que carregam algumas peculiaridades únicas, mas ainda assim deixam aquela sensação de que não são muito diferentes daquelas que já vivenciamos mais cedo naquela leitura. Porém, não digo que é incoerente – pelo contrário, a insistência do antagonista é evidente e se encaixa perfeitamente no perfil do personagem -, mas que faz com que passe uma sensação de fraqueza na hora de bolar os acontecimentos, o que é um pouco frustrante para quem está lendo.

    Agora, um dos principais pontos positivos é a narração na hora dos momentos de ação. Ainda que a narrativa seja fluída fora desses cenários caóticos, o ritmo melhora muito quando os personagens citados encontram-se em situações que exijam muito esforço ou atitudes badass, guiando de maneira excelente através das batalhas que acontecem, assim como o que está passando pela cabeça dos personagens nesse momento, deixando claro o motivo de suas decisões e até mesmo o quanto a experiência vale naquele determinado momento. Nos momentos mais intensos a leitura se torna voraz, incentivando a imaginação e empolgando o leitor em uma aventura extraordinária, principalmente nas cenas em que a antiga Rainha das Lâminas está envolvida por uma fúria incontrolável e sedenta por vingança, decidida a destruir qualquer um que se coloque em seu caminho.

    Outro aspecto positivo é que gostei bastante dos personagens. Tendo um número razoavelmente grande deles, a autora fez um ótimo trabalho ao estruturá-los e personificá-los (acredito que, por mais que alguns deles já tivessem alguma base pronta, foram adicionados vários aspectos únicos para todos eles), cedendo ao leitor diálogos divertidos e pessoais nos momentos amigáveis e falas ameaçadoras com atmosferas tensas quando há desconfiança e atrito entre dois personagens. Sem contar, claro, que os flashbacks contendo detalhes sobre o relacionamento de Sarah e Jim assim como o momento da traição de Arcturus são particularmente agradáveis e servem muito bem para aumentar a ligação entre leitor-personagens, fazendo com que você seja capaz de entender um pouco mais sobre as motivações e convicções dos protagonista e fazer com que o leitor seja realmente capaz de torcer por eles.

    Afora isso, só houve alguns momentos e acontecimentos que me pareceram desnecessários, mas creio que tenham sido necessários para fazer com que tudo desse certo, ainda que aparentam ser meio jogados no colo do leitor, sem realmente ganhar muita ênfase. No entanto, nada que desmereça essa obra além de tudo que já foi citado. Dessa forma, peço apenas para que joguem Wings of Liberty antes de ler o livro para evitar spoilers. No entanto, se não tiverem a intenção de jogar, então apenas leiam o livro e procurem jogar sua continuação. Só que, de qualquer forma (e independente de qualquer coisa), aproveitem a leitura.

    Compre aqui.

    Texto de autoria de Thiago Suniga.

  • Review | The Humble Bundle para Android 2

    Review | The Humble Bundle para Android 2

    Antes de qualquer coisa, vale uma apresentação do que é o Humble Bundle, ou o pacote humilde, para quem não conhece. A premissa do Humble Bundle, é fazer um pacote de jogos indies e vender pelo valor que o comprador achar mais justo. Para tanto ajudar os desenvolvedores, quanto deixar na mão dos compradores, o quanto eles acham que vale. Exatamente isso, você pode pagar 1 centavo de dólar se quiser, e é interessante, quando você coloca no total a pagar, menos de 1 dólar, eles dizem que você não tem coração, e um captcha pra provar que você é humano, além dessa imagem.

    Outro motivo também que vale a pena dar mais de 1 dólar, é que, você irá as receber os jogos no Steam, através de uma chave de ativação. Menos de 1 dólar, sem chave de ativação. Outro agrado que pode te fazer dar um dinheiro a mais, é porque quando você paga o valor da média, mais 1 centavo que seja, você recebe um jogo adicional. Quando eu comprei a média estava em U$6.42. Por exemplo.

    Outra coisa interessante, é que nesse caso o Humble Bundle está focado nos jogos para Android, ou seja mobile, mas todos os jogos também, estão disponíveis para outras plataformas, PC, Mac e Linux. Isso é ótimo, porque eu por exemplo, não tenho um Android, mas pude comprar do mesmo jeito. Dito isso, quero dizer que, meu review dos jogos, foram baseados, jogando no computador, e não na plataforma ideal, talvez, para alguns deles. O que pode ter prejudicado um pouco a experiência, mas durante cada review individual, eu deixo isso claro.

    Um último detalhe geral do Humble Bundle, é como é feita a divisão de valores que é arrecado. Você por exemplo, quando vai comprar, pode escolher, quanto você quer mandar para o Humble Bundle, quanto para os desenvolvedores e quanto para a caridade. A divisão padrão, se não me engano é 10% HB, 30% caridade e 60% desenvolvedores. Isso que é ainda mais interessante, você pode doar o quanto quiser, e destinar tudo para a caridade, por exemplo.

    Eu fiz uma espécie de mini review, sobre cada um dos jogos, mas como ficaria grande e pesado demais para um post só, cada jogo tem o seu dedicado, e os links seguem abaixo. E as particularidades específicas dos jogos, seguem comentadas após os links.

    Mini Review de Swords and Soldiers

    Swords and Soldiers foi, para mim, o melhor jogo desse Humble Bundle, inclusive ele era o jogo em que só se recebia, se o valor pago, fosse acima da média.

    Outro detalhe é que comprando-o você também recebe os arquivos da trilha sonora, que são bem legais.

    Mini Review Snuggle Truck

    Snuggle Truck, foi adicionado ao Humble Bundle, depois do início das vendas. E é um jogo no melhor estilo Stunt Truck, a lá Trials HD.

    Esse é mais um que acompanha a compra, os arquivos de trilha sonora.

    Mini Review de Canabalt

    O jogo mais simples do Humble Bundle for Android 2, e também acompanha a trilha sonora, para baixar.

    Mini Review de Zen Bound 2 

    Um dos jogos, em que eu penso, a experiência em se jogar no computador e no celular, deve mudar por completo, sendo muito melhor, no celular.

    E com ele também acompanha os arquivos de trilha sonora, comprando pelo Humble.

    Cogs

    Avadon: The Black Fortress

    O único que em sua versão mobile, para Android, só está disponível para tablets. Para computadores, normal, todas as plataformas, como os outros. Inclusive, desse Humble Bundle, acredito que é o jogo mais complexo. E tenho certeza que é o com gameplay mais longo. Perto de 40 horas.

    Visto todos os jogos, não tem como não falar que vale a pena comprar esse pacote, até porque, você pode pagar exatamente o que você acha que vale. Sendo ainda, que comprar todos separados, custaria algo em torno de $62 dólares.

    Na minha opinião, a não ser que você não se interesse pela premissa de nenhum dos jogos, vale a pena com certeza. Acho até mais, vale a pena mesmo, é pagar acima da média, e receber o Swords and Soldiers, que foi o que mais me agradou em todos.

    Lembrando, que todos eles, são livres de DRM, e pra várias plataformas, inclusive Linux, que normalmente é neglicenciado pelos desenvolvedores. É baixar e jogar. E inclusive, você pode baixá-los, via bittorrent, legalmente para que fique claro. Só por essa confiança no comprador de uma ponta a outra, já é digno de louvores, e merce aplauso pela iniciativa. Então corre lá, que daqui a pouco acaba.

  • Os Melhores Games de 2011

    Os Melhores Games de 2011

    Eu ainda estou de ressaca pelo final do ano, depois de uns 10 dias de bebedeira, comida, churrasco. Meu estômago grita e meu fígado virou uma geleia disforme. Ainda assim, venho cumprir o meu dever para com o Vortex Cultural, e dizer aqueles que foram para mim os 10 melhores jogos de 2011. Vou começar de baixo pra cima. Porque eu estou com vontade, e não porque é mais legal.

    10. Infinity Blade II

    Simplesmente, precisava ter um jogo de iOS, numa lista de 2011. E além de Angry Birds, que ainda é o mais jogado no meu iPad, eu gostei do Infinity Blade II. Apesar de repetitivo, tanto quanto o I. Os gráficos são bacanas e é bastante viciante.

    Mas, vou falar a verdade, eu não achava o último jogo pra fechar a lista, e resolvi colocar essa joça.

    9. L.A. Noire

    Esse jogo entrou na lista, muito mais pela ambientação, tema, trilha sonora, gráficos e até pela inovação. Porém, o gameplay dele, realmente não me agradou. Achei o jogo facílimo demais, e o lance de interpretar se a pessoa está mentindo ou não é bem bizarro, por ser tão exagerado. Mas toda a ambientação Noir, fizeram valer a pena os 4 dvds pra xbox do jogo.

    8. Gears of War 3 – Leia o review completo – Ouça o podcast

    Acho que Gears of War é o ápice do massavéio no videogame. Mais até do que calófidãti. Principalmente, pelo game play single player, que provavelmente é o mais próximo de Stallone Cobra que o mundo do video game chegou.

    Apesar do jogo ser repetitivo, pouco criativo e bastante nos trilhos. Matar aquele mundaréu de alienígenas escrotos, com armas como a lancer, afinal, uma metralhadora com uma serra elétrica no lugar da faca da baioneta, é foda. Fora os big bosses, que são realmente fodas.

    7. Mortal Kombat – Não sei o número, deve ser 27 – Ouça o podcast

    Não tem nem muito o que falar desse jogo. Ele, tal qual Street Fighter IV, voltou às origens da série, o que é muito bom. Por vários motivos, o primeiro é que sou mesmo um nostálgico, e depois é que aquela fórmula é a que funcionava, então pra que tentar melhorar e cagar tudo?

    Fora toda a violência, o sangue, e em especial os Fatalities. Enfim, um jogo obrigatório, pra quem jogava muito no SNES, e diversão, numa festa com vários jogadores, garantida.

    6. Fifa Soccer 12

    Aqui o motivo é simples, tem que ter um futibas numa listinha de top 10. E eu como antigo fã de PES, admito, que foi pro abraço, Fifa já a algum tempo é superior ao PES. E não vou dar nenhum detalhe mais sobre isso. Apenas precisa ter.

    5. The Elder Scrolls V: Skyrim

    Se essa fosse a lista de mais supervalorizados do ano. Skyrim seria o primeiro. Isso colocando qualquer coisa no meio, filmes, músicas, hq, livros. Fato é que, Skyrim, não é um jogo ruim, de forma nenhuma. Apenas não me pegou o suficiente para dizer que valia o jogo do ano. Inclusive, os gráficos e a beleza do mundo, completamente vivo. É o que colocam Skyrim, nessa posição, porque, se fosse pelo gameplay realmente, talvez sétimo seria o lugar correto. O que mais me incomodou, foi o combate. E também não sou um grande fã dos RPG´s medievais.

    4. Battlefield 3 – Ouça o podcast

    Battlefield no campo dos FPS, não teve pra ninguém. Eu nunca fui um dos maiores fãs da série, sou uma viúva do CS, admito, mas que fique claro, não jogo mais, a não ser para fins nostálgicos. Mas o meu maior problema com o Battlefield, sempre foi, que é muito favorável ao sniper, classe que odeio. Porém, uma inovação ótima, é o fato de podermos ver o reflexo da mira, e ai pelo menos correr do camper maldito, ou tentar pegá-lo por trás, uiiii.
    E o que não pode faltar, é elogios a engine Frosbite 2, e aos gráficos.  O principal mesmo, é que, enquanto eu vejo o COD, sentado no próprio saco, enquanto o Battlefield, inovando e tentando melhorar.

    3. Minecraft

    O jogo mais criativo dos últimos tempos. Falo isso sem dúvida nenhuma.

    Muitas vezes ficamos apenas ressaltando gráficos, um roteiro bom – Esse caso, cada vez mais díficil – quando o que vai mais surpreender é um jogo simples, que só te deixa quebrar e colocar blocos variados. Quase pixels gigantes.

    Fora os vários modos de jogos. Survival, pra ficar matando uns bando de bicho safado, que sempre vão te dar uns sustos fodas. E criativo, que é o meu preferido, que você pode ficar brincando e criando pixel arte. Ou simplesmente gastar um tempo de ócio, ouvindo o relaxante som dos blocos quebrando.

    2. Portal 2 – Ouça o podcast

    Portal 1, foi talvez, tão inesperado quanto Minecraft. Um jogo totalmente despretensioso, vindo de graça com o Orange Box. E simplesmente, foi descoberto e foi um real estouro. Pra mim um dos melhores jogos dos últimos tempos. Tanto pela jogabilidade, quanto pelo humor negro e irônico da sua companheira Glados.

    Portal 2, perdeu o elemento surpresa, afinal, todos estavam esperando e com muita expectativa. E o melhor de tudo, cumpriu as expectativas. O humor da Glados, melhor do que nunca. As inovações dos sistemas de portais. Dos cubos de companhia. Enfim, o único ponto negativo que tenho que ressaltar, é a dificuldade do jogo. Que foi muito baixa, talvez para abrigar os jogadores mais novos, que não vieram de Portal 1.

    1. Batman Arkham City

    Aqui o bicho pegou, o jogo do morcegão, foi foda, com certeza o jogo que mais joguei em 2011. E vou continuar jogando em 2012. Mundo aberto. História boa. Combates fluídos.  fator replay enorme. Enfim, pra mim, o batman merecia o bi campeonato do GOTY, mas tudo bem, isso não importa. É mais um título do que qualquer coisa.
    Mas enfim, o lance de jogar com a Mulher Gato e Asa Noturna o mais interessante é que mudam os personagens, muda o modo de jogar, isso que eu achei sensacional. Fora a trilha sonora incidental, que beira a perfeição. E o primeiro achievement do jogo, é do caralho.

    0.5. Duke Nukem Forever – A MERDA DO ANOOuça o podcastLeia o Review

    Não poderia faltar, o FDP do jogo mais merda do ano. Da década, da história. Duke Nukem “Forevis”, foi uma das maiores decepções que já tive no mundo gamístico. Já falei pra caramba sobre esse jogo, tanto no podcast, quanto nos comentários no review escrito. Enfim, passe longe, muito longe.

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