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  • Crítica | E:60 Reports – Sepp Blatter and FIFA

    Crítica | E:60 Reports – Sepp Blatter and FIFA

    Sepp blatter

    O começo intimista do filme mostra o discurso do atual mandatário da FIFAJoseph Blatter, em meio a paisagens curiosas que remontam a simplicidade destoante da falta de transparência do modus operandi da empresa, apesar de todos os esforços da entidade e do suíço em realizarem uma imagem diferenciada. E:60 Reports – Sepp Blatter and FIFA do documentarista e repórter Jeremy Schaap se preocupa em revelar a real face do dirigente, bem como a quantidade de escândalos envolvendo a organizadora mundial do esporte mais popular do globo, antes mesmo da recente caça às bruxas da justiça a políticos envolvidos em corrupção.

    O primeiro caso analisado foi a decisão em 2010 de fazer do Qatar a sede da Copa do Mundo de 2022, cuja maior polêmica é a informação desvelada de que houve suborno junto aos votantes que elegeram o país devastado como sede do evento. O filme-denúncia foi exibido ainda em 2015, regatando documentos e depoimentos que ajudam a compor o quão grotesco é o caso mais recente de favorecimento ilícito da entidade.

    O relato sobre a origem de Blatter, que tentou a todo custo trabalhar com futebol, é de um tom agridoce único, ambicioso mesmo diante das primeiras recusas que tomou, especialmente dentro de casa, quando seu pai rasgou um contrato que foi oferecido quando tencionava ser atleta. A fala de que “você jamais ganhará dinheiro com o futebol” não poderia estar mais errada, por não prever a aproximação gradativa do jovem Joseph do brasileiro João Havelange, que via no suíço o melhor candidato a sucessor.

    A subida de nível do político faz quase afeiçoar a sua figura, que é deteriorada pelas cenas “fofas” do economista se envolvendo em hábitos dos países que visita, os mesmo com que faz conchavos. As homenagens que lhe rendem servem para tornar sua controversa figura em algo ainda mais pitoresca.

    Outras tantas indiscrições são mostrada, como a polêmica eleição da Rússia como sede do mundial de 2018, ainda a acontecer, especialmente pelo lobby realizado através das figuras carismáticas do Príncipe William e do ex-jogador David Beckham, que, juntos, só conseguiram angariar míseros dois votos. O surpreendente não foi a derrota, mas sim a disparidade entre os votos dos candidatos, visto que desde a Copa de 2010, só foram escolhidos países subdesenvolvidos, com históricos largos de corrupção governamental, o que aumenta a esfera de suspeitas ao modo de operar da organização.

    As gravações da Sunday Times, de compras de favores junto à federação nigeriana de futebol, faz perceber que a prática é bastante comum no meio. O estudo é amparado por materiais literários, como nos estudos de Andrew Jennings e pela coleção Ugly Game. A conclusão tirada pelo documentarista e por seu feitor é a de que um esporte que é lazer, tanto em prática quanto em acesso pelo mundo inteiro, não deveria ser de posse de uma empresa, ainda mais uma que constantemente se dobra aos desígnios e desejos de quem pagar mais. Ainda que seja utópico, o reclame vale muito, especialmente em território brasileiro, uma vez que o futebol sempre foi um evento consumido naturalmente pelas massas, recentemente elitizado de modo hediondo e mal feito. Ao menos, é reconfortante que os casos recentes estejam sendo investigados, ao menos neste primeiro momento.

  • Review | New Star Soccer 5

    Review | New Star Soccer 5

    New Star Soccer 5 é quase uma raridade, pois jogos independentes de esportes em geral já são poucos, e os que têm uma base de jogadores são menos ainda. O fato é que New Star Soccer 5 não pretende ser o novo Fifa ou PES, apenas traz alguns elementos interessantes pra um gênero que pouco inova, a não ser em gráficos melhores e física melhor. Mas os objetivos pouco mudam.

    O primeiro sentimento que eu tive com o jogo foi uma espécie de volta ao passado. Algo como voltar a 1994 e jogar o primeiro Fifa Soccer ou Soccer Shootout do SNES. Afinal, os gráficos são comparáveis a esses: uma visão geral do campo, com os personagens desenhados com sprites. A própria movimentação dos jogadores, o domínio de bola e a jogabilidade em si também têm grandes semelhanças. Tudo muito simples. Os uniformes, em sua maioria, são apenas uma ou duas cores sólidas com alguns pequenos detalhes, por exemplo a faixa transversal do uniforme do Vasco. Portanto, se para você o que conta é a fidelidade de um jogo ao tentar se aproximar da realidade, passe longe de New Star Soccer 5.

    Agora um ponto bastante negativo do jogo, independente de qual era o seu real intento com relação aos gráficos, fica por conta da resolução. Nem tanto das partidas em si, que realmente ocupam a tela inteira do computador na resolução correta. Mas toda a parte de menus e simulação do jogo é envolta em uma moldura para ocupar a tela toda em fullscreen, e as letras e todas as informações ficam centralizadas na tela, tudo muito pequeno, tendo que em momentos me aproximar para conseguir ler o que estava escrito.

    Um pouco da estrutura do jogo, para depois destacar alguns pontos: New Star Soccer 5 é um jogo de futebol em que você não controla o time todo, apenas um jogador, e deve seguir a carreira ludopédica dele. Além disso, os times não são formados pelos jogadores atuais da equipe de que você participa, e sim por outros jogadores reais – mas que não jogam ao mesmo tempo, são usadas apenas as estatísticas deles, ou seja, é completamente single player.

    Outro ponto são todas as atividades que ocorrem no entorno da partida em si. Uma delas são os treinamentos, que desenvolvem diversas habilidades do seu personagem e que influenciarão na partida. Esses treinamentos, são interessantes, porém têm problemas sérios. O maior deles, a meu ver, é o nível de dificuldade: enquanto alguns treinos são simples e fáceis (velocidade e drible, por exemplo), outros beiram o impossível de completar todos os níveis, como chute, desarme e cabeceio. Você vai ter que recorrer, se quiser completá-los, não ao jogo natural, mas sim a mamatas e estratégias pré estabelecidas. Quando digo mamata, não falo de cheats, mas de pequenos macetes. No fim das contas o modo de treinamento, que prometia ser algo interessante e alguma inovação, acaba se tornando apenas frustrante.

    Outra atividade paralela à partida são os relacionamentos. Você tem vários tipos de relacionamentos, com seu treinador, com seus companheiros de equipe, amigos, namoradas, patrocinador. Enfim, é outro caso que é uma adição interessante, porém mal executada a meu ver. Para você aumentar o nível, você tem que fazer mini-games de jogo da memória, cassino, corridas de cavalo. Depois de aprender como gerenciar para deixar todos os relacionamentos em alta, você simplesmente deixa de dar importância para eles. Uma pena, pois esses relacionamentos influenciam o seu nível de felicidade, e este influencia o seu desempenho durante o jogo. Ou seja, se está infeliz, tem mais chance de errar um chute e por aí vai.

    Além disso ainda existem alguns outros elementos, como nível de fama, gerenciamento do seu contrato, o seu valor de mercado (que define também o seu ranking dentre todos os jogadores reais), transferências, apelo com os fãs, estilo de vida (em que você pode comprar carros, casas etc.)… Tudo muito legal nas primeiras horas de jogo, mas no momento em que não são mais novidade perdem o apelo, e com isso a graça.

    Agora um pouco da jogabilidade do ludopédio. Por ser extremamente simples, é muito divertida. Praticamente uma volta aos velhos jogos, como Super Star Soccer Deluxe (Inclusive o nome é bem inspirado nisso), Fifa 94, entre outros. Existem dois modos de jogo: o simples e o “avançado”. No simples apenas um botão faz tudo, chuta, passa, pede bola, dá carrinho. No avançado, as coisas ficam mais próximas dos jogos a que estamos acostumados, mas com 3 botões apenas, além do direcional: chute, passe e cruzamento. Não há dribles mirabolantes, chute de bicicleta, voleio, nada disso. Apenas um jogo de futebol muleque, pé descalço, que pode render boas horas de diversão, se o que você busca é essa simplicidade.

    No geral, New Star Soccer 5 tem um apanhado de boas ideias, mas que na maioria das vezes são mal executadas e acabam deixando o jogo enjoativo ou frustrante em um curto espaço de tempo. Ainda que eu tenha me divertido por algumas horas com as partidas simples e despretensiosas de New Star Soccer 5, não acredito que ele mereça uma indicação sem ressalvas, principalmente pelo fato de que fazemos grandes concessões no quesito gráficos e produção, para jogos independentes, justamente para que haja uma jogabilidade interessante e criativa – mas nesse caso, é quase uma volta aos jogos do passado com algumas pitadas de criatividade “importada” de jogos mais recentes e de outros gêneros, ainda com um agravante: um eventual bug, que simplesmente fecha o jogo do nada, e me ocorreu diversas vezes.

    Apesar de não indicar o jogo de imediato, ele tem um modo grátis, em que você tem 5 partidas iniciais e depois 2 partidas por dia para jogar sem pagar nada. Vale a pena criar sua conta, baixar e testar se o apelo do jogo é o suficiente para você gostar. Caso goste, uma dica válida: o Steam vende o jogo mais barato do que o site oficial.

    New Star Soccer 5 é desenvolvido pela New Star Games e está disponível para PC, por Steam ou compra direta.

  • Os Melhores Games de 2011

    Os Melhores Games de 2011

    Eu ainda estou de ressaca pelo final do ano, depois de uns 10 dias de bebedeira, comida, churrasco. Meu estômago grita e meu fígado virou uma geleia disforme. Ainda assim, venho cumprir o meu dever para com o Vortex Cultural, e dizer aqueles que foram para mim os 10 melhores jogos de 2011. Vou começar de baixo pra cima. Porque eu estou com vontade, e não porque é mais legal.

    10. Infinity Blade II

    Simplesmente, precisava ter um jogo de iOS, numa lista de 2011. E além de Angry Birds, que ainda é o mais jogado no meu iPad, eu gostei do Infinity Blade II. Apesar de repetitivo, tanto quanto o I. Os gráficos são bacanas e é bastante viciante.

    Mas, vou falar a verdade, eu não achava o último jogo pra fechar a lista, e resolvi colocar essa joça.

    9. L.A. Noire

    Esse jogo entrou na lista, muito mais pela ambientação, tema, trilha sonora, gráficos e até pela inovação. Porém, o gameplay dele, realmente não me agradou. Achei o jogo facílimo demais, e o lance de interpretar se a pessoa está mentindo ou não é bem bizarro, por ser tão exagerado. Mas toda a ambientação Noir, fizeram valer a pena os 4 dvds pra xbox do jogo.

    8. Gears of War 3 – Leia o review completo – Ouça o podcast

    Acho que Gears of War é o ápice do massavéio no videogame. Mais até do que calófidãti. Principalmente, pelo game play single player, que provavelmente é o mais próximo de Stallone Cobra que o mundo do video game chegou.

    Apesar do jogo ser repetitivo, pouco criativo e bastante nos trilhos. Matar aquele mundaréu de alienígenas escrotos, com armas como a lancer, afinal, uma metralhadora com uma serra elétrica no lugar da faca da baioneta, é foda. Fora os big bosses, que são realmente fodas.

    7. Mortal Kombat – Não sei o número, deve ser 27 – Ouça o podcast

    Não tem nem muito o que falar desse jogo. Ele, tal qual Street Fighter IV, voltou às origens da série, o que é muito bom. Por vários motivos, o primeiro é que sou mesmo um nostálgico, e depois é que aquela fórmula é a que funcionava, então pra que tentar melhorar e cagar tudo?

    Fora toda a violência, o sangue, e em especial os Fatalities. Enfim, um jogo obrigatório, pra quem jogava muito no SNES, e diversão, numa festa com vários jogadores, garantida.

    6. Fifa Soccer 12

    Aqui o motivo é simples, tem que ter um futibas numa listinha de top 10. E eu como antigo fã de PES, admito, que foi pro abraço, Fifa já a algum tempo é superior ao PES. E não vou dar nenhum detalhe mais sobre isso. Apenas precisa ter.

    5. The Elder Scrolls V: Skyrim

    Se essa fosse a lista de mais supervalorizados do ano. Skyrim seria o primeiro. Isso colocando qualquer coisa no meio, filmes, músicas, hq, livros. Fato é que, Skyrim, não é um jogo ruim, de forma nenhuma. Apenas não me pegou o suficiente para dizer que valia o jogo do ano. Inclusive, os gráficos e a beleza do mundo, completamente vivo. É o que colocam Skyrim, nessa posição, porque, se fosse pelo gameplay realmente, talvez sétimo seria o lugar correto. O que mais me incomodou, foi o combate. E também não sou um grande fã dos RPG´s medievais.

    4. Battlefield 3 – Ouça o podcast

    Battlefield no campo dos FPS, não teve pra ninguém. Eu nunca fui um dos maiores fãs da série, sou uma viúva do CS, admito, mas que fique claro, não jogo mais, a não ser para fins nostálgicos. Mas o meu maior problema com o Battlefield, sempre foi, que é muito favorável ao sniper, classe que odeio. Porém, uma inovação ótima, é o fato de podermos ver o reflexo da mira, e ai pelo menos correr do camper maldito, ou tentar pegá-lo por trás, uiiii.
    E o que não pode faltar, é elogios a engine Frosbite 2, e aos gráficos.  O principal mesmo, é que, enquanto eu vejo o COD, sentado no próprio saco, enquanto o Battlefield, inovando e tentando melhorar.

    3. Minecraft

    O jogo mais criativo dos últimos tempos. Falo isso sem dúvida nenhuma.

    Muitas vezes ficamos apenas ressaltando gráficos, um roteiro bom – Esse caso, cada vez mais díficil – quando o que vai mais surpreender é um jogo simples, que só te deixa quebrar e colocar blocos variados. Quase pixels gigantes.

    Fora os vários modos de jogos. Survival, pra ficar matando uns bando de bicho safado, que sempre vão te dar uns sustos fodas. E criativo, que é o meu preferido, que você pode ficar brincando e criando pixel arte. Ou simplesmente gastar um tempo de ócio, ouvindo o relaxante som dos blocos quebrando.

    2. Portal 2 – Ouça o podcast

    Portal 1, foi talvez, tão inesperado quanto Minecraft. Um jogo totalmente despretensioso, vindo de graça com o Orange Box. E simplesmente, foi descoberto e foi um real estouro. Pra mim um dos melhores jogos dos últimos tempos. Tanto pela jogabilidade, quanto pelo humor negro e irônico da sua companheira Glados.

    Portal 2, perdeu o elemento surpresa, afinal, todos estavam esperando e com muita expectativa. E o melhor de tudo, cumpriu as expectativas. O humor da Glados, melhor do que nunca. As inovações dos sistemas de portais. Dos cubos de companhia. Enfim, o único ponto negativo que tenho que ressaltar, é a dificuldade do jogo. Que foi muito baixa, talvez para abrigar os jogadores mais novos, que não vieram de Portal 1.

    1. Batman Arkham City

    Aqui o bicho pegou, o jogo do morcegão, foi foda, com certeza o jogo que mais joguei em 2011. E vou continuar jogando em 2012. Mundo aberto. História boa. Combates fluídos.  fator replay enorme. Enfim, pra mim, o batman merecia o bi campeonato do GOTY, mas tudo bem, isso não importa. É mais um título do que qualquer coisa.
    Mas enfim, o lance de jogar com a Mulher Gato e Asa Noturna o mais interessante é que mudam os personagens, muda o modo de jogar, isso que eu achei sensacional. Fora a trilha sonora incidental, que beira a perfeição. E o primeiro achievement do jogo, é do caralho.

    0.5. Duke Nukem Forever – A MERDA DO ANOOuça o podcastLeia o Review

    Não poderia faltar, o FDP do jogo mais merda do ano. Da década, da história. Duke Nukem “Forevis”, foi uma das maiores decepções que já tive no mundo gamístico. Já falei pra caramba sobre esse jogo, tanto no podcast, quanto nos comentários no review escrito. Enfim, passe longe, muito longe.

    Gostou? Concorda, discorda? Não gostou da falta dos exclusivos de PS3? Faça a sua ofensa.