Crítica | Liga da Justiça: Trono de Atlantis
Adaptando uma das fases dos Novos 52, Liga da Justiça Trono de Atlantis é uma animação de 2015, de Esthan Spaulding que mira nos arcos e reformulações mais recentes do Aquaman, mas que não tem coragem o suficiente para ser uma animação solo do herói aquático. O começo apela para o triangulo amoroso entre Diana Prince, Superman e Lois Lane e só depois mostra Arthur Curry como personagem principal.
O traço característico da animação faz ele se assemelhar demais as fitas recentes de Jay Oliva e em comum com Guerra, Batman vs Robin e outros filmes do animador, há também o roteiro raso e simplista, que reúne os elementos das historias em quadrinhos recentes de uma maneira tão corrida que nãos e valoriza sequer os pontos bons delas. Há muita pressa em resolver os conflitos em mostrar a ação acontecendo, fato que faz com que a apreciação do filme feito direto para o mercado de home vídeo não passe de uma experiência genérica e pouco audaciosa.
Arthur Curry é dublado por Matt Lanter, o mesmo que fez a voz de Anakin Skywalker em toda a série Clone Wars de Dave Filoni, mas o serviço que presta é tão mal utilizado que quase não faz diferença a longa experiência do ator de vozes. Mera é feita por Sumalee Montano, mas também bão tem destaque o suficiente, e há outra curiosidade, Andrea Romano faz a senhora de Atlantis, e seu papel é tão clichê que também faz perguntar porque a principal responsável pelas escolhas das vozes dos seriados e filmes animados da DC se permitiria fazer um papel como esse, ainda mais um que tem interferência direta na trama.
Ao final da apreciação do longa animado a sensação é de que os produtores não entenderam direito o ram de Geoff Johns, Paul Pelletier e Ivan Reis, pois pegaram somente as partes onde a ação impera e diluíram toda a complexidade dos quadrinhos, a tradução entre mídias não funcionou. O roteiro de Heath Corson se apega somente as brigas e não dá profundidade aos dramas vividos e sua cena pós crédito também é risível, mostrando o encontro de vilões e mais um gancho para outras animações, mostrando que todo o drama ali estabelecido não seria nada além de uma preparação para outros filmes.
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