Crítica | Sharknado: Corra Para o 4º
Quem diria, hein? Aquele filme despretensioso, tosco, absurdamente ridículo, lançado em 2013 pelo Canal SyFy, chegou ao quarto episódio. O fato de Thunder Levin conseguir formular três roteiros sobre um tornado de tubarões já era algo deveras impressionante. Mas três não foram suficientes. O quarto chegou e com mais glória do que nunca!
Sharknado: Corra Para o 4º é um oceano de referências, a começar pelo título original (The 4th Awakens), que remete ao Episódio VII de Star Wars. Não satisfeitos, a cena inicial é o clássico letreiro com as letras flutuando no espaço narrando os acontecimentos após o terceiro filme, tudo de forma absolutamente gratuita e babaca.A partir daí, já podemos notar o quão deliciosamente desnecessário é este filme.
O que poderia haver de diferente em relação aos filmes passados? Conseguiria Thunder Levin criar uma trama com elementos diferenciados? Sim, ele conseguiu, e não teve limites. Não satisfeito com o Sharknado puro, agora a ameaça vento-tubarônica ganhará “poderes” e tipos diferentes, dentre eles o poderoso Fogonado e, claro, o Vacanado, referenciando o pavoroso filme Twister.
Não há muito o que falar do elenco: os personagens centrais estão de volta. sendo Ian Ziering o herói Fin Shepard e, felizmente, David Hasselhoff dá o ar da graça novamente como o pai do protagonista. Aliás, temos que aplaudir de pé o Sr. Hasselhoff por reerguer sua carreira nesta franquia sensacional e nos relembrar o quão mau ator ele é, apesar do carisma incontestável. Ou seja, é perfeito para este filme.
A estrutura do filme é parecida com os anteriores, mas desta vez incorporou-se alguns elementos tecnológicos que, durante cinco anos, conseguiram anular os Sharknados que começaram a se formar. Acontece que a natureza é poderosa e, em determinado momento, o tornado volta com força total numa situação completamente esdrúxula e conveniente. Mais uma vez, palmas ao Sr. Levin, que aliado ao seu fiel companheiro, o diretor Anthony C. Ferrante, deram à luz a mais uma grande obra cinematográfica. Ria, chore, se emocione neste turbilhão de aventuras, descubra se April, a personagem de Tara Reid, morreu ou não… e se achar ruim, azar o seu, porque vai ser mais ano que vem!