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  • Crítica | Sharknado: Corra Para o 4º

    Crítica | Sharknado: Corra Para o 4º

    sharknado 4Quem diria, hein? Aquele filme despretensioso, tosco, absurdamente ridículo, lançado em 2013 pelo Canal SyFy, chegou ao quarto episódio. O fato de Thunder Levin conseguir formular três roteiros sobre um tornado de tubarões já era algo deveras impressionante. Mas três não foram suficientes. O quarto chegou e com mais glória do que nunca!

    Sharknado: Corra Para o 4º é um oceano de referências, a começar pelo título original (The 4th Awakens), que remete ao Episódio VII de Star Wars. Não satisfeitos, a cena inicial é o clássico letreiro com as letras flutuando no espaço narrando os acontecimentos após o terceiro filme, tudo de forma absolutamente gratuita e babaca.A partir daí, já podemos notar o quão deliciosamente desnecessário é este filme.

    O que poderia haver de diferente em relação aos filmes passados? Conseguiria Thunder Levin criar uma trama com elementos diferenciados? Sim, ele conseguiu, e não teve limites. Não satisfeito com o Sharknado puro, agora a ameaça vento-tubarônica ganhará “poderes” e tipos diferentes, dentre eles o poderoso Fogonado e, claro, o Vacanado, referenciando o pavoroso filme Twister.

    SHARKNADO: THE 4TH AWAKENS -- Pictured: David Hasselhoff as Gil Shepard -- (Photo by: Patrick Wymore/Syfy)

    Não há muito o que falar do elenco: os personagens centrais estão de volta. sendo Ian Ziering o herói Fin Shepard e, felizmente, David Hasselhoff dá o ar da graça novamente como o pai do protagonista. Aliás, temos que aplaudir de pé o Sr. Hasselhoff por reerguer sua carreira nesta franquia sensacional e nos relembrar o quão mau ator ele é, apesar do carisma incontestável. Ou seja, é perfeito para este filme.

    A estrutura do filme é parecida com os anteriores, mas desta vez incorporou-se alguns elementos tecnológicos que, durante cinco anos, conseguiram anular os Sharknados que começaram a se formar. Acontece que a natureza é poderosa e, em determinado momento, o tornado volta com força total numa situação completamente esdrúxula e conveniente. Mais uma vez, palmas ao Sr. Levin, que aliado ao seu fiel companheiro, o diretor Anthony C. Ferrante, deram à luz a mais uma grande obra cinematográfica. Ria, chore, se emocione neste turbilhão de aventuras, descubra se April, a personagem de Tara Reid, morreu ou não… e se achar ruim, azar o seu, porque vai ser mais ano que vem!

  • Crítica | Sharknado 3: Oh, Não!

    Crítica | Sharknado 3: Oh, Não!

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    Oh, sim! A catástrofe natural mais querida do universo não desiste! Após faturar bilhões de dólares em bilheteria e ganhar diversos prêmios, Sharknado retorna com a terceira parte da grande saga de Fin Shepard (Ian Ziering).

    Após os acontecimentos do segundo filme, a família Shepard está feliz e contente no parque da Universal, usufruindo momentos de paz. April (Tara Reid) está grávida e maneta. Fin é condecorado com a Motosserra Dourada, um ilustre prêmio por sua façanha contra o Sharknado. Tudo parecia bem… até o primeiro tubarão cair do teto! Algo indica que Fin atrai Sharknados, tanto que desenvolveu um sexto sentido que pressente a aproximação do tornado. Mais uma vez, o herói precisará proteger sua família e a nação americana.

    Tivemos uma nítida evolução na parte técnica, deixando claro o maior orçamento despendido pela produtora The Asylum. Em diversas cenas foram utilizados tubarões reais e sangue sintético, provando que os efeitos práticos ainda têm espaço no cinema atual. O uso do CGI foi pontual e certeiro em pouquíssimas cenas, um ponto extremamente positivo que traz realismo e empatia.

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    O elenco está impecável. Além de Ian Ziering e Tara Reid, temos participações especiais de muitas estrelas: Frankie Muniz, Lou Ferrigno, Lorenzo Lamas, Bo Derek, Ray J, George R. R. Martin, além de Avalon Stone e Juliana Ferrante. Porém, a grande força é o inigualável David Hasselhoff, que após ter sua carreira reerguida ao interpretar a genial música-tema de Kung Fury, marca seu retorno definitivo às telonas neste filme. Sempre que aparece em tela, Hasselhoff rouba a cena com seu carisma e talento.

    Nem só o elenco merece os louros. O talentoso diretor Anthony C. Ferrante mostra competência e personalidade, mostrando sua assinatura o tempo todo, notória ao longo de sua extensa filmografia. O roteirista Thunder Levin, que faz parceria com o diretor desde o primeiro episódio da saga, elaborou uma trama coesa, madura e envolvente. Todos os dramas humanos para superar as dificuldades, aliados à verossimilhança dos acontecimentos, faz com que o espectador se identifique facilmente com os personagens e situações, sendo difícil segurar as lágrimas em diversos momentos. Além disso, inúmeras referências a outros filmes menores permeiam toda a película. Sem dúvidas, a dupla Ferrante-Levin é uma das parcerias mais preciosas da atualidade.

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    No primeiro filme, fomos apresentados à catástrofe Sharknado e à família Shepard. No segundo, houve um grande desenvolvimento dos personagens e da história, criando um complexo pano de fundo para este terceiro episódio. Fin carrega um grande fardo e precisa evitar que o temível Sharknado destrua seu país e sua família. A grande motivação de Fin é seu filho que está para nascer, querendo garantir um mundo pacífico para ver seu rebento crescer feliz. Todas as motivações são muito bem desenvolvidas, acarretando em um final surpreendente.

    Sharknado 3 não é apenas mais um filme-catástrofe. Ele quebra paradigmas e inova em diversos termos narrativos. Como se não bastasse, na época da estreia, o espectador poderia escolher o destino de April votando com uma hashtag no Twitter. O resultado da votação será revelado em Sharknado 4. Se você assistir à versão do DVD, Blu-ray ou Netflix, não verá as opções de votação. Infelizmente, quem não vivenciou o filme em sua estreia perdeu esse grande evento do cinema mundial. Agora, vamos esperar o lançamento do próximo capítulo desta saga que, sem dúvidas, é a mais grandiosa e relevante já feita em mídia audiovisual. Porém, será difícil superar Sharknado 3, que é o melhor da franquia até então.

  • Crítica | Sharknado 2: A Segunda Onda

    Crítica | Sharknado 2: A Segunda Onda

    Em 2013, The Asylum, a produtora trash por excelência, nos brindou com uma das maiores pérolas cinematográficas da atualidade: SharknadoO sucesso, aliado ao baixo orçamento de produção, tornou inevitável uma sequência. Eis que, no ano seguinte, estreia Sharknado 2, e pasmem, a galhofa ficou ainda maior!

    Após os acontecimentos do primeiro filme, April (Tara Reid) escreve um best-seller no qual relata as façanhas de Fin (Ian Ziering) ao combater o temível tornado de tubarões. Logo no início do filme, o casal, agora reconciliado (?), está num avião rumo a New York, mas… Fin tem a impressão de que algo ruim está por vir. E não estamos falando somente de Kelly Osbourne no papel de aeromoça. Uma tempestade surge e os tubarões voltam a atacar! É inacreditável o que acontece nos primeiros minutos de filme,  e na pior qualidade técnica possível: da aparição (e morte) relâmpago de Wil Weathon ao pouso forçado do avião com um CGI digno do PlayStation 1. Tubarões adentram o avião ignorando completamente os princípios da Física. Mas quem espera realismo em um filme como este?

    Após o grande susto no avião, Fin deve avisar à sua família que procurem abrigo em New York, pois um novo sharknado está por vir. A partir daí, a catástrofe se inicia no estilo do primeiro filme. As ruas ficam inundadas, infestadas de tubarões, que são onipresentes e surgem de qualquer poça d’água. Para tudo ficar ainda mais bonito, alguns répteis dão o ar da graça dos esgotos, lembrando um certo filme dos anos 80.

    Aliás, houve uma preocupação em trazer mais elementos da cultura pop ao filme, com incontáveis referências a clássicos do cinema e afins. Basta um olhar mais atento para captar a “sutil” homenagem a Evil Dead, Além da Imaginação, e claro, ao Tubarão de Steven Spielberg  – personagens chamados Ellen e Marin Brody. O fato de os tubarões perseguirem April e Fin insistentemente traz à lembrança o plot do horrendo Tubarão 4, contribuindo positivamente para a trasheira deste filme.

    A brincadeira fica ainda mais interessante com a inserção de telejornais reais noticiando a catástrofe. Imaginem se num filme William Bonner anunciasse no Jornal Nacional a aparição de um sharknado. Seria, no mínimo, divertido.

    Não satisfeitos, a Asylum  cria um final absurdo, exagerado, ridiculamente trash, superando qualquer expectativa do mais descrente ser humano deste planeta. A babaquice é tamanha que precisamos aplaudir de pé este blockbuster da zoeira. Jogue seu tênis verde no lixo e aprecie esta obra que vai te divertir horrores. Um colosso!

  • Crítica | Sharknado

    Crítica | Sharknado

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    The Asylum é uma produtora que, há bastante tempo, vem produzindo filmes baratos, bizarros e completamente falcatrua. Suas “obras” mais notórias são os famosos mockbusters, plágios descarados dos blockbusters de sucesso. TransMORPHers, Snakes on a TRAIN e um mais recente, ATLANTIC Rim, são alguns poucos exemplos do que a Asylum já cometeu no mundo cinematográfico.

    Nessa onda de bizarrices trash, a produtora já fez diversos filmes de animais assassinos, gigantes ou não, com efeitos dignos de filmes caseiros. A galhofa extrema torna os filmes da Asylum verdadeiros virais na internet que, por si só, já criam sua própria publicidade no boca-a-boca. E nos últimos meses, um dos grandes hypes do mundo trash foi Sharknado.

    A ideia de unir a perigosa catástrofe natural (tornado) com a máquina assassina dos mares (tubarão – shark) criou uma obra digna de estar no topo do pedestal trash do cinema.

    Afinal, o que esperar desse filme? O que esperar de uma ideia desse nível? Um filme merda, claro! A galera do tênis verde vai detestar, xingar, gritar, massacrar o filme. Já os amantes do malfeito vão adorar!

    O trailer faz imaginar que o filme será apenas um furacão trazendo tubarões que irão cair sobre as pessoas e mata-las alucinadamente. Porém, um ponto positivo foi criar um ambiente onde os tubarões pudessem passear pela cidade e se divertir. O tornado/furacão/tufão/ciclone traz inundação às ruas, e com isso os tubarões poderão ter acesso a grande parte da cidade, aumentando a carnificina.

    O filme custou uma mixaria para ser produzido, então não podemos esperar grande primor técnico. Os atores são horríveis, dentre eles a Tara Reid, que, dentre os trabalhos de maior destaque estão American Pie e o “excelente” Alone in the Dark, do mestre Uwe Boll.

    Em muitos momentos, a edição faz com que o céu escureça de repente, e logo depois se ilumine. Ed Wood ficaria orgulhoso!

    Sem contar que, em determinadas cenas, o trânsito de veículos está completamente normal, como se o mundo não estivesse sendo assolado por um Sharknado. Provavelmente seria muito caro conseguir um alvará da prefeitura pra fechar as ruas, então vai assim mesmo! A câmera ajuda na previsibilidade do filme, onde o personagem prestes a morrer é enquadrado num plano mais aberto, onde o espectador já espera o tubarão cair sobre o infeliz personagem.

    Para os amantes dos tubarões, do trash, do bizarro e dos efeitos especiais baratos, este filme é obrigatório, uma das grandes surpresas do ano.