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  • Review | Arrow – 5ª Temporada

    Review | Arrow – 5ª Temporada

    Após uma boa temporada de estreia (Arrow – 1ª Temporada), uma ótima segunda temporada, seguida por um dos maiores fiascos da história do Canal CW, a quarta temporada de Arrow precisou provar que a série ainda merecia seu lugar no canal para manter o já estabelecido arrowverse. Com muita dificuldade, a temporada que começou fraquíssima se reergueu firmando a série, livrando-a de um possível cancelamento. Parte disso se deu por algumas cobranças da estrela da série, o ator e intérprete de Oliver Queen/Arqueiro Verde, Stephen Amell, que tem uma ligação direta com os fãs. A cobrança de Amell deu resultado e Arrow ganhou um bom respiro em sua quinta temporada, se tornando a melhor temporada desde a segunda aventura do Arqueiro Verde nas telas da TV.

    Após a morte de Laurel Lance/Canário (Katie Cassidy) e após Thea/Speedy (Willa Holland) e John Diggle/Espartano (David Ramsey) aposentarem seus uniformes (mas ainda sendo personagens principais), o Arqueiro Verde busca recrutar novos heróis para dar continuidade ao legado de Lance e é assim que passa a trabalhar com Rene Ramirez, o Cão Raivoso (Rick Gonzalez), que há tempos vinha sendo um vigilante em Star City, Evelyn Sharp, a Artemis (Madison McLaughlin) e um velho conhecido dos fãs e da série, o cientista Curtis Holt, que assume o nome de Sr. Incrível (Echo Kellum), que junto de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), agora estabilizada como a Observadora, divide o núcleo cômico da série. Enquanto Oliver Queen não veste o capuz do Arqueiro Verde, ele é o prefeito da cidade, sendo o ex-capitão de polícia, Quentin Lance (Paul Blackthorne) seu vice prefeito, enquanto Thea vira sua assessora e Diggle retoma à sua função original de segurança de Oliver. Junta também ao elenco o novo e ótimo promotor da cidade, Adrian Chase (Josh Segarra), que na primeira metade da temporada parecia mais ser um Christian Bale genérico do que qualquer coisa, mas que depois, se mostrou um ótimo personagem, inclusive quando se tratava de entraves políticos/jurídicos que foram constantes nessa temporada.

    A quinta temporada de Arrow teve como premissa aparição do perigoso e violento Tobias Church, vivido por Chad L. Coleman, o Tyrese de The Walking Dead e logo de início, o team Arrow passa a ter sérios problemas com Church, principalmente porque a equipe é completamente desengonçada e não sabe trabalhar unida, o que acaba trazendo sérios problemas a Oliver, que passa a ter um temperamento extremamente explosivo, inclusive, dando surras severas nos membros do time durante os treinamentos. Logo sabemos que Church é apenas uma pequena peça de um quebra cabeça muito maior, cuja peça principal é o vilão Prometheus, um rival que possui habilidades idênticas ou até melhores que o próprio Arqueiro Verde e a caçada ao vilão foi um dos pontos altos dessa temporada. O problema ficou por conta da revelação de sua identidade, já que mais uma vez os produtores resolveram esconder a informação, assim como fizeram sobre a revelação de quem havia morrido na temporada passada, contudo, as coisas ficaram melhores após o vilão parar de usar uma máscara. Acontece que, mesmo após usarem um artifício chato, desta vez houve um motivo plausível.

    Algo que surpreendeu nessa temporada foi o enredo dos tradicionais flashbacks da série, que mostram a jornada de Oliver Queen desde que se tornou um náufrago até seu retorno para a casa, cinco anos depois. Como esta foi a quinta temporada, os flashbacks convergiram com os acontecimentos dos primeiros episódios da série. Aqui, Oliver busca cumprir a promessa feita à Taiana na temporada anterior: matar Konstantin Kovar, vivido por Dolph Lundgren que faz um líder da máfia e do crime organizado russo e que gosta de ir para a porrada. Para combater Kovar, Oliver se alia a um velho conhecido, Anatoly Kniazev (David Nykl) e finalmente podemos ver respondidas várias perguntas sobre a estreita relação do herói com os russos e com a organização chamada Bratva, algo que já foi mostrado por diversas vezes ao longo desses cinco anos.

    Outro ponto positivo dessa temporada foi que todos os personagens secundários tiveram suas respectivas tramas paralelas, mesmo que elas não tenham contribuído com o desenrolar da trama principal, o que passa despercebido por terem sido muito bem encaixadas. Os destaques ficam para a história de Rene, que teve um episódio próprio e o porquê dele ter se tornado o Cão Raivoso e sua estrita relação quase paterna dele com Quentin Lance, haja vista que, quem acompanha o seriado sabe que, assim como Rene, Lance viveu um inferno em sua vida. Também teve destaque a história da ex-policial Dinah Drake (Juliana Harkavy), que foi afetada pela explosão do colisor de partículas de Harrison Wells na primeira temporada de Flash, enquanto fazia uma investigação com seu parceiro que faleceu no acidente. Dinah é a primeira meta humana a integrar o elenco de Arrow, se não considerarmos as várias participações dos personagens de Flash já feitas até então. Os poderes de Drake são exatamente os mesmos da vilã Sereia Negra, a Laurel Lance (também, Katie Cassidy) da Terra 2 e que também passou a integrar o elenco na temporada. Por enquanto só fica a pergunta: teria Dinah Drake alguma relação de parentesco com Tim Drake?

    Como já é costume, logo no início da temporada tivemos o episódio que adaptou a saga Invasão, da DC Comics, que fez parte do já tradicional mega crossover da CW, que juntou, desta vez, o elenco de Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    Assim, como na terceira temporada de Flash, houve uma diminuição considerável dos episódios chamados de monstros da semana, que foram incluídos dentro da história principal, fazendo com que o episódio seguinte sempre complementasse o anterior, seguindo assim, praticamente, do início ao fim da temporada. Mas apesar de toda a trama envolvendo Prometheus, os jogos políticos que Oliver precisou enfrentar na prefeitura, as tramas paralelas de todos os personagens que integraram o elenco, ainda sobrou espaço para que os produtores colocassem um novo e sanguinário vigilante diversas vezes em cena, muitas vezes combatendo os heróis que são totalmente contra à maneira de agir do cara. A propósito, sua identidade ainda permanece um mistério.

    Com essa quinta temporada, Arrow conseguiu o respiro que precisava, se firmando, novamente, como a principal série de seu universo dentro da CW e se firmando de vez como uma série auto suficiente, sendo que sua sexta temporada parece ser muito promissora e provavelmente manterá o mesmo nível da temporada que passou. É muito provável que seja renovada para uma sétima temporada e por que não, uma oitava.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | The Walking Dead – 5ª Temporada

    Review | The Walking Dead – 5ª Temporada

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    O grupo de aventureiros acabava de chegar em Terminus, emboscados em uma estranha cilada, que revelaria ainda uma gama de horrores inimagináveis. A quinta temporada de The Walking Dead começaria mais agressiva que o normal, tentando emular o tom adulto visto nas publicações em quadrinhos. Rick Grimes (Andrew Lincoln) e sua trupe se veem em sérios apuros, torturados e massacrados por homens cruéis que fazem uso de técnicas medievais para humilhar os prisioneiros, em cenas inspiradas nas publicações de Robert Kirkman e no aspecto visual de Massacre da Serra Elétrica, especialmente na imundície ao redor e na violência gráfica, priorizando o grotesco e o improviso.

    Do lado de fora, Carol (Melissa McBride) e Tyresee (Chad L. Coleman) carregam a pequena Judith. Símbolo máximo da esperança, a menina os inspira a tentar “recapturar” o grupo antigo de companheiros, e uma missão de resgate ocorre de maneira bastante visceral. A apologia ao consumo de carne humana prossegue através do grupo de canibais, que até fazem lembrar o terror das hqs, mas de um modo bem suavizado e menos impactante.

    Comic-Con Trailer: The Walking Dead: Season 5 (Screengrab)

    A intenção de consertar os próprios erros fica evidente no roteiro filmado, já que a partir do episódio terceiro há sempre o resgate do passado, em flashbacks, mostrando como alguns personagens chegaram àquele ponto. Entre eles estão Beth (Emily Kinney), Abraham (Michael Kudlitz) e Eugene (Josh McDermitt), em uma das melhores subtramas dos quadrinhos, bem orquestrada por Ernest R. Dickerson, além de retomar o tema de expulsão de Carol, mesmo após sua reconciliação com Tyresee e Rick.

    No entanto a superficialidade impera nos traumas expostos e trabalhos pré-mid season, pois todos os arquétipos montados até então remetem à construção do choque, típico dos outros anos, onde a comum artificialidade se une à dissimulação básica de fazer o público ficar atônito para esconder a pobreza da abordagem.

    Na segunda metade do ano, o panorama muda bastante, com o acréscimo de Aaron (Ross Marquand) e sua oferta para que os remanescentes dos aventureiros se reúnam a ele em Alexandria. A transposição de toda a paranoia de Rick e dos outros é muito bem executada, e demora-se bastante para que a decisão seja finalmente tomada.

    Uma vez nas paragens tranquilas, Grimes finalmente relaxa, abrindo mão de sua barba cerrada e deixando que Jessie (Alexandra Breckenridge) corte seus cabelos, cedendo finalmente aos encantos femininos, mesmo que de modo não sexual. A reprimenda ocorre no comportamento de Daryl (Norman Reedus), que segue caçando gambás e dormindo do lado de fora das casas, não se adaptando à paz que antes buscavam. Daryl serve como o sentimento de desconfiança do antigo xerife, que não se permite relaxar mesmo diante da mudança de condições de vida, tornando-se refém da sensação fugaz de segurança. A readaptação não é fácil, especialmente no momento em que começam a cooperar profissionalmente para a nova sociedade.

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    A paz que habita Alexandria é cortada pelos abusos de um homem que abusa da própria esposa, e que concentra a raiva de Rick. Logo, a real face do grupo é mostrada, predominando então as certezas a respeito da parte mais odiosa da natureza humana, ligada ao egoísmo mútuo. A quinta temporada, a mais fiel, guardadas as devidas proporções dos rumos dos personagens mostrados até então, termina com um enorme gancho para as próximas aventuras, mas segue carecendo de um vilão realmente interessante, sobrando a possibilidade de Negan ser o próximo antagonista, justificando então a vilania interessante dos escritos de Charlie Adlard e Kirkman, gerando também um sem número de especulações.

    No entanto, a expectativa do público ainda permanece não alcançada, exceto, é claro, pela horda de fanboys, incluindo o público no Brasil, formado por grande parte de pessoas que não têm qualquer ideia de quem é George A. Romero, Greg Nicotero, Tom Savini, Lucio Fulci e afins. A espera pelo próximo ano ocorre com a vontade de que o texto seja menos requentado e apresente alguma novidade, de preferência sem estragar as boas sequências dos quadrinhos.