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  • Review | Arrow – 7ª Temporada

    Review | Arrow – 7ª Temporada

    Após uma ótima sexta temporada, o seriado do Arqueiro Verde tinha a dura missão de, ao mínimo, manter a qualidade de sua temporada anterior, o que era bem difícil. Se a sexta temporada do arqueiro esmeralda foi ovacionada pela ousadia apresentada, o sétimo ano continuou ousando ainda mais, mas sem aquele resultado totalmente satisfatório.

    Lembrando um pouco da temporada anterior, tivemos a equipe de Oliver Queen/Arqueiro Verde (Stephen Amell) quebrada ao meio, com o herói voltando à carreira solo ao lado de Felicity Smoak/Observadora (Emily Bett-Rickards), enquanto John Diggle/Espartano (David Ramsey) aceita um cargo na A.R.G.U.S, e o restante dos companheiros da equipe, Curtis Holt/Sr. Incrível (Echo Kellum), Dinah Drake/Canário Negro (Juliana Harkavy) e Rene Ramirez/Cão Raivoso (Rick Gonzalez), passaram a atuar juntos em um novo bunker. Após Ollie ser desmascarado, o herói faz um acordo com o FBI e acaba sendo preso ao final da temporada em troca da liberdade de seus ex-colegas. Para piorar a situação, o pior vilão que a série já teve, o Dragão, Ricardo Diaz (Kirk Acevedo), conseguiu escapar, deixando a expectativa alta para a sétima temporada.

    Como dito, a sétima temporada continuou ousando e fez uma manobra arriscada: além do elenco principal, tivemos então a escalação de um segundo elenco, responsável por outra linha temporal bastante conhecida na série. Porém, com o final dos já costumeiros flashbacks que, vale lembrar, foram extintos na temporada passada, agora temos flashforwards, que mostram um futuro nada animador para os personagens. Então, além da trama principal da linha do presente, tivemos outra trama de suma importância com esses flashfowards do futuro, além das já tradicionais subtramas.

    Com Oliver Queen na prisão e com a lei anti vigilante em vigor, Curtis passa a trabalhar no serviço de inteligência da A.R.G.U.S junto com Diggle; Dinah é promovida capitã de polícia de Star City e Rene, que já teve um passado obscuro, continua burlando a lei por livre e espontânea vontade, atuando como o Cão Raivoso. Já Laurel Lance (Katie Cassidy) segue como promotora em Star City. Enquanto isso, Felicity e William (Jack Moore) tentam viver uma vida normal, mas não tão normal assim, já que a Observadora desenvolveu uma obsessão por segurança. Ou seja, tramas paralelas demais para toda a equipe de produção tomar conta e ainda nem falamos a respeito das tramas principais.

    Podemos começar com a trama do futuro, onde um William já adulto, vivido por Ben Lewis consegue chegar em Lian Yu, em busca de uma pista. Lá encontra um velho Roy Harper/Arsenal vivendo em exílio com o ator Colton Haynes retornando ao papel depois de anos. A pista sugere que havia sido deixada por Felicity, que foi supostamente assassinada. Roy e William partem diretamente para uma Star City completamente acabada, suja e corrupta e lá passam a investigar o suposto sumiço de Felicity juntamente com as Canários Dinah Drake e Zoe Ramirez (Andrea Sixtos), a filha de Rene, que até então, era uma criança. Quanto a Rene, ele é o atual prefeito do antigo bairro Glades que agora está separado de Star City por enormes muros de contenção. Aqui cabe uma crítica: o canal CW envelhece muito mal seus personagens e tudo soa muito brega quando os vemos em tela. Logo eles descobrem um plano diabólico para Star City ser tirada de vez do mapa e a investigação os coloca com outros dois novos personagens: um deles nem é tão novo assim. Trata-se de Connor Hawke, o filho adotivo de John Diggle, vivido por Joseph David-Jones. Connor já apareceu no Arrowverse sendo o Arqueiro Verde do futuro no pastelão Legends of Tomorrow e a outra personagem é de suma importância para a história do seriado: Mia Smoak, a filha de Oliver e Felicity, vivida por Katherine McNamara. Assim, juntos, todos eles tem a missão de interromper a destruição da cidade.

    Já no presente, o melhor da temporada, sem dúvida foi o tempo que Oliver Queen ficou na prisão. Muito antes do UCDC – Universo Cinemático DC surgir, tinha-se a ideia de um filme solo do Arqueiro Verde, onde a premissa seria colocar Oliver dentro da mesma prisão onde estariam diversos vilões que o herói ajudou a prender. Certamente, com o projeto cancelado, essa ideia pôde ser aproveitada na série, com Oliver tendo que lidar com carcereiros que o odeiam além dos vilões Tigre de Bronze, Brick e Derek Sampson, com os atores Michael Jay-White, Vinnie Jones e o lutador Cody Runnels retornando aos seus papéis.

    Mas com o anúncio do cancelamento do seriado, Oliver Queen não poderia passar sua última temporada completa dentro da prisão, então, logo ao sair, temos o mega crossover do canal, que desta vez traz o episódio Elseworlds, uma espécie de prelúdio para a Crise Nas Infinitas Terras. Saiba tudo sobre o episódio aqui.

    Ao retornar, Oliver precisa lidar com uma misteriosa personagem, Emiko (Sea Shimooka) que, na verdade, é um fechamento de um ciclo para a série, que explica diversos acontecimentos ao longo destes sete anos e principalmente o porquê de Oliver ter sofrido o naufrágio do iate junto de seu pai, Robert, logo no primeiro episódio da série. Obviamente, as ações de Emiko acabam colocando a equipe de certa forma junta novamente, ainda mais por causa da revogação da lei, que permite que os heróis voltem a atuar, desta vez com suas identidades expostas. Contudo, a dinâmica imposta parece não funcionar muito e as coisas se tornam cada vez mais desinteressantes, à medida que os episódios passam e o desfecho até chega a ser interessante, mas nem tanto. De qualquer forma, naquela altura, o elenco já sabia do cancelamento do seriado e as cenas ali começam a ter uma pegada mais emocional, principalmente por parte de Stephen Amell que não esconde as lágrimas em cena.

    Infelizmente, Arrow já fez a sua curva para a reta final. A série deve terminar em seu oitavo episódio, que será um dos capítulos do crossover Crise Nas Infinitas Terras. Os fãs esperam que o Arqueiro Verde tenha um final tão grandioso quanto o próprio personagem em si.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | Flash – 5ª Temporada

    Review | Flash – 5ª Temporada

    The Flash sempre foi uma promessa dentro do Canal CW. Seguindo os passos de Arrow, que é o atual carro chefe da emissora, principalmente no que diz respeito ao universo compartilhado, a série do velocista escarlate terá a dura missão de substituir o seriado do Arqueiro Verde quando seu final chegar. Se for por conta dos heróis em si, já sabemos muito bem que o Flash é um dos mais importantes heróis já criados por conta de sua habilidade única e por ótimas histórias vindas dos quadrinhos, mas quando se trata da qualidade dos seriados do universo da CW, a sua liderança é obrigatória, uma vez que Supergirl claramente demonstra ficar em sua sombra e nem vamos falar a respeito daquela “brincadeira” chamada Legends of Tomorrow, que não se leva nem um pouco a sério. Mas, como dito, Flash tem a dura missão de se manter no topo, já que sua qualidade vem caindo a cada temporada.

    Após derrotar o Pensador em sua quarta temporada, Barry Allen (Grant Gustin) ficou a estranha sensação de que foi ajudado a destruir Clifford DeVoe e que sem a ajuda, o vilão não teria sido derrotado. É aí que temos a revelação de que, de fato, Barry contou com um empurrãozinho que ninguém menos que Nora West-Allen (Jessica Parker Kennedy), a filha de Barry e Iris (Candice Patton), já adulta e que veio do futuro. Nora também é velocista e em seu tempo, ela é conhecida como a heroína XS, que vem da palavra excesso. Algum tempo depois, descobrimos o motivo desse nome. Apesar do choque e da felicidade dessa reunião familiar, Barry fica extremamente preocupado com o fato de Nora já estar há tanto tempo no ano de 2018, uma vez que ele a reconheceu nas diversas vezes que a moça cruzou seu caminho na última temporada. Por causa da viagem temporal de Nora e pelo tempo em que ela se encontra em 2018, a possibilidade dela ter esculhambado a linha do tempo é enorme e Barry só se preocupa em mandar a menina de volta para o ano de 2049.

    Meta-humanos começaram a ser cruelmente assassinados em Central City e a equipe começa a desconfiar de que há um caçador de metas na cidade. Infelizmente, todas as buscas que Cisco Ramon (Carlos Valdes) e Caitlin Snow (Danielle Panabaker) fazem usando os instrumentos e equipamentos do S.T.A.R. Labs, bem como a busca feita por Barry, Joe (Jesse L. Martin) e Ralph Dibny (Hartley Sawyer) no campo, são em vão, deixando a equipe, pela primeira vez de mãos atadas. Paralelo a isso, já podemos perceber que o desaparecimento do Flash durante uma crise mencionada numa manchete de jornal do futuro logo no primeiro episódio da primeira temporada é mais urgente do que nunca, já que é revelado que Nora nunca chegou a conhecer seu pai, Barry, por causa de seu desaparecimento na mencionada crise ocorrida no ano de 2024. Além disso, todas as coisas que Nora aprendeu sobre o Flash se deram por causa do famoso Museu do Flash, que é bastante retratado nos quadrinhos e que no seriado aparece pela primeira vez em flashfowards durante a temporada. Com o passar dos episódios, vemos que após o desaparecimento do Flash, a relação entre Iris e Nora fica bastante desgastada e é por isso que a jovem prefere ficar muito mais ao lado do pai, do que da mãe.

    Por motivos simplesmente de roteiro, é decidido que Nora ficará em 2018 para aproveitar seu pai ao máximo e para ajudar a equipe a pegar o assassino de meta-humanos que a esta altura já está estabilizado com o nome de Cicada, vivido pelo ator Chris Klein, porém, sem deixar pista alguma sobre sua identidade e paradeiro. Nora traz algumas informações importantes do futuro e revela que o Flash nunca consegue prender Cicada, o que aumenta ainda mais o desafio da equipe em solucionar essa questão. É quando resolvem recrutar o maior detetive do multiverso, Sherloque Wells (Tom Cavanagh), que já prendeu mais de 30 Cicadas em infinitas terras. Sherloque Wells, diferentemente do famoso Sherlock Holmes, é francês e obviamente é um dos milhões de Wells espalhados pelo multiverso e que possuem uma mente brilhante. Sherloque facilmente descobre a identidade do assassino (já que todos possuem a mesma identidade), contudo, a viagem temporal promovida por Nora, alterou a linha do tempo, alterando, também, a identidade de Cicada, dificultando as ações da equipe.

    A primeira parte da temporada é muito legal. A dinâmica imposta pelos produtores com o fato de Nora vir do futuro e contar informações interessantes sobre algumas coisas e o fato de Sherloque ser um viajante do multiverso, deixam as coisas muito divertidas, porém perigosíssimas, já que o detetive duvida muito das ações da velocista, sendo que, desconfiado, passa a investigar Nora às escondidas. Em contrapartida, Nora viaja constantemente no tempo em 2049 para fazer visitas ao seu mentor, o maior inimigo de Flash, o Flash Reverso/Eobard Thawne, vivido também por Tom Cavanagh. O problema é que a dinâmica da equipe com Cicada não funciona muito bem, sem contar que Iris se torna uma personagem insuportável, obviamente por causa da sua relação com a filha e o fato de que ela em breve, perderá seu marido.

    Como já é costume, logo na primeira metade da temporada tivemos o ótimo episódio Elseworlds, que fez parte do já tradicional mega crossover do canal CW, que juntou, novamente, o elenco de FlashSupergirlArrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    As coisas melhoram um pouco. Primeiro porque temos episódios realmente bons e extremamente importantes para o seriado, como a criação de um soro capaz de curar meta-humanos, fazendo com que Cisco, que desenvolveu o antídoto, comece a duvidar sobre sua continuidade como Vibro. Segundo porque muito do passado de Caitlin Snow/Nevasca é mostrado e terceiro porque temos dois episódios com viagens no tempo que são sensacionais, sendo que, em um deles, vemos algo muito parecido com o que ocorre em Vingadores: Ultimato, onde o Flash parte para o passado visitando parte de episódios das temporadas anteriores. E aqui cabe uma nota: como Zoom (Teddy Sears) é assustador! Além disso, um novo e misterioso Cicada chega do futuro, mais destruidor que o primeiro, dificultando ainda mais aquilo que já era difícil.

    À medida que os episódios vão passando, podemos perceber o que a dinâmica dos personagens aliados e os vilões vão melhorando, enquanto a relação entre Nora e o restante do elenco vai entrando em colapso, principalmente quando Sherloque a desmascara e percebemos as reais intenções do Flash Reverso. A jovem XS não é má, mas ela é impulsiva, agindo em excesso (o que justifica seu nome). O legal é que Thawne ensina Nora da mesma forma que ensinou Barry, deixando esse déjà vu com um sabor mais especial. O Flash Reverso é um ótimo vilão, mesmo dentro de uma cela por todo o tempo. E se uma coisa que ele sabe fazer, além de manipular, é esperar, já que, ironicamente, ao contrário de Barry, o oposto do velocista escarlate sabe esperar e muito.

    A boa temporada fez com que Flash ganhasse o respiro que precisava. Afinal, após a triste notícia do cancelamento de Arrow, a série do velocista deverá assumir como a líder do Arrowverse, já que temos engatilhados dois novos shows, sendo um focado na Batwoman e posteriormente, um focado numa equipe de canários, provavelmente lideradas por Dinah Drake e Laurel Lance do seriado do arqueiro esmeralda.

    Aliás, a crise é iminente. As viagens recorrentes no tempo de Nora, que transitou diversas vezes entre os anos de 2018 e 2049, adiantaram em muito a data da manchete do desaparecimento do Flash. Assim, a Crise Nas Infinitas Terras, acontecerá já em 2019 e mudará para sempre o universo dos seriados, cujas novas temporadas estão sendo aguardadíssimas.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

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  • Review | The Flash – 4ª Temporada

    Review | The Flash – 4ª Temporada

    The Flash surgiu como um seriado promissor no Canal CW, após as ótimas primeira e segunda temporadas, a produção teve uma baixa na qualidade, entregando uma terceira temporada bastante regular. Contudo, é inegável que o Flash é um dos principais e mais poderosos heróis da DC Comics, além de ter um papel bastante fundamental e que interfere diretamente em todas as outras séries do canal que fazem parte do chamado “Arrowverse”.

    Ao derrotar Savitar na temporada anterior, deixando a Força de Aceleração completamente desestabilizada, o que faz com que Barry Allen (Grant Gustin) precise abandonar sua Terra, o team Flash, juntamente com Iris (Candice Patton) e Joe (Jesse L. Martin) unem forças para trazer Barry de volta. O plano funciona, mas Barry volta à Terra completamente estranho, como se ele não pertencesse a aquele local. Porém, a questão é rapidamente resolvida e já damos início à premissa principal desta temporada. A produção do seriado é expert em causar aos fãs anticlímax por resolverem rápido demais as questões deixadas em temporadas anteriores. Foi assim com relação à adaptação de Ponto de Ignição, cuja resolução se deu em apenas um episódio e foi assim com a questão da Força de Aceleração.

    Novos meta-humanos começam a aparecer em Central City e a equipe logo descobre que todos eles estavam dentro de um ônibus que foi atingido exatamente na mesma hora em que Barry Allen é resgatado da Força de Aceleração. Barry, obviamente, se sente responsável e somos apresentados a Ralph Dibny (Hartley Sawyer), um dos integrantes do ônibus. Dibny é um ótimo personagem. De início, sabemos que ele era um ex-policial em Central City e que após sua demissão, se tornou detetive particular. Acontece que ele é um cidadão asqueroso, especialista em deixar as pessoas desconfortáveis com suas piadas nojentas, que quase em sua maioria tem a ver com sexo, gases e coisas do tipo. Resumindo, o cara é o tio do pavê, mas possui o poder de se esticar. Acontece que Ralph Dibny, apesar de sua personalidade esquisita é um homem sozinho e não demora muito para começar a integrar a equipe de Barry como o Homem-Elástico.

    Com o sumiço dos metas que estavam dentro do ônibus, Barry (que é policial em Central City) e Joe passam a investigar o caso. Paralelamente a isso, Cisco Ramon/Vibro (Carlos Valdes), Caitlin Snow/Nevasca (Danielle Panabaker), Iris West e Harry Wells (Tom Cavanagh), usam de toda a tecnologia do S.T.A.R. Labs para chegar onde a polícia de Central City não consegue. Vale destacar que o Wells que ajuda a equipe nesta temporada é o Wells da Terra 2 e que já nos visitou na segunda temporada do seriado. Harry, embora tenha uma mente brilhante, assim como todos os Wells, é impaciente e bastante grosseiro e não se dá muito bem com Cisco.

    Com a investigação que se avança, a primeira parte da temporada agrada aos olhos de quem assiste e é focada no fanatismo de Barry pelo professor Clifford DeVoe (Neil Sandilands), que está por trás dos desaparecimento dos metas que estavam no ônibus. Acontece que os álibis de DeVoe o isentam de qualquer tipo de acusação, principalmente pelo professor ser paralítico, o que, de certa forma, o impossibilitaria de cometer tais crimes. Mas Barry desacata até as ordens do capitão da polícia. Suas ações levam a encontrar o corpo de DeVoe e o herói acaba preso.

    Com a prisão de Barry, a equipe precisa lidar sozinha com os crimes na cidade, mas as coisas acabam não dando muito certo e Vibro, Nevasca e Homem-Elástico parecem não dar conta das questões que envolvem à segurança da cidade, principalmente com a vilã Amunet Black (Katee Sackhoff) ganhando força na cidade e atrapalhando os planos da equipe. Vale destacar que nos quadrinhos, a vilã é conhecida como Forja, mas esse nome, nunca foi usado no seriado.

    Como já é costume, logo na primeira metade da temporada tivemos o episódio Crise na Terra X, que fez parte do já tradicional mega crossover do canal CW, que juntou, novamente, o elenco de FlashSupergirlArrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    A temporada passa a perder muita força quando Barry consegue sair da prisão e DeVoe passa a mudar sua forma física. O vilão, devidamente estabilizado como o Pensador, passa a absorver os poderes dos metas que sequestra com o objetivo de deixá-lo indefectível contra o velocista escarlate e sua equipe e também para dar seguimento ao seu maligno plano, e isso faz com que ele sempre esteja passos à frente da equipe. O problema é que os produtores optaram por não fazer uma linha contínua com a história principal, sempre interrompendo o ritmo para colocar episódios que, as vezes, não tem nada a ver com a trama principal, dando um pouco mais de atenção aos episódios conhecidos como fillers, indo de maneira contrária a que Arrow fez em sua sexta temporada. Assim, a temporada seguiu sem graça até o seu desfecho onde coisas interessantíssimas aconteceram nos episódios finais.

    Apesar dos últimos episódios terem sido bons, o que chamou a atenção não foi exatamente o desfecho da derrota Pensador, mas sim, o que aconteceu com a equipe e os sacrifícios que ela precisou fazer para começar a trilhar esse caminho de vitória. Como sempre digo, Tom Cavanagh é o melhor ator do elenco, seja como Eobard Thawne, seja como Harry Wells, ou H.R. Wells. A relação de Harry e Cisco evoluiu muito nessa temporada e Harry se tornou mais humano, mesmo abrindo mão de toda sua inteligência ao tentar replicar o dispositivo que multiplicou a inteligência de DeVoe. Ver Harry tentando solucionar questões e a cada dia estar menos inteligente e útil para a equipe foi algo bem doído de se ver. Méritos a Cavanagh que sempre dá show. Outro detalhe que chamou a atenção na temporada foi as participações esporádicas de uma jovem personagem, ainda sem nome, mas que, acredita-se que terá um papel fundamental na próxima temporada.

    Flash, talvez, tenha nos mostrado sua pior produção até então. Sua quinta temporada é aguardada com ansiedade, por causa da promessa de termos uma viajante do futuro que vai interferir diretamente na vida de Barry e Iris, mudando suas vidas para sempre.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

    https://www.youtube.com/watch?v=Rb6PycazVyA

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  • Review | Arrow – 6ª Temporada

    Review | Arrow – 6ª Temporada

    Desde sua criação e por toda a sua história, Arrow tem sido um seriado cheio de altos e baixos (mais baixos do que altos), o que é normal para uma série que está no ar há mais de cinco anos. Tivemos uma boa temporada de estreia, uma excelente segunda temporada, seguida de uma terceira temporada terrível e uma quarta e quinta temporada bem razoáveis, mas que trouxeram um pouco mais de respiro para o seriado.

    Se no desfecho da temporada anterior tivemos uma espécie de cliffhanger, o sexto ano do arqueiro esmeralda mostraria logo de cara o que de fato aconteceu com praticamente todos os integrantes do elenco, cujos personagens estavam na ilha de Lian Yu, após o vilão Prometheus explodi-la em quase sua totalidade. Logo nos primeiros episódios, tivemos flashbacks que responderam algumas das perguntas deixadas, mas a maioria delas foram sendo respondidas ao longo da temporada. Isso ajudou a responder também como seriam os flashbacks tão recorrentes na série, uma vez que, nas cinco primeiras temporadas, podemos acompanhar toda a jornada de cinco anos para que Oliver Queen pudesse se tornar o Arqueiro Verde. Porém, para a nossa surpresa, as vezes em que visitamos o passado, foram tão somente para responder às perguntas deixadas em Lian Yu, extinguindo assim, os já mencionados flashbacks. Uma decisão ousada, mas acertada em cheio, uma vez que Arrow entregou a mais audaciosa temporada de sua história.

    Oliver Queen (Stephen Amell), ainda prefeito de Star City, agora tem a custódia de seu filho, William (Jack Moore), que odeia o pai com todas as forças e para criar um laço entre os dois, o arqueiro decide se aposentar, deixando seu manto para seu braço direito, John Diggle (David Ramsey). Ocorre que Diggle sofreu uma grave lesão no nervo de sua mão enquanto estava em Lian Yu, que o está impedindo de usar armas com a habilidade que lhe era peculiar, colocando em risco mais de uma vez os heróis Cão Raivoso/Rene Ramirez (Rick Gonzalez),Sr. Incrível/Curtis Holt (Echo Kellum) e a Canário Negro/Dinah Drake (Juliana Harkavy), seus colegas de equipe, sob os olhos de Felicity Smoak, a Observadora (Emily Bett-Rickards).

    A temporada teve como premissa a aparição do cyber-terrorista Cayden James, vivido pelo ótimo Michael Emerson, mais conhecido por ter interpretado Benjamin Linus, em Lost. James logo no primeiro episódio expõe a identidade de Oliver Queen para o mundo todo, o que faz com que a arrogante e linha dura agente do FBI, Samanda Watson (Sydelle Noel) fique na cola do team Arrow, querendo prender todos. Vale destacar que o vilão é assessorado por um time de capangas liderados pela Sereia Negra, a Laurel Lance da Terra 2, que veio de Flash e novamente interpretada por Katie Cassidy e pelo impetuoso e cruel Ricardo Diaz, vivido brilhantemente por Kirk Acevedo e também por um velho amigo de Oliver, o russo Anatoly Kniazev (David Nykl).

    Pelo fato de Oliver Queen ter se aposentado como Arqueiro Verde, dificilmente o vemos em tela usando o uniforme, porém vemos bastante o personagem lidando com os problemas burocráticos de sua cidade, juntamente com o vice-prefeito, o ex-capitão Quentin Lance (Paul Blackthorne) e o assessor de Queen, Rene Ramirez, principalmente por conta da exposição causada por Cayden James.

    Porém, não demora muito para a temporada ter uma reviravolta, fazendo com que Ricardo Diaz se torne o melhor vilão da história do seriado (ganhando um episódio inteiro para si), se tornando também o melhor personagem em anos, tirando inclusive o protagonista do topo. Claro que os méritos também são de Kirk Acevedo que dá show. Logo no início desse texto, lhes foi dito que esta tinha sido a temporada mais audaciosa de Arrow. E vamos explicar o motivo.

    O modus operandi de Diaz fez com que a equipe do Arqueiro Verde fosse esmigalhada. A já cansativa história de que os métodos de liderança e de ação de Oliver são questionáveis, mais uma vez deu as caras por aqui. Só que dessa vez funcionou muito bem, a ponto de até John Diggle abandonar Oliver e virar um agente da A.R.G.U.S., após Cão Raivoso, Sr. Incrível e Canário Negro montarem a própria equipe, deixando o arqueiro sozinho, como no começo de sua história. Isso causou uma dinâmica interessantíssima para o decorrer do seriado. Embora os vigilantes tivessem o mesmo objetivo (capturar Ricardo Diaz), agora tínhamos três fronts praticamente rivais e que algumas vezes se enfrentaram, inclusive.

    Se tem uma das coisas que os fãs não podem reclamar é da ação. As cenas de luta (tão boas nas duas primeiras temporadas) deram às caras novamente e, sem dúvida, essa foi também a temporada mais violenta de Arrow, onde briga, tiros, flechadas, fraturas e muito sangue não foram poupados no orçamento. Vale destacar que parte da violência foi de autoria de Ricardo Diaz, cujos métodos causam arrepios até na Sereia Negra que aliás, falando na versão demoníaca da Canário Negro, passou a estreitar laços com Quentin Lance, uma vez que o Quentin desta Terra já não tinha mais sua filha Laurel e a Laurel da Terra 2 (a Sereia Negra) já não tinha mais seu pai. Isso foi bastante legal de se ver.

    Como já é costume, logo na primeira metade da temporada tivemos o episódio Crise na Terra X, que fez parte do já tradicional mega crossover da do canal CW, que juntou, novamente, o elenco  de FlashSupergirlArrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    Assim como na temporada passada, tivemos menos ainda aqueles episódios conhecidos como fillers, ou monstros da semana, que não costumam ter nenhuma relevância com o enredo principal, mas ainda assim pudemos destacar dois episódios onde tivemos o retorno de Manu Bennett como Slade Wilson/Exterminador em busca de seu filho. Apesar dos produtores não terem mais planos para com o personagem (por causa do Universo Cinemático DC – UCDC), é sempre bom ver Bennett e Amell juntos em cena, independente de qual lado Slade Wilson está.

    A reta final da temporada foi de tirar o fôlego e pela primeira vez podemos dizer que apesar das tradicionais mortes que costumamos ver em diversos seriados, Oliver Queen e os demais heróis não saíram vitoriosos e isso trouxe diversas consequências para os personagens que terão suas vidas mudadas para sempre. Não houve final feliz e ainda perdemos um querido personagem.

    O saldo da sexta temporada do arqueiro esmeralda é mais que positivo. A produção entregou, como dito anteriormente, sua temporada mais audaciosa e me arrisco a dizer que talvez seja a melhor temporada do seriado. O sétimo capítulo será aguardado com muita ansiedade.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

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  • Review | Arrow – 5ª Temporada

    Review | Arrow – 5ª Temporada

    Após uma boa temporada de estreia (Arrow – 1ª Temporada), uma ótima segunda temporada, seguida por um dos maiores fiascos da história do Canal CW, a quarta temporada de Arrow precisou provar que a série ainda merecia seu lugar no canal para manter o já estabelecido arrowverse. Com muita dificuldade, a temporada que começou fraquíssima se reergueu firmando a série, livrando-a de um possível cancelamento. Parte disso se deu por algumas cobranças da estrela da série, o ator e intérprete de Oliver Queen/Arqueiro Verde, Stephen Amell, que tem uma ligação direta com os fãs. A cobrança de Amell deu resultado e Arrow ganhou um bom respiro em sua quinta temporada, se tornando a melhor temporada desde a segunda aventura do Arqueiro Verde nas telas da TV.

    Após a morte de Laurel Lance/Canário (Katie Cassidy) e após Thea/Speedy (Willa Holland) e John Diggle/Espartano (David Ramsey) aposentarem seus uniformes (mas ainda sendo personagens principais), o Arqueiro Verde busca recrutar novos heróis para dar continuidade ao legado de Lance e é assim que passa a trabalhar com Rene Ramirez, o Cão Raivoso (Rick Gonzalez), que há tempos vinha sendo um vigilante em Star City, Evelyn Sharp, a Artemis (Madison McLaughlin) e um velho conhecido dos fãs e da série, o cientista Curtis Holt, que assume o nome de Sr. Incrível (Echo Kellum), que junto de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards), agora estabilizada como a Observadora, divide o núcleo cômico da série. Enquanto Oliver Queen não veste o capuz do Arqueiro Verde, ele é o prefeito da cidade, sendo o ex-capitão de polícia, Quentin Lance (Paul Blackthorne) seu vice prefeito, enquanto Thea vira sua assessora e Diggle retoma à sua função original de segurança de Oliver. Junta também ao elenco o novo e ótimo promotor da cidade, Adrian Chase (Josh Segarra), que na primeira metade da temporada parecia mais ser um Christian Bale genérico do que qualquer coisa, mas que depois, se mostrou um ótimo personagem, inclusive quando se tratava de entraves políticos/jurídicos que foram constantes nessa temporada.

    A quinta temporada de Arrow teve como premissa aparição do perigoso e violento Tobias Church, vivido por Chad L. Coleman, o Tyrese de The Walking Dead e logo de início, o team Arrow passa a ter sérios problemas com Church, principalmente porque a equipe é completamente desengonçada e não sabe trabalhar unida, o que acaba trazendo sérios problemas a Oliver, que passa a ter um temperamento extremamente explosivo, inclusive, dando surras severas nos membros do time durante os treinamentos. Logo sabemos que Church é apenas uma pequena peça de um quebra cabeça muito maior, cuja peça principal é o vilão Prometheus, um rival que possui habilidades idênticas ou até melhores que o próprio Arqueiro Verde e a caçada ao vilão foi um dos pontos altos dessa temporada. O problema ficou por conta da revelação de sua identidade, já que mais uma vez os produtores resolveram esconder a informação, assim como fizeram sobre a revelação de quem havia morrido na temporada passada, contudo, as coisas ficaram melhores após o vilão parar de usar uma máscara. Acontece que, mesmo após usarem um artifício chato, desta vez houve um motivo plausível.

    Algo que surpreendeu nessa temporada foi o enredo dos tradicionais flashbacks da série, que mostram a jornada de Oliver Queen desde que se tornou um náufrago até seu retorno para a casa, cinco anos depois. Como esta foi a quinta temporada, os flashbacks convergiram com os acontecimentos dos primeiros episódios da série. Aqui, Oliver busca cumprir a promessa feita à Taiana na temporada anterior: matar Konstantin Kovar, vivido por Dolph Lundgren que faz um líder da máfia e do crime organizado russo e que gosta de ir para a porrada. Para combater Kovar, Oliver se alia a um velho conhecido, Anatoly Kniazev (David Nykl) e finalmente podemos ver respondidas várias perguntas sobre a estreita relação do herói com os russos e com a organização chamada Bratva, algo que já foi mostrado por diversas vezes ao longo desses cinco anos.

    Outro ponto positivo dessa temporada foi que todos os personagens secundários tiveram suas respectivas tramas paralelas, mesmo que elas não tenham contribuído com o desenrolar da trama principal, o que passa despercebido por terem sido muito bem encaixadas. Os destaques ficam para a história de Rene, que teve um episódio próprio e o porquê dele ter se tornado o Cão Raivoso e sua estrita relação quase paterna dele com Quentin Lance, haja vista que, quem acompanha o seriado sabe que, assim como Rene, Lance viveu um inferno em sua vida. Também teve destaque a história da ex-policial Dinah Drake (Juliana Harkavy), que foi afetada pela explosão do colisor de partículas de Harrison Wells na primeira temporada de Flash, enquanto fazia uma investigação com seu parceiro que faleceu no acidente. Dinah é a primeira meta humana a integrar o elenco de Arrow, se não considerarmos as várias participações dos personagens de Flash já feitas até então. Os poderes de Drake são exatamente os mesmos da vilã Sereia Negra, a Laurel Lance (também, Katie Cassidy) da Terra 2 e que também passou a integrar o elenco na temporada. Por enquanto só fica a pergunta: teria Dinah Drake alguma relação de parentesco com Tim Drake?

    Como já é costume, logo no início da temporada tivemos o episódio que adaptou a saga Invasão, da DC Comics, que fez parte do já tradicional mega crossover da CW, que juntou, desta vez, o elenco de Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow. Confira todos os detalhes desse encontro clicando aqui.

    Assim, como na terceira temporada de Flash, houve uma diminuição considerável dos episódios chamados de monstros da semana, que foram incluídos dentro da história principal, fazendo com que o episódio seguinte sempre complementasse o anterior, seguindo assim, praticamente, do início ao fim da temporada. Mas apesar de toda a trama envolvendo Prometheus, os jogos políticos que Oliver precisou enfrentar na prefeitura, as tramas paralelas de todos os personagens que integraram o elenco, ainda sobrou espaço para que os produtores colocassem um novo e sanguinário vigilante diversas vezes em cena, muitas vezes combatendo os heróis que são totalmente contra à maneira de agir do cara. A propósito, sua identidade ainda permanece um mistério.

    Com essa quinta temporada, Arrow conseguiu o respiro que precisava, se firmando, novamente, como a principal série de seu universo dentro da CW e se firmando de vez como uma série auto suficiente, sendo que sua sexta temporada parece ser muito promissora e provavelmente manterá o mesmo nível da temporada que passou. É muito provável que seja renovada para uma sétima temporada e por que não, uma oitava.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | The Flash – 3ª Temporada

    Review | The Flash – 3ª Temporada

    Quando o Flash derrotou o vilanesco Zoom ao término de sua 2ª temporada, tivemos uma pequena cena pós-créditos em que Barry Allen, desolado pela morte de seu pai, toma a impensada atitude de voltar ao passado no dia em que sua mãe havia sido morta, salvando-a e derrotando o Flash Reverso, mudando, portanto, o mundo inteiro daquela data em diante. A cena em questão era o prenúncio de uma das histórias mais aclamadas do Velocista Escarlate, intitulada Ponto de Ignição, o que prometia uma terceira temporada sensacional, causando ansiedade nos fãs de todo o conhecido “arrowverse”. Afinal, que mudanças Barry causaria em Arrow, Supergirl e Legends of Tomorrow?

    Nos quadrinhos e na animação, com participação significativa do Batman e demais membros da Liga da Justiça, após salvar sua mãe, Barry Allen vira o mundo de cabeça para baixo, causando o maior dos efeitos borboletas. Os Atlantis estão em guerra com as Amazonas. Alguns vilões sse tornam boas pessoas e, no caso do Batman, o menino Bruce Wayne acabou sendo morto no beco, fazendo com que sua mãe desenvolvesse problemas psiquiátricos sérios se tornando a Coringa daquela linha temporal e seu pai, Thomas, se tornando o Batman, mas um morcego mais amargurado e que usa, além da violência excessiva, armas de fogo. Obviamente, o desenvolvimento a ser abordado na série passaria longe da ousadia dos quadrinhos, a julgar pelos mais variados fatores. Contudo, o canal CW deixou muito a desejar, com um início de temporada extremamente chato e mal desenvolvido, algo que mudou na segunda metade da temporada. Devemos lembrar que nos quadrinhos, o Ponto de Ignição se encerra com o Batman matando o Flash Reverso e Barry restaurando a linha do tempo, dando início a uma nova fase do universo da DC Comics, chamada de Os Novos 52.

    Por conta da trama principal, o que vimos nesta 3ª temporada foi uma diminuição considerável dos episódios chamados de monstros da semana, que foram incluídos dentro da história principal, fazendo com que um episódio seguinte sempre complementasse o anterior, seguindo assim, praticamente, do início ao final da temporada.

    No primeiro episódio da tempora, após retornar no tempo e salvar sua mãe, Barry Allen (Grant Gustin) vive uma vida feliz ao lado de seus pais, Nora (Michelle Harrison) e Henry (John Wesley Ship). Wally West (Keiynan Lonsdale), o Kid Flash, é o velocista guardião de Central City, sendo que tanto Wally, quanto dos demais personagens que integram o elenco, Joe (Jesse L. Martin) e Iris (Candice Patton), o agora bilionário e egocêntrico Cisco (Carlos Valdes) e Caitlin Snow (Danielle Panabaker), assumindo a alcunha de Nevasca, não conhecem Barry, que foi alertado por Eobard Thawne (Matt Letscher), agora preso, do tamanho erro que cometeu ao voltar no tempo, algo que Barry só passa a reconhecer quando começa a experimentar perda da memória da linha temporal anterior, o que poderá causar também a perda de seus poderes, esquecendo-se de quem ele foi um dia. Após Wally ser gravemente ferido pelo seu maior oponente, o velocista Rival (Todd Lasance), Barry decide soltar Eobard para que ele cumpra seu destino de assassinar Nora Allen e restabelecer a linha temporal anterior. Sim, o Ponto de Ignição só durou um único episódio, o que causou a ira e a decepção de muitos.

    Mas o verdadeiro ponto de ignição da 3ª temporada, na verdade, se dá quando Barry restabelece a linha do tempo original. Linha do tempo bastante modificada, mexendo com alguns personagens e localidades. Os Laboratórios S.T.A.R., por exemplo, estão com novas e melhores instalações. Porém, Joe e Iris não se dão bem e não olham um na cara do outro. Além disso, o irmão de Cisco, Dante, não está vivo e o jovem cientista culpa Barry por não salvá-lo. E para piorar ainda mais a situação, o velocista tem um parceiro no departamento de polícia, o irritante Julian, vivido por Tom Felton, uma ótima contratação para o elenco.

    E ainda temos o excelente Tom Cavanagh, interpretando sua terceira versão do Dr. Harrison Wells, agora vindo da Terra 19. Cavanagh que na 1ª temporada fez um Wells frio e calculista, na 2ª temporada fez um Wells da Terra 2 completamente sem paciência, nestaentregou um personagem extremamente bem humorado e sempre positivo, polido, educado e aficionado por café, já que na Terra 19, café é um produto quase extinto. Novamente podemos saber um pouco mais do passado desse querido Wells, que foi desmascarado tempos depois, uma vez que ele, na verdade, é um escritor em sua terra, que veio pra Terra 1 foragido, em busca de conseguir escrever a maior aventura já escrita. A fuga de Wells é aproveitada para introduzir uma nova heroína na série, a Cigana (Jessica Camacho), que possui os mesmos poderes de Cisco, que viaja pelas terras do Multiverso perseguindo foragidos.

    A primeira parte da terceira temporada, como dito, foi extremamente arrastada e chata, principalmente porque o elenco tentava descobrir a identidade do vilão Alquimia, que estava concedendo poderes para aqueles que eram meta humanos na linha temporal do ponto de ignição em troca da cabeça do Flash,. Essa parte teve pouquíssimos bons momentos, como o episódio Invasion, que fez parte do já tradicional mega crossover da CW, que juntou, desta vez, o elenco de Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow.

    As coisas começam a melhorar, quando o team Flash descobre que Alquimia, na verdade, é apenas um assecla do perigosíssimo Savitar, o Deus da Velocidade, tido como o primeiro, mais poderoso e rápido velocista. Em uma tentativa de derrotar Savitar, Barry é jogado meses no futuro e acaba por ver Iris sendo morta pelo demoníaco velocista. Começa, então, uma corrida contra o tempo, onde Barry tenta mudar o presente, buscando alterar o futuro e a morte de Iris. E o que se vê a partir daqui são alguns dos melhores episódios da temporada e, por que não, de toda a série.

    Um desses episódios, na verdade um evento duplo, mostra que o Wells da Terra 2 foi capturado pelo Gorila Grodd na Cidade dos Gorilas, o que obriga o team Flash a ir resgatá-lo, causando uma invasão dos gorilas em Central City. Também tivemos um ótimo encontro musical entre os personagens de Supergirl e Flash, com a introdução de um bom vilão, que futuramente poderá incluir o elenco do arrowverse em outros episódios do estilo, além de apresentar um dos vilões mais perigosos mostrados em cena: Abra Kadabra, que veio de muitos séculos do futuro e que causa sérios danos em Caitlin, obrigando a cientista a se transformar em definitivo na heroina Nevasca.

    Mas, sem dúvida, o ponto mais alto da temporada é a revelação de quem é Savitar, na verdade, é o próprio Barry Allen, trazendo ao público outro conceito da física e da ficção científica, chamado de o Paradoxo da Predestinação, utilizado em O Exterminador do Futuro, por exemplo, quando John Connor, diversas vezes, manda Kyle Reese para o passado para que ele conheça Sarah Connor, com o intuito de fazê-la gerar John, o líder da resistência no futuro. Aqui, o Barry que se tornou Savitar é um dos remanescentes do tempo (algo já explicado nas temporadas anteriores) que foram criados para derrotar vilão. Durante a batalha, Savitar eliminou todos os remanescentes, exceto um (ele mesmo), que ao tentar se reintegrar a seus amigos, foi completamente ignorado porque aquela linha do tempo já tinha um Barry Allen. Então, imagine que você foi duplicado por você mesmo, só que seus melhores amigos, sua mulher e tudo que o cerca convive com o outro você, te ignorando por completo. É exatamente isso que aconteceu. Uma decisão bastante ousada e acertada dos produtores. E com os planos de Savitar frustrados graças a genialidade e bom coração do Wells da Terra 19, vimos uma emocionante batalha de todos os heróis da série contra o velocista.

    Tanto Flash, quanto as outras séries da CW, tiveram suas temporadas renovadas e se encontram em filmagem neste exato momento. Sempre soubemos que um dia a ótima série do velocista iria passar por maus momentos, mas percebe-se que essa 3ª temporada, embora tenha ganhado um certo respiro em sua etapa final, serviu de aviso aos produtores que, a partir de então, deverão tomar cuidado para que o show não passe pelos mesmos problemas que Arrow deixando-o à beira de um cancelamento.

    De qualquer forma, a 4ª temporada de Flash, que irá ao ar a partir de outubro de 2017,  parece promissora e pela primeira vez os produtores não usarão um velocista como vilão principal da temporada. Acredita-se que o arqui inimigo de Barry será Clifford DeVoe, o Pensador, um vilão que promete dar muito trabalho ao Flash e os demais heróis, uma vez que seu nome foi mencionado algumas vezes pelos personagens do futuro que apareceram nessa temporada.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • O Mega Crossover entre Supergirl, The Flash, Arrow e Legends of Tomorrow

    O Mega Crossover entre Supergirl, The Flash, Arrow e Legends of Tomorrow

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    Finalmente, o mega crossover do canal CW aconteceu. Durante o decorrer da semana, pudemos acompanhar nos episódios de Supergirl, The Flash, Arrow e Legends of Tomorrow a reunião de quase todos seus personagens/heróis numa batalha contra os alienígenas conhecidos como Dominadores, numa adaptação da série Invasão, da DC Comics, lançada no final de 1988 com seu término logo no começo de 1989.

    Ainda que todos os anúncios desse grande evento da televisão anunciava uma grande história de 4 episódios, o que vimos é que o episódio de Supergirl, em nada teve a ver com o crossover. O que acontece de relevante em seu episódio, que foi ao ar na América na segunda-feira, são pequenos easter eggs, ou seja, portais de Barry Allen tentando chegar na Terra da última filha de Krypton. E quando ele consegue, o episódio acaba após uma pequena conversa.

    Diferentemente da reunião que aconteceu no ano passado entre Arrow e Flash, onde 90% do elenco das séries se reuniu naquilo que não parecia ser um episódio de Flash seguido de um episódio de Arrow, Invasão até que foi bem distinto, obviamente reunindo seus principais heróis, deixando a peculiaridade e o elenco secundário de cada série no seu devido lugar em seu respectivo dia da semana. Sendo assim, o que vimos, foi 100% um episódio distinto de Flash sucessivamente com episódios distintos de Arrow e Legends of Tomorrow, o que não foi ruim, devido a quantidade generosa de heróis dessa vez.

    Barry Allen (Grant Gustin) e os cientistas dos Laboratórios S.T.A.R. recebem um imagem de seus satélites de que uma espécie de meteoro irá atingir o centro de Central City. Chegando lá, Barry percebe que se trata de uma nave com diversos alienígenas dentro dela. Com a ajuda da diretora da A.R.G.U.S, Lyla Michaels (Audrey Marie Anderson), o “team Flash” fica sabendo que se trata da raça conhecida como Dominadores ou Domínions, cujo primeiro contato com a Terra se deu nos anos 50. Prontamente, Allen sai para reunir Oliver Queen/Arqueiro Verde (Stephen Amell), Thea Queen/Speedy (Willa Holland), John Diggle/Espartano e Felicity Smoak (Emily Bett-Rickards), trazendo em seguida a Supergirl, Kara Danvers (Melissa Benoist). O time fica completo minutos depois com a chegada das “lendas” Ray Palmer/Átomo (Brandom Routh), Sara Lance/Canário Branco (Caity Lötz), Martin Stein/Jax Jackson/Nuclear (Victor Garber e Franz Drameh) e Mick Rory/Onda Térmica (Dominic Pursell).

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    Um dos pontos principais desse episódio é uma estranha mensagem escondida na nave das Lendas que foi deixada pelo Barry do futuro. Quem acompanha o seriado do Flash, sabe que foi Barry quem criou a inteligência artificial Gideon (uma espécie de Jarvis) e que Gideon é a responsável pela nave das Lendas, a Weaverider. Aos poucos vamos percebendo o quão poderoso Barry Allen é. O problema é que Barry precisa contar a todos o conteúdo da mensagem que diz respeito às recentes alterações que fez do passado, mudando e muito o presente de todos. Aliás, além da ameaça principal da temporada, esse era um assunto recorrente entre os personagens de Flash e que tem uma agradável resolução.

    Já no interessante episódio de Arrow, após Oliver, Sara, Diggle, Thea e Ray (os não meta humanos do grupo) serem abduzidos para uma nave dos Dominadores, coube a Barry e Kara liderar o “team Arrow” com a adição dos heróis Rene Ramirez/Cão Raivoso (Rick Gonzalez), Rory Regan/Retalho (Joe Dinicol) e Curtis Holt/Sr. Incrível (Echo Kellum), numa missão desesperada para tentar localizar seus companheiros. Porém, o destaque do episódio fica para os momentos em que os abduzidos, induzidos a um tipo de coma, revisam as suas vidas se eles não fossem heróis. Desta forma, podemos ver Oliver Queen prestes a se casar com Laurel Lance (Katie Cassidy), falecida na temporada anterior, além dos pais de Ollie, Moira e Robert (Susanna Thompson e Jamey Sheridan, retornando a seus papéis). Vale de destacar que quando os abduzidos percebem que estão numa situação atípica, onde tudo é exatamente como eles queriam que fosse, começa uma espécie de conflito interno em cada um eles, sendo que, a partir do momento que isso acontece, uma espécie de mecanismo de defesa é ativado, fazendo com que os vilões Exterminador (sem os créditos ao interprete),  Damien Dhark (Neal McDonough) e Malcolm Merlyn (John Barrowman) tentem evitar a qualquer custo que os abduzidos acordem do coma induzido.

    Coube a Nate Heyood, o Gládio (Nick Zano), pilotando a Waverider, o resgate dos abduzidos e com isso entramos no episódio de Legends of Tomorrow, onde alguns personagens saem de cena para a entrada de Nate e de Amaya, a Vixen, vivida por Maisie Richardson-Sellers.

    O referido episódio, assim como o drama de Barry, por ter estragado a vida de todos e assim como o drama de Oliver, pela sua vida ter se tornado o que ela é hoje, também temos um drama pessoal do Dr. Martin Stein, que durante uma de suas viagens pelo tempo, acabou por interagir com seu eu mais novo, alterando o seu presente. Vale destacar que é a primeira vez que as Lendas voltam a 2016 desde que partiram com a Waverider lá no primeiro episódio da primeira temporada.

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    Tudo que se sabe até então é que os Dominadores querem eliminar os meta humanos do planeta. Com isso cabem a Felicity, Cisco Ramon (Carlos Valdez), Gládio, Vixen e Onda Térmica retornarem aos anos 50 com o objetivo de descobrirem o que aconteceu no primeiro contato com a raça alienígena, enquanto os heróis que ficaram em 2016 precisam enfrentar alguns agentes do governo que querem, a qualquer custo, prender Barry Allen para entregá-lo aos Dominadores. E pelo fato de todos (principalmente Cisco) estarem chateados com Barry, o velocista escarlate decide se entregar com o intuito de estabelecer uma trégua com os alienígenas. Obviamente, todos o perdoam, fazem aquele discurso motivacional de amizade e decidem ir para a guerra, no melhor momento dessa reunião.

    O mega crossover da CW foi algo inédito na televisão. Obviamente, pelo excesso de personagens e por envolver muita coisa, o roteiro é cheio de furos e erros, mas considerando o pouco tempo de filmagem para unir tantos personagens assim, o resultado é satisfatório.

    O que vai deixar os fãs dos quadrinhos e que também gostam das séries felizes é a enorme quantidade de referências a não só a coisas relacionadas à DC Comics, mas também, da Marvel. A maneira como a parte final de Invasão acontece chega a lembrar a primeira vez que vimos os Vingadores reunidos no cinema. Infelizmente é impossível reunir nesse texto todos os bons momentos e o humor bem recorrente, mas um dos destaques está lá e lá ficou para ser usada novamente: um galpão, cuja parte externa é idêntica à Sala da Justiça.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | Arrow – 4ª Temporada

    Review | Arrow – 4ª Temporada

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    A péssima terceira temporada de Arrow, de fato, foi um divisor de águas para a produção do show. Se os produtores da CW não apresentassem ao espectador uma obra no mínimo convincente, as chances de um eventual cancelamento seriam praticamente inevitáveis.

    E não foi o que aconteceu. Sinceramente, imagino que Arrow só se mantém no ar por conta do universo compartilhado criado, se apoiando no sucesso de The Flash, além de agora contar com Legends Of Tomorrow e com a recém-chegada Supergirl. Com tantos personagens, a série somente convenceu numa de suas subtramas, que justamente contou a parte final da história de John Diggle (David Ramsey) que, desde a primeira temporada, buscava saber quem causou a morte de seu irmão, Andy. Aliás, a dica já havia sido dada na temporada anterior pelo Pistoleiro e confirmada nessa temporada. A C.O.L.M.E.I.A. estava por trás de tudo.

    Justamente a C.O.L.M.E.I.A., liderada por Damien Darhk (Neal McDonough), que foi a maior ameaça da temporada tirando Oliver Queen (Stephen Amell) da aposentadoria. O herói deixou a agora chamada Star City nas mãos de sua equipe, Laurel Lance/Canário Negro (Katie Cassidy), Thea Queen/Speedy (Willa Holland) e John Diggle (que ganhou um uniforme e o nome de Espartano), mas descobriu que Felicity (Emily Bet Rickards), sua futura esposa ainda trabalhava com o “Team Arrow”. Não demorou muito para a jovem convencer Oliver a voltar à ativa com um novo uniforme preparado por Cisco Ramon, personagem de The Flash e cientista responsável por quase todos os trajes do universo.

    O problema é que todas as medidas tomadas nos roteiros de Arrow são incrivelmente preguiçosas, uma vez que, na temporada passada, para preservar a identidade de Queen como O Arqueiro, Roy Harper, o Arsenal (que fez uma breve participação nessa temporada) se entregou usando o uniforme do Arqueiro, sendo que, mais tarde, forjou sua própria morte. Com isso, Oliver Queen retorna a Star City usando o nome de Arqueiro Verde para preservar o legado do arqueiro original. Isso chega a ser uma falta de respeito com o personagem como um todo. Porém, ainda assim, a equipe precisa enfrentar Damien Darhk e a C.O.L.M.E.I.A., uma organização extremamente poderosa, enquanto Oliver Queen, candidato a prefeito de Star City precisa enfrentar nas urnas sua rival, Ruvè Adams, a esposa de Darhk.

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    Como dito, a C.O.L.M.E.I.A. é poderosíssima e cerca quase tudo entre nós. Ela possui informantes no governo, na polícia e está sempre um passo à frente de tudo e de todos, o que seria mais do que suficiente para a equipe do Arqueiro Verde ser esmagada. Além do mais, um ponto realmente importante na série é que, pela primeira vez, a magia foi introduzida, o que até então não existia no universo. Tivemos esse primeiro contato na primeira parte da temporada durante os flashbacks, que sempre foram tradicionais no programa. Queen, a serviço da A.R.G.U.S., foi deixado na ilha em que naufragou e lá passa a ter contato com uma organização militar que tem muito interesse no local, sendo que, num determinado ponto, acaba por ajudar um certo homem chamado John Constantine (Matt Ryan), que como forma de agradecimento “transfere” uma tatuagem para o corpo de Queen. A magia persistiu por toda a temporada, uma vez que o próprio Damien Darhk possui consigo um ídolo que lhe dá muito poder. Vale ressaltar que é pelo mesmo ídolo que a organização tem interesse na ilha. E nesse ponto, a produção pecou, pois, como dito, não havia como Oliver e sua equipe competirem com Darhk. Ainda que o confronto com Darhk por toda a temporada tenha provocado muita dor para o time, como a baixa de uma importante personagem. O vilão poderia ter causado o fim de muito mais personagens, já que por diversas vezes teve a oportunidade de acabar com o próprio Arqueiro Verde.

    De qualquer forma, a temporada não foi um desastre.

    Durante a segunda temporada de The Flash, ocorreu a estreia da personagem Kendra Saunders (Ciara Renee). Sua aparição na série serviu para dar origem ao crossover com o Velocista Escarlate e Legends Of Tomorrow. Desta vez, podemos dizer que a reunião dos heróis foi completa, uma vez que Vandal Savage (Casper Crump) tenta assassinar Saunders, a Mulher-Gavião, o que obriga o “Team Flash” a pedir ajuda ao Arqueiro Verde e sua equipe, desta vez contando com todos os personagens das duas séries mais o Gavião-Negro (Falk Hentschel). Esse episódio serviu como aquecimento para a já citada série Legends Of Tomorrow.

    E os crossovers não pararam. Ainda tivemos o sensacional episódio de Legends of Tomorrow que se passou na Star City do futuro, onde temos um Oliver Queen grisalho e barbudo, como no seu visual clássico, mas totalmente diferente daquele que conhecemos. Se pudermos comparar, digamos que ele lembra muito o Batman de Ponto de Ignição. Além do mais, tivemos Diggle e sua esposa, Lyla (Audrey Marie Anderson) fazendo uma participação em Flash, além da versão vilanesca  da Terra 2 de Laurel Lance, como a Dark Siren, uma versão alternativa da Canário Negro, mas que possui os poderes exatamente como nos quadrinhos.

    O final da temporada causou ódio naqueles que gostam da série. Por sorte, por conta dos eventos ocorridos no final da segunda temporada de The Flash, que deverá adaptar Ponto de Ignição, nem tudo está perdido e tudo poderá ser consertado. O curioso é a vida imitando a arte, pois geralmente é o Flash quem salva o dia nas histórias em quadrinhos. Só nos resta saber se será The Flash que salvará Arrow de um cancelamento.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | The Flash – 2ª Temporada

    Review | The Flash – 2ª Temporada

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    A boa primeira temporada de The Flash impôs aos produtores do canal CW o desafio de superar as expectativas ou, ao menos, manter o mesmo nível na segunda temporada, que começou morna e foi lapidada durante o desenvolvimento da série, para a alegria dos fãs. A segunda parte da história de Barry Allen (Grant Gustin) foi no mínimo ousada, uma vez que resolveu entrar de vez na ficção científica e na física teórica, sem medo de causar uma confusão no telespectador. Aqui pudemos nos aprofundar nas teorias do multiverso (bastante conhecido e usado pela DC Comics), além de outros temas bastante intrincados como teorias de força de aceleração e alterações do espaço-tempo e suas linhas temporais alternativas. Podemos dizer que, além das boas subtramas que praticamente todos os personagens estavam envolvidos, foram esses os assuntos principais dessa temporada.

    E não é por menos.

    Por conta dos adventos ocorridos no season finale da temporada anterior, o Flash, por ter salvado Central City de um colapso, participa do seu primeiro Flash Day quando é atacado pelo Esmaga Átomo. Porém, quando Cisco Ramon (Carlos Valdes) e Caitlin Snow (Danielle Panabaker), cientistas do S.T.A.R Labs, descobrem a identidade do vilão, percebem que ele já havia sido morto há um bom tempo. É quando temos o primeiro contato com Jay Garrick (Teddy Sears), um velho conhecido dos quadrinhos. Garrick, que também é um velocista, alega estar preso nessa Terra há alguns meses depois de ser sugado por um buraco negro aberto na sua versão de Central City enquanto lutava com seu mais poderoso inimigo, o velocista Zoom (voz de Tony Todd). Todos chegam à conclusão que tal buraco é o mesmo do final da temporada anterior que serviu de portal entre as Terras. Não demora muito para perceberem que a chuva de vilões meta-humanos dali para frente com o único objetivo de capturar o Flash estão sob o comando do demoníaco Zoom. Com a ausência do Flash da Terra 2, Zoom conquistou aquela Central City. Desses vilões, devemos destacar o Tubarão Rei, que, assim como o gorila Grodd, foi feito completamente num convincente CGI. Vale destacar que na primeira aparição do gigante monstro, Flash é salvo pelo Dr. Harrison Wells (Tom Cavanagh) da Terra 2 que decide capturar os meta-humanos e derrotar Zoom para salvar sua filha Jesse (Violett Beane). Foi formada, portanto, a premissa principal de toda a temporada. Cabe ressaltar a performance de Cavanagh, o melhor ator disparado do elenco.

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    Como dito anteriormente, todos os personagens tiveram seus arcos e subtramas bem desenvolvidos. No caso da família West, Joe (Jesse L. Martin) e Iris (Candice Patton) são surpreendidos por Francine West (Wanessa Williams), esposa de Joe e mãe de Iris que acreditava estar morta. Francine, arrependida de seu passado regado a bebidas e drogas, pede uma segunda chance a Joe para que possa conviver um pouco com sua filha, uma vez que possui uma doença incurável e está há poucas semanas da morte. Ela também traz consigo outro conhecido dos fãs, Wally West (Keyinan Lonsdale), o filho cujo detetive Joe jamais soube de sua existência. Tal acontecimento imprime ao núcleo familiar uma dinâmica interessante, haja vista que, mesmo sendo pai e filho, são duas pessoas que não se conheciam. Importante mencionar que Joe virou o detetive chefe da subdivisão criada especialmente para cuidar da atividade meta-humana na cidade por causa de sua parceria com o S.T.A.R Labs. A primeira agente a se inscrever ao programa é a jovem Patty Spivot (Shantel VanSanten), uma ótima personagem, durona, com um potencial enorme, mas que foi, de certa forma, mal aproveitada, uma vez que serviu apenas para ser interesse amoroso de Barry Allen.

    Cisco e Caitlin Snow, juntamente com o Dr. Wells, aqui abreviado de Harrison para Harry, continuam a ajudar Joe e Barry. Porém, Cisco, por conta da explosão do acelerador de partículas logo no início da primeira temporada, adquiriu poderes que só agora começa a controlá-los, o que traz uma dinâmica interessante, uma vez que o jovem cientista, muitas vezes, foi primordial para a solução de algum impasse durante a temporada. Já Caitlin, a personagem mais fraca de toda a série, teve momentos de protagonismo, já que conhecemos a sua versão diabólica da Terra 2, a Nevasca.

    Além da trama principal, tivemos alguns outros bons momentos, como o retorno do gorila Grodd, Capitão Frio (Wentworth Miller) e do Trapaceiro (Mark Hamill) e da estreia da personagem Kendra Saunders (Ciara Renee) desde o começo da temporada. Sua aparição na série foi para dar origem ao crossover com Arrow e Legends Of Tomorrow. Desta vez, podemos dizer que a reunião dos heróis foi completa, uma vez que Vandal Savage (Casper Crump) tenta assassinar Saunders, a Mulher-Gavião, o que obriga o “Team Flash” a pedir ajuda ao Arqueiro Verde e sua equipe, desta vez contando com todos os personagens das duas séries mais o Gavião-Negro (Falk Hentschel). Esse episódio serviu como aquecimento para a já citada série Legends Of Tomorrow.

    Os crossovers com Arrow não pararam por aí. Ainda tivemos um episódio com o Tubarão Rei, no qual a equipe do S.T.A.R Labs conta com a ajuda da A.R.G.U.S, mais precisamente de John Diggle (David Ramsey) e Lyla Michaels (Audrey Marie Anderson), além de produzir a aparição vilanesca de Laurel Lance (Katie Cassidy) em sua versão da Terra 2 para a Canário Negro, aqui chamada de Dark Siren, cujos poderes são exatamente como nos quadrinhos. E ainda tivemos a viagem sem querer de Flash à Terra 3 para fazer uma participação especial na série da Supergirl que agora passará a ser produzida pela CW.

    No decorrer dos episódios, podemos perceber que a trama principal é severamente mais séria e urgente e a história passa a se centrar nas motivações de Zoom, que quer a todo custo a velocidade do Flash, e na identidade do “homem da máscara de ferro” preso em seu covil. Isso entrega ao telespectador e, principalmente ao fã um final de temporada emocionante e ao mesmo tempo chocante, que chega a fazer um link com o antigo seriado do Flash nos anos 90, estrelado por John Wesley Ship que faz Henry, o pai de Barry Allen, englobando ainda mais a teoria do multiverso. Não só pelo que aconteceu, mas também pelo que está por vir por conta da última atitude de Barry Allen nessa temporada, abrindo um leque enorme de opções e caminhos a seguir daqui para frente, algo que pode dar muito certo ou muito errado. De qualquer forma, os produtores têm uma ótima oportunidade de consertar aquilo que deu errado na série. O ponto de ignição foi marcado.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Review | Supernatural – 6ª Temporada

    Review | Supernatural – 6ª Temporada

    Supernatural_Season_6Na última sexta, 20/05, chegamos ao fim de mais uma temporada de Supernatural. A série, que uma das que rende mais audiência na atualidade. Nessa sexto ano, parece que resolveram dar um ar de primeiras temporadas novamente, resgatando a temática de irmãos caçadores de monstros e não anjos e demônios.

    Com o desfecho da 5ª temporada, Dean resolve deixar a vida de caçador, e corre para os braços de Lisa, uma ex namorada de anos atrás, que tem um filho que Dean gosta muito, talvez por lembrá-lo tanto de si mesmo na infância. Com isso, Dean passa a ter uma vida tranquila deixando seu passado para trás e sendo apenas um pai de família habitual, trabalhando honestamente e vivendo feliz ao lado de uma mulher linda e um bom filho.

    Mas tudo que é bom dura pouco, afinal, Sam Winchester misteriosamente retorna do inferno, onde havia se aprisionado junto com Miguel Arcanjo, após o UFC Divino que rolou no final da 5ª temporada. Assim, o irmão caçula vai ao encontro do mais velho e retornam à vida antiga, só que com uma diferença. Sam agora está caçando com seu avô, Samuel Campbell, que também voltou à vida após os eventos do Apocalipse, que também causou uma certa desregulagem no mundo sobrenatural, e criaturas brotam de todos os cantos e de todas as maneiras.

    Mas o que mais chama atenção não é só isso, ao voltar à Terra, Sam está um pouco diferente, afinal, sua alma ficou na gaiola junto com os dois pesos pesados do céu e inferno respectivamente, o que faz com que o grandalhão aja por puro instinto assassino e caçador, não medindo atos e nem consequências para matar as criaturas aos montes, já que junto de seu avô, estão investigando o porque de tamanha movimentação dessas criaturas, e acabam descobrindo que os seres do sobrenatural estão tentando trazer Eva à vida, que seria de acordo com a mitologia da série, a mãe de todos os seres sombrios. Além disso, também existe o interesse maior, que é abrir a porta para o purgatório, mina de ouro de almas, que dariam poder enorme a quem as possuísse.

    Além dessa nova ameaça, Dean ao caçar um vampiro, quase é morto pelo dentuço, tudo porque Sam simplesmente usou o irmão como isca, o que preocupa todos. Aí volta à cena o Cavaleiro da Morte, que após um teste com Dean, traz de volta a alma de seu irmão, mas com um diferencial. A alma do caçula passou muito tempo com Miguel e Lúcifer, sendo muito torturada, e se as memórias desse fato voltarem à tona na cabeça do grandalhão, poderia colocá-lo num estado vegetativo. Assim, a Morte cria um bloqueio na mente de Sam, protegendo-o mesmo que com restrições do ocorrido, fazendo-o voltar a ser a ovelhinha lambona que sempre foi, para o bem de todos, e assim juntos investigarem as questões envolvendo a Mãe de Todos e essa maluquice do purgatório.

    O bom dessa temporada é que não há mais somente anjos e demônios. Aparecem alguns vampiros, okamis, transmorfos e até dragões, mas tudo agora parece não se desprender das questões de céu e inferno. Temos de volta o Dean clássico, com direito a piadas e referencias engraçadas, claro que somente em episódios fillers, mas garantem diversão. Melhor que o 5ª ano, mas tropeça em muita coisa, deixando claro mesmo qual é a essência da história praticamente no final da temporada.

    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.

  • Review | Supernatural – 1ª Temporada

    Review | Supernatural – 1ª Temporada

    Supernatural_Season_1Supernatural trata da história de dois irmãos, Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecky). A mãe dos garotos morre de uma forma misteriosa, quando Sam era ainda bebê, que leva o pai, John Winchester (Jeffrey Dean Morgan), um veterano da Marinha a buscar explicações sobre quem ou o que teria assassinado sua esposa.

    Com isso, John passa a ser um caçador, enfrentando criaturas que o mundo ignora a existência, sendo esses vampiros, lobisomens, wendigos, bruxas, fantasmas e é claro, demônios.

    Os anos se passam, Dean e Sam crescem com a ausência do pai e se mudando constantemente, devido à demanda de “trabalhos” do veterano, o que é um dos motivos de tensão, principalmente para Sam, que não aprecia nada a vida que leva, diferente de Dean que idolatra o pai.

    A história começa já com Sam entrando para a faculdade. Muito inteligente, ele consegue uma bolsa para cursar direito em Harvard e é motivo de orgulho de seus amigos e de sua namorada, Jéssica. Nessa época Sam já havia saído do caminho de seu pai e Dean, e preferiu viver sua vida normalmente e ignorar a existência do sobrenatural e se afasta da família, com a qual não se entende, inclusive essa tensão é explicada com mais detalhes durante a história.

    Uma bela noite Dean vai até Sam, para que juntos possam ir atrás de seu pai, que não dá notícias desde que saiu para uma caçada. Contrariado, o irmão caçula parte em rumo ao desconhecido para ajudar a achar seu genitor. Resolvem o caso, mas nada de acharem o velho, e Sam volta com sua vida cotidiana, mas quando chega em casa, assiste Jessica morrer da mesma maneira misteriosa que sua mãe, o que o leva a voltar suas origens e lutar ao lado de seu irmão em busca de seu pai desaparecido e de informações que o levem ao que causou a morte de sua mãe.

    Já no seu quinto ano, o seriado voltou a ser exibido nos EUA no dia 21 de Janeiro, e aqui no Brasil, é possível conferir por TV a cabo ou pelo SBT. A série é interessante e agrada muito aos fãs do gênero terror, com direito a sangue, na medida do possível. Cheio de referências a filmes clássicos, a trama também agrada aos ouvidos, com direito à bandas como AC/DC, Black Sabbath, Metallica, Rush e outros clássicos na trilha sonora. Não espere muito dos efeitos visuais, porém, só a caranga dos irmãos Winchester, um Chevy Impala 67,  já cobre qualquer furo.

    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.

  • Review | Supernatural – 5ª Temporada

    Review | Supernatural – 5ª Temporada

    Supernatural_Season_5Supernatural, uma das séries de maior audiência da atualidade, conta a história de Dean e Sam Winchester, dois irmãos que andam Estados Unidos afora caçando seres e entidades sobrenaturais, salvando vidas, fazendo inimigos, bebendo cerveja e imperando pelas estradas com seu Impala 1967. A série agrada os fãs do gênero mistério e terror, sem abrir mão do bom humor e do sentimentalismo familiar clássico.

    No quinto ano da saga dos irmãos Winchester, temos o que chamamos da pior fase da trama dos caçadores de monstros mais famosos da TV desses últimos tempos. No final da quarta temporada, Sam e Dean perseguem e matam o demônio (ou demônia) Lilith, e se enganam ao pensar que estariam fazendo um bem ao equilíbrio do mundo, pois na realidade, a morte da criatura seria mais um dos selos a serem quebrados para que Lúcifer, também conhecido como Diabo, Capeta, Tinhoso, Tranca Rua, Exú e etc, pudesse andar livre pela Terra, trazendo consigo destruição, pestilência e tudo mais que se espera do tão sonhado Apocalipse bíblico.

    Com isso, a consciência dos Winchester pesa, e se sentem obrigados a arrumarem a tamanha besteira que fizeram. Além do inferno literalmente estar tomando conta do planeta, com centenas de milhares de demônios fazendo zona por aí, o andar de cima também começa sua revolta. Deus teria desistido da humanidade e desaparece, assim, seus funcionários com asas passam a guerrilhar e começam uma guerra contra os demônios para impedirem a acensão de Lúcifer, que para reinar de vez sobre a Terra, precisa do hospedeiro perfeito, que é ninguém mais que o próprio Sam Winchester, que serviria de megazord na batalha final entre demônios e anjos, que por sua vez o lutador da parada seria o próprio Miguel Arcanjo e seu receptáculo (uma dança erótica do Fanaticc como prêmio pra quem acertar quem seria o megazord celestial), Dean Winchester.

    Tudo é uma bagunça, literalmente, e Dean e seu irmão superdesenvolvido contam com a ajuda de Castiel, o anjo gente boa que se rebela contra sua própria raça para defender os humanos, que estão no fogo cruzado na guerra Céu x Inferno, tudo por uma questão de fé, além de outros caçadores já conhecidos de outras temporadas como Ellen, Jo e Bob Singer. Juntos, a trupe exorcizam humanos possuídos e lutam contra anjos malvados, tudo pra salvarem seus traseiros, com doses de drama e preocupação familiar, já que Sam é famoso por ter quedas por garotas-demônio, e seu problema em ser viciado em sangue dos vizinhos do andar de baixo, poderia ser um passo pra que na hora H, tudo se perdesse e Lúcifer finalmente colocasse as mãos em são tão almejado hospedeiro perfeito.

    Isso tudo com direito a briguinhas entre irmãos e um certo Dean Winchester, que passava uma imagem tão foderosa nas temporadas anteriores, com seu jeitão deslocado e bem humorado, passa o tempo todo com aquele ar depressivo, o que parece afetar todos os outros personagens e faz perder o ânimo nesse 5º ano da série. A falta de outras criaturas além de Anjos e Demônios na trama também é uma falha. Tudo se resume na clássica disputa Céu x Inferno, sendo maçante e tedioso. Poucos episódios que arrancam uma gargalhada do espectador, como era de costume com as piadas, comentários e referencias nos diálogos entre os dois irmãos.

    Com uma trilha sonora bem selecionada, Supernatural tem gás pra mais algum tempo de divertimento para os fãs, que inclusive agora está explorando novos meios de publicidade, lançando um animê e revistas em quadrinhos.

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    Texto de autoria de Felipe “Jim” Rozz.