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  • Filmes sobre o Fim do Mundo

    Filmes sobre o Fim do Mundo

    melhores filmes sobre o fim do mundo

    O medo sempre esteve presente dentro de cada um de nós, para alguns isso se transmuta em uma possível data onde o fim dos tempos chegará. Não são poucas as pessoas que propagam essa política de medo, algumas vezes exercidas através de governos autoritários de forma indireta, ou agindo abertamente por meio de religiões e seitas extremistas. O fato é que essas movimentações que ocorrem de tempos em tempos, seja com a Guerra Fria e o perigo iminente de um guerra nuclear, ou com a virada do milênio e calendários maias, o cinema sempre esteve presente retratando o fim do mundo, muitas vezes abrindo os olhos do espectador para o problema real, seja de forma irônica, lírica ou chocante. Portanto, segue abaixo uma lista de 10 filmes, com a visão de 10 grandes diretores (nada de Michael Bay e Roland Emmerich) sobre o epilogo de nossas vidas.

    A Última Esperança da Terra (Boris Sagal, 1971)

    Baseado na obra de Richard Matheson (existem três versões da história), A Última Esperança da Terra foi estrelado por Charlton Heston e mostra um pouco da paranoia causada pela guerra nuclear. O personagem de Heston vive em uma metropóle completamente dizimada por uma guerra e aparentemente só. O filme traz uma postura antibelicista, além de explorar vários pontos do fanatismo religioso.

    Fonte da Vida (Darren Aronofsky, 2006)

    Apesar de não seguir o padrão dos filmes de “fim do mundo”, Fonte da Vida é uma grande história sobre amor e morte, ciência e espiritualidade, e claro, o início e o fim de tudo. De maneira delicada, duas tramas contidas no filme se entrelaçam e culminam em um última, onde o personagem de Hugh Jackman, completamente só na imensidão, consegue a resposta de sua existência.

    Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1964)

    Kubrick aproveita o auge da Guerra Fria para fazer uma comédia repleta de ironia sobre os temores da humanidade de uma possível guerra nuclear. Destaque para a interpretação de 3 personagens por Peter Sellers. Simplesmente genial. Dr. Fantástico é um manifesto antiguerra, tudo isso numa das mais mordazes sátiras da história do cinema

    A Estrada (John Hillcoat, 2009)

    A jornada de um pai e seu filho em um mundo pós-guerra nuclear. Hillcoat deixa a sutileza para as atuações do elenco, já que o roteiro e a direção do filme não dão espaço pra isso, apenas para um mundo sem vida e grotesco de pai e filho, onde a esperança se esvai a cada passo. Grande filme.

    A Noite dos Mortos Vivos (George Romero, 1968)

    A Noite dos Mortos Vivos é um paradigma para o cinema como um todo. O primeiro trabalho de Romero é consolidado como uma das produções independentes mais bem sucedidas do cinema, serviu como base para o estabelecimento dos zumbis como conhecemos hoje e influência para o modo de fazer cinema, além de ter um dos finais mais surpreendentes da história.

    Os 12 Macacos (Terry Gilliam, 1995)

    Os 12 Macacos traz uma visão pós-apocalíptica de um futuro onde um vírus dizimou boa parte da população mundial e a única solução da Terra é enviar alguém para o passado para consertar o que motivou esse futuro. Gilliam constrói um senso de urgência e angústia à todo momento. O filme traz ainda uma forte mensagem de voltarmos nossos olhos para o presente e a valorização do que temos hoje.

    Melancolia (Lars Von Trier, 2011)

    Melancolia trata da história de um planeta (Melancolia) que irá colidir com a Terra. Nesse cenário apocalíptico somos apresentados para os conflitos internos, medos e distúrbios de cada personagem e como isso afeta cada um deles. Lars Von Trier utiliza a temática de filmes catástrofe para um estudo sobre o ser humano e sua finitude. 

    Limite de Segurança (Sidney Lumet, 1964)

    O principal problema de Limite de Segurança foi ter sido lançado alguns meses depois do seu co-irmão (e já mencionado aqui), Dr. Fantástico. Diferente do filme do Kubrick, que se tornou cult, Limite de Segurança já não é tão conhecido, sendo revisado pela maioria dos críticas muito tempo depois. Ambos os filmes retratam o mesmo tema, contudo, Lumet opta por uma visão densa e mais politizada que Kubrick e acerta em cheio.

    Filhos da Esperança (Alfonso Cuaron, 2006)

    Cuarón traz uma visão futurista bastante aterradora. Há quase 20 anos não nascem mais bebês, a humanidade está a beira da extinção e o mundo se tornou um caos completo. A construção de personagem de Clive Owen, com seu cinismo e onipresença em tela. É impressionante como a visão de mundo futurista do diretor é atual. O futuro de Filhos da Esperança já chegou e nós não nos demos conta.

    Vampiros de Almas (Don Siegel, 1956)

    Apesar de várias outras refilmagens, algumas mais interessantes que outras, nenhuma supera a versão do diretor Don Siegel. O cineasta dá uma aula de cinema em Invasor de Almas, construindo uma visão apocalíptica de forma tensa, ágil e econômica. A trama conta a história onde as pessoas não são mais as mesmas, apesar da aparência física e das lembranças. Siegel retrata o período de paranoia que os EUA viveu durante a caça às bruxas promovida pelo senador Joseph McCarthy, ou indo mais longe, dando sua visão de um mundo sem emoções.

    Menção honrosa a vários outros títulos que tiveram de ficar de fora mas vale uma conferida: O Fim do Mundo, 4:44 – Último Dia na Terra, Wall-E, Mad Max, Planeta dos Macacos, A Máquina do Tempo, O Menino e seu Cachorro, Donnie Darko, Akira, O Dia em que a Terra Parou, Sunshine, Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo, A Sétima Profecia, Extermínio, O Abrigo, O Sacrifício, Guerra dos Mundos, Marte Ataca, Exterminador do Futuro, entre tantos outros.

  • 20 Filmes Essenciais de 2011 (Parte Dois)

    Já estava mais do que na hora de concluir minha lista de destaques do cinema em 2011, mais um pouco e estamos no segundo semestre de 2012 e não terminei o que comecei. Pois bem, como dito anteriormente na parte um, a ideia aqui não é eleger os melhores filmes, não tenho essa pretensão, além do que não vi nem 1/4 do que saiu no ano passado. No entanto, acredito que listas acabam despertando a curiosidade de muita gente, por mais superficial que seja (espero que não seja o caso).

    Relembrando que deixei de lado alguns blockbusters que já haviam sido comentados na lista de melhores do Jackson, além disso, opitei por comentar apenas dos filmes lançados em 2011 nos seus países de origem e não no Brasil, do contrário muitos filmes da parte um e dessa parte dois não estariam aqui. Mas vamos aos filmes em questão.

    *

    Amor À Toda Prova – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Pô, Flávio, Comédia Romântica em uma lista de filmes essenciais?
    Sim. Amor à Toda Prova deixa claro que uma comédia romântica não precisa ser boba, recheada de clichês e retratar uma realidade que não existe (?). Não que o caso aqui seja de uma obra prima ou algo próxima de uma desconstrução do gênero em si. Está longe disso. No entanto, o longa foge do lugar comum, apresentando personagens cativantes, roteiro bem escrito e como todas as comédias deveriam ser, é extremamente divertido.

    O Garoto da Bicicleta – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Os irmãos belgas, Jean-Pierre e Luc Dardenne, como de costume, retomam seu olhar crítico para a sociedade em seu novo filme. O Garoto da Bicicleta traz uma narrativa clássica retratando a vida de um garoto que é abandonado pelo pai e agora se vê revoltado com todos a sua volta, não dando chances de aproximação de quem quer que seja.

    Os Dardenne entregam um conto de fadas moderno com moral e tudo. Tudo que é mostrado aqui tem consequência. Destaque para a interpretação de Thomas Doret, protagonista do longa, que é adoravelmente insuportável, um personagem que parece nunca baixar a guarda, mas que quando menos se espera age como um garoto de sua idade. No final das contas percebemos como o amor é inspirador nas nossas vidas.

    Os Muppets – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Anos se passaram desde os tempos em que os Muppets tinham um forte apelo frente ao grande público. Os personagens de Jim Henson cairam no esquecimento, apesar de muitos filmes da franquia ter saído (o último para o cinema foi em 1999) ao longo dos tempos. 2011 chegou e os Muppets mostraram que é possível criar algo nostálgico e divertido, que agrade os fãs antigos e agregue uma nova legião de adoradores desses simpáticos fantoches. Os Muppets são a prova de que humor pode ser singelo e atemporal.

    Drive – Leia a crítica completa aqui
    Nicolas Winding Refn é um cara de talento, filmou a trilogia Pusher (quem não conhece vá atrás), em 2008 apresentou Tom Hardy ao mundo com a selvageria de Bronson, e 2009 dirigiu O Guerreiro Silencioso, um excelente filme mas que infelizmente não teve seus méritos reconhecidos (leia a crítica aqui). Em 2011 Refn retorna com Drive com Ryan Gosling no papel principal, um personagem sem nome (referência ao mestre Sergio Leone) que divide seu tempo entre sua carreira como dublê e piloto de fuga de criminosos.

    Não vá pensando que você vai ver um novo Velozes e Furiosos, aqui a narrativa é construída passo a passo, mostrando a violência natural dentro de cada um e as relações humanas decorrentes dessas ações, as perseguições de carro são o que menos interessa.

    Agentes do Destino – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Os Agentes do Destino, de George Nolfi, não é um grande filme, mas como a intenção desse post não é apontar os melhores de 2011, achei interessante colocá-lo nessa lista. O longa que tem no elenco Matt Damon e Emily Blunt nos papéis principais é uma adaptação do conto de ficção científica de Phillip K. Dick. Agentes do Destino tem uma premissa interessante, partindo da ideia que durante séculos a humanidade foi assistida por um grupo de agentes que tomam conta do destino de cada pessoa na Terra. Nada é obra do acaso, seja um ônibus perdido ou mesmo um café derrubado em sua camisa, tudo é previamente planejado.

    A trama scifi já é interessante por si só, mas além disso o roteiro do filme é uma grande janela de como encaramos nossas vidas, as diversas alternativas que a vida nos propõe a todo minuto e não nos damos conta. Vale um olhar mais atento para o filme, apesar de destoar muito do conto do K. Dick, ainda assim é um ótimo filme.

    Melancolia – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Lars Von Trier é persona non grata por onde vai. No entanto, questionar sua qualidade como diretor é complicado. Dono de uma filmografia repleta de altos, Lars Von Trier apresentou um filme impecável em 2011, Melancolia, que infelizmente não teve muita repercussão devido à um comentário tirado de contexto do diretor sobre o Nazismo. Melancolia conta a história de duas irmãs em meio à ameaça de colisão do Planeta Melancolia com a Terra. Em meio a catástrofe, ambas irmãs buscam resolver seus conflitos internos e entender as escolhas de cada uma.

    Melancolia é um filme catástrofe da maneira do diretor, não é algo que pretende fazer uma análise sobre o fim do mundo, mas sim sobre o estado mental dessas irmãs.

    Complexo – Universo Paralelo
    Mário e Pedro Patrocínio, dois irmãos portugueses passaram três anos de suas vidas filmando um dos maiores complexos de favelas do Brasil, o Alemão. O documentário “Complexo: Universo Paralelo” veio propor uma nova ótica do cotidiano das favelas, se distanciando de outros veículos midiáticos, e buscando um olhar esperançoso sobre as batalhas desse povo.

    Os irmãos portugueses utilizam uma narrativa onde observamos a “rotina” da favela sob o ponto de vista de alguns personagens. Suas agruras, crenças, ideais e motivações estão presentes em diversas tonalidades. Desde a recicladores, Mc’s e como não poderia deixar de ser, traficantes. Merece uma atenção especial.

    Ataque ao Prédio
    Ataque ao Prédio é um daqueles filmes que se tornou conhecido pelo boca-a-boca, já que não teve nem sinal do longa nos cinemas aqui no Brasil. O estreante Joe Cornish, dirige (e roteiriza) um filme de baixo orçamento mas com uma narrativa e roteiro que passam longe das convenções sociais do cinema norte-americano.

    Cornish traz um misto de terror scifi com drama, repleto de humor britânico ambientado na periferia londrina. Se você gostou de ‘Todo Mundo Quase Morto’, pode assistir sem medo que você vai se amarrar.

    Um Novo Despertar – Ouça nosso podcast sobre o filme
    Muito foi falado sobre ‘Um Novo Despertar’ em um de nossos podcasts. Uma pena esse filme ter sido completamente esquecido. Jodie Foster mostrou ser uma mulher forte escalando Mel Gibson como protagonista de seu novo filme. Gibson, famoso por sua postura antissemita e machista entrega um personagem sensível e sem pudores de mostrar para o mundo o quão baixo sua vida foi. Seu personagem é depressivo, empresário frustrado, pai e marido ausente que encontra na figura de um castor fantoche sua segunda chance.

    Um Novo Despertar entrega uma atuação fantástica e repleta de sensibilidade de Mel Gibson. Uma pena que poucos deixem de lado sua vida pessoal para se importar com seu trabalho no cinema. Ainda bem que a Jodie Foster foi uma delas.

    Bullhead
    Bullhead foi um dos indicados a Melhor Filme Estrangeiro no Oscar, ainda assim passou batido pela maioria. O longa belga traz um dos personagens mais interessantes do ano, Jackie Vanmarsenille. Interpretado por Matthias Schoenaerts, o protagonista do filme é um personagem atormentado por traumas do passado.

    Apesar de parecer um filme comum sobre máfia, pouco a pouco percebemos que o filme vai muito além disso, focando na história de um personagem angustiado. A fotografia tem um clima bucólico que encaixa perfeitamente na proposta do filme e o desenrolar de sua história é digno de uma tragédia grega.

  • Agenda Cultural 30 | Os Mastodontes na Terra da Árvore Melancólica Esmeralda

    Agenda Cultural 30 | Os Mastodontes na Terra da Árvore Melancólica Esmeralda

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Levi Pedroso (@levipedroso), Rafael Moreira (@_rmc), Jackson (@jacksgood), o chapa branca Carlos Tourinho (@touroman) e Mario Abbade (@fanaticc) embalam seu retorno definitivo, para a alegria de uns e desgosto de tantos outros. Longo e enfadonho, ou divertido e dinâmico. Superficial, filosófico, artístico, nostálgico ou previsível. A verdade é que a Agenda Cultural está de volta com toda a sua miríade de temas e discussões. Temas que fazem jus à própria história do nosso singelo podcast…confira!

    Duração: 126 mins
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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