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  • Resenha | One-Piece

    Resenha | One-Piece

    One-pieceEm um mundo em que praticamente 90% dele é água, navios se tornam muito importantes, e onde a maior parte dos transportes é feita de navio, é claro que haveriam piratas, e é neste mundo que se passa One-Piece.

    Mangá e Anime criado por Eichiro Oda, mangaká já premiado antes por Wanted, conta a história de Luffy, O Pirata de Chapéu de Palha, começando sua vida como pirata, sonhando ser o rei dos piratas. A motivação é bem simples, houve um homem que recebeu o titulo de “Rei dos Piratas”, chamado Gol D. Roger, quando finalmente capturado pela marinha, esta achando que isso poria um fim na era dos piratas, ele sorri embaixo da guilhotina e diz: “No final da Grand Line eu escondi o maior tesouro do mundo, o One-Piece, ele está lá e será de quem chegar primeiro”, e isso dá inicio a uma nova era de piratas.

    O estilo da narrativa muda um pouco ao longo da história, começa um tanto quanto infantil e tende a evoluir para mais juvenil, e embora às vezes pareça que vai caminhar para um lado mais sombrio, acaba não indo muito.

    Antes de falar de personagens é necessário falar das Akuma no Mi, as frutas do demônio. Frutas que ao serem comidas dão poderes específicos, porém o custo desses incríveis poderes é o fato de que você não pode ficar com água acima do joelho ou entrará em estado de choque. Alguns dizem que não é um poder muito útil para um pirata, mas tem gente que corre atrás desses poderes. Luffy foi um que comeu uma dessas, a Gomu Gomu no Mi, a fruta da borracha e se tornou um homem feito de borracha. Entre outros usuários de Akuma no Mi famosos temos Smoker, cujo nome é seu poder, um homem fumaça, “FireFist” Ace, homem fogo, e por aí vai. Não há limite para o que pode surgir, já apareceram poderes loucos e alguns comuns, a única coisa igual é a fraqueza a água e a “seastone”, que é uma pedra que desativa os poderes.

    E agora podemos falar dos personagens, a tripulação do Chapéu-de-Palha são os personagens principais do mangá: Luffy, Zoro, Nami, Usopp, Sanji e outros que vão aparecendo ao longo da jornada são personagens simples e caricatos. Não são personagens “reais”, porém tem suas motivações bem trabalhadas, até porque geralmente cada adesão a tripulação é acompanhada de um arco ligado ao passado do membro e assim sua motivação para se juntar ao Luffy. Porém vale citar, durante muito tempo eu achei que Luffy ia ser um personagem que sofreria do efeito Goku, não importa quanto tempo passasse ele não teria evolução, seria sempre o mesmo psicologicamente. Felizmente isso não ocorreu, embora pareça que não houve mudança, nos últimos capítulos dá pra notar a diferença de suas ações e pensamento, embora não muito.

    O traço é infantil, redondo e o que é comumente ligado a arte de Anime, mas não chega a incomodar e com o tempo ele melhora, nas ultimas edições do mangá ele tem saído limpo, sem rabiscos e com bastante detalhes.

    Como disse antes, o tom da narrativa muda depois de certo tempo, mais precisamente depois do arco de Skypeia, no arco chamado Water Seven que tem uma das cenas mais emblemáticas do mangá/anime. Então se vai ver/ler recomendo que leia pelo menos até aí, embora até ai já seja bastante coisa.

    One-Piece é uma história aclamada por fãs e crítica, situada há muito tempo no top 5 de vendas e audiência no Japão, tanto sucesso não vem por nada. Uma excelente história de aventura, não tenha medo de embarcar nessa (essa não podia faltar).

    Texto de autoria de André Kirano.

    One-Piece

  • Resenha | Deadman Wonderland

    Resenha | Deadman Wonderland

    Deadman-Wonder

    10 anos após um grande, mas realmente grande, terremoto no Japão (e essa história foi criada antes do terremoto lá) o país está se reconstruído, e uma das medidas para isso é a construção de uma prisão: Deadman Wonderland.

    Deadman Wonderland não é um mangá simples, criado por Jinsei Kataoka e Kazuma Kondou, que também escreveram o mangá de Eureka Seven. Ele conta a história de Ganta Igarashi, um jovem que vê todos seus amigos serem mortos por um homem vestido de vermelho que está voando pela janela, é culpado pelo assassinato e vai parar na prisão de Deadman Wonderland.

    Deadman Wonderland não é uma prisão simples, ela foi feita para parecer um parque de diversão macabro onde os presos seriam a atração principal, todo dia teriam atrações, como corridas, lutas e outros, para satisfazer a vontade de sangue dos expectadores, que acham que tudo não passa de um show. Como o nome já diz, a prisão só tem presos sentenciados à morte, e para assegurar o bom estado lá dentro há algumas regras:

    – No máximo a cada 3 dias um preso deve comer algo que eles chamam de “Doce”, um pequeno antídoto pra um veneno que é injetado via coleiras mecânicas, se não tomarem eles morrem.

    – Ganhar a corrida, ou mesmo sobreviver, lhe dá créditos, que são quase um dinheiro dentro da prisão, com isso você pode comprar quase tudo, indicam que você também pode comprar sua liberdade por um preço muito alto.

    A vida nessa prisão já não seria tão fácil assim, junte isso a descobrir que você tem um poder esquisito, você controla seu próprio sangue, no caso do Ganta ele atira balas de sangue. Com isso ele vira uma aberração e é maltratado. Mas ai é que o mangá começa, pois vamos para o setor secreto da prisão, aonde acontece o Carnival Corpse (eu não curto a tradução “Carnaval de Corpos”), a batalha dos reais Deadman, pessoas infectadas com o Ramo do Pecado (essa eu concordo, para Branch of Sin) que é a habilidade de controlar o sangue, só que em cada uma isso acontece de forma diferente.

    Em termos de poderes uma coisa que eu gosto é que, embora não seja uma Sci-Fy, eles tentam explicar o que acontece e os efeitos dos poderes. O Ganta ao atirar muito fica anêmico por falta de sangue, uma faz uma luva de sangue que fica dura por causa do Carbono… E por ai vai, algumas explicações são um tanto quanto fantasiosas, mas dentro da lógica DELES faz sentido.

    Os traços não incomodam nem são bagunçados, mas eu também não acho genial, existe mangás com traços melhores por ai (Blade of the Immortal que o diga) mas não atrapalha, não vi pessoas dizendo por ai que não leriam por não gostarem do traço, como já vi falando de One-Piece e Berserk. Mas deve se ressaltar, há imagens violentas, não são gore pesado, cheio de tripas como em Berserk, mas ainda assim tem umas cenas mais pesadas.

    A trama acompanha Ganta aprendendo a usar o poder e tendo uma série de crises, embora seja o personagem principal eu não consigo realmente gostar dele, é muito cheio de mimimi e com muitas crises à toa, é como se fosse uma pessoa que gosta de sofrer por nada. Tudo bem, é um adolescente, mas ainda assim há certas horas que chega a ser irritante o drama que ele faz por nada. Mas após as crises, você vê o que há realmente por trás de Deadman Wonderland, o que tecnicamente originou o ramo do pecado, quem é o Wretched Egg (eu não sei se é Ovo Miserável que foi chamado na tradução) e outros grandes mistérios daquele mundo ali, incluindo o terremoto. Pois todos os que são infectados com o ramo do pecado tem uma historia significativa com o terremoto.

    E quanto a personagens, embora o principal deixe a desejar temos uma gama de personagens muito melhores e divertidos, a começar por Shiro, que é uma garota louca que tecnicamente não se machuca e é simplesmente feliz. Senji que é o Cool Guy do mangá e cumpre MUITO bem esse papel, e até uma Drag chamada Masaru. Os personagens secundários valem mais a pena e são melhores do que o personagem principal, mas a escada que eles fazem para o Ganta acaba funcionando muito bem.

    No final, Deadman Wonderland é um mangá de traço mediano, com uma excelente história que acaba surpreendendo, bons personagens secundários e uma excelente trama com mistérios e reviravoltas que não deixam a desejar. E um mangá sem coragem de tentar apostar na epicidade e conseguir algum lucro disso. Pra quem curte uma história um pouco mais sombria, vale à pena.

    Texto de autoria de André Kirano.