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  • Oscar 2019 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Oscar 2019 | Indicados e Ganhadores da Premiação

    Melhor Filme

    Green Book: O Guia (vencedor)
    Bohemian Rhapsody
    Infiltrado na Klan
    A Favorita
    Pantera Negra
    Roma
    Nasce uma Estrela
    Vice

    Melhor Atriz

    Olivia Colman, A Favorita (vencedora)
    Lady Gaga, Nasce uma Estrela
    Glenn Close, A Esposa
    Yalitza Aparicio, Roma
    Melissa McCarthy, Poderia Me Perdoar?

    Melhor Ator

    Rami Malek, Bohemian Rhapsody (vencedor)
    Christian Bale, Vice
    Bradley Cooper, Nasce uma Estrela
    Willem Dafoe, No Portal da Eternidade
    Viggo Mortensen, Green Book: O Guia

    Melhor Diretor

    Alfonso Cuarón, Roma (vencedor)
    Spike Lee, Infiltrado na Klan
    Yorgos Lanthimos, A Favorita
    Adam McKay, Vice
    Pawel Pawlikowski, Guerra Fria

    Melhor Atriz Coadjuvante

    Regina King, Se a Rua Beale Falasse (vencedora)
    Amy Adams, Vice
    Emma Stone, A Favorita
    Rachel Weisz, A Favorita
    Marina de Tavira, Roma

    Melhor Ator Coadjuvante

    Mahershala Ali, Green Book: O Guia (vencedor)
    Adam Driver, Infiltrado na Klan
    Richard E. Grant, Poderia me Perdoar?
    Sam Elliott, Nasce uma Estrela
    Sam Rockwell, Vice

    Melhor Roteiro Adaptado

    Infiltrado na Klan, Charlie WachtelDavid RabinowitzKevin Willmott e Spike Lee (vencedor)
    A Balada de Buster Scruggs, Joel e Ethan Coen
    Poderia Me Perdoar?, Nicole Holofcener e Jeff Whitty
    Se a Rua Beale Falasse, Barry Jenkins
    Nasce uma Estrela, Eric RothBradley Cooper e Will Fetters

    Melhor Roteiro Original

    Green Book: O Guia, Nick VallelongaBrian Hayes Currie e Peter Farrelly (vencedor)
    A Favorita, Deborah Davis e Tony McNamara
    No Coração da Escuridão, Paul Schrader
    Roma, Alfonso Cuarón
    Vice, Adam McKay

    Melhor Filme Estrangeiro

    Roma (México – vencedor)
    Cafarnaum (Líbano)
    Guerra Fria (Polônia)
    Nunca Deixe de Lembrar (Alemanha)
    Assunto de Família (Japão)

    Melhor Documentário

    Free Solo (vencedor)
    Hale County This Morning, This Evening
    Minding the Gap
    Sobre Pais e Filhos
    RBG

    Melhor Edição

    Bohemian Rhapsody (vencedor)
    Infiltrado na Klan
    A Favorita
    Green Book: O Guia
    Vice

    Melhor Fotografia

    Roma, Alfonso Cuarón (vencedor)
    Guerra Fria, Lukasz Zal
    A Favorita, Robbie Ryan
    Nunca Deixe de Lembrar, Caleb Deschanel
    Nasce uma Estrela, Matthew Libatique

    Melhor Maquiagem e Cabelo

    Vice (vencedor)
    Duas Rainhas
    Border

    Melhor Mixagem de Som

    Bohemian Rhapsody (vencedor)
    Pantera Negra
    O Primeiro Homem
    Roma
    Nasce uma Estrela

    Melhor Edição de Som

    Melhor Figurino

    Pantera Negra (vencedor)
    A Balada de Buster Scruggs
    A Favorita
    O Retorno de Mary Poppins
    Duas Rainhas

    Melhor Canção Original

    Shallow, Nasce uma Estrela (vencedor)
    All The Stars, Pantera Negra
    I’ll Fight, RBG
    The Place Where Lost Things Go, O Retorno de Mary Poppins
    When A Cowboy Trades His Spurs for Wings, A Balada de Buster Scruggs

    Melhor Trilha Original

    Pantera Negra, Ludwig Göransson (vencedor)
    Se a Rua Beale Falasse, Nicholas Britell
    O Retorno de Mary Poppins, Marc Shaiman
    Infiltrado na Klan, Terence Blanchard
    Ilha dos Cachorros, Alexandre Desplat

    Melhor Design de Produção

    Pantera Negra (vencedor)
    A Favorita
    O Primeiro Homem
    O Retorno de Mary Poppins
    Roma

    Melhor Efeitos Visuais

    O Primeiro Homem (vencedor)
    Vingadores: Guerra Infinita
    Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível
    Jogador Nº 1
    Solo: Uma História Star Wars

    Melhor Curta de Animação

    Bao (vencedor)
    Animal Behavior
    Late Afternoon
    One Small Step
    Weekends

    Melhor Curta-Metragem

    Skin (vencedor)
    Detainment
    Fauve
    Marguerite
    Mother

    Melhor Curta-Documentário

    Absorvendo o Tabu (vencedor)
    Black Sheep
    End Game
    Lifeboat
    A Night at the Garden

  • Crítica | Poderia Me Perdoar?

    Crítica | Poderia Me Perdoar?

    Filme que entrou no circuito de premiações recentes, Poderia Me Perdoar? é uma cine biografia que mostra a vida e rotina triste de Lee Israel, uma escritora com claros problemas de relacionamento, que se vê em uma situação limite, sem dinheiro para sustentar a si e a sua gatinha já idosa, com a situação agravada quando logo no início ela perde seu emprego, sua atual e única fonte de renda.

    O longa dirigido por Marielle Heller – a mesma que fez o divertido Diário de Uma Adolescente – tem Melissa McCarthy no papel principal, fazendo uma pessoa de gênio forte, deprimida, com praticamente nenhum amigo e que sofre de uma sensação agorafóbica enorme, com uma clara dificuldade da mesma de ter convívio social.  Lee aparentemente escreve bem, mas sua inabilidade em lidar com qualquer pessoa a faz soar desinteressante não só para o convívio social, mas também para oportunidades profissionais, uma vez que sequer sua agente costuma recebe-la.

    Essa rotina é quebrada quando o personagem de Jack Hock (Richard E. Grant), um homem que durante sua juventude frequentou as altas rodas e que na atualidade da historia vive de pequenos delitos. O roteiro baseado no livro auto biográfico de Israel não é muito sutil, mas essa introdução dos personagens podem ludibriar o espectador, fazendo ele acreditar que o texto trata mal essa relação de Jack e Lee, fato é que essa é uma das poucas coisas no filme que funciona quase a perfeição.

    O inicio do drama de Israel é extremamente melodramático, para mostrar o quanto a personagem é mal compreendida McCarthy é obrigada a passar por muitos momentos constrangedores, onde uma porção de clichês aparecem para explicar o motivo dela ser mal vista por terceiros, construção essa típica de literatura em folhetins.

    A música de Nate Heller ajuda a maximizar o incomodo, ainda mais no início. A trama começa a se tornar mais suportável quando Lee cede a tentação de cometer pequenos  delitos para conseguir algum dinheiro para se sustentar. O começo dessa nova tentativa de lucrar é bem tímido, e ao menos nisso Heller acerta bastante, ao desenvolver de maneira gradual a escalada de coragem pela qual passa Israel, que vai ousando de acordo com o feedback que recebe. A questão é mesmo nos bons e emocionantes momentos se vê um moralismo exacerbado, com uma lição quase bíblica a ser entendida pela protagonista, de que um abismo chama outro abismo, e nada poderia ser mais avesso a vida e estilo de Lee Israel do que ensinamentos cristãos.

    Ao menos em um quesito o filme acerta demais, na construção do suspense e da tensão. Mesmo com um script repleto de problemas e buracos, o desempenho de McCarthy e Grant faz o espectador se pegar torcendo pelo sucesso dos personagens, mesmo sabendo que o que fazem é moralmente errado. É a performance dos dois atores que faz com que Poderiam Me Perdoar? seja um pouco mais tolerável, visto que o drama apresentado é apelativo e medíocre em sua exploração emocional.

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  • Critica | A Favorita

    Critica | A Favorita

    Chega ao circuito brasileiro o filme A Favorita, do diretor grego Yorgos Lanthimos, o mesmo que há pouco tempo atrás lançou A Lagosta e O Sacrifício do Cervo Sagrado. Nesta nova historia, ele discorre sobre uma guerra de vaidades que ocorre entre duas mulheres que visam o posto de conselheira da rainha, isso tudo ocorrendo com uma bela reconstituição de época, com figurino, fotografia, direção de arte e afins dignas do clássico Barry Lyndon de Stanley Kubrick. No entanto, as semelhanças com o filme de 1975 param por ai, o que se vê é uma historia bem diferente, e um jeito de filmar igualmente diverso.

    Lady Sarah Churchill, interpretada por Rachel Weiss é, no momento que o filme retrata, a mulher mais próxima da rainha Ana (Olivia Calmon), seus dias se resumem a ter que aturar o mal gênio de sua majestade, enquanto manter seu posto como próxima dos nobres, papel esse obviamente bem pequeno e cordato. De viagem, chega a Abigail Masham de Emma Stone, uma criada que já nesse caminho é mostrada como uma personagem que não tem luxos, chegando ao palácio real em uma carroça apertada e repleta de gente. Quando se estabelece como serviçal ela passa mal enquanto aprende seu trabalho, e seu lamento casa com os choros mimados da rainha, que por sua vez, é capaz de um enorme chilique só por conta de um pesadelo.

    Lanthimos debocha dos ricos, mostra-os como mimados e usa ângulos de câmera diferenciados para registrar momentos comuns da vida de cada um dos personagens, há profundidade em momentos em que as pessoas andam a cavalo, varrem o chão ou simplesmente respiram, e esse exercício a principio parece despropositado mas valorizam os atos cotidianos de uma maneira ímpar exatamente para destacar esses como diferenciados que são . O cineasta busca a todo momento  retomar a forma diferenciada de contar historias, que basicamente encontra pouco eco em sua filmografia desde que fez Dente Canino dez anos atrás.

    Enquanto registra o desespero desnecessário da realeza, a trilha sonora tem músicas de sons agudos, que fazem lembrar as canções instrumentais dramáticas que permeavam o clássico remake de Scarface que Brian de Palma realizou. Essa sonoridade marca demais a rivalidade que aos poucos se estabelece entre Abigail e Sarah pela preferência da rainha, e na maioria dos momentos o que se vê é uma historia com um caráter bastante semelhante aos folhetins e as antigas radio novelas, com uma larga exploração da volúpia e de relações proibidas, onde as moças basicamente brigam para serem exploradas por uma pessoa poderosa e que ganhou suas regalias de maneira imerecida.

    Há momentos grotescos, não só envolvendo a figura do personagem de Calmon, mas também ao mostrar as manifestações de tesão da maioria dos poderosos. Por mais estranho que tudo isso soe, as lentes de Lanthimos parecem só se importar com as duas serviçais que disputam os anseios carnais da rainha, e nesse ponto mora o melhor do filme, pois tanto Weiss quanto Stone tem um desempenho excelente, ambas estão inspiradas e parecem mesmo desejar ter a atenção da soberana inglesa.

    Os  atos de crueldade  trocados entre as duas competidoras garantem um pouco de dinamismo a trama, e diferente do que havia feito em A Lagosta, Lanthimos não faz muitos rodeios e não tenta apelar para uma forma surrealista de contar historia, embora haja claro um bocado de imponderável nos fatos que ocorrem em A Favorita. Ao contrário do que muito se falou, esse é um filme bem menos arrogante e pretensioso que os anteriores, onde Lanthimos se permite usufruir de outras formulas, mesmo que a historia que tenho escolhido contar seja de pura frivolidade.

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