Tudo começou quando Ridley Scott e James Cameron, no início dos anos 2000, resolveram fazer uma quinta produção da franquia Alien. A ideia até então seria um prequel para a famosa franquia que teve seu primeiro filme lançado em 1979 (Alien – O Oitavo Passageiro). Quando do desenvolvimento de Alien Vs. Predador, em 2003, o projeto havia sido colocado na geladeira e apenas retomado em 2009, quando o diretor resolveu dar continuidade a ele. Finalmente em 2012 temos contato com Prometheus, um filme que foi bastante esperado pelos fãs do gênero ficção científica.
Em 2089, os arqueólogos Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) descobrem um mapa estelar através de vestígios de antigas civilizações desconexas umas das outras. Eles acreditam que o mapa estelar os levaria para o planeta em que residem os chamados “Engenheiros”, seres responsáveis pela criação da raça humana. Com o apoio de Peter Weyland (Guy Pearce), o CEO da Weyland Corporation, a expedição científica é patrocinada e enviada em direção à lua LV-223.
A fome insaciável do ser humano por conhecimento e os questionamentos sobre nossa existência é o ponto de partida que o filme nos traz. Prometeu, na mitologia grega, foi um Titã que defendeu a humanidade, roubando o fogo dos deuses e entregando-os aos mortais. Em sanção a esse feito, Zeus o acorrentou a uma pedra, onde teria seu fígado comido por uma águia todos os dias por toda a eternidade. Temos aqui a figura do ser humano colocando as mãos em um conhecimento divino, que não deveria ter chegado nem perto (segundo a vontade dos referidos deuses). No filme, temos a presença de uma expedição que quer se encontrar com seus criadores para que eles nos respondam sobre as questões mais elementares da nossa existência.
O filme de Ridley Scott é claramente inspirada nas obras Eram os Deuses Astronautas (Erich von Däniken) e Nas Montanhas da Loucura (H.P. Lovecraft). Enquanto no primeiro, o autor teoriza sobre a possibilidade de que seres do espaço visitavam a Terra na época das antigas civilizações e eram considerados deuses por estas, no segundo temos uma a influência do terror que provém do desconhecido. Ambas as influências misturadas formam uma ideia que gera muitas possibilidades, porém no roteiro de Prometheus, infelizmente, acabam se perdendo a partir de pouco antes da metade do filme. Tentou-se criar um clima de tensão o qual foi sendo desconstruído por uma série de situações não convincentes e que, algumas vezes, beiravam o cômico.
Criador e criatura. A necessidade de se perguntar do por quê de sua existência e tentar enfrentar o “pai”, que o abandonou. Em um momento do filme é facilmente visível o rosto de um Engenheiro que evidencia seu desconforto, sem precisar expressar em palavras, ao perceber que humanos haviam chegado até ali e isso não era certo. O mesmo Engenheiro menospreza o andróide, percebendo que sua criação também queria ser criadora de uma forma de vida. Tal como Zeus, os Engenheiros também queriam penalizar os humanos por suas transgressões.
Existencialismo, espiritualismo e criacionismo são apenas alguns dos muitos temas que são levantados pelo filme ao longo de toda sua extensão. Porém, essas discussões que poderiam ter sido exploradas de uma maneira mais profunda, dando um peso excepcional para a narrativa, acabam apenas sendo arranhadas sob a ponta de um iceberg. Por outro lado, tal fato também é responsável pela abertura de dezenas de discussões entre os espectadores. John Spaihts e Damon Lindelof, roteiristas do filme, nos entregam apenas um ponto de partida para um universo sombrio onde algo de errado aconteceu e nossos criadores mudaram de ideia quanto a seus “filhos”.
O ponto em que Prometheus mais peca acaba sendo no desenvolvimento dos seus personagens. Ao contrário do que foi feito em “Alien – O Oitavo Passageiro” – e é o único ponto em que é justo comparar com a franquia, pois ambos os filmes são completamente desconexos um do outro e possuem propostas completamente diferentes, apesar de fazerem parte do mesmo universo – em que os personagens da tripulação da Nostromo eram carismáticos e conseguiam fazer com que o espectador simpatizasse com eles, em Prometheus tal relação resta mal sucedida. Toda a tripulação da nave, com a exceção do capitão Janek (Idris Elba, que infelizmente possui poucos momentos na trama) e o androide David, (interpretado por Michael Fassbender) não conseguem criar empatia com o espectador. Infelizmente o excelente elenco, contando com a forte presença de Charlize Theron por exemplo, é sub-aproveitado por um roteiro raso e com personagens mal explorados.
David é de longe o maior destaque do filme, evidenciando cada vez mais a excelência na atuação de Fassbender, que tem feito uma excelente carreira nos cinemas. Nesse filme, nos proporciona uma atuação a níveis robóticos. Seu destaque se dá também ao inserir em diversos momentos do filme a discussão sobre a consciência robótica. Assim como temos os seres humanos contrapondo às figuras dos “Engenheiros”, temos os androides contrapondo aos seres humanos, pois foram criados por estes. Em cenas diversas, o espectador se questiona até que ponto o robô estava obedecendo às ordens de seus chefes e até que ponto ele conseguia manipular as pessoas a sua volta com o intuito de atingir suas próprias vontades.
A qualidade gráfica de “Prometheus” é excepcional. A filmagem inteiramente em 3D mesclada com os efeitos especiais bem desenvolvidos deram como resultado imagens que impressionam, resultado este atingido anteriormente em filmes como Avatar (de James Cameron) e A Invenção de Hugo Cabret (de Martin Scorsese). Com certeza um dos grandes pontos altos por apresentar as capacidades impressionantes da tecnologia 3D, ao contrário dos péssimos exemplos que encontramos nos cinemas, os quais infelizmente ainda são maioria do catálogo.
Enfim, por mais que tenha tido uma série de problemas de narrativa que acabaram incomodando muitas pessoas uma certeza que temos é que o filme conseguiu criar questionamentos e teorizações frente a uma comunidade de fãs de ficção científica e, principalmente, para os fãs da franquia Alien. Várias e várias especulações são feitas diariamente em fóruns e artigos sobre as relações com o universo de Alien e, inclusive, sobre toda a simbologia que o filme carrega. No fim das contas, Ridley Scott conseguiu o sucesso e isso é um mérito para o filme.
“Prometheus” deve ser assistido sem a pretensão de ser uma revolução nos filmes de ficção cietífica. Para as pessoas que gostam de “nitpicking” (ou ficar “procurando pêlo em ovo”, em outras palavras), é perfeito. Com certeza vão se divertir muito olhando as mil referências aos antigos concept arts de H.R. Giger, ao propósito de criação do clássico Alien que conhecemos, de quem são os misteriosos Space Jockeys, citações bíblicas (O nome da Lua do filme é LV-223, depois deem uma olhada em Levítico 22:3 para entenderem do que estou falando) e, inclusive, referências a Jesus Cristo que possivelmente foi um “Engenheiro”. Enfim, Prometheus é o suficiente para valer a pena o ingresso do cinema e uma diversão despretensiosa.
–
Texto de autoria de Pedro Lobato.
– Texto de autoria de Pedro Lobato.
Não entendo de cinema, então não sei falar sobre técnicas, mas a falta de conexão entre os personagens me incomodou, várias situações são isoladas, como quando a Elizabeth Shaw extrai o bicho do ventre e blégh, o animal fica lá pendurado e foda-se.
David infecta o camarada sem muita explicação, o cara morre e acaba nisso.
Vale a pena ver, lógico que vale, mas não tem nada a ver com os bons e velhos Aliens com todo o suspense e a luta pra sobreviver.
O que mais me incomoda é não estabelecer relação com os personagens, tirando o Fassbender eu não me importava muito se eles morressem ou não.
Mas no geral é uma boa ficção científica mesmo, só que o Ridley Scott sabe fazer melhor.
ps: seu herege, como assim comparando Scorcese com James Cameron? (chata mode off)
Epicamente Bíblico…
Estas linhas foram anteriormente traçadas a outros; aqui, sofrida algumas alterações, sem que se perda em relação ao que fora anteriormente dito…
Mas, vamos a algumas observações:
As primeiras imagens de partes do planeta, que não demonstram o caráter definido de uma natureza rica, não são para referenciar a ideia que existem pontos do planeta com aspectos de outro mundo, nem se sugere uma intenção de nos fazer ter um pensamento dúbio; mesmo quando avistamos o primeiro aparecimento do alienígena, pensarmos que supostamente estamos em outro mundo. Corrijo; houve uma reportagem com o próprio diretor, em que ele afirma é que devemos olhar aquele indivíduo como um jardineiro espacial (então pelos olhos do diretor é a ciência que dá a vida? Que aqueles indivíduos estão se dando de si para os diversos mundos possíveis de se habitarem? Então continuemos, pois mesmo que ali tenha sido outro planeta qualquer, as características para a vida devem ser a mesma, “seu DNA precede o nosso”… Então… O que se diz ali é que aqueles locais eram a representação do planeta a milhões, diga-se de novo, milhões de anos atrás; pois as paisagens representavam ali, supostamente, sendo a condição inicial do globo, propício a receber a vida; não querendo entrar em detalhes se estão tão correlativos aos especialistas quanto terem as características exatas se do cambriano, no paleozoico, sendo desnecessários detalhes da era ou período (pouco me importa se masturbiano-obsceno{tem porque essa expressão}); Inclusive o único aparecimento de vida verde nas tomadas em questão, não se comparam com o verde mais habitual que conhecemos, igual ao que se mostra naquele vale na Escócia onde se fazem explorações; isto “milhões de anos depois”… Então temos dali duas leituras, ou é o globo em condições adequadas ao surgimento da vida, ou é um outro planeta em condições como a terra. Se é outro planeta; já que sabemos lá afrente no filme que eles tem plano de nos destruir, por quê continuam espalhar a sua espécie, no lugar de colonizar esses locais? Porque não voltaram naquela lua e desfizeram seu plano maléfico? Hipóteses para mais afrente…
Sobre aquele ser que aparece no início do filme (engenheiro); uma pergunta se faz; o que é realmente importante na cena? Pois, definimos como sendo a sua atitude uma forma de sacrifício/ritual; e ela tem um algo intrigante; teorias sugerem que a vida surgiu do mar, e passa por todo um processo; não se duvida então da relação da teoria com a atitude daquele ser (pelos olhos do diretor); visto que o DNA que se desfaz e se reconfigura novamente, na água; apesar de se mostrar no filme a acelerada evolução da mais simples molécula dar início a cadeias mais complexas de organismos, é proposital a necessidade do entendimento. E se os especialistas justificarem que não casa com a teoria da evolução, das espécies tipo eucarionte/procarionte, a resposta esta na própria cena, e está naquele líquido ingerido. Mas, voltando ao que é intrigante; poi a partir do surgimento do primeiro engenheiro, sabe-se que ele realiza um ritual, (visto que mais adiante no filme se define que o DNA dele é o mesmo que o nosso; será que ele provavelmente se reproduz, se comporta, se pensa e, pensa, sonha, imagina, sofre, sente, como os humanos? ou não?! Mas uma coisa é certa, aquilo que ele utiliza, deva possuir uma alta capacidade de atuação tecnológica, pois desfazer um organismo e o reprogramá-lo em um outro ambiente, água; se reconstruindo???!!! Por que ele não cortou o dedinho e misturou seu DNA com esse produto e construiu-se a vida?…) mas, voltando ao ritual, pois afirmamos que aquilo é um ritual; pergunta-se, a Religião então é algo próprio do ser, é mais ontológico do que se pensa, inclusive de outras espécies inteligentes fora da terra, mesmo que com outra conotação? E já que eles são “humanos”, ou eles adoram alguma divindade, para usarem de práticas rituais, ou cultuam-se a si mesmos, mas é muito confuso se sacrificar, por adoração de si; se é feito isso, um sacrifício por que se adora, é feito se permanecendo bastante vivo. De qualquer forma ali está toda informação necessária para se desligar que a natureza do filme é ciência versus religião. Parece mais uma simbiose, e se repete. E sobre aqueles que dizem que errou grosseiramente a não enquadrar ao que pareceria ser a África como berço da vida… A África talvez tenha sido o berço da espécie humana… E se observarem direito, quando o Robô David observa o holograma no interior da nave ferradura, tanto no momento em que ele segura o orbe na mão, e quando se desfaz o holograma ficando apenas aquele do planeta a girar sobre o console, nesses dois momentos é o continente africano que está em foco… Visão política?! Propositada para que pensemos as dores da África, ou somente referência ao surgimento da vida. Os dois?!
Mas digamos que aquele sacrifício, apenas tem por conotação criar outra espécie, as várias espécies, pois sabe-se lá o que aquela gosma ingerida carrega; pergunta-se: perde-se então a ideia de espiritualização? É aquele ritual, existente para outra realidade após a morte? Ou é sua espécie o objeto de deificação? Pois aquele ser fez um ato consciente, com práticas referenciais de nosso entendimento do que é um rito. E fez isso assistido e apoiado por seus semelhantes, pois é fato que se eles quisessem o haveria impedido, onde se desfaz a ideia dele ser o prometeu, já que este fez as coisas as escondidas. Mas voltemos, ao engenheiro que se sacrifica, é uma tecnologia muito avançada essa que se desfaz em PÓ; pois é isto que lhe ocorre, e deste pó surge a vida… Teve algum interesse conotativo ou foi apenas uma questão de escolha, pois poderia o diretor imaginar a tecnologia que desfez o engenheiro, de uma forma que o liquefizesse; mas seria muito bizarro aquele que dá vida se derretendo… Então a questão pó, não é tão correlativa com a do pó da terra foi feito o homem… Pois o irmão de Prometeu, tal de ‘Epigmeu’ (EPIMETEU) criara o homem do barro; é uma ideia muito próxima com a do Gênese; mas muito necessário que não se pense que em tudo o AUTOR/DIRETOR desejaram conotar com a religião. Talvez…
Pulemos aos milhões de anos após, para a última (única) caverna encontrada. Aparece a moça, quebrando uma provável parede que se formou por uma justaposição periódica de elementos que se sedimentaram ao longo dos tempos; e através de um pequeno buraco feito, ela identifica algo, que por urgência se faz chamar, o que parecia ser o chefe da expedição… Vejamos como a coisa é falha, ao menos aparentemente. O cara estava em uma relativa distância, (além do fato de que aquele que sai para chamar parece fazer um percurso de uns cem metros, e o Charlie por mais que tivesse urgência tem outros 500 metros a vencer, e de forma íngreme), mas, quando chegou… [é muito acertado que a ideia muitas vezes em um filme se passam após um certo tempo, as vezes em forma simultânea, paralela, etc.] …a passagem estava definitivamente aberta, e logo depois, para representar o que se procurava, a garota se posiciona em frente a dois holofotes apontando uma pintura… Aquela parede poderia ser apenas outra área de acesso, ou fora despedaçado apenas um pedaço possível de passar uma pessoa tranquilamente? Não, se possível ver novamente a cena, se observará os detalhes de que se usaram técnicas adequadas de escavação; mas aqueles holofotes! Que algum especialista em eletricidade dirá que só podem ser alimentado por gerador, pois devem ter uma gama de cobrança de amperagem muito alta. Digo, as naves dos caras queimam íon (DE LÍTIO?) como fonte de propulsão, bem distante ainda de uma tecnologia como as dos engenheiros, que parecem alterar a gravidade; o ano é de 2089, os caras não irão ter holofotes portáteis?! Os caras tem máquina de datação portátil, equipamento com potencialização elétrica que altera os neurotransmissores, para fazer que um organismo se falseie como vivo, e não é uma referência do Hellboy II, quando se revive a fada dos dentes. Os caras tem uma máquina que escaneia a área, mas que flutua como que agisse sobre a atmosfera (que bichinhos), uma mesa que apresenta uma mapa holográfico (mas O Homem de Ferro também tem); um equipamento que processa cirurgia sem operador, além de um SER mecanicamente programável de inteligência artificial fenomenal, fora a questão de um leitor de ondas cerebrais que identifica as possíveis imagens formadas no cérebro (essa foi além do grande Irmão “1984”, LER PENSAMENTOS), que não sei se é característica do robô ou do aparelho de hibernação, algo que reentrará em colocação novamente, não vai ter holofotes sem fio? E de OLED……
Levo isso como necessário de se expor pelo fato, que meu papel como espectador de cinema é ser um bolo, acredito, multi-fatiado, pois, cada pedaço de mim analisa: no enfoque da atualidade, politicamente, antropologicamente, a construção visual, a arte, o roteiro, imagem, som, e principalmente os detalhes, e a percepção de que sentido e, ou direção tá desejando o criador da obra, que eu siga… Nisto, a colocação é: Já comprei a ideia do meu interesse? Ou quero ver uma coisa onde não existe? Ou mesmo, quero derrubar antes de todo mundo, como quem descobre a lâmpada elétrica a prováveis falhas do diretor, ou desse lixo atual que é Hollywood(que muitos jugam assim); pois, assim definimos uma algo que na verdade, desconhecemos? Ou não me permitirei ser deslumbrado por uma ‘historéca’ sem profundidade???!!! Mas disto falaremos depois… Pois, se falará agora; é muito certo que esses diretores, produtores, roteiristas, possuem técnica e conhecimento das técnicas, em profundidade, e muito; se comparado com o indivíduo comum. Eles não percebem esses indivíduos camisas vermelhas que estão ali somente para morrer, são os que não trazem nada a trama, é a justificativa de alguns. Ora, quem bem entende de navegação, compreende que o estilo de ambientação ali é mais para uma tripulação de navio, que de uma aeronave. E é muito esquisito não ter pessoal extra para eventuais necessidades que possam ocorrer na lógica da navegação, e acredito que isso assim foi pensado, inclusive quando se ver macacões com estilo e cor diferente; alguns que dão a sensação de que se devam ser usados para quando de reparos no exterior da nave, quando em orbita.
Continuemos. Dizem que a questão de o filme remeter a 2001 Uma Odisseia no Espaço, por demonstrar uma repetição do sistema de hibernação… Os uniformes com certa semelhança, referências com a ambientação das primeiras imagens… Vejamos uma coisa, O filme mostra de início a sombra de um planeta que não apresenta a forma qual conhecemos da terra vista do espaço, parecido com o início de 2001 uma Odisseia… Àquela época não se tinha fotos desse planeta azul que conhecemos; mas nisto já fazemos duas observações, esta visão de um planeta é para referenciar um orbe qualquer, já que os engenheiros/jardineiros viajam pro aí, a multiplicar-se; ou foi um elogio proposital a obra de um colega? Maravilha a dualidade. Sobre a questão do sistema de hibernação, vejamos o seguinte. Sabemos o tempo em que a nave Prometheus levou da terra até aquela lua, e quantos quilômetros fora percorrido, em cima disso dá até para calcular a velocidade da mesma, inclusive pra saber que ela não foi a confins da galáxia nenhuma, que ela está ainda pela periferia do sistema solar; o que ainda deixa o abismo de se entender o quanto nossa tecnologia de exploração se encontra distante das dos engenheiros. Sendo, tem mais é que por para dormir…
Outra, mesmo que o autor diga que exista isso ou aquilo que relembre, e às vezes não é dito que remete a uma obra anterior; a referência é as vezes para que quem assista não se perca, saiba construir com um pouco daquele universo (um todo composto de partes) da obra que é apresentada, com uma ideologia centrada num contexto. Pois nem sempre isto, foi posto para ser referencial daquilo, mesmo que inclusive seja dito existir um DNA de ÁLIEN. Digo… Não dá pra não desligar que a lógica do filme é que ele passa décadas antes do Alien 8º passageiro. Que o sistema de propulsão, não pode se equipará com o de jornada nas estrelas (dobra), que inclusive se passa no século XXIII; que inclusive tem de se respeitar um pouco do universo do filme anterior, e o mais importante, sabemos que para certa distância não se pode fazê-la em um tempo hábil, e que inclusive fazer os indivíduos dormirem, é uma forma de guardar recursos, evitar toda uma enfadonha realidade que se deveria ser discutida, que é a relação comportamento, que é estar dois a três anos enclausurados, além de ser uma saída muito boa, para a ideia do bote de resgate… Mas voltemos aos contextos, pois estou me direcionando para o fato de discutir lógica da ’história’… E o interesse primeiro, é o que implícito, o diretor expos como sentido no filme.
Sigamos… Logo quando encontramos o robô passeando pela nave, sentimos que seu andar é diferenciado, que suas habilidades motoras em quicar, arremessar, girar bolinha no dedo (Globetrotters), e pedalar, são acrobáticas; depois da pontaria, já seria o bastante para se suspeitar, de que além de piloto de espaçonave era um artista de circo…
É um robô, será? Mas ele está lá numa mesa comendo, e porque diabo, sendo tão máquina vai comer, vai falar com um holograma estudando uma língua morta, se ele é uma máquina programável? Será, que é para não perder seu objetivo, propósito? Ou ainda, que quando ele se agacha e pega algo, não quer dizer aquela cena, uma ideia de que ele está acordado, para alguma eventual necessidade, já que detendo potenciais habilidades, seria um perfeito mecânico… E uma coisa intrigante é que o David, ele não é criança nenhuma, aprendendo, então se esqueça de que se quis referenciar o robô David com o ”WAAL- E”; ele, é um amigo de longa data do Weyland; ele já é um malandro, violenta a intimidade das pessoas; o observar do sonho da Shaw é apenas contexto, para o enfoque de pender para a “religião”. Pois ele é certo de fazer isso com todo mundo, e ele não tem respeito algum por lei que seja de robótica, inclusive o quesito não é e nunca foi as três leis, e sim o que se deriva dela, (REBELIÂO); ele, o David, é objeto de interesse particular de alguém, que inclusive, deve tê-lo programado para analisar a personalidade de cada um, inclusive da Vickers; talvez por isso o Pai, mediante a presença geral, quando reunidos, não a considera nada, e ainda evidencia um afeto particular por seu robô, o que deve ou deveria ter posto todos de orelha em pé… Mas digamos uma coisa, estão pensando que um mega ricaço, tem uma filha que é da diretoria, que em seus diálogos já se encontrara com outros anteriormente, não é conhecida como a filha desse ricaço?
Outra coisa sobre o David, é que aparentemente ele vai além de ser programável, o filme buscou sutilmente dar-lhe uma individualidade, ele já havia ultrapassado esse conceito de inteligência artificial, e estava chegando, claramente ao elemento caráter, personalidade, mas o filme não poderia entrar tão claramente para esse contexto, senão estaria criando um enfoque muito necessário de se explicar (enfoque de a maquina adquirir autonomia própria); aquele homem de lata na verdade já havia inclusive perdido seu coração… Sei que se vai expor que provavelmente em sua programação foi trabalhada razões logarítmicas de probabilidade, que ele deve estar pre configurado, para entender situações inclusive abstratas: “perdeu alguém com que se relaciona, meus pêsames senhora”; “o que foi que ele Disse? Perguntou a loira linda, E ele após a segunda colocação tem a cognição de dizer uma mentira, mas não a de se firmar, na mesma frase negando a informação por maior que seja a ameaça, essa programação é bem cognitiva, além de ser bem sarcástica: QUER UMA XÍCARA DE CHA?”… Fora a hora em que decide, desligar a Vickers, quem achou qual botão para desligar quem, achei irônico e ela mesma parece que achou; e onde está a mais clara certeza de que ele já rompeu a barreira da programação, que é quando, pergunta a Shaw porque tem os filhos a vontade de matar os pais, e ela diz que ela não; foi isso uma deixa para levar em consideração que ele quer fazer uma comparação entre a Vickers e a Shaw, ou ele levava o seu papai para a morte, pois isso ele desejava; de quando tem medo da Shaw ser pegue pelo engenheiro, e ainda faz uma chantagem de ser capaz de pilotar a nave para sair dali; fora o fato de quando questionado pelo Charlie, sobre a potencialidade de se estar aproximando da condição de se comparar a um homem, este responde que ESPERA QUE NÃO! Como se fosse um retrocesso a sua espécie máquina. Oh programação! E aquele diálogo com o Charlie, sobre a busca pelo criador, aquela foi uma carinha de frustração, ou de pura raiva por não ter sido considerado com um ser? Mas a resposta ironizando foi capciosa. Fora que dentro da cúpula ele não considera informar ninguém dos atos que toma, vai tomando atitudes, que talvez estejam na sua programação, mas muita coisa vai além do programável e tomam caráter de julgamento. E um julgamento bem covarde, pois ele sai lendo as indicações e desconsidera a equipe; ele deu um ok para Charlie tirar o capacete, mas não passou informação alguma sobre as possíveis indicações que encontrava no caminho; pior, no momento que todos se desesperam pela mudança no ambiente interno e pelo aviso da aproximação da tempestade, ele observa entre aqueles casulos um que não esteja transpirando, pulveriza um spray que parece ser um gás congelante e o leva escondido consigo. Essa programação não respeita robóstica nenhuma.
Outra coisinha ainda sobre a questão da reunião com o “Weyland”, é que assim que se inicia a programação do holograma, uma voz apresenta primeiro a empresa: “WEYLAND, CONSTRUINDO MUNDOS MELHORES”. Ela não fala planetas, que seria a configuração física, mas mundos, no plural, o que significa que já terraformou outros, tornando-os habitáveis, o que se mostra ser uma coisa comum de sua atividade, e que mais tarde ouvimos isto se configurando na aposta dos dois pilotos sobre “terraformação”. Além de que no fundo se ver uma espécie de cúpula sendo construída. E algo para entender o nome do filme como Prometheus: Muitas pessoas devem ter esperado uma correlação da história mitológica com uma ficção futurista, e penso ter sido muito proposital o Weyland ter falado sobre o porquê da nave se chamar daquele nome, (prometeu foi expulso pelos deuses do olimpo, e agora retornava, era tão somente ali o correlativo), então se esquece de qualquer correlação com o engenheiro que se sacrifica no início ou com outros.
Sobre a questão das pessoas na reunião, o capitão também não se encontrava no local, e aparentemente dois dos mercenários, o que faz entender que nem Weyland foi considerado e nem o David, como Tripulantes… Mas não é muito certa essa ideia, é preciso contar e identificar cada rosto…
Seguindo mais para frente, é o seguinte sobre quando eles vêm aquelas cúpulas, sobre a parte superior delas aparece uma imagem que lembra um rosto humano, como o de uma esfinge, ela foi mostrada logo após a nave pousar, quando eles fugiam da tempestade, num momento após a conversa do capitão com os dois perdidos (Melbourne e Fifield), e quando a nave ferradura estava dando fora, umas duas vezes apareceu o rosto. E apesar da galera chamar de pirâmide ela tem o formato de cúpula e está num processo de terra formação, provavelmente induzido pela tecnologia daquela raça.
E sobre o fato deles apresentarem as aparentes características de não cumprirem com procedimentos técnicos, mesmo que já suspeitando de encontrarem alguma provável referência a alguma forma de vida. Penso que a ideia que se pede é que se compre o entendimento de que são aventureiros experientes em suas funções lá na terra; mas ali, estão no pico da emoção, e não conhecem na verdade nada que prove uma possível existência de vida, tem de ponto de informação que talvez seres biologicamente, tiveram contato entre 40 e 20 mil anos atrás com as primeiras civilizações da terra, e que todas as demais aparências dali, levava a crer que foram extintos ou abandonaram o local. Inclusive, não mostrando registro da criação biológica, apenas do contato com uma espécie de porte físico elevado, ou de gigantes, e inteligência superior, que apesar da ideia da Shaw, que aquilo era um convite, era talvez apenas o ensinamento de onde eles vieram. E se ainda estivessem ali, porque não se apresentaram, não atacaram, já que era frequente o David passar mensagem em direção aquela LUA, e a nave informava pra ele que não havia resposta, ou mesmo não tiveram contato depois, com as civilizações da terra já em estágio de entendimento? Penso que foram precipitados, não na retirada dos capacetes, já haviam observado que o ar era puro, e ainda na analise que foi feita confirmaram ser mais puro que na terra, e como disse antes, tinham tantas tecnologias de análise e leitura, que só caberia bem no contexto do Charlie a colocação de não serem céticos. Agora, entrar naquela câmara, ainda mais, depois de verem os gigantes correndo (hologramas), mesmo que fizessem o julgamento de que ali deveria ser seguro, pois para lá fugiram, deveriam por uma câmera num carrinho para primeiro analisar o local. Mas talvez eu esteja querendo que eles se portem como militares… Entretanto existe uma outra coisa, nós observamos em nossa atualidade que a especialização profissional, ou seja, que domínio mais aprofundado em certa área é um quase certo caminho de sucesso, e que a maioria daqueles profissionais apresentam uma especialização foco, e diversas outras habilidades conjugadas. Só que isso não explica a ideia que fazemos de quem irá primeiro morrer, pois tem muita gente reclamando de clichê… Será que esses caras (roteirista/diretor) que passam anos envolvidos não sabem disso; na primeira vez que assisti tinha uma pessoa ao meu lado e já foi dizendo, que aquele cara abusado, com cigarro no bico, desconsiderando estar na reunião pois seu café era mais importante, seria o primeiro a morrer. Clichê é algo meio que não estraga as coisas, pois fazem parte da natureza da compreensão; penso ser necessário entender o porquê foram posto aqueles indivíduos com certos diálogos, o que é que se quer que pense daquilo. Acredito que aqueles profissionais sem disciplina, tem a característica de fazer lembrar o que se vê muito por aí, profissionais que estão aparentemente dentro de ocupações fundamentais mais sem as devidas competências para resultados satisfatórios.
Ainda sobre o interior da cúpula, o Charlie fala meio que emblemático, que isso não passa de mais um sarcófago, e ver aquela pedra verde, que não entendo o que seja; e a figura do Alien na parede, como se fosse um quadro de veneração, porque daquela figura com de um deus adorado? Ou seria uma alusão ao homem vitruviano (essa é de rir), mas uma coisa é clara, a definição física de como é o Alien já está ali, independente de Shaw ou engenheiro dar surgimento a criatura, e antes do Alien 8º passageiro, e apesar da datação do decapitado em aproximadamente 2000 anos, aquela figura na instalação pode ser muita mais antiga. E se aquela figura do ALIEN está naquela parede desde a construção daquela instalação, isso já beira uns quase 40 mil anos, já que se adorava na terra os gigantes dos céus.
Ainda, seria ali mais uma passagem, pois o holograma dos gigantes correndo e entrando naquele espaço, que depois se encontrava a cabeça do que fora decepado, e os casulos, deveria dar saída para outra parte, ou os que entraram aguardaram alguma forma de descontaminação para sair depois pela porta que entraram, ou foram atacados ali mesmo? Tudo bem, sabemos que não houve tempo de maior exploração, a tempestade fez todo mundo correr.
A questão de eles não se preocuparem com o geólogo e com o biólogo que resolveram voltar para a nave Prometheus, parece ser pelo fato que quando vieram em direção a cúpula, havia dois nos bancos da frente, motorista e carona, que eram mercenários, o Charlie e a Shaw, e os dois medrosos estavam na parte de trás do caminhão, e aqueles carro tipo Kart, pilotado cada um por um mercenário, um era o David e outro aquela piloto-médica, que fez a cirurgia da cabeça com a Shaw, e na hora de voltarem correndo, quem estava lá no caminhão desconsiderou quem ficou para trás, e quando a equipe vai chegando observam que o caminhão já saíra e se fazem em breve comentário que acreditam que os dois já devam ter se mandado; agora o fato deles terem se perdido é pelo fato que a tempestade alterou os sistemas de comunicação, e se observa isso que inclusive o Fifield não tem conhecimento que suas bolinhas estão identificando movimento ou sinal de vida, apenas a Nave for ter maior catalizador de espectro de sinal.
Mas o que estou fazendo, não quero discutir pormenores de como entender cada detalhe do filme, se houve falhas, porque fizeram isso ou aquilo; a leitura que fiz do enredo é o que se discute, e pra mim o que se enfatiza em questão é: RELIGIÃO, diga-se espiritualidade; pois vejamos onde acredito que a coisa começa a se encaixar. Quando eles encontram o corpo do engenheiro decapitado, ali é o ÁPICE, O CLÍMAX, descobriu-se o véu, (o Elias decapitado, que veio enunciar a vinda do messias), esta pode ter sido algo até intencional, mas é mais graça de minha parte que crê com OTIMISMO que possa ter sido intencional.
Continuemos; quando eles usam um equipamento de datação portátil, eles delimitam que o ocorrido foi a aproximadamente a dois mil anos; então, o decapitado tá enunciando o motivo, ou o quando? Então é ali o momento que resolveram os engenheiros, em por fim a raça humana? Na primeira leitura tive esta impressão; pois a questão não era destruir o homem pelo fato de terem se arrependido, de os terem criado, ou medo de que nos rebelemos, protegemos índios… Ou será, que talvez a 2000 anos atrás, eles estavam apenas se dirigindo para terra para fazer alguma espécie de teste com as cobaias humanas? Pois eles provavelmente desenvolveram aquela arma, e precisavam testar, mas é muito crível que o domínio de manipulação da espécie Alien seja mais certo do que mesmo a replicação de si mesmo, aliás um certo senso científico indica que, para quem detém tecnologia de criar uma substância que desintegra suas moléculas e dar início a toda uma cadeia de multiplicação de espécies, a construção e manipulação dos Aliens é aula de laboratório do pré-escolar dos engenheiros ; mas não seria mais simples abduzir algumas centenas de humanos e levarem, pra algum lugar, em que eles já terraformaram e soltar os bichos juntos. A ideia de cobaia seria uma ideia bem fundamentada em relação a criticar nosso comportamento com outras espécies; entretanto para que 5 cúpulas daquelas? Que cada uma representaria uma nave de ataque a cada continente. Então, o mais objetivo seria o extermínio. Mas o motivo? Porque aquela espécie, de inteligência tão avançada, que milhões de anos antes, em naves avançadíssimas deram origem a vida no planeta, ou que no presente poderiam ainda estar fazendo isso nos diversos sistemas possíveis de se receber a vida como a conhecemos; que tiveram um contato temporário com a raça humana no momento em que ela começara a ter os primeiros contextos de civilização, resolveram no aproximativo de tempo que coincide com o aparecimento do Cristo, exterminar toda uma raça? Certeza que não é ciúme por não serem eles os engenheiros a divindade da hora… E nem um remorso pelos atos do homem que em nome desse Cristo muito se destruiu, pois isso só passa ser muito evidente quase um milênio depois da vinda do Cristo, inclusive nos primeiros séculos são vítimas perseguidas.
Ainda: Simplesmente testar armas? Aquilo com certeza é uma técnica que eles devem dominar a muito tempo, pois as diferentes formas de casulos, e diferentes posições de empilhagem, mostra uma clara capacidade de operação; independente de que exista correlação de Alien em outros filmes, como inclusive no primeiro em que o casulo apresentava uma estrutura mais orgânica, apesar de que aquela nave daquela lua do primeiro filme; pode ser de outro momento e lugar. Mas deixaria o pai da criança (diretor)de perceber isso?
Continuando… Na criação, ainda acreditando que aquele sacrifício representa o inicia da vida na terra, representa uma ação que conota um ritual-sacrifício, milhões de anos antes; que o incidente dentro daquela base (militar?), ocorreu muito em paralelo com o fato de nessa época ser o início da era Cristã. Agora as perguntas mais correlatas; já que eles tiveram contato com diversas sociedades que não se conheciam, e deixaram o registro de um provável lugar de onde era sua origem, e já que aquele lugar é certo de não ser o planeta natal dos engenheiros, esse malandros naquela época de visita não pensavam em nos destruir, e lógico que tinham um conhecimento de sociologia muito avançado, em que momento resolveram fazer isso? Quais os motivos mais coerentes que entre os contatos com as civilizações antigas e a época do incidente naquela instalação os levaram a por fim na raça humana? Esse tipo de plano pode levar tempo, mas provável planejamento não foi decidido em décadas; mas que coincidência de motivo tem na raça humana para exatamente aquela época eles tomarem tal decisão? Pois desconhecemos historicidade evidente em nosso mundo, que coincida a datação da decapitação e o incidente com aqueles seres. Pois é proposital a referência do Natal, que representa o nascimento do cristo, pelo o capitão da Prometheus? Dois aparecimentos muito evidentes da cruz, dentro do sonho da Shaw; o close de câmera na cruz quando ela é despertada pelo David, deixaram-na primeiro nua para fazer a análise de contaminação (ali a conotação é outra), e não iriam tirar um cordão? O final com um diálogo referencial de que é o dia de Nosso Senhor. Além dos momentos evidentes que a conotação de ideia religiosa está em todos; o Charlie tem uma tatuagem no braço direito, que deva ser acredito um símbolo da profissão, igual aos marinheiros que desenham âncoras, mas a dele lembra uma cruz; quando ele está debruçado sobre a mesa de bilhar, tem ao seu lado direito um boneco lembrando um anjinho ou o menino Jesus; a Vickers quando trava o David perguntando sobre o que o Weyland o dissera, ameaça-o por Deus que saberá como desliga-lo; e quando a equipe vai de encontro ao engenheiro vivo, ela espantada com o que ver, fala Jesus Cristo. Quando o Melbourne e o Fyfield estão se ferrando dentro da cúpula mediante o ataque, eles exclamam, Deus, Cristo por vezes. Ou seja, é muito evidente que sejam apenas expressões corriqueiras, usuais da pessoa comum, que por qualquer motivo lembra o nome da divindade em que acredita, entretanto o roteirista deve ter sido ou sarcástico, querendo implicar, que sendo cientistas em sua maioria ateus, em momento aflitivos clamam, ou o interesse era mostrar que todos tinham uma crença sim, mas condensada a sua forma de ver. Até o piloto meio asiático, conclui que espera ser pago do outro lado.
Mas, digamos que viajei, que este não é o estilo do diretor. Eu mesmo nem sabia quem o cara era direito; mas vi que já assisti muitos de seus filmes anteriores, quando fiz uma pesquisa sobre o que ele havia produzido; então, passei a fazer um paralelo de que o cara é bom para produzir e criar, não que o cara faz filmes com essa conotação ou aquela; seria eu dizer algo contraditório, pois se o acho bom para criar, é porque é todo possível que ele faça algo fora do que eu esperava, que ele não se ponha par mim como alguém muito previsível. De minha parte seria muita arrogância acreditar que aquele cara que tem por mais de ano uma equipe, uma experiência, um domínio dos conceitos, das técnicas, não somente de tecnologia, mas de enredo, de construção semiótica, das cobranças culturais, etc. Não me surpreenda?…
Mas uma coisinha é o seguinte; há fatos que acredito que por mais que o cara tenha feito com o interesse de dizer aquilo, ele vai negar, não cogitará, vai dizer que atirou no que viu e acertou no que não viu, pois tem muita coisa em jogo, vejamos:
É muito engraçado que um presidente negro que foi julgado como mulçumano por seus concidadãos; que se apresenta como uma cara meio que distante daquele chefão caricato carrancudo, que briga com os barões do sistema desconsiderando certas regras, lutou pela saúde, e é bem consciente do que se deve fazer, mesmo que pareça ser um sacrifício político.
Parece ser…
Representado por um Capitão de uma Nave, que carrega grande símbolo cristão, é o cara de estilo mais malandreado, que não permite que a Vickers diga o que ele deva fazer, é quem carrega o doente, e depois se sacrifica salvando todos. MAS PELO AMOR DE DEUS, ENTENDAM BEM O QUE FIZ EM RELAÇÃO. Não me venham na loucura de julgar que quis dizer que o diretor, fez uma referência de o OBAMA ser o Jesus cristo, já que o negão do filme se sacrifica!!!
Estou apenas cogitando que é muito sutil fazer colocações semióticas, pois um filme oferece muito espaço em cada cena para se introduzir um conceito, uma ideia, um detalhe.
E aproveitando para tocar em pontos outros da questão semiótica, vejamos; a questão sexo, como vi por muitos dizer que era de tão somente isso que falava o filme. Lembro-me de uma critica onde se expõe que é comum do diretor fazer essa apelação, pois ele no filme Gladiador colocou monumentos em forma de falo ao redor do centro da arena do coliseu, será que num ambiente de morticínio, de uma potência que era Roma, não quis fazer uma crítica a outra potência que usa mísseis como objeto de adoração e força? Mas, é nítido a vulgarização do sexo em Prometheus, será que os dois momentos que se apresenta, não é somente para diferenciar que uma tem isso como um elemento participativo do caráter afetivo do personagem, ou seja a Shaw tem um no sexo a sublimação do amor, e a Vickers a relação do objeto, no intuito inclusive de diferenciar o caráter das duas, e ainda transferir que possa haver alguma relação com a Ripley do oitavo passageiro? Já que a Vickers já acorda, pagando flexão, que é um símbolo do radicalismo militar, do tipo, errou paga; enquanto a Shaw representa a figura sensível, pois seu despertar é sofrido. E a questão político-social, de que a mulher nesses tempos, é diferente da época da segunda onda feminina, do fim dos anos 70, implicada numa mulher que tinha garra, a Ripley, mas não tinha posto, era uma suboficial; chega ao seu ápice, na terceira onda feminina, com a dualidade da briga entre a mulher que tem posto a Vickers, a manda chuva, fria, calculista, bem mais próxima da Ripley; versus a mulher que mesmo tendo posição neste mundo, frustrada pelas não realizações da intimidade (ser mãe), carrega ainda o caráter feminino de doçura, não tem nada a haver com a Ripley (levando-se em consideração a Ripley do 1º Alien). Pois é, essa questão semiótica é tão bem dominada por essa equipe, que me parece que por aquele macacão de exploração, é algo bastante complicado; pois logo após o Charlie ser morto, e a Shaw ser dopada, e acordar assustada quando o David tenta lhe remover a cruz, me pergunto se foi ou não proposital aquela cena, já que dissera antes que é muito mais fácil ter retirado aquele amuleto antes. Então qual a simbologia real? É a seguinte, enquanto muitos ficam impactados com a cena que deva ter sido a mais épica do cinema, tem uma força ainda maior por trás dela, pois aquilo é um aborto, e todos observando isso, fizeram ênfase em retirar a característica da protagonista, de sendo uma pessoa muito crente, tomar uma atitude como aquela; e enquanto muitos viajam na conotação de ser aquele feto uma lula meio vaginosa; ela provavelmente remete na aparência mista de um lado uma vulva e de outro uma glande, para o não saber se o ser que é abortado é menino ou menina; e que levando toda a cena até o seu reaparecimento, aquele ser que cresce, que fora desprezado, teve um papel muito positivo ao salvar a sua vida. Mas é certo que os cabeças de bagre, diretor e roteirista, não pensaram nisto… Será?
Será que se constrói um roteiro, em certos casos, e vai pincelando aos poucos uma ou outra coisa com um contexto de um interesse específico? Analisando se cabe isso aqui ou ali, ou essas são coincidências gerais, que se atirou no que não Viu?
Ou mesmo, essas observações em que achei que o roteiro está como a maior ficção já bem montada de todos os tempos; entretanto com uma mensagem em que estando em tempos perigosos, é melhor se fazer como não intencional para não polemizar, e longe de ser subliminar, apenas implícita, pois mediante qualquer provável opinião que direcione a um conflito maior, se pode negar a existência de tal lógica, e explicar que o sentido é outro…
Alguém assumiria somente por orgulho, dizendo contra 60/70% da população mundial, que está dividida entre as mais diversas religiões (alguns entre estas bastante radicais), os outros 40/30%, são os cristãos (que também são outro tanto, deveras extremistas); que o salvador, o tal Cristo, é um salvador universal, ao menos da espécie humana, que queiram acreditar no que quiser, mas iria ocorrer uma aniquilação e a providência divina provavelmente por este Cristo impediu a tal? Pois, que houve uma interpretação que julgara que talvez os engenheiros quisesse destruir a terra, pois eles tinham enviado o messias e nós o crucificamos (se assim fosse esses engenheiros entendiam muito pouco aquele a quem eles enviaram), o que fez inclusive o diretor se manifestar para não irem para esse lado.
Principalmente… Mercadologicamente, dá para acreditar que sendo o filme montado implicitamente com esse contexto, explicado pra quem é o responsável financeiro, que seria melhor fazê-lo num sentido mais claro? Quem iria arriscar por nos lares e nações do mundo inteiro uma ficção religiosa, tão pesada se caso o diretor assumisse que o sentido é aquele que fiz entender, a confusão que isso poderia gerar… Se eu tivesse produzido esse filme, ainda com esse contexto, talvez muito certo só deixasse seu significado real, numa declaração póstuma.
Esse filme, bem que poderia ser entendido por todos, mas existe um percentual imenso mundo afora, que mais ouviu falar de Pelé, quê de Cristo; além da soma imensa dos que já ouviram, e nada entendem desse. E deixando o sentido implícito, fica mais fácil de mudar o foco caso ocorra alguma condição inaceitável…
Mas, somente outro filme, para se ter uma leitura cognitiva mais exata, ou não!!!
E para não perder a oportunidade inversa do trocadilho…
Esse Mais Cumpriu pra causa do cristianismo, que muitos que Prometheus…
BÍBLICO…
F.N.F.