Tag: Giancarlo Esposito

  • VortCast 108 | The Mandalorian e O Livro de Boba Fett

    VortCast 108 | The Mandalorian e O Livro de Boba Fett

    Bem-vindos a bordo. Filipe Pereira (@filipepereiral | @filipepereirareal), Bruno Gaspar (@hecatesgaspar | @hecatesgaspar) e David Matheus Nunes (@david_matheus) se reúnem para comentar sobre as séries mais recentes do universo expandido de Star Wars: The Mandalorian e O Livro de Boba Fett.

    Duração: 89 min.
    Edição:
     Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner:
     Bruno Gaspar

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  • Review | The Mandalorian – 2ª Temporada

    Review | The Mandalorian – 2ª Temporada

    Depois de uma temporada inicial apoteótica, The Mandalorian retorna em 2020 repleta de expectativas por parte dos espectadores e da crítica. O destino do caçador de recompensas e da criança que lhe serve de parceiro e pupilo é explorado em cenários que lembram os bons momentos dos western spaghetti, e claro, aventuras de ficção científica.

    Em menos de dez minutos do primeiro episódio, Din Djarin se mete em um cenário de luta livre com diversos personagens alienígenas já conhecidos, inclusive os “suínos” gamorreanos que serviam de guardas de Jabba brigando e arrumando confusão. A sensação de que se expandiu o mundo introduzido em Uma Nova Esperança na cantina de Mos Eisley segue viva, claro, com pitadas do novo cânone e muitas referências a The Clone Wars e Rebels.

    Jon Favreau sempre disse que era um apaixonado pela trilogia clássica e tudo que foi produzido a respeito da saga, e isso se vê tanto na escolha de estender essa parceria com Dave Filoni, responsável pelas séries animadas em 3D que se localizavam entre os filmes, como também no retorno aos cenários clássicos e no uso de feitos visuais práticos, como era nos longas dos anos 70 e 80. O cuidado em dar volume e substância aos confins e subúrbios da galáxias fomenta a importância da jornada estabelecida entre o Mandaloriano e a criança, resultando numa boa releitura dos mangás do Lobo Solitário.

    A estrutura dos episódios segue a mesma da primeira temporada: há uma linha guia, mas alguns episódios são ligados a questões pontuais. A presença de velhos conhecidos dos fãs permanece neste ano, ainda que ocorra de forma breve. Essas aparições garantem fôlego a série e dão um pouco da dimensão do quanto o antigo universo expandido maltratou os personagens, especialmente Boba Fett, embora haja um resgate de elementos de quadrinhos antigos do selo Legends como em  Boba Fett: Engenhos da Destruição e Jango Fett: Temporada de Caça.

    Entre os diretores dos oito episódios, há de destacar Bryce Dallas Howard, que rege de maneira ainda mais firme do que havia sido na primeira temporada em The Sancturay, e também Robert Rodriguez, que produz um capítulo curto, mas repleto de ação e diversão, fato que rendeu ao diretor de Alita: Anjo de Combate a produção executiva da nova série da Disney +, The Book of Boba Fett. A presença de Rosario Dawson também é ótima, finalmente trazendo à luz um personagem que só tinha aparecido em versão animada.

    Os dois episódios finais são frenéticos, mostram boa parte dos personagens secundários com muito destaque, além de conter boas referências ao cinema recente, como uma clara alusão a cena do jogo de adivinhação em Bastardos Inglórios, e claro, o resgate a um conceito do universo expandido, os robôs de combate Dark Troopers. Para quem gosta de Star Wars, The Mandalorian é um prato cheio. Simples, direta, divertida e cheio de personagens carismáticos.

  • Review | The Mandalorian – Chapter Eight: The Redemption

    Review | The Mandalorian – Chapter Eight: The Redemption

    E finalmente a primeira temporada de The Mandalorian chega ao fim, não sem anúncio de que ela retornará no final do ano de 2020. A expectativa em torno de Redemption era grande, especialmente porque caberia ao realizador Taika Waititi a direção desse capítulo. A trama começa imediatamente após ao plano do Mando de Pedro Pascal ter dado errado, com o acréscimo do Moff Gideon de Giancarlo Esposito chamando o grupo de anti heróis a ação.

    As primeiras cenas dão conta de uma engraçada inteiração e discussão de troopers em bicicletas speeders, as mesmas vistas em O Retorno de Jedi. Eles tem armaduras deterioradas, sujas  e surradas, como a dos rebeldes em Uma Nova Esperança, mostrando o declínio do que antes era um grande, numeroso e portentoso governo tirânico.

    É incrível como em meio aos pouco mais de quarenta minutos  de exibição ( o maior entre os oito) ao mesmo tempo que há muito drama, há também um clima leve e piadista. Jon Favreau acerta demais no roteiro e na escolha do seu condutor, seja na reutilização de IG-11, na exploração do passado do personagem-título de Pedro Pascal ou simplesmente nas piadas sobre a falta de pontaria dos artilheiros imperiais.  Há um equilíbrio no que toca as referências aos fãs de uma maneira muito cuidadosa, diferente da total falta de sutileza dos filmes recentes, em especial A Ascensão Skywalker, mas um pouco de Han Solo – Uma Historia Star Wars também.

    Esse é obviamente um capítulo mais expositivo, que faz referências ao mito do Super Homem, a Moisés e até a Jesus  Cristo. Toda a mística em volta do estiloso Boba Fett é finalmente justificada na cena em que o Corpo de Combate da elite mandaloriana aparece em massa ajuda a explicar toda a idolatria visual que as crianças e adolescentes tinham com o caçador de recompensas pós Império Contra Ataca – e também faz perguntar o motivo de terem transformado ele em um clone bobo, em Episodio 2- Ataque dos Clones – o encanto do pequeno Mando é exatamente o mesmo que o dos que compravam os bonecos da Kenner e achavam aquele personagem que emboscou Han Solo um sujeito sensacional.

    As lutas que Waititi coloca em tela são secas, diretas e visualmente lindas. Quase todos os embates do seriados são de um apuro absurdo, mas essa em especial tem um peso diferenciado, pois há realmente um temor pelos personagens que foram apresentados, mesmo que nenhum deles seja exatamente o mocinho.

    A vilania de Gideon não é super exposta. O que se sabe é que ele era um governador imperial bastante agressivo em abordagem, que punha a mão na massa tal qual Tarkin, e que é claramente mais imponente que o General Hux  ou Pryde, que são alguns dos opositores da mais nova trilogia. Há mais receio no que se fala sobre o cerco a Alderaan e a Noite das Mil Lágrimas do que o visto nas ações da Primeira Ordem como um todo, inclusive referenciando um momento de conflito  tal qual ocorreu no Episódio IV com as tais Guerras Clônicas. Espera-se que jamais tentem filmar tais conflitos, pois certamente a feitoria desses não corresponderia a imaginário de quem gostou de The Mandalorian.

    Todos os aspectos técnicos são ótimos, a fotografia ajuda a montar uma atmosfera de tristeza e melancolia, os personagens novos mesmo sem muito tempo fazem diferença, há para quem torcer e por quem se importar, os efeitos práticos são ótimos e por mais que haja na figura do Baby Yoda um resquício de ligação com a força – além de uma breve explicação sobre as habilidades de sua raça – não há uma condição de refém dos jedi ou da religiosidade que era comum na época da antiga república.

    A segunda metade do season finale é carregada de emoção, de despedidas e sacrifícios dos personagens. A probabilidade disso tudo soar piegas era grande, mas é incrivelmente bem encaixado em todo o trama previamente estabelecido. Há muito cuidado em toda a produção de The Mandalorian, fato que faz preocupar ter um segundo ano, pois esse é tão auto suficiente, auto contido e foge tanto a histrionismos, sendo basicamente o maior acerto da Disney junto a Os Últimos Jedi, e o longa citado foi tão surrado ao longo do tempo, ao ponto de terem descreditado quase tudo que ocorreu nele no filme subseqüente. O que se espera é que Favreau e seus colegas de produção tenham tempo e não pressão para lidar com a historia e com todos os aspectos que rondam Mando e outros personagens. O que se viu até aqui é algo de beleza ímpar, um objeto cuidadoso e bonito.

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