Tag: Amber Heard

  • VortCast 59 | Aquaman: O Filme

    VortCast 59 | Aquaman: O Filme

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira) e Filipe Pereira (@filipepereiral) batem um papo sobre o novo filme da DC Comics/Warner Bros: Aquaman. Neste podcast, saiba o que esperar do filme do Rei dos Mares, qual a melhor fase do personagem nos quadrinhos e como podemos vencer o monopólio da Disney/Marvel nos cinemas.

    Duração: 46 min.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

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  • Crítica | 3 Dias Para Matar

    Crítica | 3 Dias Para Matar

    3 Dias Para Matar

    Sem qualquer introdução ou preambulo, o filme começa anunciando designações de assassinato a Wolfgang Braun (Richard Sammel), um fugitivo alemão que já dá mostras do porquê de estarem em seu encalço, uma vez que ele tentar apagar logo no início o senhor Ethan Renner (Kevin Costner), um agente veterano, mas que ainda apronta peripécias mil, apesar de aparentar uma saúde debilitada. Seus inimigos se aproximam dele, e praticam atos dos mais cruéis com os seus aliados. Não há muita preocupação em disfarçar a ação desenfreada, como às vezes acontecia nos filmes de super espião, na verdade a toada de 3 Dias Para Matar é muito semelhante a Guerra é Guerra, filme anterior de MCG, onde a predominância era no exagero caricato, já que este era um pastiche assumido.

    A trajetória de Renner envolve uma lembrança desagradável, a de ser um pai ausente, sua preocupação maior é conseguir reatar relações com sua filha, incógnita no início da fita. Após o atentado a sua vida, ele resolve se refugiar em um dos seus antigos imóveis, na França, que foi empossado por Jules e sua família de malinenses. Apesar de não gostar da ideia, Ethan se compadece e permite a presença deles na casa, o que mostra que ele tem um belo coração. As escolhas do roteiro entre o sentimentalismo barato e o nada sutil plot de espionagem tornam o filme desequilibrado.

     A situação em que o espião está metido envolve uma ausência de saúde, seu corpo o sabota e ele está a beira da morte, e para corrigir seus pecados passados, ele aceita um serviço sujo. Vivi Delay (Amber Heard) lhe oferece uma droga que prolongaria os seus dias e ele é obrigado a se enfiar numa sequência de assassinatos cuja motivação ele desconhece, e até por isto, ele refuta o motivo deste serviço. A droga altera sensivelmente a percepção do idoso, fazendo-o ter alucinações. O retorno aos afazeres paternos dividem tela com os insights de Amber Heard em trajes sumários – não que isto seja motivo de reclamação, uma vez que a beleza da moça é algo ímpar, mas o guião em determinados pontos parece ter sido feito por esquizofrênicos.

    O cotidiano do protagonista varia entre capturas, torturas de bandidos e serviços de babá, onde Ethan tem de consertar seus erros com Zooey (Hailee Steinfeld), compensando os cinco anos de distanciamento. A variação de temas tem o intuito de deixar o filme leve, mas exagera na dose, pois mesmo as piadas jogadas quase nunca funcionam, sem falar que ter uma execução interrompida por uma ligação não é o melhor modo de agir enquanto trabalha-se disfarçado, mas, a cena serve para ao menos mostrar que as prioridades do herói estão divididas, e que apesar do passado, ele está procurando ser um parente mais atento às necessidades de sua herdeira.

    Ao menos com relação às cenas de ação, MCG demonstra uma evolução clara, as sequências são melhor executadas do que as de Panteras, fazendo até o público temer pela vida dos personagens, ainda que a empatia não seja tão grande. O carisma de Costner de papéis anteriores é o que mais angaria torcida para que o seu drama seja resolvido.

    O desejo do personagem principal é atingido e gradativamente ele reconquista o seu papel de direito dentro da família, ao mesmo tempo que seu envolvimento com os vilões também aumenta, mas como era de se esperar. Tal trama torna-se muito menos interessante que a vida pessoal dele, ainda que as perseguições e assassinatos sejam plasticamente interessantes. A sensação de que tudo é um pretexto bobo para apresentar mais e mais situações genéricas de spy movies não abandona o expectador em nenhum momento. O filme carece de substância e conteúdo, o que não impede que os pólos opostos da vida de Ethan se cruzem, num momento inusitado.

    Não demora para que sua antiga nova parceira Christine (Connie Nielsen) o indague sobre a promessa que fez, de não envolver a sua família nas complicadas tramas derivadas de seu trabalho, mas como era de se esperar, é impraticável para ele continuar na ativa e manter sua família distinta disso. Mesmo que a intenção seja a de discutir a  velha questão de família x trabalho, tal prerrogativa somente arranha a superfície. MCG não consegue conduzir uma trama mais emocional ou que dependa de algo além da pura e simples ação desenfreada. As questões de manipulação e de abuso de drogas, que poderiam ser exploradas não são, somente servem para apresentar uma vazia tentativa de redenção, que ao final, não se mostra concluída.

  • Crítica | Machete Mata

    Crítica | Machete Mata

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    A nova vida do personagem-título já é modificada logo no início da trama. Mais uma vez lançando-o numa caçada de vingança sem muita enrolação, a narrativa mostra-se tão louca e desvairada quanto a do primeiro filme. Machete prossegue com suas execuções, munido de lâminas gigantescas e dilacerando corpos como se fossem de papel, tornando-se um herói ainda mais imune a dor e coisas letais e uma figura imortal enquanto tiver uma missão.

    A abertura com um toque de psicodelismo e silhuetas femininas lembra as sessões de matinê, além de remeter obviamente aos preâmbulos de 007. O herói é obviamente um super agente à maneira mexicana. Nesse mundo exagerado, o presidente americano não poderia ser Obama, mas sim um branquelo, farpador, beberrão e drogado. Carlos Estevez o interpreta muito bem, especialmente quando narra o esdrúxulo plano contra o vilão latino: o discurso contém meia dúzia de frases de efeito, mas ainda assim sensibiliza o paladino xicano.

    O sorriso do Senador John McLaughlin no final do primeiro episódio é justificado. O elevado muro que planejou foi enfim construído, o que ocasionou um aumento substancial da violência nas ruas mexicanas, aumentando o poder dos cartéis. Mendez (Demian Bichir) é um justiceiro/soberano com desvios de comportamento e múltiplas personalidades, que, apesar de seus atos inconsequentes, busca uma alternativa justa para o seu país. O passado do personagem esconde motivações parecidas com as de Machete. Rodriguez usa toda a bagunça visual e os clichês de action movies para mostrar uma triste situação com sua pátria-mãe, e eleva ainda mais o herói mexicano em detrimento dos americanos motherfuckers. A crítica política aos americanos não envolve somente o menosprezo dos estadunidenses perante os mexicanos, contempla também a paranoia de não mais existir nenhum opositor demoníaco desde Bin Laden.

    O desenvolvimento da trama é qualquer coisa. Ao fazer um paralelo com Jack Bauer e 24 Horas, inverte o lado da paranoia terrorista de forma jocosa. Rodriguez não tem receio de abandonar as ideias do primeiro filme e mudar o gênero. Como é prazeroso reassistir Mel Gibson em um papel canastrão por essência, sem que este esteja produzindo/dirigindo um filme. Luther Voz tem o cinismo do Doctor Evil, os olhares e carisma de Martin Riggs, e claro, protagoniza cenas homenageando seus filmes, inclusive dirigindo um carro enferrujado com close nos olhos, à la Road Warrior.

    O ambiente, supostamente hermético onde há a batalha final, é tosco, assim como as produções sci-fi dos anos 50/60. As lutas referenciam Jornada nas Estrelas: A Nova Geração, Era Uma Vez no México, Kill Bill e até Império Contra-Ataca. Rodriguez põe pra fora todo o seu lado nerd e não se preocupa em ser taxado de presunçoso, em razão de toda a jocosidade do roteiro.

    O fim abre uma brecha enorme para o 3° episódio, uma Space Opera, e é absolutamente condizente com o resto do filme. Apesar do subtexto ser bem menos contestador, Machete Kills cumpre perfeitamente a função de ser uma anedota de um action movie exploitation, com latinos mordedores e clichês milMachete Mata é, sem dúvida, um dos melhores exemplares de ação do ano. Detalhes para todo o carisma de Danny Trejo, para o trailer no começo da exibição e para as cenas pós-créditos com pouco sentido.