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  • Crítica | A 13ª Emenda

    Crítica | A 13ª Emenda

    Um dos indicados ao Oscar de melhor documentário em 2017, A 13ª Emenda traz novamente Ava DuVernay à famosa premiação, e novamente com a questão negra nos EUA. Se em seu badalado filme anterior Selma ela contou a história de uma pequena parte da luta de Martin Luther King pelo direito ao voto dos negros segregados, agora ela amplia o foco e se volta à questão do encarceramento em massa da mesma população negra nos EUA.

    O documentário é extremamente atual e necessário em tempos de criminalidade em alta, juntamente da desigualdade social e do crescimento de discursos extremistas, que geralmente se associam as narrativas construídas pela mídia para culpar as minorias étnicas, que geralmente já sofrem diariamente as chagas da extrema pobreza, e também precisam arcar com a responsabilidade da “onda de criminalidade”. Não a toa grande parte do que é tratado no documentário se aplica perfeitamente ao Brasil, pois copiamos com detalhes a política de guerra as drogas e combate a criminalidade com a militarização da polícia e o discurso “anti-bandido”.

    Com a ajuda de diversos intelectuais e ativistas, entre eles Angela Davis, DuVernay traça um excelente pano de fundo histórico na questão negra dos EUA, desde o final da escravidão, o caos econômico que isso gerou, e como os estados do sul se readaptaram a nova condição, ao se utilizar de uma dúbia frase da 13ª emenda da constituição americana, que acabou com a escravidão, para continuarem utilizando o trabalho barato dos negros pobres americanos, mas agora sob a ótica da criminalização desta população. A 13ª emenda diz que “Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.” Ou seja, era necessário achar justificativas para prender a população negra. Primeiro foram às leis de vadiagem, segregação, depois o combate ao tráfico de drogas e a suposta criminalidade, juntamente com todo o aparato midiático criado para fortalecer o imaginário coletivo de que o homem negro era mais propenso ao crime. A utilização do filme O Nascimento de uma Nação, de D.W. Griffith e o posterior ressurgimento da KKK são imprescindíveis para se entender este contexto.

    Extensivamente amparado em dados, o documentário mostra o crescimento da população carcerária dos EUA aliado também a claros interesses corporativos na privatização das cadeias e no fornecimento de serviços como manutenção e alimentação para os presídios, pago com dinheiro público. Corporações essas que auxiliavam congressistas em leis que aumentavam as formas de encarceramento e penas mais duras, numa espiral perversa tendo como alvo a população negra e posteriormente latina dos EUA. Os dados são assustadores: Os EUA possuem a maior população carcerária do mundo, e a população negra masculina dos EUA é de pouco mais de 6% enquanto é mais de 40% da população carcerária, e também já existem mais negros presos hoje do que haviam negros escravizados no século XIX.

    Porém, aqui os mesmos problemas de Selma se repetem, e também uma tendência entre documentaristas ativistas. A vontade de se enfatizar a mensagem é tão grande que apenas mostrar os dados não é suficiente. Em uma mistura de Christopher Nolan, Michael Moore e Oliver Stone, DuVernay coloca trechos de rap sobre a situação do negro nos EUA com montagens visuais um tanto distrativas e que fogem da seriedade do documentário. Outras montagens, com discursos de campanha claramente racistas de Donald Trump de fundo com imagens de negros sendo abusados nos anos 50, esfregam na cara do espectador de forma desnecessária o que o documentário por si só já deixa bem claro. Também faltou uma crítica a administração Barack Obama, que manteve e reforçou as políticas encarceradoras de seus antecessores, mas que nem é citado no documentário, como se ele não tivesse a menor responsabilidade sobre o que foi realizado em seu mandato.

    De qualquer forma, mesmo com problemas, A 13ª Emenda é um documentário essencial para se entender a questão negra, a questão criminal e racial da chamada “Guerra as drogas” e principalmente, entender o contexto político não só dos EUA, mas também do Brasil e do mundo.

    Texto de autoria de Fábio Z. Candioto.

  • Crítica | Michelle e Obama

    Crítica | Michelle e Obama

    Barack Obama sequer saiu do maior cargo político elegível dos Estados Unidos da America e já recebeu duas cinebiografias. Uma delas, lançada direto nos cinemas é Michelle e Obama (Southside With You) é a primeira direção de longa-metragem do ator de tv Richard Tanne. O filme se dedica a mostrar o início do romance entre os personagens, mostrando Michelle Robinson (Tika Sumpter) aceitando finalmente uma das investidas de Barack (Parker Saywers), para finalmente saírem juntos após um dia de trabalho em uma firma de advocacia de Chicago.

    Obama ainda é um estagiário, e apesar de Michelle se arrumar bastante para encontrar o seu futuro par, o discurso da moça é de timidez e recusa, uma vez que ela o classifica como mais um irmão de fala mansa. O trabalho da direção de arte é bastante esmerado no sentido de remontar o visual do fim dos anos oitenta. Cada carro, casa e parte do cenário fazem com que a viagem no tempo faça ainda mais sentido, unido à música de Stephen James Taylor, que fazem o filme lembrar em absoluto um registro cinematográfico já clássico, Loucuras de Verão – ou American Grafitti – de George Lucas.

    O carro em que Barack leva sua pretendente é surrado, tem um buraco no assoalho e é repleto de uma ferrugem corrosiva. Para si, aquilo é tão natural que ele sequer cobriu, a fim de tentar impressionar o seu alvo romântico. Os dias do futuro presidente são cheios de discursos inflamados e falas inspiradoras em praticamente todos os lugares por onde ele passa, desde a sua vizinhança até a igreja.

    O ponto de ruptura é quando a dupla vai assistir no cinema Faça a Coisa Certa, de Spike Lee. Após o choque com mensagem que o filme propõe, e conversando com Avery Goodman (Tom McElroy), seu patrão que não entende um dos atos do filme e que classifica como irracional a cena em que a vidraça de um homem branco é quebrada, finalmente Barack chega a uma conclusão diferente. Naquele momento, ele perceberia que o método não conflituoso de agir não o faria galgar muitos degraus, e essa epifania acontece após uma atitude mais veemente da mulher que o acompanha, sendo ela o catalisador da mudança de postura.

    Michelle e Obama é um filme que se vale da ternura e de uma temática de conciliação, combinando bastante com todos os discursos que o atual presidente dos EUA costuma realizar diante de seu eleitorado, se estabelecendo como uma referência conciliatória, mas que é comedida em prestar suas homenagens.

  • Friamente Calculado | Nós temos a Bomba

    Friamente Calculado | Nós temos a Bomba

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    Recentemente, o “glorioso” país da Coréia do Norte declarou que conduziu com sucesso um teste militar com um dispositivo termonuclear. Isso mesmo: a Coréia do Norte tem uma bomba de hidrogênio. Repito: a Coréia do Norte tem uma bomba de hidrogênio.

    Kim Jong-unKim Jong-un: líder da Coréia do Norte e única pessoa gorda de todo o país.

    Depois dessa declaração eu considerei certas questões:
    1 – Sendo que a população norte-coreana é uma das mais pobres, alienadas, malnutridas e oprimidas do planeta, como é possível que eles tenham desenvolvido um artefato de alta tecnologia nuclear se nem sequer dominaram a tecnologia dos automóveis?

    2 – Porque os norte-coreanos são tão loucos?

    3 – Qual a intenção do Governo Norte-Coreano com esse tipo de declaração?

    4 – Seria esta uma estratégia do “querido líder”, Kim Jong-un, para aumentar a moral da sua população desnutrida e torturada?

    5 – Onde está Dennis Rodman?

    Após cinco minutos de profundas elucubrações geopolíticas, cheguei a conclusões chocantes:

    1 – Eles estão blefando. A Coréia do Norte não tem uma bomba de hidrogênio e dificilmente terá uma no futuro próximo. Se eles tiverem fogos para o São João desse ano já será um grande avanço.

    2 – O povo norte-coreano não tem culpa, eles são tão alienados quanto o governo quer que eles sejam. Ninguém contraria o que o “querido líder” diz, sabendo ou não que é um monte de bobagem. Se Kim Jong-un declarar amanhã que seu exército desenvolveu rifles que disparam raios de puro ódio concentrado para matar os imperialistas americanos, o povo vai acreditar e vai querer saber quando eles vão desenvolver rifles com mais ódio ainda.

    3 – Considerando que eles já fizeram isso no passado, inclusive ameaçando os EUA, o que eles querem realmente é abrir um diálogo com o Ocidente. E eles precisam de dinheiro para manter o “paraíso” que é aquele país… A Coréia do Norte é o equivalente internacional daquele nosso primo alcoólatra, que em uma reunião de família enche a cara, ofende todo mundo e começa uma briga, para depois, quando a festa termina, ficar em um canto chorando e pedindo dinheiro, porque as coisas estão complicadas na vida dele.

    4 – Claro que não. Kim Jong-un é um monstro e não se importa com o povo. Aliás, foda-de Kim Jong-un!

    5 – Eu não quero saber a resposta para isso.

    Dennis_RodmanDennis Rodman: fazendo o que ele faz (?).

    Mas isso é irrelevante. Porque depois dessa declaração incrível do Governo Norte-Coreano, ao invés do mundo todo se unir em uma longa e histérica risada, os membros do Conselho de Segurança da ONU se reuniram para discutir qual seria a abordagem mais segura para lidar com essa situação. Foi nesse momento que eu aprendi a parar de me preocupar e comecei a amar a bomba.

    Vamos analisar isso: se um país como a Coréia do Norte consegue deixar as potências mundiais preocupadas com um blefe vagabundo desses…. Qual país não poderia fazer o mesmo?

    Digamos, hipoteticamente, que a presidente Dilma em uma reunião da ONU, dissesse que os brasileiros desenvolveram uma arma nuclear… com a energia dos ventos. Seria ridículo, não é mesmo? Mas considerando a importância que deram a ameaça norte-coreana eu não ficaria surpreso se as Forças Armadas dos EUA entrassem imediatamente em DEFCON 2 e Donald Trump declarasse que os malditos mexicanos do Brasil deveriam ser deportados.

    Isso abre um precedente interessante na política internacional. Qualquer pessoa, empresa, ou país poderia fazer o mesmo tipo de ameaça idiota contando com o medo irracional do resto do mundo. Qualquer um poderia fazer isso, até mesmo um site… Hmm.

    Queridos leitores,

    Eu, The Nindja, amado e querido líder supremo do site vortexcultural.com.br, o maior portal de conteúdo inútil e ilegível da internet, venho declarar que nós possuímos uma bomba de hidrogênio. É verdade, e temos imagens incontestáveis para provar isso:

    FaggyPablo-minFaggy Pablo: a primeira bomba de hidrogênio do vortexcultural.com.br

    Carinhosamente apelidada de Faggy Pablo, nosso artefato termonuclear foi desenvolvido e projetado por mim mesmo. Para construí-lo eu só precisei de um elástico, dois clips de papel, um chiclete e minha vontade implacável de destruir os imperialistas americanos. O dispositivo tem o potencial destrutivo de três mil bombas atômicas, ou um quintilhão de rojões “cabeça-de-nego”.

    Nossas exigências são simples.

    Primeiro: queremos que nosso site receba o devido respeito. Não é porque só produzimos dois podcasts por ano e temos 4 ouvintes fiéis que devemos ser motivo de chacota para a podosfera internacional. Não é porque só falamos de filmes iranianos que ninguém assiste que devemos ser desconsiderados pelo resto da Internet. Aliás, deveríamos ter o mesmo reconhecimento (e lucros) que o jovemnerd.com!

    E chega dessa mania de tirar sarro do analfabetismo funcional do Filipe Pereira. Aquelas “críticas” são o melhor que ele consegue fazer, pessoal.

    Segundo: exigimos a completa e absoluta destruição dos Estados Unidos da América. Nós acreditamos firmemente que nenhuma espécie de progresso seja possível no Universo enquanto esse governo corrupto, genocida e cristão exista. Aceitamos a entrega da cabeça decepada de Barack Obama pelo correio (usem Fedex, se for possível).

    Terceiro: nós queremos um bilhão de dólares, trocados em moedas de dez centavos.

    Esperamos que nossas exigências sejam atendidas até a próxima sexta-feira. Lembrem-se: nós temos uma bomba H e não temos medo de usá-la. A qualquer momento Faggy Pablo pode explodir e ninguém vai gostar de ver isso.

    Isso é tudo. Obrigado.

    Texto de autoria de “The Nindja”.

  • Crítica | Guerras Sujas

    Crítica | Guerras Sujas

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    Não é novidade que os EUA são a maior máquina militar que a humanidade já produziu, além de ser um império que põe e tira governantes em países ao redor do globo a seu bel-prazer. Portanto, mexer no tema do militarismo americano sem cair no lugar comum se mostra atualmente uma tarefa relativamente complicada, mas que o documentário Guerras Sujas, baseado no livro homônimo de Jeremy Scahill, indicado ao Oscar em 2014, consegue fazer bem.

    Jeremy Scahill é um repórter investigativo da revista Nation, especializado em cobrir conflitos ao redor do planeta, passando por lugares como a Nigéria e o Kosovo. Seu livro anterior, sobre os mercenários da Blackwater, empresa militar que prestou serviços ao exército americano durante a guerra do Iraque, denunciou vários crimes cometidos por seus soldados dentro do país. Um verdadeiro escândalo seguiu a publicação do livro, com entrevistas de jornais e audiências no senado americano, onde o repórter tentou fazer com que os autores de tais crimes fossem condenados, mas não conseguiu, ao enfrentar o pesado establishment militar americano, com aliados poderosos na mídia. O máximo que conseguiu fazer foi a Blackwater trocar de nome, chamando agora Academi.

    Tamanha desilusão com o fruto de seu trabalho quase fez Scahill desistir de cobrir conflitos e voltar à sua pacata vida em Nova Iorque, mas logo ele estava de volta, cobrindo a guerra no Afeganistão. Lá se depara com o tema de sua nova produção, o novo modelo de guerra travada pelos EUA. O filme é dividido em quatro partes, contando diferentes formas de ação dos EUA pelo mundo: no Afeganistão, Iêmen, Somália, e um ataque de drones que resultou na morte de dois americanos.

    Ao entrevistar uma família que mora em Gardez, uma região do Afeganistão dominada pelo Taleban, Scahill se depara com evidências de que vários membros familiares, inclusive mulheres grávidas, foram executados por americanos em uma noite. Através de depoimentos e outras fontes alternativas, ele toma ciência de uma equipe tática chamada J-SOC (Joint Special Operations Command), que teria feito o ataque a essa família afegã. Ao se deparar com esse caso, Scahill tenta torná-lo público e denunciá-lo, mas novamente é barrado em todas as tentativas. Somente a exposição de um vídeo de celular, em que vozes americanas são ouvidas e é possível ver pessoas mexendo nos corpos da família executada, é que garante ao caso certa notoriedade.

    Após sair do Afeganistão, Scahill vai ao Iêmen investigar também um caso estranho de um suposto ataque americano a uma vila. Estranho, porque o Iêmen não se encontra em guerra com os EUA, ou tampouco consta em qualquer lista de países hostis. No entanto, ao chegar lá, ele se depara com evidências da destruição de uma vila inteira feita por um míssil Cruiser. Novamente, mulheres e crianças entre os feridos e os restos do míssil nem sequer haviam sido removidos.

    Na Somália, Scahill tem contato com verdadeiros “Senhores da Guerra” que, financiados e treinados pelos EUA, promovem o terror oficial na região em lutas intermináveis, responsáveis pela completa destruição do país. Trocando constantemente de lado, de acordo com o interesse da época, os EUA equilibram a balança ao, em cada hora, apoiar um comandante diferente, mantendo a instabilidade e o conflito eternos na região.

    A última parte do filme fala sobre Anwar Awlaki, um cidadão americano e muçulmano que foi mudando de posição com o passar dos tempos. De um moderado, condenando de forma enfática o terrorismo após o 11/9, a um incentivador do terrorismo nos dias atuais. Scahill investiga a fundo o que causou essa mudança em Anwar Awlaki e observa que a causa disso está na mesma razão pela qual o terrorismo não pode e nem será vencido com uma guerra. A cada ataque militar ou de drones com baixas civis, o ódio aos EUA aumenta e as fileiras das organizações terroristas crescem de voluntários. Após a morte de Bin Laden, Anwar Awlaki é alçado ao posto de novo inimigo público número 1, até ser morto por um ataque de drones em 2011. O que causa ainda mais espanto é a revelação de que o filho de 16 anos de Anwar Awlaki, também americano, Abdulrahman Anwar al-Awlaki é morto de maneira semelhante, para evitar uma possível retaliação do filho pela morte do pai, revelando a lógica doentia do militarismo americano. Aqui talvez resida a maior falha do filme, ao tentar tornar a morte de crianças algo ainda mais sensível do que já é, através de recursos, como câmera lenta e imagens de rostos em preto e branco.

    Por fim, ainda temos a revelação de que o uso de tais mecanismos, como de mercenários e drones, não só foi mantida, como incentivada pela administração Obama, mostrando que não há muita diferença entre republicanos e democratas no manejo da chamada Guerra ao Terror. Scahill inclusive faz uma contundente crítica a esse modelo privatista, desumano e especialmente contraproducente de guerra, pois esta se auto alimenta, sendo, portanto, sem fim. Gerando mais morte e destruição, fora e dentro dos EUA. Também há uma interessante crítica ao fato de os americanos terem comemorado a morte de Osama Bin Laden, como se ela representasse algo na política externa dos EUA, quando na verdade não alterou em nada o jogo. Também há uma crítica ao fato das J-SOC terem alcançado o status de popstars após terem executado o líder da Al Qaeda.

    Apesar de o filme não trazer muitas informações novas para quem acompanha o noticiário internacional, ele nos ajuda a amarrar algumas pontas soltas e relacionar conceitos que esclarecem a verdadeira intenção e ação dos EUA atualmente. Dessa forma, a crítica desta produção se direciona a esse novo modelo de guerra utilizado pelos EUA. Uma guerra total, onde o planeta Terra é um campo de batalha e todos os seus moradores são possíveis inimigos, e a menor suspeita, por mais fraca que seja, é o suficiente para alguém ser morto sem justificativa ou prestação de contas. É uma visão assustadora para o futuro, que ganha cada vez mais adeptos, onde qualquer pessoa é um potencial inimigo e isto lhes dá direito suficiente para tirar uma vida. Onde a tecnologia é usada não para a libertação humana, mas sim para promover o terror oficial, que por sua vez promove o terror de grupos fundamentalistas. Se retroalimentando ao custo das liberdades, e pior, vidas humanas.

    Texto de autoria de Fábio Z. Candioto.

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