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  • Resenha | Gavião Negro – Vol. 01

    Resenha | Gavião Negro – Vol. 01

    O Gavião Negro é um dos personagens da DC mais lembrados entre leitores casuais, e isso se dá basicamente graças ao seu visual. Suas histórias já foram populares, mas a quantidade grande de encarnações que teve torna a compreensão do grande público bem confusa. O herói variou entre um alienígena, um sujeito moderno, a reencarnação de um guerreiro do Egito Antigo, além de outras breves e menos conhecidas versões, e em Gavião Negro – Volume 01 se tenta resgatar um pouco da dignidade, com roteiro de Robert Venditti e desenhadas por Bryan Hitch.

    A história mostra primeiramente o historiador Carter Hall usando suas habilidades sobre-humanas já com seu alter-ego heróico, em busca da origem de seus poderes. A narrativa do gibi é linear, simples, e envolve elementos básicos de histórias com viagem no tempo. O clima e atmosfera são bem massa veio, mas reúnem momentos bem épicos, como o encontro das diferentes versões do personagem e o mergulho na cultura (ou nas culturas) do ser reencarnado.

    É uma pena que o desenhista em alguns pontos apresente a mesma preguiça que lhe rendeu tantas críticas em um passado recente. Os problemas aqui ocorrem em especial quando mostra homens, já que os cenários são bonitos e claramente a mudança de arte finalista ajudou demais, em alguns momentos as paisagens de Hitch rendem quadros soberbos, bem diferente da sua fase em Os Supremos, mas igualmente bem encaixados. Porém, em alguns combates, nota-se pouca inspiração do artista, o desenhos são bem irregulares.

    Essa publicação faz lembrar um pouco a revista Brave and The Bold, que reunia sempre Batman e mais algum personagem da DC, obviamente aqui substituindo o Morcego pelo Gavião. Há aparições de Xanadu, o Átomo de Ray Palmer (que inclusive, protagoniza uma boa ação entre amigos no microverso com o herói-título), as encarnações de Carter como o thanagariano Katar Hol ou o kryptoniano Catar-Ol, enfim, se explora bem o universo do vigilante alado.

    Das seis histórias compiladas, a mais inspirada sem dúvida é Despertar, que visa uma jornada de autoconhecimento, a qual combina belamente com a confusão cronológica do personagem, além da já citada. Gavião Negro – Volume 01 tem ganchos para mais aventuras, é escapista e divertido na medida, além de provocar curiosidade em usufruir de mais dessas histórias que miram apenas ser divertidas, enquanto lidam com os clichês dos personagens nascidos na Era de Prata.

  • Resenha | Stormwatch – Volume 4

    Resenha | Stormwatch – Volume 4

    Stormwatch - Vol 4 - Warren Ellis

    A fase de Warren Ellis para a equipe Stormwatch chega ao fim revelando uma boa coesão narrativa em suas frontes. O roteirista soube conduzir o público a grandes histórias e iludi-lo com argumentos e ganchos, causando grande expectativa para quebrá-las de maneira brutal. Quando imaginávamos que estaríamos no início de uma grande saga, havia um desfecho simples ou um momento que se tornaria desimportante para a trama em geral. Há claramente um plano narrativo maior, o qual se desenvolve em sua passagem pelo título.

    Stormwatch – Volume 4 marca a ação em torno de dois novos personagens revelados ao público, bem como apresenta um importante recurso hoje inserido na cronologia da DC Comics: a Sangria. Ambos são importantes para o futuro da série e se apresentam de maneira eficiente para que novas histórias sejam apresentadas. Como parte fundamental do tecido que permeia as realidades, a trama espelha outra equipe semelhante a Stormwatch questionando sobre a importância do grupo e sua atuação: defender um mundo paralelo faz parte de suas funções?

    Sem medo de perder protagonistas ou futuros prováveis ganchos, a trama perde personagens, encerra situações sem nenhum pudor visando um argumento maior, sempre ampliando os conceitos anteriores. Assim, quando a revista se encerra, abre-se a possibilidade para grandes argumentos futuros, realinhando a equipe em uma dimensão cada vez mais épica e plausível dentro da proposta.

    Stormwatch, a revista, foi responsável pela criação de Authority, dando continuidade narrativa a esta história e demonstrando como o roteirista planejou a longo prazo o desenvolvimento da trama. Desde seu início, a série apresentou uma narrativa excelente e desenvolvia discussões pontuais sobre a política e o poder, centrados na figura do homem do tempo, e a análise entre necessidade e abuso de poder. Concebidos como uma trama heroica realista, os quatro volumes lançados no país, compondo toda a passagem de Warren Ellis pelo título, é um primor narrativo que, sem dúvida, situa-se como uma das melhores HQs publicadas da década de 1990.

    Stormwatch - vol 4 - 01

  • Resenha | Stormwatch – Volume 3

    Resenha | Stormwatch – Volume 3

    Stormwatch - Vol 3 - Warren Ellis

    De maneira estratégica, a Panini Comics optou por inserir neste terceiro volume encadernado de Stormwatch o último número do primeiro volume americano da série, ao invés de publicá-lo em Stormwatch – Volume 2. O argumento, que parecia ser o grande conflito a ser desenvolvido durante revistas futuras, é encerrado com qualidade logo na primeira história. O roteirista Warren Ellis demonstra que não tem medo do novo em sua série. Assim, apresenta novos desafios aos seus heróis, mata parte das personagens, reconfigura novamente a equipe e ainda acaba definitivamente com os planos alternativos do líder, Homem do Tempo.

    Encerrado o primeiro volume original das aventuras, uma edição única intitulada preview apresenta o novo Stormwatch. O destaque anterior dado a Jackson King, o Batalhão, é justificado nesta fase. Afinal, a personagem é o novo Homem do Tempo. Embora diferente em caráter, a vertente política ainda predomina na história e, com isso, o novo líder é obrigado a confrontar diretamente os problemas de seu antecessor, reconhecendo que, na prática, as leis de protocolo são delicadas quando há a necessidade de ações de contenção rápidas.

    Agora com maior atenção na mídia, o que garante para a equipe uniformes repaginados para uma representação ideal de heróis populares, o grupo lida com a denúncia de uma série de experiências genéticas conduzidas no interior dos Estados Unidos por alguém desconhecido que deseja criar novos super-seres. Não há nenhum vilão aparente, mas sim homens que representam esferas políticas ou grupos sociais que desejam o lucro diante de acontecimentos mundiais. A composição da narrativa é hábil em manter a tônica heroica sem perder a visão realista de conflitos mais delicados e obscuros do que a clássica batalha entre mocinho e vilão.

    Sem medo de inserir novos argumentos, a trama também revela um novo grupo de Stormwatch, mantido às escondidas por Henry Bendix e desenvolvido para tratar de assuntos não-oficiais, quando a ONU não seria capaz de intervir. Elementos que, mais uma vez, questionam o limite de autoridade e legalidade diante de um grupo heroico com personagens que serão fundamentais para o futuro da equipe, e desenvolvidos com maior destaque no último encadernado.

    Stormwatch – Volume 3 mantém a qualidade dos encadernados anteriores e, principalmente, se destaca pela capacidade de desenvolver novos argumentos e surpreender o leitor, sem perder a tônica de uma trama madura e realista.

    Stormwatch - Volume 3

  • Resenha | Os Supremos 2

    Resenha | Os Supremos 2

    Os Supremos 2 Definitivo 1

    Começando a partir de uma ação do Capitão América, mergulhando em meio ao nordeste do Iraque em período de Guerra, o segundo volume de Os Supremos se estabelece semelhante, de certa forma ao primeiro, com a mesma equipe criativa formada por Mark Millar nos roteiros, Bryan Hitch nos desenhos e Paul Neary como arte finalista. As primeiras dez páginas são a síntese da proposta de Ultimates, com heróis distantes da figura de paladinos, com métodos violentos e repletos de frases de efeito, que convencem até os “agentes do terror” estrangeiros.

    Segue a temática de misturar elementos reais da opinião pública estadunidense, como Larry King entrevistando Tony Stark sobre o intervencionismo da equipe em questões mundiais, driblado pela genialidade do Homem de Ferro que conduz suas respostas de modo muito satisfatório e maduro, apelando para a caridade como justificativa das ações mais agressivas.

    O panorama inicial do grupo é bem diferente, com a Vespa (Jannet Pym) divorciada e namorando o Steve Rogers; Thor bem longe de seus antigos aliados; Banner preso e Hank Pym mudando sua postura, assumindo a “nova” identidade de Homem-Formiga, tentando assim retornar ao grupo. A atualidade continua como métrica do texto de Millar, utilizando-se do vazamento de informações – como em Wikileaks – que basicamente torna público através das grandes emissoras de TV que o super grupo já tinha conhecimento das atividades de Banner como Hulk.

    Este paradigma muda muito o quadro geral, mostrando um Steve Rogers culpado: “o mundo pensava que nós os salvamos, mas só estávamos limpando a nossa bagunça”, sucedido por uma atitude bastante desonesta dos mandatários da S.H.I.E.L.D., abandonando o doutor deprimido à sua própria sorte, isolando-o do mundo após ser sentenciado como culpado. Este é só o começo do colapso da equipe, que ainda incorre em uma luta visceral contra Thor. Uma questão dúbia que surge com a suspeita sobre o vazamento da informação, assim como o resultado final de um embate iniciado pela indisciplina do asgardiano.

    A derrocada moral se torna motivo de comédia, com a empreitada de Pym como Homem-Formiga e como principal figura principal desta versão de Os Defensores. A partir dali se estabelecem alguns pontos cruciais: primeiro com um easter egg mostrando a Feiticeira Escarlate sendo indagada (ciumentamente) por seu irmão Mercúrio, por estar flertando com uma máquina, em uma clara referência ao seu romance com Visão, no universo 616. A tentativa do Homem-Formiga evidentemente dá errado, e ainda que esse fracasso não sirva tanto para a trama principal, funciona para denunciar humoristicamente o que se propagava entre os super-heróis, que se tornavam franquias internacionais, tendo seus Capitães na Inglaterra, Itália e Espanha; também o uso indiscriminado da marca e poderes do Gigante por subalterno; além de uma armadura cibernética como a do Homem de Ferro para a russa Viúva Negra, símbolos da globalização e capitalismo.

    Como em poucas histórias feitas por estadunidenses, Os Supremos 2 se vale positivamente da paranoia do país, engendrando um vilão formidável, que ataca a confiança de seus inimigos e os faz desunir. A influência do “deus nórdico” Loki se vê presente muito além da prisão de seu irmão e da culpabilidade do Capitão América, mas também da construção da ideia por trás dos Libertadores. Apesar de óbvia a questão em relação à queda desses opositores, a questão é verossímil, e a saída para isso é magnânima, trazendo um retorno sensacional.

    As consequências do último embate fazem um sentido tremendo, e as conclusões de Rogers são tão maduras que soam quase irreais, principalmente com a base de comparação com Supremos Volume Um. A discussão a respeito do intervencionismo contumaz dos Estados Unidos faz uma bela combinação com a arte de Hitch, nos esforços do início e próximo ao final. Há uma queda de qualidade enorme, tanto de história, com a péssima inclusão de pares malvados dos heróis, em referências imbecis a seriados japoneses animados e vividos por atores, assim como os desenhos, que se tornam claramente desleixados, denegrindo sem dúvida o que seria o resultado final da revista.

    A importância dada aos coadjuvantes faz a história se tornar mais grave, dando um nível de importância ao Gavião Arqueiro e Viúva Negra poucas vezes vistas nos quadrinhos até aquela época. A reverência de Millar a Jack Kirby e Stan Lee é tamanha que ao final do encadernado há uma dedicatória a eles, completamente desnecessário, já que a atualização vista nesse tomo já é homenagem suficiente aos mentores da Casa das Ideias, ajudando a deixar os personagens em figuras mais imortais ainda, sobrevivendo até aos vícios de sua época, passando por pouco pela linha de mediocridade vigente nos produtos pós exploitation do estilo utilizado no auge da popularidade da Image Comics.

    Ouça: VortCast 37: Os Supremos 2 (Vingadores)

    Compre: Os Supremos 2: Edição Definitiva

  • Resenha | Os Supremos

    Resenha | Os Supremos

    Os Supremos 1 A

    Principal inspiração para a reunião de heróis da Marvel no cinema, tornado realidade em 2012 por Joss Whedon em seu Os Vingadores, Mark Millar resgata o clima anti-heroísta iniciado por Warren Ellis em Authority para formar sua versão do mito dos Heróis Mais Poderosos da Terra. Os Supremos tem início durante a maniqueísta Segunda Guerra Mundial, com um desenvolto papo entre soldados que esperam desembarcar em terras alemãs. Os extremos seriam temas recorrentes na revista de Millar, pontuada magistralmente pelo lápis anárquico de Bryan Hitch, parceiro antigo do autor europeu.

    Curioso como a figura do Capitão América evoca a fantasia das cores que não combinam com a bandeira, contrastando completamente com o cinza da guerra, que só é cortada pelo vermelho do sangue. A era romântica de política e guerra se finda junto a “morte” do Capitão, elevando a história já para o novo milênio, quando Nick Fury encontra o resignado homem em recuperação Bruce Banner, que tentava convencê-lo de que o Hulk estava contido e praticamente extinto.

    Como tudo no universo Ultimate, o mote de Os Supremos é quase todo relacionado à reconstrução do soro do Super Soldado, presente no DNA de Steve Rogers. A construção do Gigante Esmeralda, as experiências de Hank Pym e até o ideário do coronel caolho são intimamente ligados ao ethos do primeiro vingador. A “cena” em que ele desperta representa o renascer não só da física hibernação, mas também do resplandecer de um novo tempo, em que a adaptação seria o maior dos desafios. Apesar da pequena revolta, reprisada nos pós-créditos de Capitão América – O Primeiro Vingador, o bandeiroso interage jocosamente com George W. Bush, valorizando e dando destaque ao papel do militar em detrimento dos constantes fracassos dos cientistas, primeiro em Reed Richards (pré Supremos), no deprimido Banner e no inseguro e machista Pym.

    Os Supremos 1 D

    O ataque que desencadeia o surto do Hulk demonstra que aquela era uma nova época, em que músculos seriam mais importantes do que ações cerebrais, relembrando os tempos de predomínio da estética noventista da Image Comics e trazendo à tona uma história que novamente supervalorizaria aspectos visuais em detrimento dos textuais.

    Os números iniciais desse volume servem para, em cada edição, aprofundar os conceitos dos personagens. O começo da visão sobre Thor é misteriosa, quase superficial, o que garante a si uma dualidade quanto à questão de este ser ou não um ente divino. O que não possui ambiguidade, mas garante algumas camadas de complexidade, é a relação de amor e ódio entre o Homem-Formiga – agora Gigante – e a Vespa, que como casal, têm alguns entreveros, além de um montante de segredos escondidos. O aspecto mais aviltante da história varia entre o RP executado no caso para abafar o espancamento feminino, evitando por sua vez escândalos anti-marketing, em confronto com a reação da mulher, que defende seu agressor mesmo quando alguém lhe faz “justiça”.

    Os Supremos 1 E

    A discussão que começa com os relatos de Betty Ross culmina na busca intensa por Henry e em uma bifurcação de frentes, protagonizada primeiramente pela Viúva Negra, Gavião Arqueiro e por outros dois vilões da Irmandade de Mutantes, Mercúrio e Feiticeira Escarlate, além, é claro, da tomada de iniciativa independente do alistado heroico que vai tirar satisfação com o homem que considera covarde. Os níveis de massa véio aumentam absurdamente, mas a bem orquestrada luta serve mais para desviar a atenção da causa Chitauri do que outro aspecto narrativo relevante. Chega a ser curiosa a associação desses aspectos ao romance de H.G. Wells, Guerra dos Mundos, uma forma jocosa de tratar da grave situação que se forma.

    A transição entre os problemas internos do grupo, para a invasão Chitauri, é executada de modo rápido, sem muitos preâmbulos, de modo um pouco automático. Tal construção torna a trama principal um pouco desimportante, ao menos em relação aos aspectos mais sérios e menos ligados à violência gratuita ocorrida. De diferente, há a participação de Hulk, selvagem em essência, com frases jocosas que remetem a um humor primitivo, tão tosco que praticamente impossibilita o mau humor de quem consome a publicação.

    Os Supremos 1 C

    A versão Millenium dos skrulls faz lembrar um pouco do clima paranoico visto no último número de Watchmen, além de assemelhar-se demais ao antagonismo dos marcianos brancos, presentes no arco Nova Ordem Mundial de Grant Morrison em Liga da Justiça, cujos inimigos também se faziam passar por humanos importantes na hierarquia governamental dos EUA.

    Os pontos fortes da carreira de Millar são trazer histórias simples com alto teor de violência gráfica e repletas de frases de efeito típicas dos clássicos filmes de ação dos anos 1990, muito similares às películas de Michael Bay. Os Supremos se consolida como o ponto alto do universo Ultimate, ditando o tom sério que se iniciou nas revistas dos X-Men, que somente se solidificou após estas publicações. Além disso, a obra reprisa os bons momentos de Stormwatch e determina a métrica dos quadrinhos de super-heróis populares de 2002 em diante.

    Ouça nosso podcast sobre Os Supremos
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  • VortCast 13 | Os Supremos (Vingadores)

    VortCast 13 | Os Supremos (Vingadores)


    Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson Good (@jacksgood), Delfin (@DelReyDelfin) e Carlos Voltor (@CarlosVoltor) aproveitam a estréia de Os Vingadores para discutir sobre uma das obras mais relevantes dos quadrinhos de super-heróis da última década, Os Supremos, de Mark Millar e Bryan Hitch.

    Duração: 102 mins.
    Edição: Flávio Vieira e Rafael Moreira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Resenha Os Supremos – (Edição de 1 a 13)

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