Tag: viúva negra

  • Review | Gavião Arqueiro

    Review | Gavião Arqueiro

    A série do Gavião Arqueiro, personagem criado por Stan Lee e Don Heck, lida com muitos assuntos: as repercussões de Vingadores: Ultimato, a morte da Viúva Negra, a culpa de Clint Barton em sua fase como Ronin e o treinamento de sua pupila. Por mais que o seriado de Jonathan Igla não seja tão audacioso em seu roteiro, acaba se perdendo em meio a todos esses objetivos.

    De positivo, há o bom ingresso da personagem Kate Bishop, interpretada por Hailee Steinfeld, que faz um bom dueto com Jeremy Renner. Sua personagem tem um passado ligado ao heroísmo do personagem-título, e remonta aos Vingadores de Joss Wheddon, e sua motivação é bem desenvolvida — ainda que apressada —, mas os aspectos de qualidade param por aí.

    Antes da pandemia, quando estavam em produção Wandavision, Falcão e o Soldado Invernal e Loki, havia a promessa por parte de Kevin Feige de que as produções anteriores, comandadas por Jeph Loeb seriam esquecidas, contando aí a subestimada Agentes da SHIELD, como também Demolidor, Jessica Jones, Inumanos, etc. Ainda não se sabe se esse trato foi descumprido, ainda mais após o advento de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e tudo que o filme trouxe em participações e outras consequências, mas o desenrolar da série abre uma possibilidade mínima de que, ao menos em parte, as outras produções podem alguma influência.

    O drama da série é urbano, mostrando a violência das grandes cidades. Como já se deu em outras séries de heróis urbanos envolvendo a parceria Marvel e Netlix. Além disso, o seriado brinca com os clichês de Nova York, arrumando espaço até para um número musical da Broadway, em um dos momentos mais inspirados em termos de humor na série.

    Outro bom ponto é o drama de Clint, visto no desenrolar das desavenças do procedimento do Ronin, mas a busca frenética prometida na gênese é interrompida para dar vazão a uma enrolação e plots de vingança um pouco redundantes, além de não gerar interesse no espectador.

    Mesmo tendo só seis episódios há muita enrolação, e nem mesmo participações de personagens como o  Espadachim (Tony Dalton) e Yelena Belova (Florence Pugh) salvam a trama. Há um problema claro de ritmo. Metade da temporada é absolutamente parada, não se desenvolve quase nada, no máximo se apresentam easter eggs de personagens cuja aparição deveria ser bem guardada. É muito pouco.

    Gavião Arqueiro não tem uma segunda temporada garantida, embora seus diretores tenham mostrado entusiasmo para um possível retorno. Fora a interação, ao estilo Máquina Mortífera, entre os protagonistas, não há com o que se empolgar. Fica a expectativa de que a série consiga trazer o roteiro de uma segunda temporada que faça jus a construção visual apresentada nessa temporada inicial, visto que o texto está abaixo da mediocridade típica das séries de heróis de quadrinhos recente, tanto em versões da Marvel quanto de suas concorrentes.

     

  • VortCast 101 | Diários de Quarentena XXI

    VortCast 101 | Diários de Quarentena XXI

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Bruno Gaspar (@hecatesgaspar), Bernardo Mazzei Jackson Good (@jacksgood) retornam para mais uma edição do “Diários de Quarentena” se reúnem para comentar sobre os últimos lançamentos do cinema, quadrinhos e TV.

    Duração: 91 min.
    Edição: Flávio Vieira e Rafael Moreira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira e Rafael Moreira
    Arte do Banner:
     Bruno Gaspar

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  • Crítica | Viúva Negra

    Crítica | Viúva Negra

    Desde Homem de Ferro 2, Scarlett Johansson prometia protagonizar um filme solo de sua personagem no universo Marvel. Na época, não se imaginava que isso só ocorreria mais de dez anos depois e,  após diversos adiamentos agravados por uma pandemia, Viúva Negra estreou com algumas “estranhas” responsabilidades.

    O longa de Cate Shortland tenta não só fazer jus a uma personagem querida do público, mas faz isso após ter seu fim mostrado em Vingadores: Ultimato. Além disso, ainda tem de pavimentar a passagem de bastão para o legado da personagem, apresentando a figura de Yelena de Florence Pugh.

    A história possui algumas linhas temporais distintas. A primeira mostra a pequena Natasha Romanoff vivendo com uma família soviética, no estado de Ohio nos anos noventa, que finge ser um ajuntamento suburbano estadunidense. A segunda avança mais de vinte anos no futuro, brincando com elementos de filmes de espião, mexendo com crianças cobaias, abusos experimentais com mulheres, com direito a misturas de referencias bem diversas, como Stalker de Andrei Tarkovski e o filme galhofa de James Bond: 007: Contra o Foguete da Morte.

    De positivo, há a utilização do vilão O Treinador que lembra um metal hero de tokusatsu. O visual arrojado é certamente um dos maiores acertos do filme, embora a historia de seu passado seja terrível. Esse, aliás, é uma produção que imita bem os maiores defeitos da Formula Marvel de fazer filme pós Kevin Feige. Possui atores famosos como antagonistas, completamente desperdiçados, como foi Jeff Daniels em Homem de Ferro ou Tim Roth em O Incrível Hulk. Aqui tanto Olga Kurylenko quanto Ray Winstone não são bem explorados mesmo quando tem tempo de tela.

    Outro ponto positivo é o núcleo familiar que permite que David Harbour, Rachel Weisz, Pugh e Johansson convivam juntos. As partes divertidas são resultantes da inteiração entre eles, com discussões pontuais a respeito da abusiva rotina de quem tinha que fingir ser quem não era. Fora essa questão, o roteiro é raso. Não muito por conta de uma visão estereotipada dos soviéticos (que até existe, mas é tão inócua quanto a ausência de crítica ao nazismo em Capitão América: O Primeiro Vingador). Quem tinha expectativa de assistir algo no estilo Capitão América: O Soldado Invernal  certamente se frustrou, pois mesmo nos momentos que exploram questões típicas de teoria da conspiração a trama não surpreende, talvez porque o mundo pós pandemia de Covid 19 é tão estranho que eventos de estranheza fictícia já não causam mais tanto choque.

    As cenas de ação perdem força gradativamente ao longo da exibição. Até em Falcão e Soldado Invernal as cenas de luta são melhor pensadas. Não se teme pela vida de praticamente nenhum personagem, e isso compromete demais a crença na trama.  Tudo é apressado e Viúva Negra parece um filme tardio, sem importância e imponência, deslocado demais do restante do universo Marvel recente. Assisti-lo após saber o fim de Natasha também não ajuda, e mesmo os temas importantes e as críticas políticas se diluem. Se o filme tivesse sido lançado nas Fases 2 ou 3 do universo Marvel, talvez se encaixasse melhor. No final, se destaca o bom desempenho de Pugh, carismática e com presença, mas em uma situação bastante distante de um hit da Marvel.

  • Os Vingadores | As Aparições da equipe no Audiovisual

    Os Vingadores | As Aparições da equipe no Audiovisual

    O maior grupo de heróis da Marvel surgiu nas revistas em quadrinhos The Avengers, no ano de 1963, e entre altos e baixos, foram retratados algumas dezenas de vezes nas telas da TV, cinema e outras mídias. Confira nossa lista sobre essas aparições.

    O Incrível Hulk (1966) e Capitão América (1966)

    A primeira aparição do supergrupo se dá em um dos desenhos que adaptavam as histórias clássicas de Jack Kirby e Stan Lee, em especial dois deles, O Incrível Hulk e Capitão América, ambos de 1966. Os heróis se reúnem para discutir ações, em alguns momentos são apenas Capitão, Hulk, Thor e Homem de Ferro (no episódio de Capitão América) e em outro (Hulk) são acompanhados da Vespa e Homem-Formiga, mas o herói bandeiroso não aparece.

    Homem-Aranha (1981)

    O desenho do Homem-Aranha que começou em 1981 mostrava as aventuras do cabeça de teia pela cidade de Nova York enfrentando seus vilões clássicos. A aparição dos Vingadores é rápida, na verdade é um cameo, uma vez que não há falas para eles. O grupo formado por Feiticeira Escarlate, Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Visão aparecem de relance em uma televisão vista por Peter e tia May, e a velhinha destaca que eles são mais respeitáveis que o repulsivo Aranha.

    Quarteto Fantástico: A Série Animada (1996)

    No último capítulo da segunda temporada, Doomsday, há uma aparição do supergrupo no desenho animado do Quarteto Fantástico. O grupo aparece enfrentando o Doutor Destino e depois, reunidos em seu  esconderijo. Os que aparecem são Mulher-Hulk, Homem de Ferro, Hércules, Capitão América, Visão e Cristallys, além de outros tantos personagens da Marvel, como os  Novos Guerreiros.

    X-Men – A Série Animada (1995)

    No episódio, One Man’s Worth: Part 1, há um conflito entre X-Men e Vingadores. Nele, Tempestade e Wolverine acabam sendo pegos por uma anomalia espaço-temporal, indo para um versão alternativa do presente, onde os humanos e mutantes estão em uma guerra franca, e no esforço doa homo sapiens, são utilizados os Vingadores, com versões alternativas do Capitão, Homem de Ferro, Gigante, Vespa e Hulk. Eles sequer possuem qualquer diálogo, e isso só ocorreu por conta de um plano de Bishop de alterar o tempo.

    Os Vingadores (1999)

    Originalmente chamada de The Avengers: United They Stand, foi o primeiro desenho totalmente focado no grupo, ainda que não tivesse seus principais heróis por motivos até hoje não explicados, há rumores de que isso é devido a contratos para o cinema que estavam sendo negociados, mas são apenas boatos. A qualidade era sofrível e reza a lenda que um dos argumentos de Bruce Timm para não trabalhar em um desenho da Liga da Justiça  antes era o exemplo que essa animação dava, bastante confusa e sem o brilho dos principais heróis da Casa das Ideias. Seus dubladores eram Rod Wilson como Homem Formiga, Linda Ballantyne como Vespa, Hamish McEwan como Magnum, Lenore Zann como Tigresa, Martin Roach como Falcão, Ron Rubin Visão, Tony Daniels como Gavião Arqueiro, Stravoula Logothettis como Viúva Negra.

    Os Supremos (2006)

    Esta foi uma tentativa da Marvel Studios de competir com a DC Animated, que havia ido muito bem com Universo DC Animado (DCAU) com Batman – Tas, Superman – Tas e o crossoverde heróis em Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites e que passou a fazer filmes em longa-metragem direto para o mercado de home video. Esse longa condensava os arcos de Bryan Hitch e Mark Millar  no Universo Ultimate da Marvel, onde os Vingadores chamavam-se Supremos (ou Ultimates no original) e onde os herois eram menos maniqueístas e mais raivosos, em especial o Capitão América, que estava longe de ser um escoteiro. Nessa versão, conduzida por Curt Geda e Steven E. Gordon os personagens não são tão viscerais, são bem mais comedidos (em especial Hulk e Capitas), mas ainda assim o filme é bem legal. Aparecem nele Homem de Ferro (Marc Worden), Thor (David Boat), Capitão América (Justin Gross), Vespa (Grey Griffin), Viuva Negra(Olivia d’Abo), Gigante/Homem Formiga (Nolan North), Nick Fury (Andre Ware) e Hulk (Fred Tatasciore como o monstro, também dublando Jarvis) e sua contra parte Bruce Banner (Michael Massee).

    Os Supremos 2 (2006)

    Não demorou para ser lançado um segundo filme dos Supremos, e Ultimate Avengers 2 saiu no mesmo ano, em Agosto (o primeiro era de Fevereiro de 2006), e é bem menos inspirado que o primeiro. A equipe de dublagem é praticamente a mesma, com o acréscimo do Pantera Negra, feito por Jeffrey D. Sams.

    Os Novos Vingadores: Heróis do Amanhã (2008)


    Em 2008 foi lançado um longa-metragem diferente, conduzido por  Jay Oliva (o mesmo que viria  a comandar inúmeros longas do universo DC animado recente) e Gary Hartle, onde uma nova geração de heróis surgiriam, os filhos dos Vingadores. Next Avengers: Heroes of Tomorrow como foi chamado originalmente, mostra as crianças decidindo agir para salvar seus pais. São eles James Rogers (Noah Crawford), Torunn (Brenna O’Brien) , Azari (Dempsey Pappion), Henry Pym Jr. (Aidan Drummond) ,Francis Barton (Adrian Petriw). Há aparições breves do Homem de Ferro, Ultron, Visão, Thor, Betty Ross e Hulk.

    Vingadores – Os Maiores Heróis da Terra (2010)

    De 2010 até 2012, foi exibida no canal Disney XD, teve um total de 52 episódios e era bem legal, com um traço bem cartunesco e característico, mas infelizmente foi descontinuada pela época do filme dos Vingadores, o que é uma pena, pois era uma boa rival (ainda que tardia) a Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. A outra animação, que ocupou de certa forma seu lugar é bem mais quadrada que esta, o que é uma pena. Os dubladores eram Eric Loomis como Homem de Ferro, Colleen O’Shaughnessey como Vespa, Brian Bloom como Capitão América, Rick D. Wasserman como Thor, Chris Cox como Gavião Arqueiro, Fred Tatasciore como Hulk, James Mathis III como Pantera Negra, Wally Wingert como Homem Formiga, Jennifer Hale como Ms Marvel, Peter Jessop como Visão e Alex Desért como Nick Fury.

    Os Vingadores (2012)

    E em 2012, também foi lançado o mais óbvio alvo dessa lista, o longa de Joss Wheddon, Os Vingadores, onde os maiores heróis da Marvel lidam com uma invasão Chitauri, comandada por Loki. O grupo é formado por Viuva Negra, Gavião Arqueiro, Capitão America, Homem de Ferro, Thor, Hulk, e foi o fim da fase 1 da Marvel. Obviamente os fãs conhecem de cor o elenco do filme.

    Homem de Ferro a Nova Série Animada (2012)

    No desenho iniciado em 2008, originalmente chamado Iron Man: Armored Adventures, há uma aparição do grupo, num dos ultimos capitulos, e ele é formado pelo heroi protagonista do desenho, Gavião Arqueiro, Fury, Viuva, Máquina de Guerra, Hulk, Pantera Negra, além de Pepper Potts como a heroína Rescue.

    Os Vingadores Unidos(2013)

    Após a injustiça de terem terminado com Os  Maiores Heróis da Terra, Os Vingadores Unidos (Avengers Assemble) chegou, 2013, após o primeiro filme live  action e ainda está em exibição, tendo tido seu ultimo episódio em Fevereiro de 2019. A equipe tem algumas alterações ao longo de suas temporadas, mas tem normalmente Homem de Ferro (Adrian Pasdar, e Mike Wingert), Capitão América (Roger Craig Smith), Hulk (Fred Tatasciore),Thor (Travis Willingham), Gavião (Troy Baker), Viúva ( Laura Bailey), Homem Formiga (Grant George).

    Ultimate Homem Aranha (2014)

    Ultimate Spider-Man foi descontinuada, em nome da nova animação do Cabeça de Teia, Spider-Man, mas antes de terminar, no começo da terceira temporada, os Vingadores aparecem com o mesmo elenco de Vingadores Unidos, em The Avenging Spider-Man: Part 1 em 2014, basicamente para interromper os planos de Loki e Doutor Octopus que se juntaram para fazer o mal.

    Vingadores Confidencial: Viúva Negra & Justiceiro (2014)

    Outro longa da lista, de nome original Avengers Confidential: Black Widow & Punisher foi lançado em 2014, dirigido por Kenichi Shimizu, e é focado basicamente no Justiceiro e Viuva Negra, feitos por Brian Bloom e Jennifer Carpenter. Castle faz uma ação com tecnologia da SHIELD, e para ter perdão, Fury (John Eric Bentley) propõe que ele faça um serviço para a organização. Apesar de ter os Vingadores no nome do filme, o grupo aparece bem brevemente, entre eles, Hulk, Homem de Ferro,

    Marvel Disk Wars: The Avengers (2014)

    Esta é uma aparição curiosa, por se tratar de um anime em parceria entre Walt Disney Japan  com a Toei Animation. O seriado teve 27 capítulos. A formação é curiosa, tem muitos personagens dos X-Men (Homem de Gelo, Dentes de Sabre, Magneto, Deadpool), além de Nick Fury, Wolverine, Homem de Ferro, Vespa, Gavião, Capitão America, Máquina de Guerra.

    Super Aventuras Marvel: Batalha Gelada (2015)

    Este foi um filme em longa-metragem, lançado em 2015, que mostra os herois agindo na época natalina, onde Homem de Ferro, Thor, Capitão, Hulk e cia tentam deter Loki, que por sua vez, quer pegar os poderes do Papai Noel. Há também participação do Rocket Raccon e Groot.

    Vingadores: A Era  de Ultron (2015)

    A continuação de Joss Wheddon empolgou muita gente (incluindo esse que vos fala), mas não sobreviveu bem a revisão, apesar disso, Vingadores 2 pega emprestado um pouco da historia da Saga A Era de Ultron, traz um bom vilão mas que é sub aproveitado, e insere novos elementos, como Visão e Feiticeira Escarlate, além dos já citados anteriormente. Foi a última colaboração de Wheddon na Marvel Studios, depois ele foi para a DC para realizar Batgirl (projeto engavetado até o momento) e refilmou boa parte das cenas de Liga da Justiça.

    Capitão America: Guerra Civil (2016)

    Para muitos, esse foi o Vingadores 2.5, dado que apesar de um filme solo, havia um número enorme de heróis, mais até que em Capitão América 2: O Soldado Invernal. Brincadeiras a parte, o grupo de super seres é de certa forma dissolvido aqui, na briga entre Tony Stark e Steve Rogers a respeito do registro de heróis. É um bom filme de ação, principalmente pelo embate que existe entre os heróis, além de ser conduzido pelos irmãos Russos, que fariam Vingadores 3 e 4.

    Guardiões da Galáxia (2017)

    Guardiões tem um seriado animado, com três temporadas até agora, e foi no começo da Segunda  Temporada que os Vingadores apareceram, com os mesmos dubladores e equipe de Vingadores Unidos, sendo que aqui, apareciam
    Homem Formiga, Capitão, Capitã Marvel, Hulk, Homem de Ferro.

    Marvel Future Avengers (2017)

    Mais um anime japonês, dessa vez do Estúdio Madhouse, o programa acompanha a história de Makoto, um jovem que ganhou poderes após um experimento da HYDRA, até que ele decide mudar seu destino se unindo aos maiores heróis da Terra, os Vingadores, Hulk, Homem de Ferro, Capitão, Vespa, Thor etc. A série ainda está sendo exibida e já teve duas temporadas.

    Vingadores: Guerra Infinita (2018)

    Guerra Infinita foi talvez o momento mais épico do grupo no audio visual. O evento reuniu não só a equipe clássica, como praticamente todos os personagens que tiveram filmes solos e de equipe, como Pantera, Dr Estranho e os Guardiões, tudo para enfrentar a chegada de Thanos, o Titã Louco. Baseado na trilogia de Jim Starlin, Desafio Infinito, Guerra Infinita, Cruzada Infinita , ainda que tenha mais elementos da primeira historia citada. O hype foi tanto que gravamos um podcast, sobre Guerra Infinita, e a expectativa por sua continuação é enorme.

    Capitã Marvel (2019)

    Na cena pós crédito de Capitã Marvel, os Vingadores aparecem, tentando descobrir do que se trata o pager que Nick Fury segurava. Entre eles, há o Capitão América, Viuva Negra e Máquina de Guerra, em trajes civis, que assistem atõnitos a chegada de Carol Danvers entre eles, basicamente como um prelúdio para o esperado Vingadores: Ultimato.

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  • Vingadores: Guerra Infinita | Confira a descrição do fantástico trailer exibido na D23

    Vingadores: Guerra Infinita | Confira a descrição do fantástico trailer exibido na D23

    A  Disney é tão enorme que precisa de um evento nos mesmos moldes das Comic Cons para anunciar novidades e imagens exclusivas de seus mais aguardados projetos.

    Felizmente, o terceiro filme dos Vingadores, intitulado de Guerra Infinita, promete ser o maior filme da história do cinema, não só pela quantidade absurda de heróis (todos aqueles que já apareceram até então), mas também por ser um ambicioso projeto trazido pela Marvel.

    O painel do filme contou com o presidente Kevin Feige e o co-diretor, Joe Russo, que conseguiu reunir no palco ninguém mais, ninguém menos que os Vingadores, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Don Cheadle, Anthony Mackie, Tom Holland, Benedict Cumberbatch, Chadwick, Boseman, Sebastian Stan, os Guardiões da Galáxia, Karen Gillan, Dave Bautista, Pom Klementieff e o vilão, Josh Brolin.

    O trailer foi exibido somente para o público presente no salão e foi fantástico. Confira a descrição.

    De início, vemos um momento de tensão, onde os Guardiões da Galáxia, a bordo da Milano, esbarram no corpo inconsciente de Thor (com o uniforme de gladiador de Thor: Ragnarok). Ao ser trazido para dentro da nave, o asgardiano é acordado por Mantis. Assustado, Thor pergunta quem são aquelas pessoas.

    As imagens passam a mostrar a Terra com vários trechos de devastação. Vemos um Loki nada amistoso em posse do Tesseract e Peter Parker, num ônibus, tendo os pelos do braço sendo arrepiados, o que, aparentemente, é o seu sentido de aranha.

    Vemos Thanos pela primeira vez em um planeta alienígena usando a Manopla do Infinito e ele consegue soltar parte de uma lua provocando uma chuva de meteoros. Doutor Estranho, Guardiões da Galáxia e o Homem de Ferro estão na batalha.

    Também vemos em outras imagens o Homem-Aranha vestindo um novo uniforme, o Pantera Negra em Wakanda, alguns Vingadores, juntos do Hulk, apanhando dos asseclas de Thanos e também um Capitão América barbudo e uma Viúva Negra loira.

    O trailer tem um tom dramático, semelhante aos de Homem de Ferro 3 e Vingadores: Era de Ultron.

    Vale destacar que as filmagens do corte principal do filme se encerraram na última sexta-feira e a produção da continuação ainda sem título já teve início de imediato.

    Vingadores: Guerra Infinita estreia em 4 de maio de 2018.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Resenha | Viúva Negra – Vol. 1

    Resenha | Viúva Negra – Vol. 1

    Viuva Negra (Nova Marvel) - capaCriada como uma das vilãs de Homem de Ferro, a personagem de Natasha Romanoff passou por mudanças eventuais nestes últimos anos devido ao sucesso do universo Marvel nos cinemas. A Viúva Negra sempre participou de histórias diversas desde sua criação e posterior mudança de status quo ao se tornar uma Vingadora. No início da década passada, estrelou edições especiais e duas revistas próprias, cancelada com poucos números. Sua visibilidade surgida desde Homem de Ferro 2 garantiu mais uma revista em momento oportuno, situada na segunda fase da Era Nova Marvel intitulada Totalmente Nova Marvel, época em que a personagem se destaca como uma das grandes heroínas da editora.

    Nathan Edmondson, que também assina a nova fase de Justiceiro em Justiceiro: Preto e Branco, é o responsável pelo roteiro, enquanto os desenhos ficam a cargo de Phil Noto. Como a maioria das edições desta nova fase busca um ponto de partida, a história apresenta Natasha tentando reparar seus erros do passado como agente da KGB, aceitando missões em que possa ajudar a manter a paz mundial, seja com extermínio de ditadores ou de outros homens com alto grau de peliculosidade. Ao seu lado, um advogado serve como apoio, cuidando das transações bancárias e do background da ação em cada local de origem, um planejamento que Viúva intitula de teia: um estudo sobre o local da missão, bem como um ambiente para se esconder após concluí-la.

    Lançado em encadernado pela Panini Comics, este primeiro volume compila as seis primeiras edições desta nova fase. As tramas são narradas pela própria personagem, vivendo um conflito interno sobre a potência de seu trabalho e a criação de possíveis laços, afastando-se, até mesmo, de uma gata de rua, para manter a frieza como espiã. Assim, as tramas acompanham missões de Natasha pelo mundo.

    Para uma das espiãs mais letais da Marvel, Edmondson comete o mesmo erro de concepção em suas histórias de Justiceiro, como se não conhecesse, de fato, a personalidade do personagem central. Natasha não transparece confiança, muito menos alta inteligência. As narrações apresentadas ao leitor soam pueris, e não de alguém com um histórico poderoso e dramático profissionalmente. Nenhuma história tem enfoque ativo na espionagem, e ainda nos coloca em dúvida se situarmos tais tramas no contexto geral envolvendo Os Vingadores: diante de um cenário em que a personagem claramente é uma mercenária de aluguel, como sua equipe de heróis reagiria diante disso? Parece incongruente e, ainda assim, o roteiro nem mesmo se questiona a respeito, nem demonstra sua faceta como Vingadora.

    Se o roteiro se mantém tão morto quanto a outra obra do autor no estúdio, a arte é o grande destaque. Compondo em tons pasteis, Noto produz um visual diferente dos quadrinhos tradicionais, com cores mais claras do que de costume, que harmonicamente completam belos painéis detalhados mas sem excessos. Quadros limpos contendo somente a informação necessária e bem equilibrada em cores harmônicas, nas quais o vermelho se destaca devido à associação com a personagem central.

    Dentro do universo dos Vingadores, a Viúva Negra chama a atenção como uma super-espiã com poucos superpoderes. Em sua trajetória, conta somente com modificações corporais na época em que atuava na KGB, dando-lhe maior habilidade e resistência. Em outras palavras, é quase como uma heroína humana. Tal argumento é um fator interessante que poderia ser explorado com mais atenção, demonstrando como uma personagem com menos poder letal se destaca para se tornar uma vingadora, bem como ter aproveitado o background da personagem e inseri-la em boas tramas de espionagem.

    Tais possibilidades são deixadas de lado pelo roteirista, que opta por tramas voltadas para a ação de uma agente que não aparenta perícia em nenhuma de suas artes e ainda se apresenta ao público com dúvidas risíveis de existência. Uma história que apenas merece destaque graças à arte de Noto, visualmente notável.

    Viuva Negra Nova Marvel - 01

  • Resenha | Os Supremos 2

    Resenha | Os Supremos 2

    Os Supremos 2 Definitivo 1

    Começando a partir de uma ação do Capitão América, mergulhando em meio ao nordeste do Iraque em período de Guerra, o segundo volume de Os Supremos se estabelece semelhante, de certa forma ao primeiro, com a mesma equipe criativa formada por Mark Millar nos roteiros, Bryan Hitch nos desenhos e Paul Neary como arte finalista. As primeiras dez páginas são a síntese da proposta de Ultimates, com heróis distantes da figura de paladinos, com métodos violentos e repletos de frases de efeito, que convencem até os “agentes do terror” estrangeiros.

    Segue a temática de misturar elementos reais da opinião pública estadunidense, como Larry King entrevistando Tony Stark sobre o intervencionismo da equipe em questões mundiais, driblado pela genialidade do Homem de Ferro que conduz suas respostas de modo muito satisfatório e maduro, apelando para a caridade como justificativa das ações mais agressivas.

    O panorama inicial do grupo é bem diferente, com a Vespa (Jannet Pym) divorciada e namorando o Steve Rogers; Thor bem longe de seus antigos aliados; Banner preso e Hank Pym mudando sua postura, assumindo a “nova” identidade de Homem-Formiga, tentando assim retornar ao grupo. A atualidade continua como métrica do texto de Millar, utilizando-se do vazamento de informações – como em Wikileaks – que basicamente torna público através das grandes emissoras de TV que o super grupo já tinha conhecimento das atividades de Banner como Hulk.

    Este paradigma muda muito o quadro geral, mostrando um Steve Rogers culpado: “o mundo pensava que nós os salvamos, mas só estávamos limpando a nossa bagunça”, sucedido por uma atitude bastante desonesta dos mandatários da S.H.I.E.L.D., abandonando o doutor deprimido à sua própria sorte, isolando-o do mundo após ser sentenciado como culpado. Este é só o começo do colapso da equipe, que ainda incorre em uma luta visceral contra Thor. Uma questão dúbia que surge com a suspeita sobre o vazamento da informação, assim como o resultado final de um embate iniciado pela indisciplina do asgardiano.

    A derrocada moral se torna motivo de comédia, com a empreitada de Pym como Homem-Formiga e como principal figura principal desta versão de Os Defensores. A partir dali se estabelecem alguns pontos cruciais: primeiro com um easter egg mostrando a Feiticeira Escarlate sendo indagada (ciumentamente) por seu irmão Mercúrio, por estar flertando com uma máquina, em uma clara referência ao seu romance com Visão, no universo 616. A tentativa do Homem-Formiga evidentemente dá errado, e ainda que esse fracasso não sirva tanto para a trama principal, funciona para denunciar humoristicamente o que se propagava entre os super-heróis, que se tornavam franquias internacionais, tendo seus Capitães na Inglaterra, Itália e Espanha; também o uso indiscriminado da marca e poderes do Gigante por subalterno; além de uma armadura cibernética como a do Homem de Ferro para a russa Viúva Negra, símbolos da globalização e capitalismo.

    Como em poucas histórias feitas por estadunidenses, Os Supremos 2 se vale positivamente da paranoia do país, engendrando um vilão formidável, que ataca a confiança de seus inimigos e os faz desunir. A influência do “deus nórdico” Loki se vê presente muito além da prisão de seu irmão e da culpabilidade do Capitão América, mas também da construção da ideia por trás dos Libertadores. Apesar de óbvia a questão em relação à queda desses opositores, a questão é verossímil, e a saída para isso é magnânima, trazendo um retorno sensacional.

    As consequências do último embate fazem um sentido tremendo, e as conclusões de Rogers são tão maduras que soam quase irreais, principalmente com a base de comparação com Supremos Volume Um. A discussão a respeito do intervencionismo contumaz dos Estados Unidos faz uma bela combinação com a arte de Hitch, nos esforços do início e próximo ao final. Há uma queda de qualidade enorme, tanto de história, com a péssima inclusão de pares malvados dos heróis, em referências imbecis a seriados japoneses animados e vividos por atores, assim como os desenhos, que se tornam claramente desleixados, denegrindo sem dúvida o que seria o resultado final da revista.

    A importância dada aos coadjuvantes faz a história se tornar mais grave, dando um nível de importância ao Gavião Arqueiro e Viúva Negra poucas vezes vistas nos quadrinhos até aquela época. A reverência de Millar a Jack Kirby e Stan Lee é tamanha que ao final do encadernado há uma dedicatória a eles, completamente desnecessário, já que a atualização vista nesse tomo já é homenagem suficiente aos mentores da Casa das Ideias, ajudando a deixar os personagens em figuras mais imortais ainda, sobrevivendo até aos vícios de sua época, passando por pouco pela linha de mediocridade vigente nos produtos pós exploitation do estilo utilizado no auge da popularidade da Image Comics.

    Ouça: VortCast 37: Os Supremos 2 (Vingadores)

    Compre: Os Supremos 2: Edição Definitiva

  • Crítica | Os Vingadores

    Crítica | Os Vingadores

    Após uma longa espera, repleta de ansiedade e expectativa crescentes, chegou o evento mais importante da História da humanidade. E a conclusão (sim, já na segunda frase) é que é ótimo estar vivo nessa época. Os Vingadores finalmente chega aos cinemas, e o fato de todo mundo estar falando incansavelmente sobre o filme deixa mais difícil fazer uma análise “original”, então ligarei o foda-se pra isso e tratarei simplesmente de apresentar minha opinião.

    Em sua trajetória até aqui, o Marvel Studios optou por controlar fortemente suas produções, assegurando que tudo sairia de acordo com o planejado. Por conseqüência, os filmes anteriores foram muito mais “do estúdio/produtores” do que de seus respectivos diretores (quem chegou mais perto de colocar uma certa identidade foi Kenneth Branagh em Thor). Discussões artísticas a parte se isso é certo ou errado, o fato é que funcionou.

    Os heróis foram apresentados, o universo foi estabelecido, e chegou a hora do próximo passo. Fácil, alguns poderiam dizer: só juntar todo mundo pra dar porrada em alguém e pronto. Seria “massaveísticamente” divertido, lógico, mas porque não fazer um BOM FILME contendo isso? Então temos uma quebra do padrão, pois é inegável que em Os Vingadores muito do crédito se deve a Joss Whedon.

    Além da direção, ele fez modificações no roteiro quando assumiu o cargo, e conhecendo seu background, conclui-se que o cara acertou a mão. Quase um estreante no cinema, a experiência de Whedon em seriados de Tv e como roteirista de quadrinhos lhe ensinou a trabalhar com vários personagens dando a todos a devida atenção. O que, qualquer ameba deduz, era fundamental neste filme. Muito mais do que uma história mirabolante, o foco aqui é, e devia ser, a interação entre a galera. E numa palavra: SENSACIONAL.

    Quem já leu uma revista em quadrinhos na vida sabe que é lei: heróis saem na porrada quando se encontram pela primeira vez. E não se engane, este é um filme feito pra fãs. Então temos um festival de pequenas lutas, praticamente um todos contra todos. O detalhe positivo é que o roteiro conduz tudo isso de forma muito natural, evidenciando que todos estão acostumados agir sozinhos e não vão confiar de cara em desconhecidos. Inverossímil seria se todos fossem Super Amigos desde o início. Também com naturalidade vem a superação das desavenças quando o momento exige. Outro ponto inteligente do roteiro: não foi todo o planejamento da S.H.I.E.L.D. que botou os heróis pra trabalharem juntos. Foi a necessidade, o surgimento de “uma ameaça grande demais pra qualquer um deles enfrentam sozinho”. Como é bom quando os realizadores do cinema LÊEM os quadrinhos…

    Mesmo os personagens mais irrelevantes encontram seu espaço. Começando pelo melhor de todos (ironia mode on), o Gavião Arqueiro. Um zé ruela com arco e flechas no meio dos outros, muita gente questionava. Pois bem, amiguinhos: os caras não são idiotas, Barton é naturalmente colocado como um peixe fora d’água. Mas graças a um esperto artifício de roteiro, logo no início ele adquire uma posição diferente, ganhando uma participação mais ativa do que teria. E no fim das contas, ele é um agente fodão, que ta lá pra fazer aquilo que puder numa situação onde qualquer ajuda é bem vinda. E ele manda bem, simples assim. Jeremy Renner é um ator em ascensão, competente apesar de (na minha opinião) supervalorizado.

    Passemos então a (aaahhh…) Scarlet Johansson. Uma das boas surpresas do filme, devo dizer. Gostosa como sempre, mais uma vez com espertos enquadramentos de sua lendária e maravilhosa bunda, nenhuma novidade aí. Mas deu pra perceber uma boa atuação por parte dela, aliada a um desenvolvimento interessante da personagem Viúva Negra. Muito legal sua origem russa ser citada aqui (algo ignorado em Homem de Ferro 2), da mesma forma que seu passado com o Gavião. Ficou a curiosidade em saber mais sobre isso, de repente um spin off estrelado pela dupla seja uma idéia a ser pensada com carinho.

    Outro que surpreendeu foi o Hulk/Banner de Mark Ruffalo, um ator meio “mais do mesmo” que aqui conseguiu achar um tom que me agradou muito: algo entre a insegurança de um cientista meio loser em relações pessoais e a tranqüilidade de alguém que há anos convivendo com uma maldição, conseguiu controla-la. Ao contrário do que imaginei, Bruce Banner aparece bastante (o que não fica chato!) e o Hulk é usado com moderação, garantido níveis épicos de fodacidade quando parte pra ação. E na boa, pessoal, chega do eterno mimimi sobre o CGI do bicho ficar ruim, etc. Ele não é um ser humano grande e forte, é um monstro deformado. Não dá pra ficar “realista”. Algumas pessoas parecem desejar uma tecnologia que não existe. Vamos parar com a frescura e seguir em frente.

    Thor foi um personagem que me decepcionou um pouco, no sentido de sua relação com os outros. Lindos os quebra-paus contra Homem de Ferro e depois contra o Hulk, sem dúvida. Mas o fato do loirão já estar estabelecido e auto afirmado como “protetor da Terra” deixou pouco espaço pra um drama pessoal, uma evolução, além dele surgir um tanto abruptamente na meio da história. Seu interesse maior foi mesmo em relação a Loki, ainda tentando convencer o irmão a parar com as maldades. Postura recorrente nas hq’s, então não dá pra reclamar muito. Mas a impressão final é que, no caso dele, rolou um ctrl c no roteiro de Thor 2 e um ctrl v no meio da trama de Os Vingadores, fazendo com a jornada deste herói destoasse da dos demais. Chris Hemsworth mais uma vez manda bem.

    O outro Chris, o Evans, eternamente criticado por boa parte do público, também faz um bom trabalho. O que prejudica, e muito, o Capitão América, é a inexplicável mudança de sua roupa maneira pra um cosplay bem ridículo. Modernizar o uniforme pra que, após todo esforço que o filme solo teve pra combinar o aspecto super-heroístico com um visual militar? Pelo menos partissem pra algo mais sóbrio, talvez uma roupa de couro com um tom mais escuro, sóbrio. Aquele azul berrando deixou-o deslocado em meio aos outros heróis. Por outro lado, vê-lo muito mais ágil foi excelente, aproximando o personagem dos quadrinhos. Outra discussão pré-filme sempre foi sobre sua liderança (ou não) da equipe. Aqui ele não é, de fato, um líder inquestionável, apesar de ter seu momento de comandante de campo, visto sua experiência na Guerra. Isso se deve, porém, muito mais o fato do grupo ainda estar se formando (e o próprio Rogers ainda estar deslocado no presente) do que ter esse posto roubado por outro personagem de mais sucesso, como muitos imbecis pregaram aos quatro ventos.

    Pois o Homem de Ferro NÃO lidera a equipe, não comanda nada. Não aconteceu um fenômeno Wolverine aqui. Stark é o personagem mais legal, mais carismático, tem as melhores tiradas, Robert Downey Jr rouba a cena? Com certeza, mas sabiamente (graças a Deus) os caras não botaram o Ferroso pra dar ordens por conta disso. Ele ainda é o rebelde piadista, que apenas toma consciência da grandiosidade da situação e de sua própria importância no meio de tudo, e age de acordo. Sem nunca perder o humor mordaz. Se o herói se destaca, é naturalmente, não por ser “O” protagonista.

    Finalmente, o vilão. Tom Hiddleston mais uma vez ótimo no papel de um Loki eternamente movido pela inveja de Thor, isso é intrínseco do personagem. Muitos dos que estão criticando provavelmente desconhecem isso. Sem dúvida que todo seu plano, e movimentos para executa-lo, são bem “qualquer coisa” pra fazer a trama andar e os heróis brigarem entre si e depois se unirem. Sem dúvida um ponto pouco trabalhado do roteiro e o grande defeito do filme, porém perdoável. Como citado antes, o importante são os heróis interagindo, então a ameaça não ser tão bem desenvolvida é uma simples questão de falta de tempo. Falando em falhas, outro elemento que me incomodou foi a S.H.I.E.L.D. Emocionante ver o porta-aviões aéreo, nosso querido Samurai L Jackson tendo mais espaço pra ser mothafucka, hilário o agente Coulson se revelando um nerdão vergonha alheia, até Maria Hill em sua micro participação consegue ser legal. Mas a agência parece conseguir informações precisas das coisas muito rápida e facilmente, como que por mágica. Tudo bem que é uma central de Inteligência, mas esse é outro aspecto de um roteiro apressado. Mais uma vez, nada que comprometa a diversão.

    E esse é ponto principal, o filme é insanamente divertido. Ação desenfreada com toques de humor, a marca do Marvel Studios, agora numa escala maior. Pois Os Vingadores só pode ser classificado como um novo nível no cinema do gênero. Antes ficávamos feliz com qualquer adaptação, em seguida vimos que era possível ter bons filmes, e agora está provado que dá pra juntar um bando de heróis sem ficar galhofa. Se for algo bem planejado e executado, lógico. Então, Warner, já passou da hora de se coçar. Um mega filmaço com a Liga da Justiça é sim possível, e é o que todos enxergam e esperam pro futuro. Mas por enquanto, serei babaca ao encerrar o texto com um #ChupaDC.

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Crítica | Os Vingadores

    Crítica | Os Vingadores

    Há muito tempo venho largando aqui pelo Vortex Cultural um carinhoso apelido que foi inventado para o filme dos Vingadores. Esta mega produção da divisão cinematográfica da Marvel Studios vinha sendo carinhosamente chamada de “evento cinematográfico do ano” por várias pessoas, e eu resolvi aderir à causa.

    Os Vingadores sempre foi um sonho de todos os amantes do universo Marvel e de super-heróis em geral. O encontro da formação mais clássica do grupo nas telonas nunca havia passado disso. Pois bem, começamos a acordar deste sonho em 2008 com o lançamento de Homem de Ferro. Quando Nick Fury aparece na cena pós créditos deste filme, parado no apartamento de Tony Stark, tivemos a certeza de que ele estava vindo: Nosso sonho impossível viraria realidade.

    Então, quatro anos e quatro filmes depois, finalmente essa fantasia impossível tornou-se 100% realidade. São 3 horas da manhã do dia 27 de abril de 2012 e eu acabo de voltar da pré-estréia de Os Vingadores, mas até agora não me bateu um milésimo de sono. Não vou conseguir dormir tranquilo enquanto não contar exatamente o que foi Os Vingadores e por que esse filme é importante, na minha empolgada e nada balizada opinião, para a indústria cinematográfica e para o futuro dos filmes de super-heróis.

    Caso ainda não tenha ficado totalmente claro, Os Vingadores é simplesmente o maior filme de ação/aventura feitos nos últimos 50 nos, e provavelmente não será igualado pelos próximos 50! Um filme espetacular, bem humorado, respeitoso com os fãs e que vai marcar a vida de milhares de pessoas, a começar pela do diretor.

    Joss Whedon será lembrado, para todo o sempre, como o diretor que trouxe o grupo de super-heróis mais famoso da Marvel para as telas do cinema pela primeira vez. É inacreditável, na verdade, que alguém tenha deixado o filme nas mãos deste cara que, pasmem, nunca havia dirigido um filme inteiro antes! Eu não sei o que o pessoal da Marvel fumou antes de ligar pra ele e oferecer o trabalho, mas essa foi a aposta mais arriscada da história, sem dúvidas!

    Antes de entrar no plot, vamos só recapitular rapidinho o que o pessoal da Marvel largou na mão do diretor do cara: um personagem deus, um personagem indestrutível e incontrolável, um escoteiro super forte com um escudo errado, um gênio bilionário com tudo para roubar o filme de seu legítimo dono (leia-se: Capitones!) e dois personagens que nunca haviam sido explorados nos filmes introdutórios. Tudo isso junto no mesmo filme enfrentando um vilão que precisa ser muito foda, mesmo não tendo demonstrado antes fodulência o suficiente para bater de frente com esta galera… Fácil de fazer né?

    No filme, Loki é enviado à Terra por uma entidade desconhecida para roubar o cubo cósmico (que neste filme tem um outro nome que eu não consigo lembrar porque toda vez que ele era dito eu substituía a palavra estranha por “cubo cósmico”) da S.H.I.E.L.D.. Em troca da fonte inesgotável de poder, o meio-irmão de Thor receberia o controle de nosso lindo planetinha azul e seria o que sempre quis ser quando vivia em Asgard: rei do mundo e senhor de escravos.

    Diante do poder incomparável de Loki e seu bastão de energia vindo diretamente dos sets de filmagem de Stargate, Samuel Fury se vê obrigado a reativar o Projeto Vingadores, recutrando os heróis mais poderosos do planeta. Thor, Steve Rogers, Tony Stark, Bruce Banner, Clint Barton e Natasha Romanoff (gostosa) devem aprender a trabalhar em equipe para derrotar Loki e seu exército ciborgue de uma dimensão desconhecida, recuperar o cubo e destruir o máximo possível da ilha de Manhattan.

    O plot não tem nada de espetacular, isso é fato. O que é realmente espetacular é a forma como ele foi trabalhado dentro do roteiro, muito bem elaborado, diga-se de passagem. Whedon participou ativamente da elaboração do roteiro também, o que pode explicar boa parte do excelente resultado que conseguiu trabalhando uma história que não tinha nada de extraordinário. O filme esbanja ação e tem momentos de comédia tão bem localizados que até eu gargalhei no cinema (inclusive fazendo uma referência FANTÁSTICA a uma conhecida empresa do pessoal aqui do blog: O Boston Medical Group). Todos os recursos que estavam a disposição de Whedon e todas as adaptações necessárias foram utilizadas (e muito bem utilizadas) para manter o ritmo e não ofender os fãs no cinema. Vou enumerar as 2 que achei mais interessantes:

    A primeira, mais visível, e talvez mais importante adaptação que fez-se necessária diz respeito ao dono do filme. Quando a Marvel lançou os filmes preparatórios para Os Vingadores, Robert Downey Jr. mostrou ser “o” Tony Stark. Dos filmes anteriores, o que fez mais sucesso e o personagem mais querido da galera foi o Homem de Ferro. Sem ter como colocar outro personagem como chamariz para o filme, a equipe de roteiristas e o diretor deixaram o filme nas mãos do Stark, e ele óbviamente não decepcionou! Ele não é o líder do grupo de super-heróis, como muitos pensaram (este cargo é ocupado relativamente bem pelo Capitas), mas é o cara mais foda, mas engraçado e é o dono do filme.

    O segundo aspecto diz respeito ao cara errado da trupe. O Hulk é um personagem errado para se colocar num filme como este sem que seja modificado totalmente. Talvez pelo fato de ele não trabalhar muito bem em equipe, talvez pelo fato do Hulk de computador estar sempre com cara de dor de barriga, optaram por deixar suas aparições meio de lado. Ele aparece pouco no filme, mas sempre há um momento OMFG quando ele bate em alguém (amigo ou inimigo). O CGI que gerou o mostro não é mal-feito, mas incomoda na telona, ainda que ele seja o protagonista de uma porradaria homérica com o Thor e outra meio decepcionante com o irmão do lourão(ui!).

    Mais alguns pontos merecem destaque como, por exemplo, a bunda atuação da agente Romanoff(gostosa) na trama, a “massaveísse” do Gavião Arqueiro (que, para o desgosto do Jackson, não usou seu uniforme cláááássico), o escudo de vibrânio do Capitas que pára ou rebate as coisas de acordo com a vontade do Chris Evans e, logicamente, as sequências de montagem e desmontagem da armadura do Robert Downey Stark.

    Os Vingadores foi, para mim, uma experiência única no cinema. Chutou nádegas “Nolanianas” e mostrou para Warner/DC que é possível, SIM, fazer um filme de heróis que seja vendável pro público geral e que não desrespeite os fãs. Duas horas de filme que passaram sem que eu pudesse olhar para o lado ou desfazer o sorriso idiota na minha cara. O filme prende, tem boas atuações (destaque para a bunda atuação da Scarlett e sua maravilhosa roupa de couro) e um final interessante. Não preciso dizer que quando digo “final” quero dizer “cena pós-créditos”, não é?

    “The Avenger é o evento cinematográfico do século, Aoshi?”
    CERTEZA!! Desliga essa computador, corre pro cinema e, sendo fã de quadrinhos ou não, tenho certeza que você vai concordar comigo, ou não…