Tag: Paul Bettany

  • Review | WandaVision

    Review | WandaVision

    No mundo pós-pandemia os seriados televisivos e os serviços de streaming ganharam muita projeção entre o público que consome cultura pop. Pudera, sessões de cinema quando abertas tiveram pouca aderência e bilheteria, estratégias foram feitas algumas com êxito por parte de empresas como Paramount, Disney e Warner Bros, outras tantas deram errado, e em meio a isto, os programas televisivos da Disney Plus tem tido algum acerto, apesar de serem muito poucos. Wandavision surgiu nesse cenário, e trouxe boas surpresas além de ter criado um hype absurdo, gerando nos espectadores um número quase infinito de teorias, tal qual foram os áureos anos de Lost nas pós sessões anos atrás.

    A história se mostrou bem diferenciada. Com direção dos nove episódios assinada por Matt Shakman, que dirige séries desde 2002 contando obras como The Boys, Billions, Game of Thrones e a recente The Great, além de ser criada e roteirizada em sua maioria por Jac Schaeffer, que foi a roteirista de As Trapaceiras e argumentista do novo filme da Viúva Negra, ainda a ser lançado. O formato dos primeiros episódios brinca com a formula de sitcons, os episódios são formatados de forma semelhante ao que era comum TVs dos anos 50 até os 2000, com elementos de clássicos de I Love Lucy até Modern Family, além de outras tantas.

    Um dos pontos mais positivos  ao longo da minissérie – que a princípio, não terá uma segunda temporada embora o produtor Kevin Feige não garanta isso – é romper com o status quo dos filmes da Marvel, ao menos na maior parte de seu início. Essa não é uma mera historia escapista de super heróis, e sim uma reflexão sobre maus sentimentos, isso evidentemente gerou um número de reclamações o que sinceramente é injustificável, já que também há espaço para lidar com questões de bravura e luta, como é típico das fitas antigas de seres super poderosos.

    A série gerou muito burburinho, por conta de possíveis aparições de personagens do universo Marvel, e apesar de ter muitas cameos e aparições breves e outras mais longas, ainda assim ocorreram muitas críticas e reclamações por conta de decepções. Ora, a minissérie se debruça emocionalmente sobre a questão do luto. O modo gradativo como isso é registrado é bem pensado , qualquer reclamação nesse sentido chega a ser ilógica. Além  disso, o programa dá chance de atuações maiores e mais detalhadas não só para Elizabeth Olsen e Paul Bettany, mas também para ótimos atores, entre conhecidos do público nerd e novados. Além disso, ela também conversa com bons e inteligentes momentos do Universo Compartilhado da Marvel, como foi na depressão que fez Thor se descuidar da aparência em Vingadores: Ultimato, o precedente estava ali e poucas pessoas perceberam, ou se perceberam, não reclamaram porque a ação frenética estava lá. Se Homem-Aranha: Longe de Casa não reflete sobre as tragédias pós ataque de Thanos, Wandavision sim. O seriado reflete, repensa e mastiga questões como depressão, vontade de inexistir e até suicídio. É tragédia, com muitas cores e ações heroicas, mas é tragédia, e ainda pega elementos dos quadrinhos, como Dinastia M, Vingadores: A Queda e Visão: Pouco Melhor Que Um Homem.

    Os pretextos de usar clichês de séries antigas para discutir como seria a vida de um casal recém reunido são  inteligentes, uma piscadela para o espectador, além de ser uma versão criativa e bem inventiva dos simulacros, diferente do que foi em Tron: Odisseia Eletrônica e Matrix, mas reunindo elementos desses, e até da recente série Life on Mars. Outra referencia,  é o clássico O Show de Truman: O Show da Vida. Em comum com o filme de Peter Weir há a carga emocional, Truman Burbank e Wanda Maximoff são pessoas que perderam algo, um não tem mais a liberdade, a outra perdeu todos os entes queridos, e ambos lidam com isso em meio a um cenário de ter sua realidade olhada por agentes externos, embora um seja passivo enquanto  a moça é ativa. Ainda assim, a questão de controle da redoma é discutida e desenrolada vagarosamente ao longo dos curtos capítulos (alguns, sem créditos, mal chegam a vinte minutos), o que aliás, favorece as teorias da conspiração que brotaram nas últimas nove semanas.

    Antes da iniciativa de adaptar  histórias de Falcão e Soldado Invernal, Loki e a própria Wandavision, as séries de televisão tinham poucas ou nenhuma ligação com o que ocorria nos cinemas. Agentes da Shield, Manto e Adaga, as séries do Demolidor, Jessica Jones e demais da Netflix, mesmo com produção executiva de Jeph Loeb, tinham alguma participação ou outra de personagens dos filmes, mas sempre com timidez mesmo para citar os heróis dos Vingadores. Esse novo paradigma, de seriados com grandes atores do cinema certamente estão em outro patamar, e dificilmente  teriam continuações, só teriam essas caso o isolamento forçado prossiga por muito mais tempo. Os contratos de atores como Paul Bettany, Liz Olsen e até de Tom Hiddlestone são caros para produções, suas participações certamente ocorreriam em programas como da HBO, Showtime, e não em Tv aberta, onde seriados ainda tem 20 e poucos episódios. A escolha pode ser polêmica e restritiva, mas  dentro de sua proposta, garante uma chance maior de apuro e cuidado.

    Wandavision trata de temas muito caros, e por mais que não tenha sido pensado para ser exibido em um tempo tão delicado, aborda temas tristes de maneira inteligente e sentimental na medida. Seus personagens novos são carismáticos, seja a mulher que não tem receio de ser sexual que a personagem de Kathryn Hahn é (em uma releitura bem esperta do clichê das bruxas), ou na impetuosidade de Monica Rambeau de Teyonah Parris. Wanda brilha nesta versão, se expande como personagem e como maga, mas seu encontro com uma condição de ser quase onipotente só ocorre por conta da interferências de outras personagens femininas fortes, e mesmo diante de problemas técnicos, como o uso artificial de computação gráfica em algumas lutas e um último capítulo com furos e que possivelmente foram apressados graças a pandemia, o produto que Schaeffer e Shakman trazem é redondo, não tem receio em ousar e experimentar novos formatos, abrindo novos rumos para o destino da fase quatro do MCU bem ao estilo dos outros produtos dessa saga.

  • Dia dos Investidores da Disney: Os Principais Anúncios do Universo Marvel

    Dia dos Investidores da Disney: Os Principais Anúncios do Universo Marvel

    Meus amigos, a Disney não está para brincadeira! A data de dez de dezembro de 2020 poderá entrar para uma das principais da história desta gigante do entretenimento, já que foi o Dia dos Investidores da Disney, onde a “empresa do Mickey Mouse” apresenta para seus investidores seus projetos futuros. Foi uma maneira agradável de dizer que o seu dinheiro será empregado pesadamente em produções audaciosas para o público em geral, que envolve a Disney propriamente dita, a Pixar, Marvel e Lucasfilm com o universo de Star Wars.

    De fato, o que se viu foi que a Disney investirá pesado no seu canal de streaming, o Disney+, demonstrando querer viver não só do passado, mas de um futuro bastante promissor. Inclusive, o evento aproveitou para mencionar o sucesso estrondoso do canal que já está próximo de bater a meta que estava prevista para daqui 4 anos.

    Mas nem tudo são flores, uma vez que diversos projetos poderão sofrer cancelamentos ou mudanças em suas trajetórias. Falaremos isso em um texto mais específico.

    Aqui nós acompanharemos o que vem por aí no mundo dos heróis da Marvel.

    Enquanto a Lucasfilm aposta em lançamentos inéditos, trazendo pouquíssimos rostos conhecidos, a Marvel opta por um caminho totalmente oposto, usando e abusando dos rostos que conhecemos nos últimos 12 anos de seu universo cinematográfico, porém, ousando um pouco mais.

    WANDA VISION

    Embora a produção de Wanda Vision não fosse novidade pra ninguém, já que a bizarra série estrelada por Elizabeth Olsen e Paul Bettany já teve diversos trailers lançados, o anúncio serviu apenas para informar a data de sua estreia no Disney+, que será logo no começo de 2021, em 15 de janeiro.

    THE FALCON AND THE WINTER SOLDIER

    A série do Falcão e do Soldado Invernal, embora já estivesse em estágio avançado de produção, buscou esconder ao máximo imagens oficiais e detalhes da trama. Estrelada por Anthony Mackie e Sebastian Stan, ambos retornando aos seus papeis, The Falcon And The Winter Soldier teve divulgado seu primeiro e lindo trailer recheado de ação e com uma bela fotografia. A produção também ganhou uma data de estreia para 19 de março de 2021.

    LOKI

    Épico e louco. Essa é a definição para a série de Loki que teve seu primeiro trailer divulgado. Loki mostrará o que aconteceu com o personagem após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato, e trará novamente o querido Tom Hiddleston na pele do Deus da Trapaça.

    WHAT IF…?

    What if…? já tinha sido anunciada anteriormente, mas assim como The Falcon And The Winter Soldier, a animação que ficou em segredo finalmente ganhou seu primeiro trailer e nele podemos ver que Peggy Carter foi quem recebeu o soro de super soldado do Capitão América, além de vermos T’Challa como Senhor das Estrelas.

    QUARTETO FANTÁSTICO

    Talvez a maior novidade nos anúncios da Marvel. Com a compra da Fox pela Disney tivemos o retorno dos direitos sobre o Quarteto Fantástico e dos direitos sobre os X-Men. Porém, é com a equipe de cientistas que a Marvel resolveu arriscar primeiro. O filme será dirigido por John Watts que é o responsável pelos filmes do Homem-Aranha da fase Tom Holland. Vale lembrar que será a terceira tentativa de fazer o quarteto vingar nas telas.

    INVASÃO SECRETA

    Talvez a maior surpresa da noite. Teremos a adaptação do arco Invasão Secreta e ela será estrelada nada mais nada menos por Samuel L. Jackson, como Nick Fury e Ben Mendelsohn, como o Skrull Talos que apareceu em Capitã Marvel e Homem-Aranha: Longe de Casa.

    SHE-HULK

    A série da Mulher Hulk contará com o retorno de Mark Ruffalo na pele do Gigante Esmeralda e ainda terá o retorno de Tim Roth como o vilão Abominável, que apareceu no filme O Incrível Hulk estrelado por Edward Norton. Não é a primeira vez que personagens deste filme retornam em filmes do MCU, já que William Hurt, que viveu o General Ross, apareceu em filmes como Capitão América: Guerra Civil, além de ter presença garantida em Viúva Negra.

    A protagonista será vivida pela atriz Tatiana Maslany.

    ARMOR WARS

    Armor Wars será estrelada por Don Cheadle, o Máquina de Combate. Após a morte de Tony Stark, James Rhodes luta para que as invenções de seu melhor amigo não caiam nas mãos erradas.

    IRONHEART

    Mais uma série que buscará manter o legado do Homem de Ferro. De acordo com a própria Disney, veremos Riri Williams (vivida por Dominique Thorne) criando a armadura mais tecnológica desde as armaduras criadas por Tony Stark. É muito provável que na série, Riri se torne a heroína Coração de Ferro.

    THE GUARDIANS OF THE GALAXY HOLIDAY SPECIAL

    Um anúncio que faz o fã cair na gargalhada, depois colocar a mão na consciência e chegar na seguinte conclusão: James Gunn é um gênio. Todos sabem do famigerado Star Wars Holiday Special e aquela discussão de ser cânone ou não, depois de total constrangimento ao término da fita. Pouco importa. Mas será lindo ver uma sátira promovida pelos Guardiões da Galáxia. Ah, roteiro e direção de Gunn, e sim, será em live action.

    I AM GROOT

    O querido Groot também ganhou uma série para chamar de sua. Aqui a estrela será sua versão bebê apresentada em Guardiões da Galáxia Vol. 2, numa série de curtas animados.

    ANT-MAN AND THE WASP: QUANTUMANIA

    Também foi anunciado o terceiro filme do Homem-Formiga. E pelo título, além de dar a entender que o filme será focado no mundo quântico, está mais que claro que a Vespa ganhou o público e os executivos dividindo o protagonismo. Embora tenhamos o retorno de Peyton Reed na cadeira da direção e o retorno de Paul Rudd e Evangeline Lilly, Cassie Lang será vivida por Kathryn Newton.

    E ainda tivemos alguns anúncios interessantes, como o anúncio do novo filme da Capitã Marvel, que trará a Ms. Marvel (que também ganhou um seriado protagonizado), além de uma adulta Monica Rambeau. Teremos também a continuação de Pantera Negra com o devido respeito ao legado deixado por Chadwick Boseman que faleceu há pouco tempo, não escalando um novo T’Challa e o bombástico anúncio de que Christian Bale estará em Thor: Love And Thunder, como o vilão Gorr, o Carniceiro dos Deuses.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Crítica | Homem de Ferro

    Crítica | Homem de Ferro

    O marco um da iniciativa da Marvel em realizar seu próprios filmes contou com um diretor de filmes independentes conhecido por atuar em comédias de gosto duvidoso. Vendo a obra de Jon Favreau nos dias atuais é difícil enxergar como estava sua carreira em 2008, e o começo de seu Homem de Ferro é  igualmente diferenciado, nele Robert Downey Jr. tentava se reinventar como ator, no papel do milionário Tony Stark.

    O chamado à aventura ocorre após um grupo terrorista interceptar o carro onde Stark era escoltado, para surpresa de poucos, pois o roteiro deixou claro em todo o seu percurso se tratar de uma viagem perigosa, mas o personagem subestimou por completo a situação, como é de praxe em seu comportamento. Já nesse momento se percebe o quão inconsequente e bon vivant é o personagem de Downey Jr., inclusive, deixando seu amigo Jim Rhodes (Terrence Howard) em uma enrascada.

    Apesar da faceta engraçada e despreocupada, Tony é mostrado como um sujeito que não permite que as pessoas se aproximem demais, em um misto do que seria a personalidade do personagem criado nos anos 1960, embora tenha um pouco da personalidade de Bruce Wayne/Batman e da ironia de Dr. Stephen Strange, tanto que no filme Doutor Estranho, isso teve que ser de certa forma suprimido. A participação de Downey Jr. foi tão boa e icônica que influenciou até nas versões do herói nos quadrinhos.

    Na parte oriental da trama, há alguns problemas, como estigmatização dos árabes como vilões do mundo, apesar de aqui isso ser bem tímido em comparação com outros tantos filmes de ação mais recentes ou do mesmo período, é como se esse fosse um dos últimos grandes filmes há ainda apelar para esse espectro, com o roteiro ainda tendo vergonha de ser assim, tanto que neste momento, ele tem um belo assistente, Yinsen, interpretado muito bem por Shaun Tob. Nos quadrinhos, ele é um dos mentores do futuro Homem de Ferro, mas é chinês (seu nome é Ho Yinsen), no entanto, até essa mudança é plenamente cabível dentro do filme.

    Apesar de não ser perfeito, ele funciona como filme de origem bem diferente de outros como Superman, Batman e Homem-Aranha se tornando referência para contar histórias de outros filmes do Marvel Studios, apoiado ainda no equilíbrio entre drama, ação e humor, além do elenco afiado com seus personagens, não só Downey Jr. e Howard, mas também Gwynett Paltrow e Paul Bettany como Peppert Potts e o mordomo eletrônico Jarvis.

    O que pesa contra o filme são os vilões. O Obadiah Stane de Jeff Bridges além de desperdiçar seu intérprete já parecia se tratar de um sujeito malvado desde sua primeira cena. O personagem de Faran Tahir também é maniqueísta, sendo somente um capanga ganancioso e inconsequente.

    No entanto, as razões que fazem os vilões perseguirem Stark fazem muito sentido, principalmente por toda a trama envolvendo o mercado de armas. A ideia de não antecipar a trama envolvendo o Máquina de Guerra nesse filme foi inteligente, pois dá espaço para o herói ser desenvolvido sozinho, ainda que ele não tenha um antagonista à altura. A presença de Clark Gregg como Agente Coulson só ganha importância nos quarenta minutos finais, e o mistério que o envolve faz muito sentido, ainda mais quando é  revelado.

    Os aspectos visuais são bem trabalhados por Favreau, e sua duração é o suficiente para entreter e introduzir o vingador dourado como pontapé inicial desse universo. Ainda assim, o momento mais espirituoso ficou para o final, com Tony Stark assumindo publicamente a alcunha de Homem de Ferro, seguido logo depois pelo clássico Iron Man do Black Sabath, acompanhado de uma disposição de créditos bem estilizada, e claro, pela participação especial de Samuel L. Jackson, na cena pós-crédito, embrião do Universo Compartilhado da Marvel.

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  • Crítica | Solo: Uma História Star Wars

    Crítica | Solo: Uma História Star Wars

    Os spin-offs de Star Wars têm (até agora pelo menos) algo nos bastidores que os fazem se tornarem dúvida quanto a sua qualidade. A respeito de Rogue One: Uma História Star Wars foram feitas novas filmagens, cancelaram (ou adiaram, isso está indefinido até hoje) o filme de Josh Trank que mais tarde seria revelado como a aventura de Boba Fett, e com este Han Solo: Uma História Star Wars, houve uma saída de última hora da dupla Phil Lord e Christopher Miller – são creditados como produtores executivos. Coube a Ron Howard o papel de tentar aparar as arestas e trazer à luz um filme que parecia amaldiçoado, e apesar dos percalços, ele acerta bem mais que erra, trazendo um longa que prima pela diversão limpa e descompromissada.

    Desde o começo do filme, o personagem de Alden Ehrenreich soa como uma das muitas facetas que Harrison Ford empregava no mercenário, com a ideia do bom moço disfarçado de cafajeste. Isso talvez seja o maior senão do roteiro de Jonathan Kasdan e Lawrence Kasdan, uma vez que esta nova versão é bem menos munida de camadas que sua contraparte introduzida em Uma Nova Esperança. Quando o espectador vê este Solo em tela, não acredita muito que ele seria capaz de trapacear com todos, mas ainda assim isso pode ser devido ao fato dele ser um iniciante ainda.

    Já nos primeiros momentos se estabelece um casal, com Qi’ra (Emília Clarke) e o pretenso anti-herói, tentando sair de Corelia, planeta natal dos dois, esbarrando em vítimas dos trambiques do futuro caçador de recompensas. Não demora e tem um salto temporal, para então dar vazão a um tempo onde ocorreram alguns dos fatos sobre o passado de Solo que são bastante conhecidos pelos fãs, e as apresentações tanto de personagens novos como dos antigos é executada muitíssimo bem, cada peça se encaixando de maneira bastante harmoniosa dentro da série de filmes. Quase todas as respostas em relação ao background do personagem, suas mentiras e trapaças são bem exemplificadas, e isso por si só já é um avanço enorme em comparação a trilogia de prequels, que só respondeu ao que interessava a George Lucas, e não aos seus fãs.

    Há um número considerável de fan service, em especial ao especial primeiro encontro de Han com a Millenium Falcon, com Chewbacca, e principalmente, Lando (Donald Glover), ainda que esse último merecesse bem mais tempo de tela. No entanto, os vilões e demais personagens que rodeiam o protagonista e seu núcleo não são muito marcantes, exceção é claro a L3-37 (Phoebe Waller-Bridge ) androide e copiloto de Lando, para variar como K2-S e BB8 em Despertar da Força. Tanto Dryden Vos (Paul Bettany) quanto Beckett ( Woody Harrelson) não possuem muito brilho, mesmo que tenham bastante tempo de tela, já Qi’ra, apesar de ser feita por uma atriz limitada, transborda carisma, de um jeito que há muito não se via em Clarke, tendo inclusive um momento no filme que causa bastante impacto nos fãs mais ardorosos de Rebels e Clone Wars.

    A troca de diretores fez perguntar se o longa não seria como foi Homem Formiga, que teve a saída de Edgar Wright e uma quebra de expectativa enorme, uma vez que se prometia um filme fora da caixinha. A se julgar Anjos da Lei e Anjos da Lei 2, o produto final poderia ser um filme bem mais ousado, mas seu formato não chega a ser tão irritante quanto a maioria dos filmes de super-herói da Marvel. Até agora o sub-gênero não saturou ou comprometeu os filmes da série, até porque o universo compartilhado não tem exatamente uma história cronológica e amarrada como no MCU. Se haverá uma fórmula esgotável, ao menos é cedo para falar, já que mesmo com os percalços, tanto Howards como Gareth Edwards entregaram filmes corretos, que se não ousam, ao menos traduzem aventuras escapistas, divertidas e reverenciais a trilogia clássica, acertando bem mais que Ameaça Fantasma, Ataque dos Clones e Vingança dos Sith, e ainda amarrando os destinos dos personagens até com as animações de Dave Foloni, canonizando de forma coesa até mesmo as partes da série que não tem mesma projeção do universo cinematográfico.

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  • VortCast 57 | Vingadores: Guerra Infinita

    VortCast 57 | Vingadores: Guerra Infinita

    Bem-vindos a bordo. A pedido dos ouvintes, Flávio Vieira (@flaviopvieira), Filipe Pereira (@filipepereiral), David Matheus Nunes (@david_matheus) e Jackson Good (@jacksgood) se reúnem para comentar sobre o filme Vingadores: Guerra Infinita.

    Duração: 103 min.
    Edição: Julio Assano Junior
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

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    Vingadores: Guerra Infinita

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    VortCast 47 | Homem-Aranha e o Cinema

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  • Crítica | Vingadores: Guerra Infinita

    Crítica | Vingadores: Guerra Infinita

    Como eu havia escrito no meu texto sobre as expectativas em torno de Vingadores: Guerra Infinita, a hora havia chegado. O filme que marca os 10 anos do conhecido Universo Cinematográfico Marvel – UCM chegou aos cinemas com muitas dúvidas, desde as mais óbvias no que diz respeito ao encaixe de dezenas de heróis e seus coadjuvantes em tela, passando pelas apostas sobre qual herói seria o candidato a morrer e a partir os corações dos fãs, até a pergunta mais óbvia e com extrema relevância para a trama: onde está a Joia da Alma?

    Vingadores: Guerra Infinita entrega aos fãs e ao espectador aquilo que satisfaz desde os mais aficionados até aqueles que não estão tão familiarizados assim com o UCM e melhor, além de encher os olhos daquele que assiste, causando as mais diversas sensações, amarra todo o universo iniciado em 2008 com Homem de Ferro, tendo Pantera Negra como último “representante”, solucionando todas as dúvidas e amarrando todas as pontas soltas no decorrer do caminho, além de jogar no ar muitas outras perguntas que, talvez comecem a ser respondidas nas produções Homem-Formiga e a Vespa, Capitã Marvel e, obviamente, na quarta aventura da equipe que estreará somente em 2019, embora já esteja em estágio final de filmagem.

    Tentando evitar spoilers ao máximo neste texto, Guerra Infinita, como todos já sabem, marca a busca do vilão Thanos (Josh Brolin) pelas Jóias do Infinito e tem como ponto de partida os minutos seguintes da cena pós-créditos de Thor: Ragnarok, quando a nave da nova Asgard é abordada por outra gigantesca nave. Logo em seus primeiros minutos o filme já mostra quem de fato é Thanos e ele é assustador. Assim, deu-se início ao maior filme da curta, porém, de sucesso história da Marvel.

    Logo no início desse texto foi falado que um dos maiores desafios da produção seria encaixar tantos heróis, protagonistas e coadjuvantes em tela, e após o término do filme, tem-se se a sensação que cada um dos milhares de nomes que aparecem nos créditos finais, desde a direção de Joe e Anthony Russo, passando pela história escrita por Christopher Markus e Stephen McFeely, até prestadores de serviço como o “cozinheiro de Robert Downey Jr”, ou o “cabeleireiro de Don Cheadle”, merecem ser aplaudidos de pé. O cuidado com a história é tão minucioso que coisas “bobas”, mas que poderiam ter ficado de fora estão lá. Um pequeno exemplo disso é que devemos lembrar que Bruce Banner (Mark Ruffalo), por exemplo, abandonou o planeta ao final de Vingadores: Era de Ultron e ficou anos fora do ar, enquanto, na Terra, acontecia os eventos de Guerra Civil, Homem-Formiga, Doutor Estranho, Homem-Aranha: De Volta ao Lar e Pantera Negra. Banner acaba sendo atualizado de algumas coisas de uma maneira muito divertida.

    Aliás, Banner, a julgar pelo que aconteceu nos últimos anos, está mais leve, sem aquela agonia constante que o personagem entregava nos demais filme e isso contribui para alguns momentos de humor serem protagonizados por Mark Ruffalo. Humor esse que está presente em todo o transcorrer da fita, cada um a sua maneira. As partes dos Guardiões da Galáxia são tão autênticas que parecem que foram escritas por James Gunn e isso foi bem acertado no filme, já que aqui, um não invade o território do outro no que diz respeito ao estilo de cada personagem e assim, meio que temos um núcleo de personagens habilidosos com o humor e outro núcleo bem mais sereno. Tudo isso aliado à diversas cenas de luta e ação desenfreada, todas muito bem feitas e bem resolvidas.

    Em Guerra Infinita todo herói tem seu momento de protagonismo. O roteiro e a direção, de maneira habilidosa, cedem espaço para todos, sem exceção, algo que foi muito bem construído por Joss Whedon no primeiro filme, mas totalmente esquecido pelo diretor em Era de Ultron e pelos Irmãos Russo em Guerra Civil, quando há momentos em que Visão (Paul Bettany) e Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), dois dos mais poderosos no campo de batalha, simplesmente desaparecem, buscando de maneira preguiçosa, deixar a batalha mais equilibrada. Aqui, ninguém é esquecido e pra adicionar ainda mais um desafio para produção, ainda temos gratas surpresas, como o retorno de alguns bons personagens, além da inclusão de outros novos. Contudo, com relação ao seu herói preferido, fica o alerta de que você poderá ficar um pouco decepcionado se considerarmos o tamanho de sua expectativa. Guerra Infinita não tem tempo para desenvolver os personagens e as relações entre eles e os motivos são tanto relacionados ao desenvolvimento da produção, como ao desenvolvimento da história, porque Thanos, simplesmente, não deixa. E isso nos leva a dois destaques: o já mencionado titã louco e o deus do trovão, Thor (Chris Hemsworth).

    O Thanos de Brolin é incrível. Ele não é um vilão clássico, megalomaníaco, que busca somente destruir tudo e todos em busca única e exclusiva de poder, desbancando Loki (Tom Hiddleston) do trono de melhor vilão do UCM. Thanos tem um propósito até justificável e percebe-se que ele sofre por carregar esse fardo, tanto que a cada conquista, em vez de comemoração, vemos certo desânimo em seu semblante e chega num determinado momento em que você fala consigo mesmo “vai, Thanos!” tamanha a serenidade do personagem. A clássica vilania fica por conta de seus filhos Fauce de Ébano (poderosíssimo), Proxima Meia-Noite, Corvus Glaive e o brutamontes Estrela Negra.

    Já Thor sofreu mudanças significativas em Ragnarok e o personagem, dentro dos principais, foi o que mais evoluiu se levarmos em conta seus dois primeiros filmes que foram ruins e suas duas participações nos dois primeiros filmes dos Vingadores. E também, o contato junto dos Guardiões, fez com que o semideus se sentisse em casa, se encaixando na equipe como uma luva. Thor sempre foi um herói dotado de extrema arrogância e em Guerra Infinita podemos perceber que ele é um grande guerreiro.

    Muito se especulou sobre a empreitada ser um enorme filme que foi dividido em duas partes, assim como as produções finais de Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes e embora, ambas histórias tenham tido filmagens simultâneas, optou-se por ser duas produções distintas e com títulos próprios e o que se vê em Guerra Infinita é a síntese disso. Um filme próprio, com começo, meio e fim bem distribuídos. Além disso, ao término da produção, fica claro que o filme é sobre Thanos, algo que foi incrivelmente acertado, deixando a entender que o próximo será sobre a equipe.

    O sentimento que Guerra Infinita deixa é de alegria e dever cumprido, o que aumenta ainda mais a expectativa para o próximo filme que chega aos cinemas daqui aproximadamente um ano. Enquanto isso, ficamos no aguardo da San Diego Comic Con em julho, que pode trazer as primeiras imagens e informações da misteriosa conclusão da história.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Vingadores: Guerra Infinita | Teorias e análises sobre o primeiro trailer

    Vingadores: Guerra Infinita | Teorias e análises sobre o primeiro trailer

    As primeiras imagens de Vingadores: Guerra Infinita foram mostradas em julho durante o evento da Disney chamado D23 e causou furor entre os presentes. Os fãs que estavam lá tiveram o “privilégio” de ver que os Vingadores, Guardiões da Galáxia e demais heróis do chamado Marvel Cinematic Universe – MCU terão muito, mas muito trabalho para enfrentar Thanos e seus soldados da Ordem Negra.

    Eis que a espera acabou e o resto do mundo pôde ver o que está por vir com a liberação do primeiro trailer oficial do filme. Informamos que a partir daqui, o texto poderá conter diversos spoilers, assim como teorias que poder ser verdades ou não.

    Logo no início, Nick Fury, Tony Stark, Visão, Thor, Natasha Romanoff proferem aquilo que seria o embrião da Iniciativa Vingadores, iniciada há quase 10 anos com a cena pós créditos de Homem de Ferro, de que havia uma ideia de reunir pessoas incríveis para ver se eles poderiam ser algo mais e que, então, se as pessoas precisassem deles, eles poderiam lutar as batalhas que as pessoas jamais poderiam lutar. Nas imagens já vemos Tony Stark (Robert Downey Jr) completamente acabado em sofrimento, onde se acredita que ele está segurando a mão de alguém que veio a padecer. Vemos também Bruce Banner (Mark Ruffalo) caído e assustado dentro de um buraco, sendo observado pelo Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) e Wong (Benedict Wong), quando a imagem corta para o Visão (Paul Bettany), em sua forma humana, num momento de carinho com Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), ao mesmo tempo em que Thor (Chris Hemsworth) aparece a bordo da Millano.

    As imagens a seguir já mostram Stark junto de Banner e Dr. Estranho dentro do Sanctum Sanctorum, enquanto Peter Parker (Tom Holland), dentro de um ônibus, tem seus pelos do braço completamente arrepiados para, logo após, observar uma enorme máquina circular pairando no céu de Nova Iorque. Embora as imagens sejam rápidas, é possível perceber que Stark tem um novo reator em seu peito e é muito provável que esse reator não seja somente um reator, mas também a fonte de onde sairá a sua armadura, o que remete, de certa forma, à armadura Extremis dos quadrinhos, muito embora, seu design seja bastante inspirado na Bleeding Edge, também dos quadrinhos.

    Temos também imagens de Thanos (Josh Brolin) chegando provavelmente na Terra através de um portal, enquanto o Homem-Aranha, vestindo a sua armadura mais tecnológica apresentada ao final de De Volta ao Lar, procura um jeito de desativar a máquina circular, enquanto T’challa (Chadwick Boseman) ordena que a cidade seja evacuada, que todas as defesas sejam acionadas e que peguem um escudo para o homem que sai das sombras. O homem é nada mais nada menos que Steve Rogers (Chris Evans), que inclusive, aparece em cena segurando uma lança atirada pela vilã Próxima Meia Noite. Vale destacar que esse escudo do qual T’Challa menciona, não deverá ser o tradicional escudo do Capitão América, mas sim um escudo usado em Wakanda, onde o guerreiro possui duas placas retráteis de vibranium nos braços.

    O trailer tem um caráter muito urgente e passa a impressão de que é mais tenso do que o primeiro trailer de Vingadores: Era de Ultron. Nas imagens, ainda podemos ver a Hulkbuster chegando em Wakanda, que inclusive receberá uma enorme batalha, onde Capitão América, Falcão (Anthony Mackie), Viúva Negra (Scarlett Johansson), Soldado Invernal (Sebastian Stan), junto do Pantera Negra, Máquina de Combate (Don Cheadle), Hulk e a líder das Dora Milaje, Okoye (Danai Gurira), liderarão o exército de Wakanda contra o exército do Titã Louco, formado pelos Batedores ou pelos Vrexllnexians que já apareceram na série Agents of S.H.I.E.L.D., o que, de certa forma, causa surpresa, uma vez que a decisão mais óbvia seria usar novamente o exército Chitauri do primeiro filme. O trailer termina com Thor perguntando quem são as pessoas para quem ele está olhando e a imagem aponta para os Guardiões da Galáxia, aqui formados por Senhor das Estrelas (Chris Pratt), ostentando um bigodão setentista, Groot (voz de Vin Diesel), em sua forma adolescente, Gamora (Zoe Saldana), Mantis (Pom Klementieff), Rocket Racoon (voz de Bradley Cooper) e Drax (Dave Bautista).

    No que diz respeito ao enredo propriamente dito, é muito provável que o filme já comece com Thor sendo atropelado junto com outros destroços pelos Guardiões da Galáxia e que, ao ser resgatado pela equipe, começa a contar o que houve com ele, onde a nave contendo a Nova Asgard foi interceptada e destruída pela nave de Thanos. Existe a possibilidade dos Guardiões já estarem numa investigação com o intuito de saberem o que aconteceu com o Colecionador (Benicio Del Toro) e com a Tropa Nova, uma vez que nas imagens do trailer, o vilão possui duas Joias do Infinito e uma delas é justamente o Orbe, que estava sob a posse da tropa, sendo que a outra é o Tesseract, que deve ter sido entregue por Loki (Tom Hiddleston) durante o ataque à nave. E é durante esse ataque que existe a possibilidade de Heimdall (Idris Elba), sob às ordens do Deus do Trovão, enviar Bruce Banner para pedir socorro a Stephen Strange, o que justificaria sua queda exatamente dentro do Sanctum Sanctorum. Banner contacta Tony Stark e eles, provavelmente, serão os primeiros a receberem a investidas de Thanos e sua Ordem Negra. Uma imagem chocante é aquela em que vilão, após colocar a segunda joia em sua manopla, dá um duro golpe que nocauteia o Homem de Ferro de forma muito violenta.

    Vale destacar que o filme deve possuir alguns núcleos separados e somente em certo momento que o Capitão América, Falcão e Viúva Negra irão para Wakanda requerer auxílio ao Pantera Negra e ao Soldado Invernal. Antes disso, o grupo deve estar junto de Visão e Feiticeira Escarlate que sofrem um ataque da Proxima Meia Noite e de Corvus Glaive e é nesse momento que deve acontecer a primeira baixa da equipe, quando o sintetizoide possivelmente terá a jóia que carrega em sua cabeça extraída por Glaive.

    E deve ser Bruce Banner e o Coronel Rhodes que farão o elo de ligação entre os dois fronts de batalha, o de Nova Iorque com o de Wakanda. Por isso, acredita-se que é Banner quem pilota a Hulkbuster, que fará o transporte do cientista até o país africano. Curiosamente, a gigante armadura também aparece na batalha. Se for realmente Banner dentro dela, a teoria é que o herói esteja inseguro em se transformar em Hulk novamente, temendo que o Gigante Esmeralda tome por completo sua consciência, o que faz sentido, contudo, não vale de nada, uma vez que o monstro também aparece nas imagens.

    Obviamente, tudo isso se trata de suposições, afinal, alguns personagens e heróis ainda não apareceram, como o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Homem-Formiga (Paul Rudd) e a Nebulosa (Karen Gillan), além do fato dos trailers serem montados de maneira aleatória. De qualquer forma, as primeiras imagens de Vingadores: Guerra Infinita fizeram tanto sucesso que bateram recorde de visualizações em menos de 24 horas de seu lançamento.

    O filme estreia dia 26 de abril aqui no Brasil.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Vingadores: Guerra Infinita | Confira a descrição do fantástico trailer exibido na D23

    Vingadores: Guerra Infinita | Confira a descrição do fantástico trailer exibido na D23

    A  Disney é tão enorme que precisa de um evento nos mesmos moldes das Comic Cons para anunciar novidades e imagens exclusivas de seus mais aguardados projetos.

    Felizmente, o terceiro filme dos Vingadores, intitulado de Guerra Infinita, promete ser o maior filme da história do cinema, não só pela quantidade absurda de heróis (todos aqueles que já apareceram até então), mas também por ser um ambicioso projeto trazido pela Marvel.

    O painel do filme contou com o presidente Kevin Feige e o co-diretor, Joe Russo, que conseguiu reunir no palco ninguém mais, ninguém menos que os Vingadores, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Don Cheadle, Anthony Mackie, Tom Holland, Benedict Cumberbatch, Chadwick, Boseman, Sebastian Stan, os Guardiões da Galáxia, Karen Gillan, Dave Bautista, Pom Klementieff e o vilão, Josh Brolin.

    O trailer foi exibido somente para o público presente no salão e foi fantástico. Confira a descrição.

    De início, vemos um momento de tensão, onde os Guardiões da Galáxia, a bordo da Milano, esbarram no corpo inconsciente de Thor (com o uniforme de gladiador de Thor: Ragnarok). Ao ser trazido para dentro da nave, o asgardiano é acordado por Mantis. Assustado, Thor pergunta quem são aquelas pessoas.

    As imagens passam a mostrar a Terra com vários trechos de devastação. Vemos um Loki nada amistoso em posse do Tesseract e Peter Parker, num ônibus, tendo os pelos do braço sendo arrepiados, o que, aparentemente, é o seu sentido de aranha.

    Vemos Thanos pela primeira vez em um planeta alienígena usando a Manopla do Infinito e ele consegue soltar parte de uma lua provocando uma chuva de meteoros. Doutor Estranho, Guardiões da Galáxia e o Homem de Ferro estão na batalha.

    Também vemos em outras imagens o Homem-Aranha vestindo um novo uniforme, o Pantera Negra em Wakanda, alguns Vingadores, juntos do Hulk, apanhando dos asseclas de Thanos e também um Capitão América barbudo e uma Viúva Negra loira.

    O trailer tem um tom dramático, semelhante aos de Homem de Ferro 3 e Vingadores: Era de Ultron.

    Vale destacar que as filmagens do corte principal do filme se encerraram na última sexta-feira e a produção da continuação ainda sem título já teve início de imediato.

    Vingadores: Guerra Infinita estreia em 4 de maio de 2018.

    Texto de autoria de David Matheus Nunes.

  • Crítica | Vingadores: Era de Ultron

    Crítica | Vingadores: Era de Ultron

    Vingadores 1

    Fechando a Fase Dois dos filmes da Marvel, passando por qualquer expectativa ao filme de 2012, Joss Whedon finalmente se despede dos filmes da Marvel Studios, utilizando uma desculpa até hoje mal contada, mas que não o impediu de produzir um filme que atingisse todos os requisitos de uma boa sequência, ainda que sua produção tenha alguns defeitos pontuais.

    O início da trama é frenético, com sequências de ação desenfreadas que fazem o filme se assemelhar à fita de Simon West, Os Mercenários 2. Não perdendo qualquer segundo com explicações, o filme já demonstra como os heróis agem em grupo e o quão coesa é aquela união, mais intensa graças à queda do sigilo e das operações da antiga S.H.I.E.L.D, como mostrado em Capitão América 2 – O Soldado Invernal. Os opositores seguem como os membros da HYDRA, ainda que toda a confecção dos vilões seja um óbvio MacGuffin, como Hitchcock adorava fazer, um despiste que não consegue ludibriar qualquer espectador mais experiente.

    Tal artifício cobre seus efeitos, já que toda a construção prévia rui em questão de minutos, mesmo com toda a crescente de importância dos até então vilões. O fato do roteiro se basear em uma história recente de sucesso por um lado compromete a cena pós-créditos de Vingadores, mas consegue manter o clima de escapismo, equilibrando pontuais questões sérias, adicionando cor e docilidade, com cenas de ação ainda mais bem orquestradas – marca forte de Whedon enquanto diretor – mesmo que o exército dos inimigos seja absolutamente descartável, como tantos capangas acéfalos dos tokusatsus famosos, equiparando a antiga tropa de Tony Stark (Robert Downey Junior) aos esquálidos bonecos de massa que enfrentavam os Power Rangers.

    A ideia de explorar as diferenças entre os membros do grupo segue concentrando um enorme pedaço do desenvolvimento do roteiro.  Não há nisto qualquer novidade, mesmo o acréscimo dos novos personagens – os gêmeos Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) – já era esperado, por ser um clichê de filme de equipe. O fato de não precisar mais contar qualquer origem gera no público uma avidez por mais aspectos novos, que não são plenamente cumpridos, ainda que o excesso de adrenalina quase chegue a cumprir essa expectativa.

    A discussão a respeito da antiga questão da supervisão do vigilantismo beira o brilhantismo. Diferente do executado por Zack Snyder em Watchmen, a indagação do “quem vigiará os vigilantes” não é tratada de modo pasteurizado, ao contrário, pois os pecados de Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e do Homem de Ferro são cobrados com os próprios em vida, sem qualquer tentativa de fuga da responsabilidade ou de complacência dos seus atos impensados. Ultron é fruto do medo da humanidade de ser perseguida, e toda a sua arrogância – unida ao potente trabalho vocal de James Spader – faz com que todo o pânico inerente aos homens de sangue quente se fortifique, manifestando-se através de uma liderança insensível e absolutista, referência claras à tirania de personagens históricos, tradicionalmente trazendo a ideia de arquétipo vilanesco.

    O ritmo veloz quase faz com que se esqueçam os problemas pontuais do argumento, como a troca de interpretação do androide Ultron, relegando a Hank Pym um papel absolutamente subalterno, já definido como coadjuvante de “seu” futuro filme solo. Outro aspecto que não fica exatamente claro é até onde o filme do gigante esmeralda protagonizado por Norton foi descontinuado, já que não há qualquer referência à vida – ou não – de Betty Ross, mesmo sendo este um dos pilares do personagem.

    Apesar das reprimendas, o background do Hulk é o aspecto mais rico e melhor trabalhado, além, é claro, da acessória questão da humanizada Natasha Romannoff, além de fazer uso – finalmente – dos dotes dramáticos de Scarlett Johansson, afora suas já tão conhecidas curvas. Sua importância no filme é magnânima, cabendo a Viúva restaurar o equilíbrio do grupo, tanto no proceder com o Monstro – em outra referência ótima ao canône do personagem – quanto no importante lembrete de que, além de todo o poder e destruição potencial dos heróis, e com toda a magnitude dos semi deuses, ainda sobravam nos personagens aspectos humanos que fazem emocionar, unindo personagens e público no mesmo invólucro de emoções.

    Apesar de ter conceitos pouco explorados, graças à pressa dos produtores do filme – como a absoluta e interessante ação dos gêmeos, ou o sub-aproveitamento do Falcão no filme – há mais a se destacar positivamente do operar dos Vingadores do que reclamações. Thor (Chris Hemsworth) segue no automático, assim como Stark, apesar de neste filme o filantropo se achar muito mais vulnerável, assim como em Homem de Ferro 3. Mas é o acréscimo do conceito de evolução que mais se destaca, usando como avatar a figura do Visão, de Paul Bettany, que cumpre todos os papéis que deveriam ser do Ultron perfeito, reunindo aspectos de onisciência e onipotência, com uma destacável questão pretensamente filosófica. De modo bem pragmático, o filme salienta que o complexo do Doutor Manhattan não precisava ser tão ligado ao autismo, como no filme de Snyder de 2008.

    Mesmo que a cena pós-créditos seja bem menos empolgante do que se imaginava – ainda mais em comparação com a suposta cena do Cabeça-de-Teia, vazada há pouco tempo – o desfecho do filme remete à esperança da humanidade no panteão de heróis liderados por um Capitão América (Chris Evans) bem mais inspirado que anteriormente. Um filme que organiza elementos dissonantes de modo harmônico e coeso, sem fazer perder o fôlego em momento algum. Que não supera seu antecessor em termos de qualidade, mas que entrega o esperado de modo idôneo, sem apelar para fórmulas batidas em detrimento de conteúdo.

  • Crítica | Vingadores: Era de Ultron

    Crítica | Vingadores: Era de Ultron

    Vingadores - Era de Ultron - Poster

    Três anos, quatro filmes e uma série (e meia). Isso é que separa as duas aventuras dos Maiores Heróis da Terra no já mais do que estabelecido Universo Marvel cinematográfico. Mas a sensação em A Era de Ultron é de que pouca coisa teve importância nessa pós-Batalha de NY. Para o bem e para o mal: as besteiras de Homem de Ferro 3 sumariamente ignoradas é de lavar a alma, não deixa de ser um desperdício os elementos de O Soldado Invernal e de Agentes da S. H. I. E. L. D. (fim da Shield, Hidra, Inumanos) na prática não fazerem muita diferença.

    A Hidra está lá, claro, mas apenas como um gatilho para o início da trama. Após atacar a última base da organização terrorista, os heróis recuperam o cetro de Loki. Fazendo uso do imenso poder do artefato, Tony Stark coloca em prática um projeto de inteligência artificial que deveria ser a solução final em termos de paz mundial (e substituir os Vingadores). Como em qualquer história com esse tema, as coisas obviamente dão errado, e surge o vilão Ultron, uma ameaça que vai colocar à prova não somente a capacidade da super equipe de proteger o planeta, como também a confiança entre seus membros.

    A força do filme, a exemplo do primeiro, está no equilíbrio que já virou marca registrada da Marvel no cinema. Há um passo além no desenvolvimento de personagens e no que se pode chamar de maior maturidade, mas as cenas de ação de encher os olhos e o bom humor (felizmente bem dosado e colocado) estão lá. E enquanto sequência, o longa habilmente se aproveita do universo e indivíduos já familiares para se concentrar em contar sua história em ritmo acelerado, sem qualquer enrolação ou preocupação com didatismo ao introduzir os vários novos personagens.

    Wanda e Pietro são rapidamente estabelecidos como “vilões por engano”, e organicamente fazem a transição. Havia potencial para maior exploração de ambos, principalmente do velocista, mas como micro origem num contexto maior, a participação dos gêmeos foi satisfatória. Em relação ao vilão de fato, Ultron sofreu um pouco com a expectativa: os trailers sugeriam algo muito mais sinistro. Contudo, considerada a proposta Marvel de ser, ele desempenhou bem seu papel de ameaça da vez. Além de claramente servir muito mais como ferramenta para desenvolver outros personagens, como Stark e o Visão.

    Visão, aliás, que foi a mais gratificante das novidades e talvez o grande acerto do filme. O conceito de um ser que está entre o artificial e o humano ficou bem representado, passando pela inteligente adaptação da origem do personagem e pela atuação precisa de Paul Betany. A dignidade semifilosófica e semimelancólica do herói foi transposta com perfeição dos quadrinhos para a telona.

    Dentre os velhos conhecidos, é interessante notar as relações de afinidade entre os membros da equipe, moldada a partir dos ideais e visões de mundo de cada um. Capitão América e Thor aparecem bem entrosados em batalha, o soldado e o guerreiro, ambos confortáveis em continuar travando o bom combate em prol dos inocentes. Na contramão, claramente, Stark e Banner. Cientistas, não lutadores, ambos concordam que o foco deve ser o de acabar com a necessidade de lutar. E por sua vez, Clint e Natasha ficam num meio-termo, mostrando um certo cansaço dessa vida, mas cientes de seu papel. Os dois também se assemelham no sentido de que o roteiro busca humanizá-los ainda mais; só que enquanto o espaço maior dedicado ao Gavião Arqueiro surpreende e agrada muito, o romance da Viúva com o Hulk soa pouco convincente.

    Em linhas gerais, A Era de Ultron sem dúvida entrega o que promete, perdendo talvez alguns pontos por não trazer nada efetivamente bombástico ou inovador. Como uma boa megassaga dos quadrinhos, o filme é divertido, grandioso, traz mudanças no status quo e entrega pistas do que vem por aí. Mas, como nos quadrinhos, há a sensação de mais do mesmo, ainda não um problema de fato, mas já perceptível. Fica a expectativa para as cenas dos próximos capítulos: a discordância entre Tony e Steve, Wakanda e mais uma vez as Joias do Infinito são elementos que até podem passar sem grande alarde para os não entendedores, mas mantêm aceso o interesse dos fãs.

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Crítica | Mortdecai: A Arte da Trapaça

    Crítica | Mortdecai: A Arte da Trapaça

    Mortdecai - A Arte da trapaça - capa - poster

    Retomando a parceria com o diretor e roteirista David Koepp, com quem realizou o bom suspense Janela Secreta, adaptado de um conto de Stephen King, Johnny Depp retorna às telas com mais um papel evidenciando sua predileção por personagens bem caracterizados pela estranheza e afetação.

    Mortdecai – A Arte da Trapaça se baseia em uma personagem criada por Kyril Bonfiglioli, um romancista britânico que compôs uma trilogia cômica sobre um anti-herói aristocrata negociador de artes, principalmente no circuito alternativo. Com um proeminente bigode francês, a personagem, ao lado de seu fiel ajudante Jock (Paul Bettany), é considerado um pícaro. Um tipo que representa uma espécie de malandro, um homem que transita na sociedade sobrevivendo como possível dentro ou fora da lei. Normalmente nessas obras, o riso é provocado pelas situações, uma maneira de satirizar o conjunto da sociedade.

    Na trama, o Lord Mortdecai passa por uma crise financeira e aceita a proposta do inspetor Martland (Ewan McGregor) para investigar a morte de uma restauradora de quadros em troca da dívida perdoada. Ao mesmo tempo, tenta manter o investigador longe de sua esposa Johanna (Gwyneth Paltrow), pela qual é apaixonado. O humor focado em uma personagem estranha não é cativante. Afetado em demasia, como se vivesse em um mundo à parte, Mortdecai e o roteiro parecem ambientar-se em dois momentos diferentes. Mesmo que o anacronismo seja proposital para criticar uma visão atrasada da aristocracia britânica, o riso crítico se perde em meio a muitas piadas cênicas e corporais.

    Depp dá prosseguimento a sua má fase na carreira em mais um papel afetado que revela uma repetição dos trejeitos de outros personagens recentes e bizarros, como o capitão Sparrow de Piratas do Caribe e o vampiro de Sombras da Noite. Ainda popular devido a outras caracterizações marcantes, há certo tempo o ator não entrega uma grande interpretação, tanto de sua vertente estranha quanto de um papel mais tradicional, como o cientista do péssimo Transcendence – A Revolução.

    Esteticamente, o filme utiliza recursos de computação gráfica e ângulos diferentes em cenas de transição para promover uma agilidade à farsa. Mas esses procedimentos aumentam o tom bobo e superficial da trama e não são capazes de trazer o timing cômico à história. As piadas estão presentes, mas não trazem a carga de efeito necessária. E o roteiro frágil ajuda a ampliar a sensação de vazio, como uma obra trabalhando um potencial bom personagem, composto sem o cuidado adequado, como se o humor não fosse tão requintado quanto o drama.

  • Crítica | Transcendence: A Revolução

    Crítica | Transcendence: A Revolução

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    Com aproximadamente cinquenta trabalhos em fotografia cinematográfica, divididos entre longas-metragens, curtas e videoclipes, Wally Pfister estreia na direção, com uma ficção científica que recorre a uma das tradições do gênero – o futuro como visão pessimista do presente – para desenvolver seu argumento.

    Transcendence: A Revolução apresenta um futuro destruído e primitivo em relação ao mundo contemporâneo. A trama retorna anos antes para a bem-sucedida vida do cientista Will Caster (Johnny Depp) e de sua esposa (Rebecca Hall). Considerado uma das grandes mentes vivas, o doutor é responsável por desenvolver o primeiro sistema com inteligência artificial autônoma. Após descobrir-se portador de uma doença terminal, decide transferir sua consciência para uma máquina – uma evolução de seu projeto de inteligência artificial – para permanecer vivo mesmo que em circuitos elétricos.

    Diferentemente de seus personagens mais conhecidos, destacados pela interpretação levemente afetada e apoiada em caracterizações distintas, Depp faz um cientista sem muitos arroubos e nenhum estilo próprio. A ausência de qualquer elemento bizarro parece enfraquecer a interpretação do ator em um roteiro raso feito por Jack Paglen (estreante no roteiro de longas). Um material que não fornece nuances à personagem central além da natural mudança de comportamento, quando o Dr. Caster de carne e osso se transforma em um conjunto gigantesco de bytes.

    A evolução das máquinas, e a tecnologia que proporciona tal avanço, foi o tema escolhido como estrutura da ficção científica. Dentro do sistema digital, o cientista perde as nuances humanas e torna-se um sistema de ação e reação, equilibrado em uma analise matemática que visa uma melhora tecnológica em escala global, mesmo que infrinja a lei para estes meios. Em contraparte dramática, há um grupo de ativistas (liderado pela personagem de Kate Mara) avessos à tecnologia e contra a evolução transcendental que prende o doutor.

    A história desenvolvida além da superfície apresenta a análise filosófica sobre a evolução das máquinas e um futuro consciente a respeito da existência da tecnologia e de robôs artificiais que se tornariam mais inteligentes que a máquina humana. Sob este aspecto, torna-se evidente que Transcendence utiliza-se de um elemento da ficção científica como conflito e não como estilo, semelhante ao desenvolvimento de Oblivion, estrelado por Tom Cruise, que recorre a um futuro distópico somente como base para desenvolver a ação.

    Retratando de maneira frívola o conceito da inteligência artificial em um argumento simples, a produção não se insere em linhas de estudo sobre robótica ou neurociência atuais que aproximariam a história de um senso de realidade, nem funciona como um produto genuíno da ficção científica pela falta de um rico material argumentativo que demonstre teses e teorias no interior da narrativa especulativa.

    Vendida como história deste estilo, não à toa a recepção foi considerada inferior da esperada. O argumento breve pode conter potencial, mas ao ser executado no roteiro resulta em uma história que se demonstra precária, e o conflito do homem transformando-se em máquina, um mero apelo dramático. Um recurso que poderia ser substituído por outros sistemas narrativos igualmente interessantes em sua essência.

    Levando-se em consideração as primeiras notícias que saíram na pré-produção do longa, o roteiro seria mais próximo de uma história de ficção científica, apoiada na evolução da tecnologia e nos consequentes avanços medicinais. Talvez procurando um apelo mais simples e universal – que sempre suscita uma intenção financeira por trás da obra – destruiu-se o verdadeiro potencial dramático e filosófico que a história poderia entregar. Uma transcendência que se transformou em blefe não correspondido, demonstrando que até um nome em alta como o de Christopher Nolan – que produziu o filme – não pode sustentar uma obra composta de maneira desequilibrada.