Tag: O Hobbit: A Batalha Dos Cinco Exércitos

  • Top 10 – Maiores Injustiçados pelo Oscar 2015

    Top 10 – Maiores Injustiçados pelo Oscar 2015

     oscar injustiça

    Quase tradicionalmente, após observar a lista de indicados pela Academia para a maior premiação do cinema comercial, notam-se também injustiças, tanto nas ausências de indicações quanto nas premiações. Filipe Pereira, Marcos Paulo Oliveira e Doug Olive prepararam uma lista especial sobre os filmes que ficaram de fora da festa, com categorias variadas:

    10. Uma Aventura Lego, por Marcos Paulo Oliveira – Melhor Animação

    lego batman

    Tudo é incrível. Assim diz a canção-chiclete que é usada como recurso para nos mostrar o modo de produção e vida da cidade Lego. Sim, tudo realmente parece incrível, mas logo vemos que esta não se trata de uma animação tradicional. Com uma energia capaz de abarcar todo tipo de contexto e metalinguagem, aqui a piada é o único refúgio para o trato de temas eventualmente sérios, eventualmente ridículos, mas igualmente importantes. De tão segura a direção, não faltaram críticas à forma como agimos em nossa sociedade, fruto de uma estrutura rígida e autoritária, quando justamente deveríamos ser livres para o que nos cabe. A temática é ligeiramente parecida com o concorrente Os Boxtrolls, que, apesar de mais estiloso, é bem menos ousado. A despeito disso tudo, qualquer filme que é capaz de estapear uma sociedade que compra café a 20 reais e acha tudo incrível, merece toda a atenção.

    9 . Hobbit A Batalha dos Cinco Exércitos, por Doug Olive – Melhor “Descenso de Carreira”

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    Peter Jackson conseguiu o impensável: esconjurar toda e qualquer credibilidade que conseguiu no mundo do Cinema, graças à primeira e impecável trilogia do anel, com esta segunda empresa trágica e ridícula no mesmo nível de desconstrução. Um fiasco do início ao fim – sendo O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2011) o melhor exemplar da divisão ambiciosa de um folheto adaptado em três intermináveis filmes -, A Batalha dos Cinco Exércitos é a cereja no bolo de jiló de uma receita fadada ao fracasso por motivos óbvios. Filme de nível morto de represa e merecidamente ignorado nas premiações, mesmo em ordem técnica, algo impensável dez anos atrás, Jackson criou seu iceberg ao construir seu terceiro Titanic, desta vez cheio de falhas, tendo no currículo o mediano King Kong de 2005 e um motivo triplo para nos perguntar: como alguém que adapta a e$cala de O $enhor dos Anéi$ pode de$cer tão baixo?

    8. A 100 Passos de Um Sonho, por Doug Olive – Melhor Fotografia

    THE HUNDRED-FOOT JOURNEY

    Há algo de único neste filme, ainda que desigual quanto à obra como um todo. Não há nada de errado com feel-good movies, e também não há repreensão naquilo que mais se destaca num filme, que neste caso é a fotografia, simplesmente soberba: a obra nos faz sentir, numa simples e esperta aproximação ocular, o cheiro, gosto e textura de determinada comida à nossa frente, quase ao alcance de outros sentidos degustativos, ou o mero prazer de redescobrir o mundo europeu numa ótica indiana mais viva e colorida; tanto faz. Deleite sensorial magnífico que merece reconhecimento do público ao menos, ainda que a história deixe muito a desejar no quesito que mais se esforça para representar: choques culturais. A crítica completa você encontra aqui.

    7. Força Maior, por Filipe Pereira – Melhor Filme Estrangeiro

    Força Maior

    De história bastante reflexiva, Força MaiorForce Majeure, ou Turist, no resto do mundo – conta o drama de uma família, que, ao passar por uma situação limite, vê em seu pai uma figura irresponsável, uma vez que, diante de uma pequena avalanche, ele abandonou todos, levando consigo somente seu smartphone e outros pertences, enquanto mulher e filho ficaram à própria sorte. A tragédia recai sobre o casal de protagonistas, que em uma reunião de férias deve se reinventar e repensar o papel de cada um na relação. O filme do sueco Ruben Östlund foi indicado ao Globo de Ouro na categoria Filme Estrangeiro, e seria um candidato interessante ao Oscar da mesma categoria, especialmente por ser bem diferente de tudo visto no circuito americano.

    6. Jersey Boys: Em Busca da Música, por Doug Olive – Melhor Direção, Roteiro Adaptado

    Jersey Boys

    A frase “Come back when you’re black!” (“Volte quando for negro!”) é sensacional. Registra todo o espírito e estereótipos além do racial ou tendencioso numa única frase, dita durante uma discussão sobre e entre músicos e produtores. O Oscar não apenas ignorou por injusta causa o melhor musical americano de 2014, como renegou o filme diante do status de ser este o melhor de Clint Eastwood desde Cartas de Iwo Jima, há oito anos. Dos números musicais à leve e crescente disputa entre integrantes de uma banda, com inúmeros sons e identidades que colam na cabeça do público ainda hoje, o filme é divertido pelo vigor que vários e bons diretores prematuros não conseguem passar ao público de forma linear, principalmente no número final, clímax redundante em que até o sério Christopher Walken risca o chão e arrisca um gingado com Oh, What a Night!, clássico do grupo Four Seasons.

    5. O Ano Mais Violento, por Marcos Paulo Oliveira – Melhor Atriz

    O Ano Mais Violento

    O longa se passa na Nova York de 1981, e logo no início já reconhecemos o histórico violento da cidade e seu futuro incerto. Usando Oscar Isaac como astro, é notório que, apesar de seu talento, o ator desaparece cada vez que Jessica Chastain aparece em cena. Isso não é por acaso, pois a direção de J.C. Chandor faz questão de iluminá-la e destacá-la em todas suas aparições, demonstrando todo o magnetismo daquela mulher que, ao contrário do marido, faz o que for necessário. Resquício de uma sociedade gângster, ela se mostra capaz de adaptar-se à sociedade atual, mais civilizada e de sobretudo, mas sem deixar suas garras de lado. Subliminarmente perversa desde o início, Chastain faz um belíssimo papel demonstrando que, como disse Mario Puzo, por trás de toda grande riqueza sempre há um grande crime.

    4. Sob a Pele, por Marcos Paulo Oliveira – Melhor Roteiro Adaptado, Efeitos Visuais

    Sob A Pele

    Porque o filme manipula de forma muito competente sua forma de ver pessoas e paisagens, em uma direção kubrickiana de narrativa não linear, capaz de alcançar desejos e aspirações do público. Um diálogo direto justamente com aqueles que dissecaram Scarlet Jonhanson – em uma atuação acertadamente alienígena, ornando com a direção – durante as primeiras imagens do filme. Uma pena que a maioria não percebeu. Um espelho capaz de tornar paisagens e pessoas reféns de si mesmos.

    3. Dois Dias, Uma Noite, por Filipe Pereira – Melhor Filme Estrangeiro, Roteiro Original

    Dois DIas Uma Noite

    Além da óbvia referência à direção dos irmãos Dardenne – factoide comum da Academia em ignorar indicações a estrangeiros – o drama depressivo e reflexivo teve seu emocionante roteiro esquecido. Apesar da indicação de Marion Cotillard, na sua performance mais inspirada desde que ganhou o Oscar, não há qualquer justificativa para o filme não ter ficado entre os cinco finalistas que concorrem em 22 de fevereiro. Acima de tudo, Dois Dias, Uma Noite trata de uma questão real e imediata, contando de forma implacável o quão prejudicial pode ser a doença que apavora o último século, sem amenidade nenhuma, mostrando o viés do doente e do entorno dele.

    2. O Abutre, por Filipe Pereira – Melhor Ator, Fotografia, Edição de Som

    Abutre

    Dan Gilroy traz em sua estreia na direção um filme curioso e nada sutil. A fotografia obscura é pontual ao retratar a atuação irretocável de Jake Gylenhaal – que já havia apresentado uma performance surpreendente em O Homem Duplicado. A amoralidade presente no modus operandi de seu personagem retrata a realidade abissal de um jornalismo que teima em chocar em detrimento da informação. Possivelmente, o assunto tão aviltante não capturou o ideário da Academia, que sequer lembrou-se do ator, fotografia ou edição sonora da fita.

    1. Garota Exemplar, por Marcos Paulo Oliveira – Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado

    GONE GIRL, from left: Ben Affleck, Rosamund Pike, 2014. ph: Merrick Morton/TM & copyright ©20th

    O horroroso, divertido e incrível novo filme de David Fincher, Garota Exemplar, conta a história de uma esposa e filha exemplar e adorável que desaparece quase sem deixar vestígios. Adaptação do livro homônimo, vemos todos os elementos para que o estilo sempre instigante de Fincher passeie pela superfície de diversos temas (casamento, mídia manipuladora, a vida de aparências, os medos masculinos) sob uma mesma tese: o poder da imagem. Grande parte do mérito da narrativa impecável está no roteiro, esculpido para ser perfeito, e na direção de Fincher, que faz aqui o Intercine dos Intercines. Sem medo de se render à breguice, ou a gêneros, o cineasta faz uma paródia fortemente marcada por um de seus traços mais marcantes como autor, que é o cinismo mordaz com que trata o espectador. Com tudo tão horrorosamente lindo, o casamento do cínico com o tragicômico é a única união realmente estável desta fita.

    Menções honrosas à atuação de Jennifer Aniston, em Cake, e a Bill Murray em Um Santo Vizinho; Festa no Céu ao prêmio de Melhor Animação; O Segredo das Águas, O Presidente, Blind para Filme Estrangeiro; Tudo Por Justiça, Edição de Som; e Vício Inerente, a inúmeras categorias.

  • Melhores Filmes de 2014, segundo Jackson Good

    Melhores Filmes de 2014, segundo Jackson Good

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    Mais um ano se encerra, mais uma vez é hora de analisar o que o cinema nos trouxe nesta última translação da Terra – e de também de vencer a preguiça de escrever estas introduções. Um fato curioso: sete dos títulos presentes no TOP 10 são continuações, principalmente segundos filmes. O que isso significa? “Ah, Hollywood está passando por uma crise criativa, não há mais originalidade” – na boa, vamos tirar o monóculo e relaxar um pouco. O que importa é o filme ser bom, independente de ser o primeiro ou vigésimo de uma franquia.

    Rápidas menções honrosas: O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro: o Cabeça-de-Teia da Nova Geração segue com vários problemas, mas desta vez teve seus acertos. O final corajoso e a grande evolução em relação a seu antecessor garantem a lembrança; Hércules: subestimado e até injustiçado, o longa estrelado por The Rock parte de uma interessante premissa de “verdade por trás do mito”, e apresenta uma digna aventura sandália-e-espadas, gênero tão maltratado ultimamente; No Limite do Amanhã: um competente sci-fi de ação, melhor representação de um game na telona (sem ser uma adaptação de jogo), e o tio Tom Cruise mostrando que ainda tem lenha pra queimar; Robocop: José Padilha apanhou simplesmente porque a galera não conseguiu se desprender do original. Ainda que peque nas cenas de ação, o remake acertou no cuidado que teve ao construir e embasar seu cenário, justificando a existência do Policial do Futuro.

    A triste menção desonrosa fica para Os Mercenários 3. Após a maravilhosa e catártica homenagem autoirônica ao cinema brucutu vista no segundo filme, inexplicavelmente Sly e sua trupe decidiram se levar a sério. O resultado foi uma sequência esquecível e sem qualquer atrativo.

    Antes de (finalmente) partir para os melhores do ano, cabe o tradicional aviso aos navegantes, sejam marinheiros de primeira viagem ou marujos calejados que por acaso esqueceram: o único critério para presença, ausência e ordem dos filmes na lista é o gosto pessoal do redator. O título, aliás, já dá uma boa ideia do que esperar.

    10. Como Treinar Seu Dragão 2

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    Ao contrário do supervalorizado lançamento da Disney com a música que ninguém aguenta mais ouvir, esta sim é uma animação de encher os olhos. Acertando em cheio no mantra de agradar a crianças e adultos, o filme da DreamWorks expande seu criativo universo de vikings e dragões, com visual fantástico e personagens carismáticos. Destaque para a jornada de amadurecimento do protagonista Soluço, pontuada de maneira extremamente corajosa.

    9. Operação Invasão 2

    Operação Invasão 2

    Ainda não dá para engolir esse título nacional… Enfim, a continuação do sucesso The Raid: Redemption apresenta o agente da lei porradeiro Rama tendo que se infiltrar em uma organização criminosa para resolver um complicado caso que envolve corrupção policial. O apelido “Tropa de Elite indonésio” faz mais sentido do que nunca, pois há uma visão mais ampla do crime organizado local. A ambição fez com que o filme perdesse um pouco de ritmo e charme inovador em relação ao primeiro, mas as coreografias de luta seguem tão insanas quanto – ou mais. Iko Kuwais é sem dúvida o grande nome do cinema de artes marciais atualmente.

    8. O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

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    Aleluia! Finalmente acabou! Não a trilogia, mas o mimimi em volta dela. Desde O Hobbit: Uma Jornada Inesperada já estava clara a opção de Peter Jackson e do estúdio: muito mais do que adaptar o livro O Hobbit, construir uma “Nova Trilogia” da Terra-Média. Decisão questionável, sem dúvida, mas não tem sentido apontar isso pela terceira vez. Analisado isoladamente, A Batalha dos Cinco Exércitos encerra a saga de maneira positiva, com um ritmo inegavelmente menos cansativo e aspectos técnicos irrepreensíveis. As grandes cenas de batalha, destaque para os combates individuais, valem o ingresso.

    7. Rurouni Kenshin: Kyoto Inferno

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    Sem lançamento oficial no Brasil (como se alguém se importasse), esta sequência mostra a primeira parte da saga do icônico vilão Makoto Shishio. Aquilo que mais chamou a atenção no primeiro filme é mantido: a sagaz percepção da diferença entre mangá/anime e live action, do que funciona em uma mídia e em outra. Podando os exageros – poderes sobre-humanos, lutadores berrando os nomes das técnicas – o admirável trabalho de adaptação consegue ser “realista” na medida do possível. Um clássico filme de samurai, com roteiro mais maduro em relação a seu antecessor, e cenas de ação ainda mais empolgantes.

    6. Planeta dos Macacos: O Confronto

    planeta dos macacacos o confronto 2

    O fenomenal desempenho de Andy Serkis na atuação por captura de movimentos mais uma vez é acompanhado por um roteiro à altura. Cesar encara os desafios de ser um líder mediante o choque entre civilizações em diferentes estágios de evolução tecnológica. Tudo é tratado de maneira crível, sugerindo um sentimento de inevitabilidade, pois há mal-intencionados em ambos os lados (que minam os esforços pacificadores dos bem-intencionados). E o melhor: o fato de uma das facções ser composta por símios evoluídos é irrelevante, tamanhos os paralelos com a nossa realidade histórica que podem ser encontrados no filme.

    5. Guardiões da Galáxia

    guardioes da galaxia

    Consenso como a grande surpresa de 2014, a loucura espacial da Marvel conseguiu conquistar público e crítica. Aproveitando o grupo de heróis desconhecidos, sem grandes amarras, o estúdio apostou na zueira sem limites e se deu bem. Personagens marcantes e que só melhoram quando interagem, nada sutis referências culturais (Kevin Bacon = piada do ano) e ação visualmente bem orquestrada garantiram uma divertida aventura com climão anos 80. E que antídoto melhor contra Let It Go do que Hooked On A Felling?

    4. Expresso do Amanhã

    Expresso do Amanhã

    Viva a globalização: o filme é baseado numa hq francesa, dirigido pelo sul-coreano Joon-Ho Bong, e conta com um elenco estrelado que inclui Tilda Swinton, John Hurt, Ed Harris, e o protagonista Chris Evans mostrando que sabe, sim, atuar. Em um cenário pós-apocalíptico onde o planeta foi congelado após um experimento que combatia o aquecimento global, os humanos restantes sobrevivem em um trem que percorre o mundo, completando uma volta a cada 365 dias. A divisão de classes é nítida: poucos vivem luxuosamente nos vagões da frente, sustentados pela maioria que trabalha e vive em péssimas condições na cauda da locomotiva. Tenso, provocativo e poderoso, o filme combina violência brutal com conceitos sociais espetaculares, e o mais importante, acessíveis. Não é preciso fazer mestrado em cinema iraniano para captar as metáforas presentes na história.

    3. X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

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    Com Bryan Singer retornando à direção da franquia que iniciou há longínquos 14 anos, o longa tinha a ingrata proposta de organizar a cronologia mutante nos cinemas. Não foi muito bem-sucedido nesse ponto (rebootou/desconsiderou tudo menos X-Men: Primeira Classe), mas individualmente se provou digno das melhores histórias dos X-Men. O preconceito e o medo presentes na relação entre humanos e mutantes estão no centro da história, que não tem medo de deixar Wolverine e Magneto como coadjuvantes e focar no desenvolvimento heroico de Charles Xavier. Existem alguns exageros (Erik com poderes quase divinos) e furos de roteiro, afinal, viagem no tempo nunca é terreno fácil, mas nada que comprometa o resultado final.

    2. Capitão América 2: O Soldado Invernal

    Capitao America 2

    Justo quando parecia estar perdendo a mão, o Marvel Studios se redime brilhantemente com a segunda aventura solo do Sentinela da Liberdade. Inspirados na abordagem mais recente que o personagem vem tendo nos quadrinhos, os irmãos Russo trabalham elementos de política e espionagem sem deixar de lado a ação super-heroística. Chris Evans (aparecendo duas vezes no Top 5, os haters enlouquecem) encarna Steve Rogers com segurança, mesmo frente a Samuel L. Jackson e Robert Redford. Para não mencionar a bem sacada presença de Scarlett Johansson como Viúva Negra, sidekick de luxo. Se Guardiões da Galáxia sinaliza potencial para diversidade, Capitão América 2 é o filme que dá seriedade ao universo compartilhado da Marvel no cinema.

    1. Interestelar

    interestelar

    O campeão do ano não poderia deixar de estar envolto em polêmica. Interestelar se mostrou um típico “ame ou odeie”, com um lado se apressando em equipará-lo aos maiores clássicos do gênero sci-fi (nunca vou entender essa necessidade) e outro se concentrando em atacar o diretor e seu estilo. Os méritos do longa em si, uma pena, foram um tanto ignorados. O maior deles foi ter alcançado um sensacional equilíbrio entre conceitos científicos instigantes e um tocante drama familiar, com uma trama profundamente emocional do início ao fim. Tudo potencializado por atuações impressionantes, em especial de Mackenzie Foy, Jessica Chastain, e, claro, de Matthew McConaughey. Longe de ser perfeito (o final força consideravelmente a barra), o filme supera as falhas e entrega a mais gratificante experiência cinematográfica de 2014. Christopher Nolan está perdoado por Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (só para atiçar mais polêmica).

    Texto de autoria de Jackson Good.