Tag: Bob Odenkirk

  • Crítica | Anônimo (2021)

    Crítica | Anônimo (2021)

    No ano de 2015, John Wick: De Volta ao Jogo estabeleceu um novo parâmetro para os filmes de ação. Ao invés das cenas de ação ultra picotadas de Busca Implacável ou com a câmera inquieta da franquia Jason Bourne, chegavam cenas intensas com câmera mais fixa no intuito de mostrar em ricos detalhes toda a violência das sequências e dar destaque ao trabalho dos atores e dublês. Sendo assim, soava no mínimo estranha a presença de Bob Odenkirk, o consagrado intérprete de Saul Goodman das séries Breaking Bad e Better Call Saul, como protagonista de Anônimo. Entretanto, esse talvez seja o maior acerto do filme.

    Na trama, Odenkirk vive Hutch Mansell, um excessivamente pacato pai e marido que age de forma passiva com as intempéries da vida. Quando dois ladrões invadem sua casa, Hutch se recusa a defender a si mesmo e sua família, desapontando a todos com sua omissão. As consequências posteriores do incidente acabam despertando uma raiva adormecida nele, trazendo à tona instintos adormecidos e colocando-o em um caminho onde a violência é a tônica.

    Dirigido por Ilya Naishuller e roteirizado por Derek Kolstad, co-roteirista da saga John Wick, Anônimo pode parecer um tanto simplório quando lemos a sua sinopse devido a sua semelhança com Desejo de Matar. Entretanto, dizer mais do que isso sobre o filme pode entregar grandes surpresas, pois o roteiro se desdobra gradualmente, revelando uma trama mais complexa do que inicialmente aparenta. O diretor Naishuller, cuja maior credencial antes de Anônimo é o filme de ação em primeira pessoa Hardcore: Missão Extrema, conduz muito bem o andamento da película, partindo de uma intrigante cena inicial com a primeira aparição de Odenikirk, passando por momentos bucólicos onde vemos o cotidiano de Hutch e sua família, para depois empilhar sequências de ação empolgantes uma atrás da outra, sempre entrecortadas com cenas que mostram a evolução de comportamento do protagonista, flashbacks e suas relações com novos personagens que vão surgindo.

    A escolha de Odenkirk para o papel pode provocar estranheza em um primeiro momento. O ator é um comediante já bem estabelecido em Hollywood e sempre demonstrou grande talento transitando entre o drama e a comédia, vide seu trabalho nas séries mencionadas anteriormente. Porém, o ator treinou por dois anos para poder fazer todas as cenas de ação sem precisar recorrer a dublês e o resultado é excelente. Além disso, sua composição para Hutch Mansell é um grande acerto. O elenco de apoio que conta com nomes como os veteranos Michael Ironside e Christopher Lloyd também contribui para a boa dinâmica do filme.

    Assim como a saga John Wick, Anônimo também propõe a existência de um universo maior. Existiu até um boato de que os dois filmes poderiam fazer parte de um mesmo universo compartilhado. De qualquer forma, seria interessante ver mais histórias de Hutch Mansell para entendermos ainda mais sobre seu passado.

  • Crítica | Casal Improvável

    Crítica | Casal Improvável

    A comedia de Jonathan Levine começa subvertendo expectativas, em uma reunião de supremacistas brancos, onde Fred Flarsky (Seth Rogen) é apresentado como novato do grupo, ainda que isso soe estranho, pois o seu interprete tem origem judaica e ele próprio também é. Fred é na verdade um jornalista,que se infiltra para conseguir uma matéria, que poderia lhe render uma boa repercussão. Ele é idealista e pede demissão ao perceber que seu novo empregador é um sujeito sujo, ao menos, ao seu ver.

    A outra face de Casal Improvável é Charlotte Field, a mais nova secretária de Estado da historia, que é conhecida por ser tão bonita e competente, que as pessoas a chamam de gostosa sem cerimônia e sem ter receio em soar sexistas. A personagem de Charlize Theron busca apoio do Presidente Chambers (Bob Odenkirk) para uma possível candidatura a presidência. O que não se sabe, é que ambos já se conhecem, desde a infância, e inesperadamente se reencontram, em uma festa, e ela  o chama para trabalhar na área de comunicação.

    Os acontecimentos posteriores a contratação de Fred são hilários. O homem é contratado por ser engraçado, por ter um senso de justiça grande e coragem para falar o que pensa custe o que custar, mas também não sabe se vestir ou se portar em eventos profissionais e formais, e é obvio que isso causa rebuliços. A maneira como a comédia romântica lida com as diferenças entre os dois personagens principais é bem graciosa, assim como o choque de realidades pelos quais eles passam, e por mais que pareça  improvável, eles tem química juntos, mesmo sendo pessoas distintas e bem diferentes.

    Não há muita ambição no filme, o sub-texto é bem óbvio, lamenta o quanto a política dos Estados Unidos é movida por hipocrisia e por grandes conglomerados, mostra críticas ao modo como os poderosos movem as cartas marcadas e como as autoridades são alienadas e não se importam com os desejos e anseios do povo, ao mesmo tempo que mostra os protagonistas como pessoas bem humanizadas, que utilizam drogas, que vivem suas vidas com ambições pequenas como poder se divertir ou dar vazão a um amor novo. Não há nada muito grandioso, ou que fuja do trivial, por mais que o pano de fundo seja uma possível disputa presidencial, e envolva incidentes internacionais.

    Toda a discussão sobre maturidade, sucesso, fracasso e sobre ceder é bem fraca, rasa e maniqueísta, e é uma pena que Casal Improvável termine tão convencional, com um discurso conveniente e bem fácil, mas que não consegue tornar o humor escrachado do começo do filme.

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  • Crítica | The Post: A Guerra Secreta

    Crítica | The Post: A Guerra Secreta

    Filmes sobre feitos jornalísticos tem ganhado um peso grande recentemente. Foi assim com Spotlight – Segredos Revelados, e talvez tenha sido isso que fez Steven Spielberg pensar em finalmente trazer à luz a historia de The Post: A Guerra Secreta, onde se conta a famosa história por trás da publicação do Washington Post de um estudo encomendado pelo ex-secretário de defesa Robert McNamara a respeito da participação americana na Guerra do Vietnã.

    O filme se fundamenta dramaticamente na relação entre dois personagens, Ben Bradlee, vivido pelo antigo parceiro de Spielberg, Tom Hanks, editor do jornal, e Katharine Graham, proprietária do Washington Post – feita por uma inspirada Meryl Streep, que consegue variar entre a mulher que fica do lado de fora do jornal mas ainda assim é preocupada com o que veiculam no noticiário de sua família e a insegurança de não possuir verba suficiente para pagar todos os custos das operações do periódico. As discussões entre os dois guardam as partes mais importantes e divertidas dos filmes, e ajudam a montar o quadro de fatos, como as questões envolvendo a concorrência com outros periódicos e a dificuldade de se manter vivo apesar do boicote do então presidente Richard Nixon.

    Esse é um filme bem mais dinâmico que parte da filmografia recente do diretor, em especial Cavalo de Guerra e Lincoln, embora não seja tão envolvente emocionalmente quanto Ponte de Espiões, certamente rivaliza com esse em peso e qualidade. Há um pequeno problema de ritmo, uma vez que a primeira parte é um bocado arrastada, mas isso de certa forma conversa um pouco com o cotidiano. Além disso, duas coisas impressionam, que são os comediantes e as perucas que visam caracterizá-los. Além disso, é curioso ver o comediante David Cross fazendo um papel sério, assim como Bob Odenkirk, ainda que este esteja mais habituado com personagens dramáticos.

    A construção do quadro político dos Estados Unidos é muito bem exemplificado, sobretudo na personificação de Bob McNamara, de Bruce Greenwood, que na primeira cena demonstra ser um sujeito contra o conflito no Vietnã, contudo, em aparições públicas precisa falar a favor do embate. A forma dúbia como ele age e a falta de certeza de sua participação no vazamento de informações sigilosas para os jornais casa muito bem com o clima de paranoia que imperava durante a Guerra Fria.

    Próximo de se decidir finalmente se a coisa será publicada ou não, há enfim o apogeu do jornalismo, com Katharine decidindo seguir o conselho de seu velho amigo. Spielberg torna toda a espera e suspense sobre as possíveis punições aos responsáveis em um thriller dos 1970 – inclusive referenciando visualmente o clássico de Alan J. Pakula, Todos os Homens do Presidente – e mostra em imagens o quão bonito e idílico pode ser o jornalismo romântico, ao mesmo tempo que não esquece do pragmatismo do cotidiano vivido pelos jornalistas. O tom denunciativo de The Post: A Guerra Secreta é muito bem-vindo, em espacial ao enxergar semelhanças básicas com o que ocorre atualmente no mundo.

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  • Review | W/Bob & David – 1ª Temporada

    Review | W/Bob & David – 1ª Temporada

    W Bob & David 1

    Misturando pioneirismo dentro do formato de séries originais da Netflix, ao mesmo tempo em que  resgata o bom e velho formato de comédia via esquetes nonsense,  W/ Bob & David é um produto descompromissado com a moda atual.

    A abertura da série guarda uma abordagem hermética, como era a orquestrada por Terry Gilliam em Monty Python: Flying Circus. A primeira esquete sequer é realizada por Bob Odenkirk e David Cross, o que possivelmente embaralha o ideário do espectador, não deixando claro qual a ideia do seriado. A justificativa para a multiplicidade de assuntos são as viagens no tempo, fator ignorado ao bel prazer dos produtores e astros que, em alguns pontos, seguem uma cronologia mal engendrada de propósito, servindo para fazer ainda mais troça dos programas televisivos normativos.

    Como qualquer produto televisivo de entretenimento simples, há quadros que funcionam quase à perfeição e outros que sequer fazem rir, mas nada que seja particularmente comprometedor para a qualidade geral do produto. No segundo episódio, há mais uma versão de quebra da parede em que os dois atores e criadores da série explicam a platéia a intenção de seus momentos cômicos, envolvendo discussões esdrúxulas sobre a hipocrisia de realizadores brancos que resolvem falar sobre escravidão, como se fossem protagonistas de tal luta e, claro, fazem chacota das religiões extremistas, incluindo as dos próprios membros do elenco – cristianismo e judaísmo – se valendo dos detalhes esquisitos dos ditames sagrados pra fazer as gags comicas.

    A saudade de realizar um programa juntos como o que ia ao ar nos anos noventa, além da profunda amizade da dupla, fez a equipe se reunir para essa espécie de revival de Mr. Show with Bob and David. Há quatro episódios com um elenco de outros humoristas, normalmente composto por Jay Johnston, Brian Posehn, Paul F. Tompkins, John Ennies, entre outros, que interpretam papéis dos mais esdrúxulos possíveis, em frente a uma plateia de fãs. Após o decorrer dos episódios nonsense encomendados, há a exibição dos detalhes das esquetes, através de um making of que mergulha fundo nas influências dos humoristas e nas suas intenções enquanto realizadores.

    W/ Bob & David tem sucessos e fracassos em sua composição, servindo de alento aos aficionados pelo antigo programa, além de cercear a saudade de assistir os dois atores juntos em tela após tanto tempo, vez por outra apresentando ideias bobas, porém capazes ainda de gerar boas risadas na audiência.

  • Review | Better Call Saul – 1ª Temporada

    Review | Better Call Saul – 1ª Temporada

    better-caul-saul-posterNo oitavo episódio da segunda temporada de Breaking Bad, um novo personagem coadjuvante se tornaria o aliado legal da dupla Walter White e Jesse Pinkman. A figura de Saul Goodman era um dos alívios cômicos do drama e se destacava pela interpretação de Bob Odenkirk como um advogado picareta com língua afiada à procura de uma carreira de sucesso. A lábia do conselheiro confortava até mesmo clientes com grandes problemas com a lei. Sob seu ponto de vista, não havia caso perdido, uma prova de sua capacidade em lidar com situações potencialmente ruins.

    A aclamada série encerrou-se originalmente em 29 de setembro de 2013 com um desfecho amargo para a maioria das personagens. Enquanto isso, o criador da série, Vince Gilligan, recebia elogios pelo excelente trabalho de composição do seriado, tanto em roteiro quanto na estética apurada que trouxe maior originalidade ao drama, e logo planejava sua próxima narrativa. Uma história envolvendo um dos personagens de sua maior produção.

    Criada em parceria com o diretor Peter Gould, Better Call Saul é o retorno de Gilligan à sua obra de maior sucesso, agora através de um spin-off focando o advogado sem escrúpulos. A obra surge na inevitável sombra deixada pela série anterior com a missão ingrata de estabelecer as mesmas estruturas narrativas – afinal, a equipe criativa é a mesma – mas também apresentar uma história diferente daquela vista anteriormente. A trama retorna seis anos no passado para conhecermos a ascensão do jurista, uma história que em algum momento do futuro se cruzará com a de Breaking Bad. Trata-se de um difícil desafio: primeiro em compor uma série que mantenha a qualidade sem parecer mera cópia; segundo, o público torna-se ansioso por participações especiais, inferências e outros recursos narrativos que explicitem a ligação que há entre cada produção. Evidentemente, comparações são inevitáveis mas também funcionam para observamos o quanto a linguagem das duas narrativas é semelhante, mantendo cinematograficamente uma espécie de fidelidade intrínseca.

    Better Caul Saul - episodio 1

    Mesmo situada em 2002, espaço temporal anterior a Breaking Bad, a primeira cena é um vislumbre do futuro após os acontecimentos do desfecho do seriado. O preto e branco apresentam-se na observação explícita de um tempo diferente e invadem o cenário adquirindo um tom poético, como se expressassem o sentimento interno de Saul. Um homem criminoso que vive com medo de ser pego a qualquer momento, cujo ponto alto do dia é a nostalgia do passado, quando era um advogado de renome destacando-se em comerciais televisivos à procura de prováveis clientes. Além dessa primeira sequência, as aberturas dos episódios contêm objetos específicos que remetem ao auge do bacharel: gravatas, a lista amarela de telefones com seu anúncio em destaque, o carro luxuoso que dirigia; imagens que se aliam à música e aos efeitos extravagantes nas curtas aberturas.

    A primeira temporada, lançada em dez episódios, pode ser dividida em dois atos distintos, sendo o sexto episódio o entreato entre arcos narrativos. A estrutura segue a mesma base de Breaking Bad: apresenta uma personagem principal, James McGill, e depois introduz outro importante personagem, Mike Ehrmantraut, reconhecido rapidamente pelo público como o velho turrão responsável pelo trabalho sujo da trama, formando o segundo núcleo narrativo. Como na dupla White/Pinkman, há um personagem principal cuja história transforma-o em carismático desde o princípio, e um segundo que surge de maneira tímida e, aos poucos, conquista o público. Duas representações diversificadas que equilibram a série em razão das personalidades diferentes de cada papel.

    Seguindo a lógica de uma temporada dividida em dois atos, temos o primeiro movimento como abertura e apresentação da personagem, sua vida e dramas iniciais. James McGill é um homem da lei à beira da falência, vivendo dia após dia à procura de clientes que não vêm, trabalhando como defensor público do município em troca de pouco capital. A única família que possui é um irmão doente, sócio de uma famosa firma de advocacia e que permanece trancado em casa com aversão a qualquer onda eletromagnética.

    Durante os cinco primeiros episódios, a história se desenvolve para apresentar ao público que o caráter de James McGill é diferente daquele visto em Saul Goodman. Observamos um advogado ainda dentro da lei e preocupado com uma visão levemente moral de fazer o bem. Afinal, não há caminho fácil nos roteiros de Gilligan e sua equipe. Trabalhando em tramas antagônicas, com as tradicionais cenas longas e espaçadas, filmadas com  ângulos de visão que acompanham objetos em cena e espaços abertos, nem tudo acontece da maneira mais simples.

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    A densidade rege o sexto episódio, Five-O, apresentado como entreato desses arcos. Entreato porque modifica a estrutura em relação aos episódios anteriores, utilizando o flashback para trazer à tona o passado dramático de Mike. A alta densidade dramática é uma via de mão dupla, tanto para o ator Jonathan Banks como para o público que, finalmente, observa parte do interior obscuro, outrora lacunar, da personagem. Um dos episódios que sempre será recordado pela modificação estrutural em um momento-chave. Mike é um personagem sem empatia mas que causa impacto. O passado justifica seu distanciamento e coloca-o em um interessante paradoxo: para manter o que resta de seu núcleo familiar, o homem é capaz de fazer tudo que estiver nas mãos. Tanto Mike quanto Jimmy têm à família grande estima, porém o primeiro busca reuni-la enquanto o segundo rompe ainda mais os vínculos que possui.

    Após o bom entreato, o segundo movimento foca a breve parceria entre Jimmy e Mike, ao mesmo tempo que dá prosseguimento à história de ambos, demonstrando que o enfoque será novamente uma dupla assimétrica de personagens que definem, de uma vez por todas, personalidade e objetivos. Jimmy se torna motivado a ser um bom jurista, confrontando o irmão, que ainda o vê como um pária; e Mike aceita a importância da família em sua vida com disposição de fazer tudo para que a neta tenha um bom futuro. Estabelecidos o cenário e o comportamento de cada um, o drama se encerra seguindo um recurso tradicional da obra de Gilligan: o anticlímax.

    Substancialmente sabemos que não existirá bem ou mal em Better Call Saul, não o conceito delineado e simplista. McGill representa essencialmente o homem bom vindo de um passado obscuro no qual era conhecido como trambiqueiro. A longo prazo, sente que não terá retorno diante desse caráter positivo, evidenciando um mundo às avessas que não traz louros aos bem-afortunados. Uma discrepância que adensa o drama da personagem e retira o maniqueísmo de bom e mau, ou certo e errado.

    Com um público oriundo da série anterior, é necessário um equilíbrio entre o que é tradicional para ambas e o que essa pode trazer de novo. O público sempre torna-se ansioso por participações especiais e inferências da história anterior. Evitá-las seria o melhor para a produção, a fim de que ela possa desenvolver sua própria identidade. Mesmo que Albuquerque seja uma cidade pequena, não são necessárias coincidências para chamar o público: a qualidade do produto anterior já o cativou suficientemente para começar a assistir ao novo drama, mas depende desse novo início a motivação para que o espectador permaneça à frente da TV. É essa consciência que os roteiristas devem ter para não entregar tudo o que o público deseja, e dessa forma não diluir a trama.

    Mantendo a estrutura narrativa, o enfoque dramático e o estilo de filmagem, Better Call Saul entrega uma boa primeira temporada. Ainda que demonstre laços com a série anterior, prova-se eficiente em seu objetivo de apresentar um novo ângulo dos personagens conhecidos. Para evitar que a série também se torne uma das mais baixadas ilegalmente pela rede, o canal AMC desenvolveu uma boa parceria com a Netflix, e um dia após a exibição no canal, às segundas-feiras, o episódio é disponibilizado no sistema online, chegando também ao Brasil com apenas um dia de atraso. Uma boa saída para evitar o download desenfreado e mais um sinal de que os canais televisivos devem mudar a maneira de lidar com o público para se manterem ativos e próximos das necessidades atuais de seus consumidores.