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  • Conheça Morbius, o Vampiro Vivo

    Conheça Morbius, o Vampiro Vivo

    Morbius é um personagem trágico das histórias do Homem-Aranha, baseado em um conceito de vilão animalesco, como era bem comum entre os rivais do Cabeça de Teia. Criado pelo roteirista Roy Thomas e pelo desenhista Gil Kane, ele é o primeiro antagonista do herói que não foi criado por Stan Lee, visto que na época o escritor trabalhava no roteiro de um filme que jamais saiu.

    A estreia do personagem foi no ano de 1971 em  Amazing Spider-Man 101. Na época, Peter Parker estava com dois pares de braços adicionais, fruto de uma poção que ele tomou para perder seus poderes, que obviamente deu errado. Ao tentar se esconder no laboratório do Doutor Curtis Connors, o Aranha acaba sendo atacado por Michael Morbius, um cientista grego que se submeteu a um tratamento envolvendo choque elétrico e morcegos-vampiros.

    A origem do personagem foi mais aprofundada na edição seguinte, desenvolvendo suas motivações e origens, retratando a existência de uma doença degenerativa que possuía e da experiência que se submeteu, tornando-se um sujeito que precisava se alimentar de sangue para sobreviver, assim como os vampiros clássicos, mas com origem uma científica e não mitológica.

    Morbius tem super-força, capacidade de voar, hipnose, super velocidade, ecolocalização e até um fator de cura acelerado. O personagem já era conhecido por sua genialidade antes mesmo de tornar um vampiro, ganhando um Nobel em fisiologia, contudo, com a experiência sofrida passou a ter capacidades mentais ainda mais avançadas. Também adquiriu alergia a luz solar, mas não necessariamente fatal.

    O personagem só foi criado por conta da queda do código de censura que vigorava sobre os quadrinhos americanos, revisto no início de 1971. Alguns anos depois, em 73, a Marvel lançou a HQ Vampire Tales, com Drácula, Blade, e claro, Morbius, através da subsidiária Curtis Magazines. Nessas histórias haviam elementos típicos de produções de vampiros, como cultos satânicos, sacrifícios de moças virginais, etc.

    Morbius teve embates com o Doutor Estranho, na história Vampiric Verses, da revista Doctor Strange, Sorcerer Supreme 14. O Vampiro e o Mago se juntam a Irmão Vodu e combatem o ressurgimento de vampiros milenares. Nesta história ele é mostrado como um sujeito cheio de conflitos, fato que deve estar nesse novo filme de Daniel Espinosa protagonizado por Jared Leto.

    Outro momento notável das histórias é Sub-City, lançada em 1991, quando o Aranha descobre que o anti-herói tem um domínio nos esgotos de Nova York. Essa fase foi desenhada pelo criador de Spawn, Todd McFarlane, e é bastante lembrada pela sua arte.

    Morbius fez parte do grupo Filhos da Meia-Noite, iniciativa idealizada pelo Doutor Estranho, presente na revista Rise of the Midnight Sons, de 1992, grupo  formado por personagens mais  obscuros, como Blade, Hannibal King, Morbius obviamente, os Motoqueiros Fantasma Danny Ketch e Johnny Blaze, os Redentores do Darkhold, entre outros. Essa era mais uma equipe da Marvel que tentou se firmar pegando carona no sucesso dos X-Men, mas, como boa parte dos outros grupos “caça-niqueis”, não teve vida longa.

    Em 2019 foi lançada uma série, chamada Morbius: The Living Vampire, onde novos poderes do personagem são apresentados, como a capacidade de hipnose, lançada recentemente pela Panini  no Brasil.

    O personagem também participou de outras mídias, com a mais notável sendo a versão de Homem-Aranha: A Série Animada, de 1994. Esse desenho tinha umas peculiaridades, pois não podia aparecer sangue, socos ou armas de fogo, então ele sugava plasma, com esferas sugadores da essência vital nas palmas das mãos.

    Nessa versão ele tinha uma relação com Felícia Hardy, a Gata Negra que era um dos interesses românticos de Peter no desenho. O vampiro também teve uma aparição no game Spider-Man 3, que adaptava para a geração 128 bits o filme Homem-Aranha 3.

    Além disso, Morbius também apareceu brevemente na série animada Ultimate Homem-Aranha, em uma versão equivalente a sua contraparte do universo Ultimate. Aqui, ele tem ligação com a Hydra e aparece boa parte do desenho como um monstro de aparência de morcego.

    Curiosidades:

    • O personagem Blade só tem a capacidade de andar a luz do dia graças a Morbius. Nos quadrinhos, em uma luta entre os dois, o Vampiro Vivo morde Blade e a mistura entre a toxina de Michael, com as enzimas do caçador de vampiros causaram nesse último uma mutação, passando então a conseguir andar de dia, tal qual o personagem de Thomas e Kane;
    • Gil Kane se inspirou no Conde Drácula de Jack Palance, que fez sua aparição em Drácula, O Demônio das Trevas (1974), para compor o visual da versão humana de Michael Morbius. O rosto dos dois personagens é bastante similar;
    • Loxias Crown, que será interpretado por Matt Smith, no filme é um personagem periférico das histórias de Morbius. Ele passou a ser um vampiro vivo tal qual o personagem que dá nome ao longa.

  • Crítica | Fogo e Gelo

    Crítica | Fogo e Gelo

    Ralph Bakshi é um diretor cuja carreira é bastante prolífica, com variados modos de contar historia via animação. Um de seus feitos mais audaciosos foi a direção de Fogo e Gelo, filme em longa-metragem do gênero fantástico situada no filão de espada e feitiçaria, reunindo um grupo de autores de quadrinhos, e claro, o desejo de Bakshi de longa data em trabalhar com a lenda das ilustrações o artista Frank Frazetta. A historia é simples, mostra  Nekron, um tirano de pele pálida e poderes místicos ligados ao gelo, cujo  único entrave para a expansão territorial é a Casa do Fogo, um reino que fica no meio de um vulcão, sua luta é para  alcançar e derrotar esses opositores.

    Dentro desse reino, se destacam Larn, um bárbaro loiro, o misterioso xamã Lobo Negro, além da princesa, Teegra, uma voluptuosa mulher que serve ao propósito de garota refém, mas que também faz a historia andar. Embora a trama não se passe na Era Heboriana (que vem a ser a da mitologia de Conan: O Bárbaro de Robert E. Howard), a produção traz inúmeros elementos dos contos do cimério, seja em seus personagens centrais, nas questões de regentes malvados, nas mulheres voluptuosas, como também nas raças que habitam esse mundo, como os Selvagens, que lembram demais os Pictus. Além disso, a escolha dos roteiristas Roy Thomas e Gerry Conway fortalecem esse espírito, dupla essa que escreveria um dos rascunhos de Conan: O Destruidor, em uma versão que claramente não foi filmada por Richard Fleischer, além de  inúmeros gibis para a Marvel Comics ao longo dos anos.

    A animação varia entre momentos bem simples, com imagens estáticas dos humanoides, e as gravuras que servem de cenário, com belas e virgens gravuras de paisagens ou geladas ou vulcânicas, que ajudam a povoar o imaginário de quem assiste a obra. Além disso, a música que William Kraft conduz apresenta um tom épico aos em tela. Bakshi foi muito meticuloso com a movimentação dos personagem, usando largamente o artifício da rotoscopia, pondo atores para fazer os movimentos de combate dos roteiros, enquanto a equipe de animação supervisionada por Frazetta davam vida em duas dimensões aqueles movimentos. Ao menos nas cenas de combate o que se vê são belíssimas telas, uma ação fluída e que impressiona dado que a utilização de arte computadorizada era bem primária em 1983.

    Tal qual outros filmes de Bakshi, esse também não foi livre de polêmicas nos bastidores. Se Mundo Proibido teve seu final mexido pela produção e O Gato Fritz foi odiado pelo autor original Robert Crumb, Fogo e Gelo teve problemas com Frazetta, que era rígido e bastante exigente com a equipe de animação, tendo bastante atrito com boa parte dos que cuidavam dos movimentos dramáticos da obra. Independente das celeumas, o que se vê é um trabalho primoroso, belo, muito colorido e verborrágico em suas ações, se usando pouco de palavras para mostrar sua historia.

    A ambientação e belas imagens de fundo ajudam a compor o quadro de alta fantasia, e quase fazem o espectador esquecer os muitos problemas de fluidez narrativa dos momentos com menos ação do longa. Ainda assim há um sem número de conceitos legais, como a demonstração das fragilidades morais de Nekron, que é mostrado como um sujeito manipulado por sua mãe, mostrando que os tiranos que tentam parecer poderosos são frágeis como crianças, além de também mostrar embates violentos entre homens com as bestas da natureza.

    Cada personagem tem seu próprio estilo de luta e seus movimentos próprios, o filme não cai na balela de repetir golpes genéricos, sobretudo entre os heróis, Larn e o Lobo fazem uma boa dupla, mas a estratégia de cada um é bem diferente entre si. Dentro da simplicidade de sua formula, Fogo e Gelo acerta demais, utilizando bem os elementos das historias ligadas a mitologia de feiticeiros e bárbaros, com um mundo bastante condizente com o comum dentro desse sub gênero, acompanhado de momentos de ação bem construídos que se não são perfeitos, ainda assim apresentam momentos épicos.

  • Resenhas | As Crônicas de Conan – Volume 1

    Resenhas | As Crônicas de Conan – Volume 1

    Publicação da Mythos Editora, As Crônicas de Conan – Volume 1 tem como premissa a abordagem de histórias clássicas do personagem compreendida entre os números 1 a 8 de Conan: the Barbarian, datadas de outubro de 1970 até agosto de 1971, e conta ainda com o roteiro de Roy Thomas e a arte de Barry Windsor-Smith.

    O material gráfico é bastante bonito, para além da capa dura, há um belo mapa da Era Hiboriana que Robert E. Howard utilizava como cenário para as histórias de seu bárbaro. A apresentação do personagem ajuda a definir todos os clichês que envolvem o herói, que se proclama Conan da Ciméria, e nesse ponto se nota algo que não foi tão bem traduzido nos filmes: a erudição do bárbaro, bastante diferente da interpretação de Arnold Schwarzenegger no filme de John Millius.

    A publicação conta ainda com um posfácio onde Thomas detalha os motivos que o fizeram escrever Conan, em que  diz como resolveu deixar um pouco o seu lado editor para voltar a escrever, atendendo a pedidos de cartas de leitores que queriam histórias de Espada e Magia nas revistas da Marel Comics  (a maior parte dos pedidos era para adaptar Senhor dos Anéis,  Tarzan e John Carter de Edgar Rice Burroughs etc). A essa altura já havia uma outra compilação no mercado sobre o Bárbaro, chamada Conan o Aventureiro da editora Lancer, (essa já tinha capas de  Frank Frazetta) mas não haviam adaptações contemporâneas do personagem e foi Stan Lee que convenceu Thomas a convencer Martin Goodman, diretor editorial da Marvel de aprovar uma adaptação do personagem.

    A intenção do roteirista era escrever apenas 4 números, mas seu run durou  115 volumes, além de alguns retornos e escritos em outras revistas que não Conan The Barbarian. O posfácio da publicação da Mythos Editora também revela o baixo valor pago a Smith, que não era tão conhecido, e que assumiu os desenhos por conta de John Buscema ser caro demais, no entanto a melhor das informações certamente se dá pelos conselhos de Stan Lee, que deu o a dica de se utilizar de inimigos humanoides nas capas, e depois de um tempo, a revista retornou a ter bons números de venda.

    A primeira historia não é grandiosa  mas funciona bem em estabelecer a mitologia em torno do personagem principal, levantando elementos místicos, mágicos e típicos das rodas de RPG campanha clássica de Era Medieval. Apesar dos desenhos de Windsor-Smith serem feitos para uma publicação em preto e branco, a colorização digital não fica estranha, soando natural mesmo que não tenha sido pensada para ser assim. A segunda historia,O Covil dos Homens Fera tem arte final de Sal Buscema, e começa com o bárbaro matando um gigante, enquanto os homens fera de aparência símia aprisionam os humanos, enquanto Conan os libertam, É impossível não olhar essa revista e não fazer paralelos com o filme de Franklin j Shaffner, Planeta dos Macacos de 1968. Já em O Crepúsculo do Deus Cinzento há referencias claras a mitologia nórdica. A maioria das aventuras publicadas reúnem elementos de mitos estrangeiros, em atenção ao trabalho que o contista e criador do Cimério também fazia, amalgamando crenças diversas.

    Em A Torre do Elefante há uma busca por  um tesouro milenar, e a descoberta desses fatos em uma taverna, fato que se tornou também um clichê dos jogos de RPG,  assim como A Filha de Zukala (na verdade se baseia no poema  A Hora de Zukala), a noite cai subitamente e um predador parecido com um tigre ataca o herói.   Conan é um exímio guerreiro e astuto o suficiente para enfrentar inimigos com poderes ligados a magia. Em Asas Demoniacas sobre Shadizar, Conan começa matando dois ladrões indecisos,  que brigam pelas peças de ouro que roubaram, e não sabe o que fazer com elas. Ele é ludibriado por uma mulher bela, mostrando que apesar de experimentado, ele vacila e tem no belo sexo um de seus pontos fracos. Essa característica humaniza bastante o personagem, e especialmente nesses primeiros volumes, isso é importante.

    O Deus na Urna é a ultima das historias inéditas que Thomas escreveu na primeira leva, e o autor reavaliou seu modo de contar historias, tentando tornar elas menos genéricas. Essa ainda tem um bocado desse caráter mais episódico, com o personagem tentando pegar uma urna cujo conteúdo ninguém sabe do que se trata, que mais parece uma missão auxiliar das mesas de RPG. Essas primeiras Crônicas Nemédias terminam com Os Guardiões da Tumba, onde Conan é perseguido como um ladrão por um destacamento de Corintia, vizinho da Nemédia. . A luta mostrada do bravo homem contra um dragão com um formato semelhante ao de uma serpente, só que com membros é muito legal, sobretudo pela forma fluida com que saem os desenhos de Barry Windsor.

    Neste ponto há mais uma vez uma reunião de clichês de RPG, os aventureiros passam riquezas de tesouros, muito ouro, soldados mortos voltando a vida, objetos mágicos que ao serem retirados despertam um mal ancestral, e tudo é muito bem registrado não só pelo lápis de Smith, mas também pelas cores vivas que destacam a grandiosidade dos cenários suntuosos pensados nessa tradução que Thomas faz do  universo hiper rico de Robert Howard. O fato de Conan dar de ombros do motivo dos eventos mágicos terem ocorrido consigo dá a dimensão de quão ardiloso e acostumado com aquilo é o personagem, e Thomas entendeu como poucos a criatura mais famosas que o escritor pulp Robert E. Howard concebeu, traduzindo quase tão bem as aventuras do cimério quanto fazia o escritor original dessas micro histórias.

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  • Shazam | Desvendando as Origens do Capitão Marvel Original

    Shazam | Desvendando as Origens do Capitão Marvel Original

    Quando Billy Batson encontrou o mago Shazam, após perseguir um homem misterioso no metrô, encontrando-se  rumo à Pedra de Eternidade, nem a Editora Fawcett e nem seus criadores C.C. Beck e Bill Parker imaginavam o rebuliço que Capitão Marvel faria na cultura pop e no consumo de revistas em quadrinhos. Shazam se tornava um fenômeno, marcando tanto o nome da revista do herói e seu mentor, como recentemente se tornou o nome do personagem, reunindo um conjunto de poderes singulares: Salomão, a força de Hércules, o vigor de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio.

    Mais do que o apego a mitos e a magia, havia uma ligação diferente do personagem com o público por Billy Batson, sua contraparte, ser uma criança. Um feito realizado muito antes do adventos dos sidekicks como Robin ou dos personagens humanizados na Marvel de Stan Lee. Lançado em 1940 (na verdade em 1939, dado o atraso comum a essas publicações, ou seja, o herói completa 80 anos) o personagem símbolo da Fawcett teve sua vida útil abreviada em 1953, após uma série de brigas jurídicas com a Nacional Comics (antiga alcunha da DC Comics) que usava sua força e dinheiro para mover um processo por plágio, acusando o estúdio de realizar uma cópia do Superman. Todo o imbróglio aconteceu pelo sucesso do herói, pois, Marvel era mais popular, ganhando até mesmo uma produção em live action antes do Azulão, enquanto as vendas continuavam em alta.

    Em 1942, nascia o conceito da Família Marvel, que na época só com Mary Marvel, irmã gêmea de Billy, e o Capitão Marvel Jr., que invocava o nome Capitão Marvel e ganhava poderes. Este último era tão popular que inspirou boa parte do visual do rei do rock, Elvis Presley. Mary foi uma das primeiras personagens femininas heroicas, antes de Supergirl, e só um ano mais velha que a Mulher Maravilha. Além dessa composição, a família teve outras encarnações, como os Tenentes Marvel, e a participação do bonachão tio Dudley, da California, que  fingia ter poderes e usava um roupa igual a do Capitão.

    Sobre o personagem no Brasil, pelos anos de 1950, a revista Shazam, composta por uma antologia de historias antigas, tinha em seu mix Capitão Marvel e, pasmem, Namor. Depois, a edição se fundiu com a Revista Biriba e. a partir de entãoa, lançada com o nome (terrível, por sinal) de Biriba Shazam, reunindo historias da Jane das Selvas e outros personagens. Estranhamente não havia histórias do Capitão Marvel, essas estavam na Marvel Magazine, também publicada pela RGE (antigo nome da Editora Globo de Roberto Marinho). Na época, o nome do empresário era tão forte que sustentava as duas publicações em banca.

    Por ironia do destino foi a DC que relançou, em 1972, historias licenciadas do personagem, ainda sem propriedade intelectual. O personagem havia parado no tempo, tal qual Capitão America de Jack Apenas em 1991 a empresa teve os direitos do personagem, fato que explica a ausência de uma revista própria, ainda que os motivos para a baixa de sua popularidade sejam discutíveis até hoje. Como é natural nos quadrinhos, diversas histórias foram lançadas como base para uma nova cronologia. Analisamos algumas dessas histórias de origem do personagem e suas reformulações.

    The New Beginning, de Roy Thomas

    Minissérie de origem do Capitão Marvel, escrita por Roy Thomas e desenhada por Tom Mandrake, Shazam! The New Beginning jamais foi publicada no Brasil. Trata-se da primeira reformulação do personagem pós Crise. Os principais destaques da publicação são a presença de Doutor Silvana (ou Sivana, no original) tanto como vilão, como tio de Billy, fazendo com que o garoto procure uma família. Esse conceito é bem mal explorado, hiper dramático, mas ao menos alude aos hieróglifos como vínculo mágico e mitológico da origem do Capitão.

    Billy se transforma na frente de Silvana em uma referência a Era de Ouro, em que o vilão descobre sua identidade. Fora isso, é difícil falar desta origem por conta da dificuldade de acha-la (somente em edições gringas, tanto soltas como na edição de 30 anos), além de ter uma arte um pouco peculiar de Mandrake, em alguns momentos, bem feia.

    O Poder de Shazam, de Jerry Ordway

    Publicado em 1994 (1996 no Brasil), O Poder de Shazam é uma revista bem legal, de temática leve e divertida.  Escrita e desenha por Jerry Ordway (que arte finalizou  com George Perez em Crise nas Infinitas Terras e também acumulou função de texto e arte de Superman entre 1986 e 1989, além de ser um dos artistas por trás de Zero Hora). A história tem pouco menos que 100 páginas e começa no Egito com uma equipe de arqueologia.  Aqui há um elemento um polêmico, envolvendo o passado do Senhor Batson, o pai de Billy, com o Silvana e com o outro arqui rival do Capitão Marvel, Adão Negro, colocando o vilão na escavação do pai para, em seguida matá-lo, em ação semelhante a que Tim Burton fez em seu Batman, pegando algumas das coincidências de New Beginning.

    Tirando essa estranheza, a historia é bem legal. O traço de Ordway combina com o clima de aventura super otimista  do herói. Billy é mostrado como um menino pobre e necessitado que vende jornais nos sinais de transito. Ao ser encontrado por uma figura misteriosa, passa por uma caverna, onde há estatuas dos inimigos mortais do homem: Orgulho, Inveja, Cobiça, Ódio, Egoísmo, Preguiça, Injustiça, resgatando visualmente o que os criadores fizeram e lançando moda, pois quase toda origem repetiria esses conceitos.

    Um fato interessante e inesperado na historia, é que Billy ao  ganhar os poderes fica ressabiado e nervoso, não aceita a “dádiva” como algo bom, por não ter estrutura enquanto criança para lidar com tamanho poder e conhecimento, afinal a mudança é radical demais e repentina. Mais poder não significa mais equilíbrio emocional.

    Há momentos curiosos, como quando ao pegar um grupo de criminosos ele vira o carro, tal qual a capa clássica de Action Comics em uma piada visual com o Super Homem, bem como com a mania do personagem durante a Era de Ouro de ser o justiceiro dos pobres. O embate entre o heroi e Adão Negro fluí e toda a sequência a partir daí funciona como o regaste da memória do pai de Billy e a definição de Adão como o nêmese de Shazam. A arte de Ordway é uma grande homenagem aos quadrinhos dos anos 40. O sucesso fez com que estivesse a frente do título por um bom tempo.

    Primeiro Trovão e Os Desafios de Shazam, de Judd Winick

    Judd Winick se dedicou a duas histórias com o personagem entre 2006 e 2007. Na primeira, chamada Superman e Shazam: Primeiro Trovão, com arte de Josh Middleton, a narrativa parte do principio que  Superman e Batman acabaram de começar a nova era heroica enquanto o Capitão Marvel realiza suas primeiras ações, Acompanhado por seu mentor, o Mago Shazam. Para muitos esse é o equivalente ao Ano Um do personagem.  Apesar de não ser exatamente uma origem, os elementos clássicos do personagem estão lá: o clima dos anos 40, o escapismo e o traço de Middleton, mesmo sem ser primoroso, tem um ar de coisa antiga. Seu Capitão Marvel parece mesmo uma criança em tamanho grande. O contraponto entre o Capitão e o Superman é gritante e a dinâmica de herói novato e o veterano funciona bem.

    Silvana é um magnata poderoso e chefe de uma corporação maligna e criminosa. O Capitão se  descontrola e quase mata o capanga que disparou um tiro contra seu amigo, o pequeno Scott. É natural que aja assim, pois é uma criança para todos os efeitos, sem um código ético definido. O paradoxo é curioso. Marvel quase mata o vilão para evitar que ele assassine mais pessoas. Porém, sem coragem de dar cabo dele, decide se isolar no Everest, onde Superman o encontra. Nesse momento, acontece algo bem incomum: uma reclamação do kriptoniano com o Mago, por ter escolhido um menino para usar seu manto, dizendo que as atribuições de salvar as pessoas não deveriam ser destinadas a uma criança. Afinal, o peso do mundo não é compatível com seus ombros. É incrível como se demorou tanto a ter essa reflexão nos quadrinhos, e essa conclusão surgir do Super faz todo sentido, pois, seu destino inicial como salvador também era assim.

    A segunda história do roteirista foi uma minissérie em 12 edições, Os Desafios de Shazam, com arte de Howard Porter. A trama é polêmica por substituir Billy como herói, mas foi importante pra a cronologia do personagem. Porém, ao meu ver, o fato mais polêmica está em sua qualidade. A arte é estranha, com uma coloração que emula aquarela mas que parece feia. Além disso, a série tentou ser ambiciosa ao reorganizar a face página do Universo DC pós Crise Infinita. Com direito a presença de outros personagens mágicos, como Zatanna, mas que não tem nenhuma importância à trama.

    Na história, o Mago morre e o Capitão assume seu lugar e convoca Freddy Freeman, (Capitão Marvel Jr.) para ser o herdeiro do manto, tornando-se o novo Shazam. Alcunha utilizada para evitar problemas judiciais com a Marvel que se apossou do nome do personagem enquanto ele estava no limbo de publicações. O grande problema é o descarte de personagens clássicos como Mary Marvel, mostrada como deficiente, para deixar o caminho livre para Freddy. A série é prolixa, mastiga demais o universo mágico, e mesmo que tenha conceitos legais como o herói de legado (com uma década de atraso, diga-se de passagem), e a busca pelos paralelos dos personagens míticos do nome SHAZAM, não é o suficiente para salvar a publicação. A arte nas ultimas edições é assinada por Mauco Cascioli mas só melhora o quadro ligeiramente, pois as cores seguem terríveis. Na narrativa não há melhora, seguindo atrapalhada até o final com uma vilã que lembra o Adão Negro (Sabina), mas que não tem o mesmo peso, além da participação da Liga da Justiça de uma forma Deus Ex Machina. Neste ponto, Primeiro Trovão é bem mais reverencial.

    A Sociedade dos Monstros, de Jeff Smith

    O criador de Bone escreveu em 2007 Shazam! E a Sociedade dos Monstros, uma revista que equilibra um pouco de caráter autoral com apego a cronologia. Nela, Billy é um menino bem pequeno, abandonado, que sofre perseguição. O tom do quadrinho é bem infantil e fofo. Lembra em alguns momentos O Poder de Shazam de Ordway, mas tem sua própria identidade, especialmente visual, em muito tempo não havia historia cujo contraponto de Billy e Capitão são igualmente especiais e importantes.

    A figura de Marvel/Shazam é carismática, em especial por conta de detalhes pequenos, como seu gosto por hot dogs e seus inimigos, monstros animalescos comandados pelo Senhor Cérebro, um vilão clássico da época da Fawcett Comics. Além disso, o gibi contrapõe o desprezo de todos ao Billy, por ele ser um menino em situação de rua, e traz uma repaginação da sua irmã Mary e do  senhor Malhado tão legais quanto a versão de Billy. O clima da revista é bem fantasioso, infantil, mas também é sério quando precisa, e principalmente, lisérgico quando é mostrado Sr. Cérebro em ação.

    É engraçado como o Silvana de Smith lembra levemente a figura física de Robert Crumb, ainda que ele seja careca enquanto o quadrinista anarquista não seja. Também é legal que os antagonistas sejam mais pueris, em uma versão parecida com a dos desenhos do Super Homem dos irmãos Fleischer e dos quadrinhos pulp. O final da revista é otimista e combina demais com a docilidade de seu autor que ainda repagina Shazam também em um tamanho gigante emulando os tokusatsus.

    Com Uma Palavra Mágica, de Geoff Johns

    A versão de Geoff Johns e Gary Frank foi introduzida nos backups da revista da Liga e tem como principal diferença o fato de Billy ser um adolescente problemático, em sintonia com um rapaz sozinho vivendo a puberdade. As primeiras aparições são bem curtas, fundamentando a origem do personagem em paralelo a acontecimentos da fase Novos 52, reciclando conceitos de um jeito que o roteirista é especialista. A trama começa de maneira despretensiosa, apresentando a procura do Mago por um hospedeiro de seus poderes, encontrando no jovem disperso seu representante. Ao ser adotado pela família Vasquez, Billy encontra uma nova família e, aos poucos, afeiçoa-se a eles.

    O Doutor Silvana é um estudioso obcecado nas lendas antigas, reprisando de certa forma o que o autor fez com seu Lex Luthor em Superman: Origens Secretas, substituindo a questão de Kripton pelo Adão Negro. A forma como se lida com a família Marvel é bem legal, expandindo-se a mitologia, a partir de Freddy Freeman. Além disso, é mostrado também o tigre Tawny como uma das poucas lembranças dos pais de Billy. Apesar de demorar a engrenar, a ação da revista é bem fundamentada, não é extraordinária, mas repagina bem a maior parte dos conceitos, seja com o Mago, com os vilões, a questão do Relâmpago Vivo.  O momento em que Billy e Freddy lidam com os poderes no começo é interessante, e a motivação do Adão Negro também é bem construída.  Esta deve ser a origem que ganhará destaque no roteiro de Henry Gayden no filme de David F. Sandberg. Momentos vistos no trailer como a sobrecarga de materiais com eletricidade ou a recompensa de muitos doces por salvar um lojista de um assalto vieram direto dessa aventura e, como outros filmes da Dc Comics já se pautaram na fase Novos 52, é natural que esta trama sirva de nova versão do herói, por estar mais alinhada com o cânone atual.

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  • Capitã Marvel | Quem é Quem nos Quadrinhos e nos Cinemas?

    Capitã Marvel | Quem é Quem nos Quadrinhos e nos Cinemas?

    Os filmes da Marvel geralmente tem aparições de muitos heróis e vilões, e é para esclarecer quais são as principais delas em Capitã Marvel que pensamos nessa lista. O objetivo é falarmos um pouco de cada uma delas, com suas respectivas versões nos quadrinhos, e também de alguns personagens-spoilers no final da postagem, devidamente notificado para não pegar nenhum desavisado. Vamos a cada um deles!

    Capitã Marvel

    Nome Civil: Carol Danvers
    Intérprete: Brie Larson
    Poderes e Habilidades: Força sobre-humana, manipulação de energia, regeneração, consciência cósmica, voo
    Primeira Aparição: Carol Danvers em Marvel Super Heroes 13, de 1968; Ms. Marvel em Ms. Marvel 01, de 1977; Capitã Marvel em Avenging Spider-Man 9, em 2012.
    História: Criada por Roy Thomas e Gene Colan, foi introduzida como uma mulher que era piloto na Força Aérea dos Estados Unidos, e aos poucos, se tornou interesse amoroso do Capitão Marvel (Mar-Vell), um personagem cósmico da Marvel. Após muito tempo passar, ela sofre um acidente e fica sumida, até que nos anos setenta ela ganha poderes, iguais a de seu par, e se torna uma herói solo, apesar de ter proximidade ainda com o Capitão. Em Ms Marvel 20 ela muda de uniforme, rompe com Mar-Vell e se torna uma personagem totalmente diferente e independente, acompanhando o movimento feminista. Após idas e vindas, fases polêmicas, ela passou a ter uma importância grande no panteão da Marvel, tomando para si a alcunha de Capitã em 2012, ganhando uma nova fase nos quadrinhos, e foi aos poucos alçada a condição de mulher ícone da editora, ao menos em nível de poder. Sua composição é hibrida, entre humano e kree.

    Nick Fury

    Nome Civil: Nicholas Joseph Fury
    Intérprete: Samuel L. Jackson
    Poderes e Habilidades: Mestre marcial, estrategista, atirador, especialista em armas
    Primeira Aparição: Sgt. Fury and his Howling Commandos 1, de 1963
    História: Criado por Stan Lee e Jack Kirby nos anos sessenta, é um personagem militar, veterano da Segunda Guerra Mundial, como Sargento Fury, líder do Comando Selvagem, ele teria lutado até com o Capitão America. Ele é pego em uma mina terrestre, e é salvo por um cientista que injeta nele a Formula do Infinito, que o faz retardar o envelhecimento. Ele tem que tomar a formula anualmente. Ele perdeu seu olho com uma granada, e saiu do exército, só retornando repaginado quando foi contratado pela CIA, onde atingiu o posto de Coronel. Ele se tornou aos poucos um dos expoentes mais inteligentes das forças armadas dentro do universo Marvel, sendo um dos mandantes da S.H.I.E.L.D. A versão dos cinemas, introduzida no filme do Homem de Ferro na cena pós créditos é baseada na versão Marvel Millenium/ Universo Ultimate de 2001, um sujeito negro e claramente baseado no ator Samuel L. Jackson, que viria a interpretar o personagem. No filme da Capitã Marvel, Fury passou pelo trabalho de espionagem na Guerra Fria, e é um agente de alto grau na SHIELD e serve como personagem co-protagonista.

    Talos

    Nome Civil: Talos
    Intérprete: Ben Mendehlson
    Poderes e Habilidades: no filme, é  um skrull metamorfo; nos quadrinhos, não consegue mudar de forma, mas possui força sobre-humana e treinamento militar
    Primeira Aparição: Incredible Hulk 418, de 1994
    História: Para quem não sabe e nunca leu absolutamente revista nenhuma da Marvel, os Skrulls são uma raça de individuo verdes, normalmente malignos que se transformam em qualquer pessoa que o sujeito vê. Talos foi criado por Peter David e Gary Frank, o personagem foi um importante oficial na guerra Kree-Skrull e não tinha a habilidade de se transformar em outras pessoas. Sua aparição no filme foi uma surpresa, uma vez que há personagens skrull mais conhecidos e alardeados que ele, e suas características foi bem modificada.

    Agente Coulson

    Nome Civil: Phillip Coulson
    Intérprete: Clark Gregg
    Poderes e Habilidades: Treinamento militar, tático e de espionagem
    Primeira Aparição: Homem de Ferro, de John Favreau, em 2008
    História: Personagem criado para o cinema em Homem de Ferro de John Favreau, ganhou bastante popularidade e até uma série solo, como mentor em Agentes da Shield. Ele teria morrido em Vingadores, mas voltou na série já citada e depois foi introduzido nos quadrinhos, junto ao segundo filho do Nick Fury original, Nick Fury Jr. que era negro e semelhante a Sam Jackson, sendo então no universo 616 o atual Nick Fury (o personagem original hoje é uma força cósmica, O Invisível, que atualmente mora na lua e deverá substituir o Vigia) e é um dos mais importantes comandantes da SHIELD.

    Maria Rambeau

    Nome Civil: Maria Rambeau
    Intérprete: Lashana Lynch
    Poderes e Habilidades: no filme, treinamento militar e pilota de avião; nos quadrinhos, costureira
    Primeira Aparição: Avengers 246, de 1984
    História: No filme, Maria é a melhor amiga de Danvers mas nos quadrinhos ela é a mãe da Monica (que também aparece no filme), ela nasceu em Nova Orleans, Louisiana e trabalhava como modista e era casada com o bombeiro Frank Rambeau. Seu papel é bem secundário, mais de apoio a Monica do que qualquer outra função, e no longa tem talvez seu maior mérito e crédito, por ser uma personagem crível, tangível e bem forte.

    Monica Rambeau

    Nome Civil: Monica Rambeau
    Intérprete: Azari Akbar com 5 anos; Akira Akbat com 11 anos
    Poderes e Habilidades: no filme, nenhum (é uma criança de 5 e 11 anos quando aparece nas duas linhas temporais); nos quadrinhos, absorção de energia, geração e manipulação, capacidade de viajar a velocidades até a velocidade da luz (enquanto em sua forma de energia), converter seu corpo em qualquer forma de energia dentro do espectro eletromagnético e viaja em forma de energia através do vácuo do espaço.
    Primeira Aparição: The Amazing Spider-Man Annual 16, de 1982
    História: John Romita Jr. e Roger Stern são os criadores da personagem, que foi a primeira Capitã Marvel nos quadrinhos e que no filme, é apenas uma criança, filha de Maria, amiga de Carol Danvers. A personagem teve uma certa importância, chegando até a liderar os Vingadores. Ela tinha ação em Nova Orleans, em uma tentativa de deter terroristas (era da guarda costeira), foi atingida por um acidente com energia extra-dimensional, e acabou ganhando poderes de se tornar energia viva, com capacidade de lançar rajadas muito fortes dessa energia. Ela logo deixou o nome para o filho de Mar-Vell, Genis- Vell, adotando o nome de Fóton (que depois perdeu novamente o nome para Genis-Vell), e passou a ser Pulsar. Nas suas ultimas aparições ela chama-se Pulsar. No filme, Monica é uma menina, mas pode aparentemente pode ser utilizada em futuros filmes da Marvel, já que ela tinha 11 anos nos anos noventa.

    Korath

    Nome Civil: Korath-Thak
    Intérprete: Djimon Hounsoun
    Poderes e Habilidades: Engenharia genética cibernética, força, resistência e durabilidade sobre-humanas, também localiza pessoas rastreando padrões cerebrais
    Primeira Aparição: Quasar 32, de 1992
    História: Criado Mark Gruenwald e Greg Capullo, é um Kree que trabalhava como cyber geneticista. Sempre foi muito útil à Suprema Inteligência, e ganhou poderes fazendo experiencias consigo próprio. No filme ele é um dos principais membros da Starforce, tal qual nas HQs, mas sua primeira aparição nos cinemas foi em Guardiões Da Galáxia.

    Ronan, O Acusador

    Nome Civil: Ronan
    Intérprete: Lee Pace
    Poderes e Habilidades: Intelecto superior, treinamento de combate e uso de armas muito poderosas
    Primeira Aparição: Fantastic Four 65, de 1967
    História: Criado por Stan Lee e Jack Kirby, sua primeira aparição nos cinemas se deu em Guardiões da Galáxia. Nos quadrinhos, ele é da elite Kree, nascido na capital do Império, e foi vilão do Quarteto Fantástico, e depois, de Mar-Vell. Algo que não ocorre nos cinemas é a transformação do personagem em alguém honrado, aos poucos, deixando de lado seu caráter obediente aos desmandos do Império Kree. Aqui, ele tem uma pequena participação, um pouco menos apagada que em Guardiões, onde tem tempo de tela mas é mostrado de maneira maniqueísta e meio boba.

    Minn-Erva ou Doutora Minerva

    Nome Civil: Minn-Erva
    Intérprete: Gemma Chan
    Poderes e Habilidades: Biogeneticista talentosa, força sobre humana, voo, alem de ser uma pilota exímia
    Primeira Aparição: Captain Marvel 50, de 1977
    História: Criada por Scott Edelman e Al Milgrom, ela é uma geneticista Kree, que fazia muitas experiencias com outras raças. Nos quadrinhos, chamada de Dra. Minierva (no longa é apenas Minerva) ela é par do Doutor Atlas que também aparece no filme,mas é bem desimportante, e sabe muito bem das maquinações da Suprema Inteligência (nos quadrinhos, essa inteligência artificial é maligna). Atualmente, é uma das principais antagonistas da Capitã, e no filme ela claramente tem uma rivalidade com “Vers” além de ser um bocado diferente das hqs, sendo uma sniper do grupo.

    Goose ou Chewie

    Nome: Goose
    Intérprete: Reggie, Gonzo, Archie e Rizzo
    Poderes e Habilidades: Tentáculos, possibilidade de armazenamento e transporte através de outras dimensões
    Primeira Aparição: Giant-Size Ms. Marvel 1, de 2006
    História: Apesar de parecer uma gata, ela é na verdade da espécie Flerken, Goose – que nas hqs chama-se Chewie, mas foi modificado para Goose para não ter ligação com Star Wars, além de ser macho nas Hqs – é um alienígena poderoso, uma raça que nos quadrinhos está quase em extinção. Nas hqs, ela está esperando filhotes, com centenas de ovos (117 para ser mais exato), e Rocket Racum tenta comprar da Capitã Marvel o “animal” para vende-lo no mercado negro. Goose/Chewie no filme tem importância por afastar Skrulls, além de guardar um universo inteiro dentro de suas bocas, fato que justifica a captura de tantas pessoas e até do Teseract.

    A partir daqui, não leia se não quiser spoiler

    Yon Rogg

    Nome Civil: Yon-Rogg
    Intérprete: Jude Law
    Poderes e Habilidades: Super força, super agilidade e vigor físico aprimorado
    Primeira Aparição: Marvel Super Heroes #12, de 1967
    História: Nos quadrinhos, quando Carol era uma mulher comum, ele a rapta para atingir Mar-Vell, o capitão Marvel original ( ela era o interesse amoroso do herói). É em um combate entre Yon-Rogg e Mar-Vell que ocorre o acidente que dá poderes a Carol, e a personagem fica um tempo no ostracismo para em seu retorno, estar já com poderes e sem memoria, tal qual no começo do filme. No longa, muito se pensou que Law faria o Capitão, e a inversão de expectativa poderia ser boa, e é, em premissa… A execução do roteiro o faz parecer um personagem maniqueísta e estranho, onde suas atitudes não fazem muito sentido e sua aparição soa desimportante.

    Mar-vell/Suprema Inteligência

    Nome Civil: Mar-Vell
    Intérprete: Annette Benning
    Poderes e Habilidades: Mar-Vell possui força sobre-humana, manipulação de energia, regeneração, consciência cósmica, voo; Suprema Inteligência possui poderes psiônicos e super inteligencia
    Primeira Aparição: Mar-Vell, em Marvel Super-Heroes 12, de 1967; Suprema Inteligencia, em Fantastic Four 65, de 1967
    História: Nos quadrinhos, Mar-Vell era um kree de cor rosa, ao invés de azul como era comum entre seus iguais, e daí ele era já mal visto por parte da sua raça. Isso de certa forma é dito no filme, na personagem de Annette Benning, ainda que a personagem da atriz seja uma mescla entre o Capitão Marvel e a Suprema Inteligência, que por sua vez, era um ente que mandava nos krees, uma reunião de cérebros dos krees mortes, que serve de inteligência artificial que se tornou um imperador da raça e até, uma figura religiosa nos quadrinhos. A mudança de gênero no filme causou muita polêmica, mas sinceramente, esse é o menor dos problemas do filme, que trata de maneira complicada alguns dos traumas de Carol Danvers, invertendo de certa forma a condição de mentor/mentora da personagem.

    Links Relacionados:

    Vortcast Capitã Marvel
    Crítica Capitã Marvel

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