Resenha | Star Wars: C-3PO – O Membro Fantasma
Após a compra que a Disney executou sobre a Lucasfilm, anunciou que todo o antigo Universo Expandido se chamaria agora de Selo Legends, e novos quadrinhos e filmes dariam vazão as historias do filme. A realidade no entanto é que pouco ou nada mudou, as revistas da linha Star Wars e os primeiros números de Darth Vader se passavam entre Uma Nova Esperança e Império Contra Ataca, e o que todos queriam saber estava entre O Retorno de Jedi e O Despertar da Força, e esse pequeno especial envolvendo o androide que Anthony Daniels fazia nas outras trilogias mostra coisas de fato inéditas.
Este C-3PO: O Membro Fantasma é menor que os arcos de Han Solo, Princesa Leia, Lando etc, foi publicado no Brasil na revista Darth Vader 21, da Panini, em 2017. Seu lançamento original foi um ano antes, nos EUA e com sete capas variáveis. O drama começa colocando o personagem consular lidando com outros droides, onde ele tem que dar ordens porque aparentemente não humanos pelo cenário, nem mesmo os da Resistência.
O roteiro fica a cargo de James Robinson, um roteirista acostumado a lidar com excluídos (ficou famoso com histórias da DC como Starman e Sociedade da Justiça), e a forma como o robô age é engraçada, tal qual nos filmes, e dramática na medida, ao se ver obrigado a se vangloriar dos feitos que tem como agente de campo. A arte de Tony Harris soa um pouco estranha a primeira vista, a junção com as cores torna as imagens de um tom meio gritante, com tons berrantes demais. A tentativa de emular quadros bonitos não funcionou muito, principalmente por ter resultado num quadro meio feio.
Há uma certa graça na mudança de cor de membro, em atenção as lendas que falavam sobre a perna prateada do robô de protocolo no primeiro filme. O fato da perda desse braço ter ocorrido de maneira drástica em meio ao cenário de estar cercado de outros seres autômatos dá muito significado. C-3PO não é como L3-37, personagem de Han Solo: Uma História de Star Wars, mas valoriza igualmente a presença dos seus iguais. Por mais que não seja revolucionário, ele faz presente a memória dos que estavam consigo, e o discurso final da história de Robinson valoriza exatamente isso, as lembranças deles, traçando até um paralelo entre o protagonista, que perdeu suas memórias pós A Vingança dos Sith, com seus companheiros. O final sentimental casa bem com o todo, fazendo dessa Membro Fantasma algo singelo e até tocante.
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