Tag: Demolidor

  • Resenha | Demolidor – Vol. 2

    Resenha | Demolidor – Vol. 2

    DemolidorVolume2

    Dando continuidade à elogiada fase de Mark Waid nos roteiros do Homem Sem Medo, a editora Panini lançou este segundo encadernado nos mesmos moldes da edição anterior: 148 páginas, capa cartonada, papel LWC e preço R$ 18,90. O conteúdo é que desta vez está mais diversificado, pois além da série atual do herói cego, temos também um divertido cross over e uma desnecessária republicação.

    Abrindo a edição, uma história curta (e provavelmente a melhor) com Matt tendo que sobreviver e salvar um grupo de crianças cegas, durante uma tempestade de neve. Premiada com o Eisner Award 2012 de melhor edição única, a aventura representa bem aquilo que vem destacando o trabalho de Waid: a simplicidade com inteligência. Sem ser bobinha ou piegas, com drama e perigo na medida certa, e usando bem os poderes, limitações e o heroísmo do personagem. O único pecado é uma resolução um tanto rápida demais, compreensível pela própria estrutura da história.

    Um encontro com o Homem-Aranha vem na sequência, trazendo um inusitado triângulo amoroso envolvendo os dois heróis e a Gata-Negra. Impagável o choque do Escalador de Paredes ao ver sua antiga namorada nos braços do outro: “Acho que esta é minha origem de supervilão”. Waid conduz bem a história em duas partes, utilizando elementos da série própria do Aranha (o estopim da história é um roubo nos Laboratórios Horizonte, onde Peter Parker trabalha) e prosseguindo a trama maior do Demolidor iniciada no volume 1. O que derruba um pouco o nível são os desenhos de Emma Rios na primeira parte, bem feinhos se comparados aos de Paolo Rivera.

    Outra história em duas partes traz o Demolidor investigando o bizarro roubo de vários caixões (entre eles, o de seu pai) de um cemitério, e enfrentando o Toupeira, clássico inimigo do Quarteto Fantástico. A abordagem perturbadora e melancólica deste vilão, geralmente retratado de um jeito galhofa, chama a atenção. Bem como o belo trabalho de Rivera ao retratar a escuridão do reino subterrâneo do Toupeira, e o sentido de radar do herói. Ao mesmo tempo, fecham-se as pontas soltas do arco anterior – leia-se Gata Negra e suas dúbias motivações.

    Mais uma história curta, e que deveria ter encerrado o encadernado, mostra uma tradicional situação para Matt Murdock. Ele vai até a penitenciária conversar com um cliente seu, um supervilão que foi preso pelo Demolidor. Porém agora a dinâmica é diferente, já que sua identidade é de conhecimento público (e ele segue negando veementemente). Além de momentos bem divertidos por conta disso, aqui é enfocada diretamente a questão do Omegadrive, que vinha servindo de subtrama e esqueleto narrativo para as histórias passadas. O disco rígido com informações sobre cinco grandes grupos criminosos transforma Matt num alvo, e pra ler o explosivo resultado disso, é preciso comprar outra revista: Justiceiro volume 2.

    A safada estratégia de forçar uma venda casada, tanto por parte da Marvel quanto da Panini, sem dúvida irrita. Principalmente o leitor ocasional. Mas há que se defender que a amarração das duas séries foi bem realizada, e o Justiceiro atualmente escrito por Greg Rucka também merece ser conferido por si só. E o evento, na verdade, é um crossover triplo, pois o onipresente Homem-Aranha volta a dar as caras nessa edição.

    O ponto fraco deste Demolidor volume 2 (voltando a ele), é a Panini ter achado que seria legal incluir uma aventura que já saiu várias vezes no Brasil. Amazing Spider-Man 16, de 1964, trazendo o primeiro encontro entre Homem-Aranha e Demolidor. Podem falar a vontade do valor histórico, do clássico, etc. Mas a verdade é que a história de Stan Lee e Steve Ditko está totalmente deslocada aqui. Vale apenas como curiosidade para ver como os quadrinhos eram diferentes: tom muito mais ingênuo, arte simples, excesso de texto com milhões de diálogos e recordatórios super expositivos. Conteúdos do tipo deveriam ser reservados a publicações específicas pra isso, não incluídos em meio ao material atual, a título de “bônus” – sendo que pagamos caro também por eles.

    Em resumo, uma edição quase no mesmo nível da primeira, com a falha maior sendo da editora nacional. Mark Waid segue mantendo o ótimo nível das suas histórias, numa estrutura que lembra (bons) seriados de tv. Episódios com tramas isoladas mas que constroem um plot maior. Que venha o volume 3.

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Agenda Cultural 53 | Angeli, Demolidor e Guerra Mundial Z

    Agenda Cultural 53 | Angeli, Demolidor e Guerra Mundial Z

    agenda53

    Bem vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Rafael Moreira (@_rmc), Isa Sinay (@isasinay), Jackson Good (@jacksgood), Filipe Pereira e Bruno Costa (@zumbirosca), dos blogs/podcasts Os Cinefilos e  Cruzador Fantasma, além da participação pontual de Mario Abbade (@fanaticc) em nosso bloco de cinema, se reúnem para comentar sobre o que rolou no circuito cultural das últimas semanas.

    Duração: 108 min.
    Edição: Rafael Moreira e Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira
    Arte do Banner: 
    Bruno Gaspar

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    sombras_da_horda

    Comentados na Edição

    Quadrinhos

    Resenha Toda Rê Bordosa – Angeli (compre aqui)
    Resenha O Lixo da História – Angeli (compre aqui)
    Resenha Demolidor 1 – Mark Waid (compre aqui)
    Actions Comics – Novos 52 – Grant Morrison

    Literatura

    Roberto Bolãnos – Chamadas Telefônicas (compre aqui)

    Cinema

    Crítica Em Transe
    Crítica Um Golpe Perfeito
    Crítica Elena
    Crítica O Grande Gatsby
    Crítica Guerra Mundial Z
    Crítica Antes da Meia-Noite
    Crítica O Lugar Onde Tudo Termina
    Crítica O Cavaleiro Solitário

  • Resenha | Demolidor – Vol. 1

    Resenha | Demolidor – Vol. 1

    Demolidor-um-novo-começo

    Uma das maiores críticas aos quadrinhos de super-heróis é o quanto eles se tornaram complexos para leitores novos ou ocasionais, seja por sagas intermináveis que se conectam em diversas revistas ou simplesmente pelo peso de décadas de cronologia. Por outro lado, as estratégias para combater isso enfurecem os fãs assíduos: truques mirabolantes, pactos demoníacos ou reboots cósmicos servem para apagar ou modificar a vida dos personagens. Nesse cenário desanimador, um material como a nova fase do Demolidor merece todos os elogios possíveis, não somente por sua qualidade pura e simples, mas principalmente pela lição que fica para a indústria dos comics.

    O encadernado lançado pela Panini traz as seis primeiras edições do título mensal que começou em 2011 lá nos EUA (sem comentários para tamanho atraso). O sucesso foi inegável, visto os prêmios Eisner de melhor série e melhor escritor, para o veterano Mark Waid. O que torna o trabalho tão digno de nota foi o novo direcionamento adotado, trazendo aventuras mais leves e descompromissadas para O Homem Sem Medo, e a forma como isso foi feito. Antes disso, nas mãos de Brian Michael Bendis, Ed Brubaker e Andy Diggle, Matt Murdock teve uma longa fase de ótimas histórias com clima noir, denso e pessimista. Em bom português, ele se ferrou pra valer. Teve sua identidade exposta publicamente (e passou todo esse tempo negando ser o Demolidor), foi preso, assumiu a liderança da organização criminosa NINDJA Tentáculo, e terminou sendo possuído por um demônio e enfrentando outros heróis.

    Como voltar disso? Alterar a realidade, dizer que foi um clone, ou outra “genial” explicação desse naipe? Não. Waid toma o caminho da simplicidade, reconhecendo tudo o que aconteceu e colocando o próprio herói pra dizer que escolheu mudar, encarar as coisas com otimismo e tentar se restabelecer enquanto pessoa, advogado e herói. Dessa forma, a nova fase se inicia sem fazer quem acompanha o Demolidor há tempos se sentir enganado, e sem obrigar ninguém a correr atrás do que veio antes (apesar disso ser altamente recomendável). Em essência, a herança que fica é que agora as pessoas “sabem” que Matt é o famoso vigilante, e ainda que não existam provas concretas e ele continue negando, seu trabalho como advogado acaba sendo prejudicado, resultando em situações muito divertidas.

    E na outra metade da vida dupla de Murdock, prevalece um clima de certa forma sessentista/setentista. Um herói brincalhão e ousado, que beija a noiva num casamento da máfia e enfrenta os leões do zoológico. Situações absurdas, mas sem descambar para ingenuidade absoluta ou mesmo galhofa. A necessária maturidade dos quadrinhos atuais se faz presente quando o Demolidor se envolve em conspirações corporativas ou mesmo quando o Capitão América, o “principal policial do país”, aparece pra tirar satisfações sobre seus últimos atos. O equilíbrio alcançado traz a necessária renovação para o personagem, um momento bem menos sombrio que os anos recentes, mas nem de longe algo infantilóide estilo Jeph Loeb.

    A arte acompanha essa pegada retrô, e é um show parte. Os desenhistas Paolo Rivera e Marcos Martin têm um estilo muito parecido, um traço limpo, simples e agradável. Mas dá pra perceber algumas diferenças: o primeiro faz uma anatomia mais arredondada, e no geral, um trabalho padrão. Já o segundo usa de linhas mais finas e angulosas, e ousa mais no sentido de diagramação e composição de páginas. Ambos, porém, trazem uma nostalgia interessante ao trabalhar com onomatopeias nos cenários e na retratação do sentido de radar do herói, sua “quase visão”. Um tanto ignorado nos últimos tempos (em favor da abordagem intimista, enfatizava-se a “cegueira” de Matt), esse poder remete às clássicas histórias de Frank Miller nos anos 80.

    Como ponto negativo (além do atraso na publicação aqui no Brasil), o preço de R$ 18,90 pela edição de 148 páginas. Mesmo com capa cartonada e papel de qualidade, é salgado. Mas sem dúvida nenhuma vale a pena conferir. Essa é uma gratificante prova de que é sim possível ter boas e acessíveis histórias de super-heróis, em séries mensais DENTRO DA CRONOLOGIA. Quando há talento envolvido, claro.

    Texto de autoria de Jackson Good.

  • Crítica | Demolidor

    Crítica | Demolidor

    demolidor-poster

    Nos primeiros minutos de um documentário, que acompanha o primeiro disco desta versão de diretor, um dos editores faz comentários a respeito de sua metragem. Diz que para o lançamento do filme a opção foi reduzir um pouco da ideia original, deixando-o mais ágil e com mais cenas de ação, diferentemente da ideia do diretor, Mark Steve Johnson, que procurava algo mais denso e fluido, com momentos para explicações e um pouco menos de ação.

    Este pequeno trecho simboliza a diferença entre um editor pago para realizar um filme blockbuster sem se importar com sua qualidade e outros que tentam, mesmo em filmes neste formato, manter uma base narrativa.

    Demolidor foi a primeira adaptação de quadrinhos a ser um sub-produto dos sucessos anteriores. Pouco dinheiro foi investido no projeto, cuja missão primordial era um arrecadamento médio. Sem mais ganas, o resultado desse pensamento se tornou nada promissor. O descompasso é tão claro que o fraco diretor lançou sua própria edição do filme, com minutos a mais, tentando melhorar a fraca história e recuperar um pouco de sua imagem perante os fãs de quadrinhos.

    Mesmo trabalhando com um material bruto inexpressivo, seu trabalho tem um ganho positivo em relação ao original, mas nada excepcional. Os erros desenvolvidos na trama estão concentrados em sua estrutura. Nenhuma edição poderia salvá-la.

    A começar pela obtusa escolha do elenco — como colocar o gordinho Ben Aflleck para fazer o ágil Demolidor quando, por ator cogitado na época, Matt Damon seria mais indicado para o papel até fisicamente. Sem deixar de lado excessos de liberdade poética, transformando o rei do crime em negro e o Mercenário, grande vilão do Homem Sem Medo, em um patético personagem nas mãos de Colin Farrell, que despontou em um filme de Joel Schumacher e, depois de entregar mais uma atuação competente, vem desapontando desde então.

    Com um pouco mais de duas horas de duração, a nova edição deixa a trama mais explicada, tentando se aprofundar no drama de Matt Murdock. Mas a falta de credibilidade que Affleck passa, de um cego canastrão, não dá espaço para que se compreenda seu heroísmo.

    É lamentável que um personagem tão excelente como Demolidor tenha sido o escolhido para ser o primeiro filme B de quadrinhos, elemento parecido com o que aconteceria com o Quarteto Fantástico mas, dessa vez, voltado ao entretenimento familiar.

    Murdock é o herói que possui uma das carreiras mais estáveis nos quadrinhos, com sagas memoráveis, além de ser carismático. Nas telas virou uma mistura insossa de senso comum e de atores mal selecionados, que culminam na Electra Natchios de Jennifer Garner.

    Ouça nosso podcast sobre Ben Affleck.

  • Vortcast 22 | Ben Affleck

    Vortcast 22 | Ben Affleck

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    Bem-vindos à bordo. Nesta edição, Flávio Vieira, Rafael Moreira, Isa Sinay, Pedro Lobato, Mario Abbade e Carlos Britto comentam sobre a carreira cinematográfica do ator e diretor, Ben Affleck. Partido de seus “ótimos” trabalhos com atuação, as parcerias com Matt Damon, a grande ascensão de sua carreira com o Oscar de melhor roteiro por Gênio Indomável, passando também pela pior fase da carreira com seguidos flops em comédias românticas, até chegarmos em seus notáveis trabalhos como diretor.

    Duração: 93 mins.
    Edição: Rafael Moreira
    Trilha Sonora: Rafael Moreira

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    Vortcast 05: Filmes Marvel
    As caretas de Calvin por Ben Affleck

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    Filmes como diretor ou roteirista

    Crítica Gênio Indomável (Good Will Hunting)Compre aqui
    Crítica Medo da Verdade (Gone Baby Gone)Compre aqui
    Crítica Atração Perigosa (The Town)Compre aqui
    Crítica Argo

    Filmes comentados

    Armageddon – Compre aqui
    Pearl Harbor – Compre aqui
    Shakespeare Apaixonado (Shakespeare in Love) – Compre aqui
    Demolidor (Daredevil) – Compre aqui
    Contato de Risco (Gigli)
    Intrigas de estado (State of Play) – Compre aqui
    A Soma de Todos os Medos (The Sum of All Fears) – Compre aqui
    Hollywoodland – Bastidores da Fama (Hollywoodland)
    Dogma
    Procura-se Amy (Chasing Amy)
    Balconista 2 (Clerks II) – Compre aqui
    O império do Besteirol Contra-Ataca (Jay and Silent Bob Strikes Back)
    Barrados no Shopping (Mall Rats)
    School Ties

  • VortCast 05 | Filmes Marvel – Parte 1

    VortCast 05 | Filmes Marvel – Parte 1

    Bem Vindos à bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), André Kirano (@kiranomutsu), Jackson (@jacksgood), Jean D’angelo (@jeandangelo), Carlos Tourinho (@touroman), Levi Pedroso (@levipedroso) e Brunno Elias (@brunnoelias)  se reúnem para comentar sobre todos os filmes que a SEGUNDA maior editora de quadrinhos do mundo já colocou nos cinemas. Conheça todas as galhofas que chegaram ao grande público e as atuais grandes produções que viraram sucesso mundial.

    PS: Pedimos desculpas pela qualidade do áudio. Fizemos o possível para melhorá-lo, mas ainda assim ficou aquém do esperado.

    Duração: 126 mins.
    Edição: Flávio Vieira
    Trilha Sonora: Flávio Vieira

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    Pauta Livre News
    Filmes Com Legendas
    Crítica de Thor por Jackson

    Filmografia Comentada

    Doutor Estranho
    Crítica Capitão América (1990)
    Blade
    Blade 2
    Blade Trinity
    X-Men
    X-Men 2
    X-men 3: O Confronto Final
    Crítica X-Men Origens: Wolverine
    Crítica Demolidor
    Elektra
    Crítica Homem-Aranha
    Crítica Homem-Aranha 2
    Homem-Aranha 3
    Hulk
    O Incrível Hulk
    Crítica Quarteto Fantástico (1994 – nunca lançado)
    Quarteto Fantástico (2005)
    Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado
    Motoqueiro Fantasma
    Crítica Justiceiro (1989)
    Crítica Justiceiro (2004)
    Crítica Justiceiro: Zona de Guerra
    Crítica Nick Fury: Agente da S.H.IE.L.D.
    Homem de Ferro
    Homem de Ferro 2
    Kick-Ass
    Crítica Thor