Tag: Surfista Prateado

  • Resenha | Surfista Prateado: Escuridão

    Resenha | Surfista Prateado: Escuridão

    Obra que reúne Donny Cates nos roteiros e Scott Moore nas ilustrações, Surfista Prateado: Escuridão é uma publicação que mistura elementos de ficção científica e filosofia em uma história de super-heróis, sendo uma das histórias recentes mais elogiadas do personagem. O quadrinho conta uma história reflexiva, que conversa bem com Surfista Prateado: Parábola de Stan Lee e Moebius, além de ser continuação da fase de Dan Slott.

    Cates se vale demais de autorreferência, e sua história se situa após a morte de Thanos. Aqui, é mostrado Norrin Radd, o filho órfão de Zenn-la, lidando com a culpa proveniente dos trabalhos que fez para o devorador de mundos, Galactus, além de mergulhar na culpa do personagem e outros problemas.

    A arte de Moore compensa a simplicidade textual da HQ, fazendo driblar até as amarras cronológicas. Há um bocado de surrealismo, onde se brinca com a forma do espaço e a densidade corporal e mental do Surfista. Os embates que ele por mais que contenham elementos óbvios, há um bom uso de personagens clássicos das histórias cósmicas.

    A aparição do planeta vivo Ego é superlativo e ainda mais lisérgico que os momentos anteriores. As cores e a psicodelia aumentam a sensação de que toda a história é baseada na insanidade. A relação entre Ego e herói se assemelha ao conto do pequeno animal que retira a farpa dos pés de um predador grande, e essa alegoria ajuda a mostrar outra dinâmica para o personagem, mas que ainda reforça a ideia de que ele está fadado ao fracasso moral. Norrin, mesmo sem Galactus, é prisioneiro de sua condição. Sua sina é ser ligado eternamente à morte de milhões, talvez bilhões. Nem dar fim ao seu algoz ele pode, sua maldição é ter retirado de si até mesmo o livre arbítrio.

    A arte resulta em um visual que deslumbra e lembra a arte de Moebius e seu parceiro de Metal Hurlan, Phillipe Druillet. Na edição da Panini há alguns poucos extras como a introdução de Paulo França e artes de capa alternativas de Ron Lim, Mike Zeck e outros artistas, e apesar de Surfista Prateado: Escuridão ser uma história repleta de referências, ainda possui identidade própria e qualidades para que seja uma leitura independente bastante rica, que referencia bem o trabalho antigo de Lee e Kirby, atualizando os clichês e arquétipos para algo mais atual e atrativo a novos leitores.

  • Review | Quarteto Fantástico

    Review | Quarteto Fantástico

    Nos anos noventa, alguns personagens da Marvel ganharam séries animadas. Entre as mais lembradas estão Homem Aranha e X-Men. Em 1994, mesmo ano em que teria sido lançado o Quarteto Fantástico produzido por Roger Corman, também chegava nas telinhas uma animação conhecida apenas como Quarteto Fantástico, de duas temporadas e 26 episódios.

    No piloto é mostrado os heróis lutando contra o Príncipe Submarino Namor e, logo, estão em um talk show que serve de pretexto para falarem sobre a origem de seus poderes. O quarteto é um grupo preocupado com o bem estar social e a filantropia, dedicam sua vida a angariar fundos para caridade e nisso texto é bastante pueril, remetendo a outros quadrinhos da Era de Ouro em que o maniqueísmo era a tônica, sem nenhuma nuance além do heroísmo puro e simples. A produção de Ron Friedman e Glenn Leopold tentava compensar a veiculação em regime de Syndication, ou seja, veiculada em redes de TV locais negociadas uma a uma, com uma universalidade textual. A produção executiva era assinada por Avi Arad, o mesmo que produz até hoje os filmes do Homem-Aranha e fez parte da maioria das animações da Marvel, além de Stan Lee e Rick Ungar.

    O grupo de coadjuvantes mostrados aqui é grande, com participação de vilões como Mestre dos Bonecos, Toupeira, Doutor Destino, Aniquilador e outros tantos, e aliados como Pantera Negra, Hulk, Inumanos etc. Há também uma forte participação de Galactus e do seu arauto, o Surfista Prateado. Alguns personagens tem boas introduções, outros simplesmente participam sem introdução, como o Motoqueiro Fantasma e os Vingadores.

    Os capítulos que exploram questões de space opera são de longe os mais interessantes, as origens dos personagens são bem exploradas, sobretudo a de Destino. Ao menos nisso o didatismo do roteiro é bem encaixado. Há uma mudança visual positiva na segunda temporada, com abertura nova e uniformes diferentes para os quatro. Ainda assim, há problemas nas transições animadas, com poucos frames ou trechos suprimidos.

    O Quarteto Fantástico apesar de simples, capta a atmosfera e aura dos personagens clássicos de maneira mais que certeira os filmes. Os roteiros são fracos e a animação consegue ser ainda mais paupérrima que a dos X-Men e Homem-Aranha, mas há bons momentos, uma pena que a trama dos Inumanos se resuma basicamente a idas e vindas da relação entre Johnny e Crystal e que o Surfista Prateado seja tão reduzido, ainda assim os clichês desse e de todos os personagens são bem desenvolvidos.

  • VortCast 71 | Diários de Quarentena I

    VortCast 71 | Diários de Quarentena I

    Bem-vindos a bordo. Flávio Vieira (@flaviopvieira), Filipe PereiraJackson Good (@jacksgood) e Rafael Moreira (@_rmc) se reúnem para comentar sobre os seus dias na quarentena em um bate-papo descompromissado sobre reality shows, lives e muito mais.

    Duração: 110 min.
    Edição: Julio Assano Júnior
    Trilha Sonora: Julio Assano Júnior
    Arte do Banner:
     Bruno Gaspar

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