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Crítica | Era Uma Vez Um Deadpool
Que a campanha de marketing do universo cinematográfico de Deadpool é fantástica, nós já sabemos. Assim como o personagem cartunesco da Marvel, o mercenário tagarela das telas rompe diversas vezes a quarta parede, se dirigindo diretamente ao espectador, seja nas telas do cinema, seja pelas redes sociais. O empenho de Ryan Reynolds com o personagem fez com que o ator se reerguesse e se reencontrasse nas telas e tudo vem sendo alegria desde então, mesmo com a violência absurda e o linguajar pesado e obsceno, recheado de cinismo, ironia e humor negro, que o anti-herói prolifera sem nenhum tipo de pudor, deixando constrangido até mesmo o mais “mente aberta” dos seres, fato este que provou que o cinema pode ser violento, quase sem limites, o que abriu as portas para outras produções que tentaram alcançar o mesmo nível, como é o caso do excelente Logan e o controverso Venom.
Pelo fato de ser uma produção para maiores, obviamente, os mais jovens teriam que ficar de fora, afinal, a violência explícita e o conteúdo quase sempre falando de sexo e drogas, não é mesmo para todo tipo de público. O problema é que os jovens adoram o personagem e não gostariam de ficar de fora dessa “experiência Deadpool”. Assim, os produtores resolveram criar uma nova versão do corte original, retirando todo o sangue possível, trocando piadas, “bipando” outras e adicionando cenas inéditas não aproveitadas, além de ter inserido o filme nos mesmos moldes de um conto de fadas, uma maneira interessante de novamente vender o filme para o público no melhor estilo Deadpool.
Alguém aqui se lembra de um filme lançado em 1988, chamado A Princesa Prometida? Na trama, um avô lê para seu neto uma história da vida de uma princesa. O menino é vivido pelo ator Fred Savage, mais conhecido aqui no Brasil como o protagonista Kevin Arnold da série Anos Incríveis. Pois bem, sequestrado por Deadpool e colocado exatamente no mesmo quarto do filme oitentista, o ator é forçado a conhecer a história do mercenário tagarela, o que deixa a experiência um pouco mais interessante.
Era Uma Vez Um Deadpool, para os fãs “normais”, tem cheiro forte de caça-níquel. Primeiro porque as mudanças no corte e cenas inéditas, embora estejam presentes, não acrescentam muito à experiência, principalmente se você é adulto e já assistiu Deadpool 2. E segundo que, se você se encontra inserido no primeiro por que, provavelmente não irá assistir ao filme novamente e procurará assistir somente às mudanças e pesquisará a respeito das comparações pela internet (lembrando que isso não é uma regra).
Caso você seja um fã mais “hardcore”, a experiência será completa, porque parte divertimento, será comparar as cenas com o filme original. O mesmo é dito para os menores de idade, que poderão assistir ao filme sem medo, sendo que essa, de fato, é uma ótima saída para tornar o filme palatável para quase todo o tipo de público.
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Texto de autoria de David Matheus Nunes.
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