Review | Time Commando
O Historical Tactical Center desenvolveu um poderoso computador que simula habilidades de combate de todos os períodos históricos. No momento em que um vírus é implantado no sistema, o simulador entra em pane, gerando uma espécie de máquina do tempo que poderá causar grande perigo ao mundo. Seu objetivo é entrar neste vórtice temporal, viajando pela História em busca da destruição do vírus.
Estamos diante de uma grande aventura cybertemporal digna dos anos 1980/1990. Lançado originalmente para PC em 1996, Time Commando também ganhou versões para Playstation e Sega Saturn.
O enredo descrito acima é uma grande desculpa para que o jogo crie uma sucessão de fases em períodos históricos diferentes, mesclando elementos reais e fantásticos. A ideia é muito interessante, e cada período tem cenários, inimigos, além de armas próprias (paus e pedras na Pré-História, rifles e granadas nas Guerras Modernas). Sem dúvidas, este é o ponto mais forte de Time Commando, aliado à excelente trilha sonora. A vontade de descobrir os próximos cenários incentiva o jogador a seguir em frente.
Os inimigos não são a única preocupação do jogador. O vírus está infectando o sistema, e será necessário coletar chips de memória “limpa” para retardar o efeito. O estilo dos gráficos lembra um pouco Little Big Adventure, também desenvolvido pela Adeline Software.
No quesito jogabilidade, Time Commando deixa a desejar. A variedade de armas, inimigos e cenários evita que o jogo se torne repetitivo, mas as mecânicas de combate são bem travadas. Em alguns momentos, a dificuldade é frustrante por culpa dos defeitos da jogabilidade. Não fosse pela mudança de períodos históricos, o interesse do jogador cairia drasticamente.
Time Commando, com o perdão do trocadilho, está datado. Considerando que o foco é o combate, fica difícil recomendar este jogo. Há alguns problemas na jogabilidade, que, apesar de tudo, é bem intuitiva. O que sustenta Time Commando é a ideia e – por que não? – a nostalgia. Quem jogou na época do lançamento poderá se decepcionar; e não há um grande apelo aos gamers mais jovens. Eu resolvi tirar a prova recentemente e terminei o jogo com muita satisfação, me diverti muito e consegui relembrar as músicas e diversos trechos das fases (sendo que joguei há quase duas décadas). É um dos meus jogos preferidos devido ao fator emocional. Mas não o recomendo veementemente. Sei que ele tem graves defeitos e não agradará a grande parte do público. Vale pela curiosidade. Se quiser evitar problemas de compatibilidade com os computadores atuais, procure a versão disponível no GOG.com. Para quem resolver jogar, uma dica: password COMMANDO.