Review | 666 Park Avenue
Eu tinha visto os teasers e trailers desta série e ela não conseguia me chamar muito a atenção. Um dia, de bobeira em casa, decidi baixar os dois primeiros episódios e conto aqui o que achei.
Trata-se se um drama de terror concebido para aproveitar-se um pouco do sucesso de American Horror History. Então 666 Park Avenue tenta emular aquele clima de filme de terror da grande tela. Trata de um casal do interior (Jane e Henry) que vai a Nova Iorque para tentar a vida e consegue o emprego de zeladores do edifício residencial de luxo Drake (localizado no 666 Park Avenue), onde não sabem, mas o mal espreita e cada morador do prédio tem seus desejos realizados graças a um pacto feito com o Diabo, através do proprietário rico, elegante e ocultamente maligno Gavin Doran, que parece ter planos nada legais para o casal. Qualquer semelhança com o começo de Advogado do Diabo é mero aproveitamento da mesma ideia.
No primeiro episódio, fiquei incomodado com os clichês de sempre, vistos em vários filmes e seriados: o casal do interior que se deslumbra com o local onde vão morar, com a cidade grande, com o glamour… e vão parar no covil de forças sobrenaturais. São tão perfeitos, tão inocentes, éticos, se amam tanto. Não sei porque o mal não se interessa por pessoas reais, com vícios e defeitos reais.
Ainda no episódio piloto, somos introduzidos no edifício homônimo da série e a alguns de seus moradores. Logo fica claro que a série seguirá 3 arcos distintos: o arco do tipo “caso da semana”, onde algum morador bizarro é apresentado; o arco de “médio prazo”, onde algum mistério ou história é contado e seu desfecho será em mais de um capítulo; e o arco de “longo prazo”, que lida com a relação entre o casal bonzinho de zeladores, o edifício e seu maléfico proprietário (e sua mulher, igualmente misteriosa).
Os efeitos especiais são bacaninhas, o roteiro e o desenrolar da história dão um pouco de sonolência. Nada é impactante, nada é novo, nada é maravilhoso nessa série. Seria uma série ótima para tapar buracos da grade de programação de alguma emissora, como a série do Cris tapa na Record.
Não há nada amedrontador e, embora sejam apresentados alguns mistérios no segundo episódio, eles não são suficientes para prender a atenção de alguém.
Acredito que 666 Park Avenue não passe da primeira temporada, não por ser muito ruim, mas por não passar a ser imperdível para ninguém.
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Texto de autoria de Robson Rossi.