Resenha | Conan: Ciméria
Lançado pela Mythos Editora em dezembro de 2010, Conan – Ciméria traz um pouco da história do bárbaro criado por Robert E. Howard. Escrito por Tim Truman e com a arte de Tomás Giorello e Richard Corben, conhecemos um pouco sobre o passado de Conan e de seus antepassados, o que de certa forma foi a força motriz para que ele se tornasse quem se tornou.
Para os poucos familiarizados com o personagem, este encadernado da Mythos procura uma aproximação maior com as aventuras de seu criador, trazendo na edição uma introdução bastante completa ao universo fantástico do personagem, com destaque a interpretação visual do poema homônimo, do próprio Howard. Uma bela homenagem ao autor e um grande presente para àqueles que conhecem o texto original.
A história em si traz Conan rumando de encontro a sua velha tribo. Ao longo de sua jornada encontrará velhos amigos, licantropos e inimigos antigos. Além disso, outra linha narrativa é desenvolvida, dessa vez com as histórias de Connacht, avô de Conan, que é o verdadeiro protagonista desse encadernado.
Infelizmente, nenhuma das histórias engrena de forma satisfatória e a narrativa em alguns momentos se torna enfadonha. O roteiro de Truman deixa a desejar, principalmente no desenvolvimento do avô do bárbaro e em certas escolhas de roteiro para resolver determinadas pontas soltas e reviravoltas das personagens. Corben é o responsável pela arte da história de Connacht e seu traço é um dos pontos mais fracos da história. O mesmo não pode ser dito de Giorello, responsável pela narrativa do próprio Conan, o desenhista é hábil e dinâmico em cenas de ação e extremamente preciso com o desenvolvimento de cenários e expressões. O trabalho de cores de José Vilarrubia só intensifica a ótima arte de Giorello.
Apesar dos pontos fracos, Conan – Ciméria traz uma leitura interessante sobre as origens da personagem e que certamente servirá como porta de entrada para novos leitores.